Sushi - Marian Keyes

Fonte da Imagem: O que eu ia te falar?
Sinopse: "Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo. (Skoob)
KEYES, Marian. Sushi. Bertrand Brasil, 2009. 574 p.

Lisa trabalha há anos como editora-chefe na Inglaterra e faz de tudo para subir ainda mais na vida. Seu objetivo é chegar a uma revista de Nova York, independente de quem tenha que passar por cima. Por causa disso, seu casamento chegou ao fim, se contenta em apenas fingir que come agitando a comida no prato, em fazer dietas mirabolantes para manter a forma, além de fazer desaparecer das araras algumas das roupas mais estilosas dos ensaios para a revista. E quando acha que sua grande oportunidade chegou, fica sem chão ao descobrir que foi, na verdade, escalada para uma revista na Irlanda, a Collen, sem mais opções.

Ashling vive uma vida mais ou menos. Terminou seu namoro há algum tempo, mas sempre que Phelim volta ao país tem uma recaída. Desempregada, nem acredita quando consegue uma vaga como editora assitente da Collen, mas se sente totalmente alheia ao mundo quando conhece sua chefe Lisa. Já próxima dos trinta, tudo o que Ashling desejava era uma família como a de Clodagh: casada com Dylan, um marido lindo e atencioso, que dava tudo que ela precisava, dois filhos ainda mais lindos, uma casa, um cartão de crédito, e nem precisava trabalhar. E as coisas estão prestes a mudar para Ashling. Quando ela conhece o comediante Marcus Valentine, vê nele, além de um namorado, um amigo e companheiro.

Clodagh tinha tudo o que planejara para sua vida. Mas se sentia como se precisasse de mais, como se não fosse completa. Vivia louca e entediada com a criação dos filhos, e já não conseguia mais olhar seu marido com toda a paixão que uma vez sentira por ele. Resolvida a mudar, começa a correr atrás de sua felicidade.

"Sabem como é. As vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?"

Apesar de alguns sentimentos adversos durante a leitura de Sushi,  em sua maioria o livro foi divertidíssimo. Me peguei gargalhando alto tantas vezes, que era impossível que não me olhassem meio atravessado. Fazia tanto tempo que eu não lia algo assim, que a história conseguiu até me deixar mais leve. Da mesma forma como em Melancia, o único outro livro que li da Marian Keyes, as situações são exageradas - característico dos chick-lits -, mas são tão bem encaixadas na história que é impossível não imaginar como seria se acontecesse conosco. Diferente desse, porém, Sushi tem muito menos lenga-lenga e muito mais fatos, o que dá mais agilidade à história.

Todo o livro, narrado em terceira pessoa, alterna a visão entre as três personagens principais, o que é muito bom, já que, com mentalidades e atitudes tão diferentes, não deixam a história esfriar. Tratando basicamente da busca pela felicidade, mostra como uma coisa que vale para uma pessoa, pode não valer para outra, ou ainda, como aquela coisa pela qual lutamos tanto, nem sempre é de verdade aquilo que nós queríamos.

Gostei muito de quase todos os personagens, inclusive dos secundários. Apesar de metida, egoísta e meio enjoada, pode-se entender o porquê das atitudes de Lisa, e é impossível deixar de dar crédito à sua auto-estima, segurança e determinação. Ashling, quase o inverso de Lisa, é um pouco medrosa, baixa auto-estima, e é sensível e um pouco doce. Clodagh foi a única das três que não gostei; até senti um pouco de pena no começo, mas depois vi que ela era, antes de mais nada, invejosa, e parecia querer a vida de Ashling para si.

Dos demais personagens, achei a equipe da Collen hilária. O Boo, tão inteligente e com uma ingenuidade tão branda, me deixou meio chorosa. A Joy e o Ted eram cômicos e, fora o fato dela querer empurrar para a Ashling os "piores homens famosos da Terra", eram os amigos que qualquer um gostaria de ter. Me apaixonei pelo Oliver, com seu jeito "paixão" de chamar Lisa. Imaginei o Dylan tão lindo, que era impossível entender todo aquele sentimento de indiferença da Clodagh. E o Jack, bom, eu gosto de homens sérios às vezes, dá um ar charmoso. Marcus Valentine, em compensação, era um cara bem mais ou menos, que durante o desenvolvimento da trama provou ser isso mesmo. Acredito, porém que, se qualquer um desses fosse tirado da trama, ela perderia bastante da sua graça.

Eu amei o livro, e já estou louca para ler mais alguns escritos por Marian. Minha experiência com Melancia tinha sido boa, mas não passou disso, então esse livro para mim foi uma surpresa bastante agradável. Recomendo para qualquer um que queira rir um pouquinho ;)

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Conjuntando #8: Filmes


Oiii! Vamos ver mais algumas dicas de filmes?


Sem Saída:

Nathan (Taylor Lautner) descobre, sem querer, com a ajuda de Karen (Lily Collins), que sua foto estava em um site de crianças desaparecidas. Desconfiado de seus pais, ele resolve investigar o que aconteceu no passado, mas de uma hora para outra todos que estão a sua volta começam a morrer e sua vida também está em jogo. Nesse momento ele enfrenta uma corrida contra o tempo para se salvar de alguém que o quer morto.

Já assisti esse filme há um tempinho, no cinema, mas não tinha tido tempo de citar ele aqui para vocês. E sabe a primeira coisa que eu pensei: me surpreendeu. O filme tem um enredo bem atraente e é cheio de cenas de ação e de fuga, que eu adoro, e mistérios que tentamos desvendar junto com os personagens. Não é nada fora de sério, mas eu não esperava muito, então saí com a sensação de ter sido um filme bom. A interpretação do Taylor e da Lily convencem e, para que gosta do gênero, vale a pena conferir.


Uma manhã gloriosa:


Becky Fuller (Rachel McAdams) é uma produtora de televisão que foi demitida de seu programa de notícias, mas consegue uma vaga para tentar levantar a moral de outro em uma nova emissora. O único problema é que para conseguir isso terá que fazer muitas mudanças, entre elas, convencer o premiado Mike Pomeroy (Harrison Ford) a apresentar matérias de moda, amenidades, de conteúdo fraco e, para piorar, ao lado de uma ex miss Arizona (Diane Keaton), seu desafeto. Com pouco tempo para reverter a queda de audiência, Becky terá que se virar para driblar o humor de seu elenco, ser reconhecida profissionalmente e ainda viver um novo amor.  

Peguei esse filme para assistir por falta de opção, confesso. Já tinha lido alguma coisa sobre ele, mas não dei muita atenção. Achei que seria apenas uma comédia romântica, mas errei feio. Acho que o romance, nesse caso, fica tão para segundo plano que quase nem faria falta (e olha que sou romântica incorrigível). O que mais me tocou foram as relações de confiança, de amizade, o poder que a força de vontade de alguém traz à vida de outros já totalmente desmotivados e desacreditados. No mesmo final de semana, assisti duas vezes, então acho que nem preciso dizer mais nada.


E vocês, já assistiram algum desses? O que acharam?

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Novidades #13: Layout e Parceria

Ei, queridos leitores. Estava com saudades de vocês! Minha internet resolveu me lograr esse final de semana, e perdi tanto tempo tentando fazer funcionar que desisti. E meus posts que já estavam atrasados estão se acumulando, por isso, essa vai ser a segunda semana consecutiva sem o "Essa Semana" na segunda-feira. Depois deixo vocês a par, ok?


Perceberam que mudei o layout do blog? Fez bastante diferença, não é mesmo? Pois então, quero saber o que vocês acharam, e com sinceridade. Ainda preciso reorganizar a barra lateral e tudo o mais, mas no geral, achei bom. Vou fazendo isso com tempo, já que as coisas ainda não se organizaram por aqui, e com o fim do ano chegando, não fica nem um pouco mais fácil. ;~


Hoje tenho apenas uma novidade, mas que me deixou bastante feliz! O blog agora é parceiro oficial da Editora Dracaena, então fiquem atentos, que haverá sempre muitas novidades dela por aqui.


E hoje, não deixaria por menos, não é? Vamos conhecer alguns dos lançamentos que a Editora anuncia para novembro:


A Arte da Invisibilidade
Páginas: 132
Pré-venda:
http://www.dracaena.com.br/?modulo=Produtos&item=ProdutosView&id=26
Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/200299-a-arte-da-invisibilidade
Sinopse: "Área 51? Matrix? Iluminatis?
A Editora Dracaena resolveu apostar no livro ultra polêmico ‘Pop filosófico’ A Arte da Invisibilidade, do autor carioca Allan Pitz, que realmente promete mexer com imaginário Nerd popular.
O livro não só confirma (dando exemplos cabíveis) a existência de uma ‘matrix ilusória’, criada para nutrir-se de nossa sociedade privada de evolução, mas, também, apresenta formas interessantes de nos tornarmos invisíveis a esta prisão hipnótica.
Para que, por fim, a Terra possa se reunir de uma vez com os representantes intergalácticos de outros povos (interessados em nossa evolução, e prontos para o desembarque em solo terrestre).
Uma viagem daquelas!Segundo o autor, a obra suscita aspectos evolutivos decadentes na filosofia humana atual, empurrando as mentes para soluções simples e libertárias.
Trazendo de volta poderes adormecidos da raça humana.
Tudo isto à base muito vinho tinto e irreverência, já que Pitz se auto intitula PhD em Patavina, e grande nerd orgulhoso da boa geração Atari.Imperdível para quem curte as histórias de conspiração e segredos governamentais."


Conheça o autor: Allan Pitz


O escritor carioca Allan Pitz é, além de diretor teatral − o que confere à sua escrita uma dramaticidade extra, inerente às artes cênicas −, um pensador do asfalto, um peregrino das ebulições da vida, filósofo urbano, romancista original. Autodenomina-se com humor: “Escritor por maioria de votos, contador de histórias, visceral, humano, PhD nas próprias reflexões e estudos solitários sobre tudo”. Tem compulsão pela vida, que registra em jorros, nas incontáveis cenas de absurdo criadas a partir de sua observação do cotidiano. Tudo pode ser subsídio para se transformar em uma cena, um conto, uma ideia para um livro.





Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos
Páginas: 618
Pré-venda:
http://www.dracaena.com.br/?modulo=Produtos&item=ProdutosView&id=25

Skoob: www.skoob.com.br/livro/198922
Sinópse:
"Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis.
Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força.
Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água.
Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi.
Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal."



Conheça as autoras:

Roberta Spindler



Roberta Spindler nasceu em Belém do Pará, em 1985. Graduada em publicidade, trabalha como editora de vídeos. Escreve desde a adolescência e é apaixonada por literatura fantástica.




Oriana Comesanha


Oriana Comesanha tem 25 anos, nasceu em Belém do Pará. É formada em psicologia pela Universidade Federal do Pará e trabalha na área de psicologia jurídica. Começou a escrever ainda jovem, atividade que originou o livro Contos de Meigan – A fúria dos Cártagos, e atualmente divide seu tempo entre a paixão pela profissão e pela literatura. Tem alguns contos ainda não publicados, além de publicações em sua área de interesse profissional.






Demoníaco - Saga Asa Negra - Vol. 1
Páginas: 240
Promoção Especial na Livraria Travessa - Pré-venda:
ttp://www.travessa.com.br/DEMONIACO/artigo/8051c893-2912-4b0a-b22a-46ed40780546
Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/202356
Sinópse:
Diablo Ader é filha de uma relação entre Lilith e Lúcifer, que resolve sair do Inferno para trabalhar na Terra como caçadora de demônios. Conhecida por sempre obter sucesso, os Anjos colocam nas suas mãos uma tarefa que, ao seu ver, era a mesma das outras: matar um demônio.
Este, porém, seguia uma linha de terrorismo completamente diferente dos outros: ele estuprava e espancava adolescentes até a morte, porém, não deixava rastro algum.
Durante dias ela procura por ele e não obtém sucesso, até certo dia, em que ele deixa um forte rastro. Mas ela nunca imaginou que simplesmente correr atrás dele e matá-lo seria uma tarefa tão complicada... Ainda mais quando um resquício de paixão se coloca entre eles.

Conheça a autora: Pandora Fairel


Pandora Fairel é brasileira, natural de Santa Catarina e tem dezessete anos. Está cursando o último ano do Ensino Médio e pretende cursar Cosmetologia e Estética, Artes Cênicas e Letras futuramente. É apaixonada por livros, teatro e sua paixão é a escrita.
Demoníaco é a sua estréia literária.










Eu fiquei interessada pelos três. E vocês, o que acharam?


Beijos,
Julia

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Virtude Indecente - Nora Roberts

Sinopse: Quando uma superstar da literatura policial visita a irmã, pretendendo relaxar e espairecer da cansativa turnê de lançamento de seu novo bestseller, vê-se na pista de um assassino da vida real que já desestruturou sua vida e agora... pretende matá-la.
Grace McCabe fica chocada ao descobrir que a irmã Kathleen mora num subúrbio decadente de Washington, D.C., e complementa a renda como operadora de telessexo após ter passado por um divórcio penoso. Entretanto, com a empresa Fantasia garantindo anonimato completo aos funcionários, até onde essa atividade pode ser perigosa? Grace logo descobrirá a resposta quando certa noite, ao regressar para casa, depara-se com uma cena tenebrosa, que poderia ter saído de um de seus mais apavorantes romances.
Ignorando as advertências do tranquilo detetive Ed Jackson, monta sozinha sua própria armadilha para incitar o assassino a sair do esconderijo.
Mas o que pode protegê-la de um maníaco cuja volúpia de matar não se detém diante de nada... nem de ninguém? (Skoob)
ROBERTS, Nora. Virtude Indecente. Bertrand Brasil: 2009. 294 p.

Grace, uma escritora bem sucedida, nunca fora próxima da irmã. Queria que fossem amigas, queria que pudessem se conhecer de verdade, mas Kathleen nunca deu abertura para isso. Até que, depois do fim do casamento Kathy e de sua mudança para um bairro pequeno e tranqüilo, Grace convence a irmã a deixá-la passar as férias em sua casa.

E por um momento, elas tiveram tudo isso. Na primeira noite de Grace na casa da irmã, compartilham idéias, conversas regadas a vinho, e Kathleen chegou a contar mais sobre sua vida do que Grace jamais soubera. Conta-lhe que as aulas durante o dia não garantiriam dinheiro suficiente para brigar pela guarda de seu filho, e que, por isso, estava fazendo um trabalho extra durante as noites. Ser atendente de tele-sexo, usando Desireé como codinome, era algo que Grace nunca imaginaria que a irmã fizesse. Mas depois que Kathy garantiu que não haveria como chegarem até ela, que não correria risco, achou divertida a idéia.

Mas alguém chegou. Antes, Grace chegara a pensar em escrever o roteiro de um de seus romances policiais usando esse tipo de atividade como pano de fundo. Só que, dessa vez, ela não conseguia mudar a história, os eventos não eram uma escolha sua. Kathy estava morta, e não havia nada que pudesse desfazer isso.

Ed, um policial visinho de Kathy com quem Grace havia saído na noite em que a irmã fora assassinada, é quem assume o caso e, sem deixar de lado a postura profissional, apoia Grace e tenta dar a ela um pouco de sensatez para lidar com a situação, permitindo um novo sentimento na vida dos dois.

"Meu Deus, jamais soubera que seria assim. O corpo, a mente, talvez até a alma, se é que existia tal coisa, se haviam elevados a alturas imensas e se retesado ao máximo. Todos os outros artifícios que ele usava, o álcool, as drogas, o jejum, nenhum deles chegara nem perto daquele tipo de intenso prazer. Sentia-se nauseado. Sentia-se forte. Sentia-se invencível.
Era o sexo ou o assassinato?
Rindo um pouco, mudou de posição no lençol molhado de suor. Como poderia saber, se aquela fora a primeira experiência com os dois? Talvez houvesse sido a combinação de ambos. De qualquer modo, teria de descobrir." (pág. 67)

Virtude Indecente, de Nora Roberts, narra a construção do caráter de um serial killer, permitindo-nos compreender o que se passa na cabeça daquela pessoa; em síntese, loucura. Situações inventadas que se tornam tão reais para aquele que as "vivenciam", que podem influenciar todas as suas ações, sua vida. Esse foi o detalhe que mais me agradou na história: saber o tempo quem era o assassino, mas poder conhecer o porquê de suas atitudes, observar o que ele pensava. O quote acima, por exemplo, trata-se de uma passagem logo após o assassinato de Kathleen, quando ele percebe que gostou da sensação proporcionada pelos "atos".

Um detalhe interessante da narração de Nora é que ela intercala primeira e terceira pessoas, inserindo nesse processo todos os personagens. Reparei isso em outro livro dela também, então acho que é uma característica da autora. Na história, isso nos insere no ponto de vista dos envolvidos, e acabamos compreendendo-os, mesmo quando não concordamos com eles. Isso também, aliado à mistura de pontos fortes e fracos dos personagens, tornam-os mais reais.

Grace é uma mulher bem resolvida, bem sucedida e que se descobre forte com o decorrer do tempo. Ela, que sempre tinha alguém para encarar a responsabilidade por ela, precisou tomar as rédeas com a morte da irmã. Os pais precisavam de alguém com fibra, e ela foi esse alguém. Ed é simplesmente hipnotizante, lindo, forte, que quer proteger a mulher que ama, mas não é controlador. É encantador. Apesar de ter a ideia da mulher ideal "dona de casa" no início da história, muda de opinião rapidinho quando conhece Grace. Juntos, os dois são uma graça. Mais que amantes, são amigos.

Impossível deixar de comentar que, sempre que ouço falar dos livros da Nora, fala-se sobre a mistura entre ação, suspense, romance... E tenho que elogiar a autora por conseguir fazer isso com tanta graça (quem seria eu para falar mal, também, hein?). Foi uma mistura muito agradável, sem perder o tom em nenhum trecho, e sem exagero de um ou outro gênero.

Para um primeiro livro que leio da autora, achei bom. Era um pouco menos que esperava, mas não tenho do que reclamar. Quer dizer, até tenho, mas não é culpa da Nora. Isso porque a edição que eu li era vira-vira da Saraiva e durante a história percebi que esse livro era uma continuação de outro, mas o livro que vinha do outro lado não era o primeiro. Até agora não entendi o por quê disso, e não sei qual a ideia de fazerem dois livros em um e separar a série, mas... vai entender!

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Resultado: Promoção O Pão da Amizade






E então pessoal, ansiosos para saber que ganhou um exemplar do livro O Pão da Amizade? Foram 146 formulários, e apenas 22 participantes. Vamos lá?


E quem ganhou foi...


Adriana Santos Oliveira! Ela seguiu todas as regras e vai levar esse livro para casa.

Parabéns Adriana!!






Entrarei em contato com a vencedora na segunda-feira, e a partir dessa data ela terá dois dias para me responder. Se não houver resposta, o sorteio será refeito.



P.s. Queridos, tenho várias novidades para vocês, mas estou sem tempo de preparar os posts. Agora mesmo estou atrasada, e só poderei usar computador novamente na segunda, então... Até lá. Bom final de semana a todos.

Beijos, Julia

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Noite Eterna - Claudia Gray

Fonte da imagem: Pequena Mia
Sinopse: Claudia Gray, autora que vem conquistando jovens do mundo inteiro, apresenta personagens convincentes em uma narrativa de tirar o fôlego em Noite eterna. Bianca acaba de deixar a sua cidade natal e é a aluna nova em um misterioso colégio, onde seus colegas parecem perfeitos demais para ser verdade. Ela se sente como um peixe fora d´água até conhecer Lucas, outro solitário. A química entre os dois é irresistível e Bianca se vê disposta a arriscar tudo para ficar com ele.Mas alguns segredos obscuros vão ficar no caminho do casal e farão a jovem questionar tudo em que até hoje acreditou. Este é o primeiro de quatro volumes da série Noite Eterna que a Editora Planeta traz ao Brasil. (Skoob)
GRAY, Claudia. Noite Eterna. Evernight #1. Planeta: 2010. 304 p.


Bianca sempre viveu em uma cidade pequena, que agora tinha que deixar. Apesar de nunca ter se encaixado em algum lugar, mudanças não são fáceis para ninguém, especialmente para uma garota tímida como ela. E ser obrigada a ir com seus pais para a escola Noite Eterna era o problema. A escola era sombria, os alunos, com algumas exceções, eram tão indiferentes que era impossível não se sentir deslocada.

O que ela não esperava, era que no primeiro dia de aula fosse conhecer e se aproximar de alguém. A afinidade entre ela e Lucas é perceptível, e os dois encontram um no outro uma forma de enfrentar os segredos obscuros por trás dos muros da escola. A partir disso, os dois descobrem juntos o amor. Tantos segredos, entretanto, podem afetar suas vidas para sempre, impedindo-os, inclusive, de ficarem juntos.


"- Você ainda tem medo de mim?
- Não, não tenho. Nem um pouco. - Lucas sacudiu a cabeça devagar, com os olhos incrédulos - Eu devia estar... droga, nem sei o que devia sentir. Fico me dizendo que eu deveria ficar longe. Esquecer você, por que tudo mudou. Mas não consigo.
- O quê? - eu estava passada demais para ter esperança.
[...] - Tentei muito esquecer, Bianca. Não consegui. Então em me convenci de que era meu dever voltar à Noite Eterna.
- Dever? - aquilo me deixou confusa.
- Para saber a verdade? Para ver o que acontecia? Não sei. [...] Mas assim que te vi de novo, eu soube que ainda precisava de você. [...] Não tenho como evitar o que sinto por você."


Não fazia idéia do que esperar quando peguei o livro. Já havia lido uma ou duas resenhas, mas nenhuma delas citava as reviravoltas e as surpresas durante a trama. Na primeira reviravolta (a revelação de um segredo), eu fiquei completamente chocada e frustrada. Como não tinha percebido aquilo antes? Tive que, inclusive, voltar algumas páginas para ver se eu não tinha deixado passar nada e estava entendendo errado, porque foi complicado aceitar aquela bomba “jogada no meu colo”. E foi apenas a primeira. Tanta coisa acontece que, quando acreditamos que tudo está se tornando claro, Gray muda tudo. Por quase toda a história, não sabia ao menos quem era vilão ou mocinho. 

É impossível não se prender à leitura facilmente. A história foi bem montada, recheada de mistérios, que tiveram praticamente todas as pontas resolvidas até o fim e, dentro do contexto criado pela autora, fizeram todo o sentido. As questões que ainda ficaram em aberto com certeza são assunto dos próximos livros e, como não foi nada que tenha influenciado no desenvolvimento e no desfecho desse, não me incomodou.

Os personagens são, aparentemente bem construídos e apresentam algumas características marcantes. Lucas é um cara fofo, meio avesso às regras, e que eu imaginava com aquele sorriso cafajeste (não, não tem isso no livro) que, tenho de admitir, eu adoro. Gostei do jeito dele, mas, não sei por qual motivo, notei alguma superficialidade. E, infelizmente, isso se estendeu para alguns personagens. A própria Bianca se inclui nesse contexto, pois, apesar de gostar da personagem, ela não me conquistou, não conseguiu me envolver. O Bathazar é outra gracinha, só achei ele bonzinho demais. Acho que esperava mais “agressividade” nesse triângulo amoroso, cenas de ciúme, talvez até algumas brigas e, definitivamente, não foi o que aconteceu. Não sei como será nas continuações, mas espero que isso melhore.

Gostei muito da leitura, mas senti que faltou alguma coisa, algum detalhe, só não sei como colocar isso em palavras. Acho que precisava de algo mais forte, mais ácido, que me fizesse temer ou suspirar. Com certeza continuarei lendo a série, e espero que ela siga melhorando, detalhe que acho imprescindível nas séries.

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Conjuntando #7: Filmes


Nossa, quanto tempo não trazia uma coluna dessa? Mas aqui estou eu, e estou pensando em um texto bem legal para colocar na próxima coluna ;)
Hoje vou citar mais alguns filmes que assisti para servir de dica para quem ainda não viu:


Agentes do Destino:


David Norris (Matt Damon) é um jovem político com uma carreira promissora, mas um escândalo atrapalhou a sua corrida ao Senado. Tão logo perde a disputa pela vaga ele conhece Elise (Emily Blunt), bailarina por quem se apaixona. Contudo, homens com estranhos poderes de interferir no futuro aparecem do nada e começam a pressioná-lo para que ele não dê continuidade a este romance, porque isso poderá atrapalhar o futuro de ambos. Sem saber ao certo quem são essas pessoas, a única certeza que David possui é que precisará reunir forças para enfrentá-los e encarar o que o destino lhe reserva.
O filme tenta mostrar que nem tudo que acontece em nosso cotidiano é apenas acaso. Os agentes do destino são especializados em manipular os destinos das pessoas, de acordo com o plano. Eu adorei, a história envolve um pouco de romance e uma corrida frenética para driblar esses agentes e o próprio destino.



Sem Limites:


Eddie Morra (Bradley Cooper) sofre de bloqueio de escritor. Um dia, ele reencontra na rua seu ex-cunhado, Vernon (Johnny Whitworth), que lhe apresenta um remédio revolucionário que permite o uso de 100% da capacidade cerebral. O efeito é imediato em Eddie, pois ele passa a se lembrar de tudo que já leu, ouviu ou viu em sua vida. A partir de então ele consegue aprender outras línguas, fazer cálculos complicados e escrever muito rapidamente, mas para manter este ritmo precisa tomar o remédio todo dia. Seu desempenho chama a atenção do empresário Carl Van Loon (Robert De Niro), que resolve contar com sua ajuda para fechar um dos maiores negócios da história.
Esse filme sim eu achei totalmente maluco. Eddie descobre uma droga que o faz ativar cada canto de seu cérebro... Mas há efeitos colaterais. O filme é classificado como suspense, mas não sei se concordo totalmente com isso. Parece mais uma ficção científica, não sei... É um filme que me deixou pensando"uau". Nem sei se ele tem algo de especial, mas achei inteligente a idéia do filme, e mais inteligente ainda a forma como desenvolveram ela.


Já assistiram esses filmes? O que acharam?


Ei pessoal, e não se esqueçam que a Promoção O Pão da Amizade vai só até essa sexta, dia 11/11. :)



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A cidade ilhada - Milton Hatoum

Fonte da imagem: Universo dos leitores.
 HATOUM, Milton. A cidade ilhada. Companhia das letras: 2009. 128 p.

Já há algum tempo que li Dois Irmãos, de Milton Hatoum, e simplesmente adorei. Considerando que era uma leitura obrigatória para vestibular, na época, imaginei que iria gostar ainda mais quando pudesse ler por opção. Acabei não buscando algo do autor por algum tempo, mas agora que tinha um livro de contos dele em mãos, tentei mergulhar na leitura de forma imparcial. E me surpreendi.

É impossível não se deixar envolver pelas palavras do autor. Carregadas de sentimentos reais, por vezes sombrios ou puros, fazem de contos simples uma obra para reler durante a vida. São textos originais, surpreendentes, que vão desde a loucura de Bárbara no Inverno à doçura de Um Oriental na Vastidão.

Não sei quanto disso é verdade, mas ouvi dizerem uma vez que Hatoum, considerado escritor contemporâneo, questionou o motivo de não ser considerado realista: "Porque não nasci no século XIX?". Encontros na Península, por exemplo, cita idéias de Machado de Assis, que, de acordo com o conto só falava de "loucos e adúlteros". E não falta disso em A cidade Ilhada: Bárbara no Inverno, já citado, O Adeus do Comandante, A Casa Ilhada, A ninfa do teatro Amazonas, o próprio Encontros na Península, entre outros, tratam de ao menos uma dessas características.

E de todos os contos, apenas dois não se passam ou citam Manaus. Como o próprio Hatoum cita, "para onde eu vou, Manaus me persegue" (pág. 26). É interessante ver como o autor mescla ficção e realidade. Fica quase impossível definir, em vários textos, quanto dos fatos narrados são ou não acontecimentos reais. Os próprios personagens, por vezes, aparecem em mais de um conto, como tia Mira e tio Ranulfo, que podem ser vistos também em seu romance Cinzas do Norte, de 2005; Lyris, personagem de Uma estrangeira na nossa rua, recebe uma dedicatória em Manaus, Bombaim, Palo Alto. E quanto do livro são fatos que ocorreram com Milton? Impossível saber.

A linguagem do autor é totalmente usual, o que facilita a leitura e a compreensão, e é por vezes carregada de uma ironia subentendida. Subentendida, por sinal, talvez seja exatamente a palavra para descrever esse livro. Nada é entregue de bandeja, como degustar um belo prato de olhos fechados. Sentir, perceber e imaginar.

Como já citei aqui no blog antes, me rendi aos contos. E os "finais" de Hatoum, abruptos, nos permitem visualizar uma continuação da forma que quisermos, ou odiar o autor por não nos contar. Mergulhei de cabeça em cada conto e queria mais, sempre mais... e havia nada além de questionamentos. Como a vida, que não sabemos como será e se realmente haverá um fim para determinados momentos. Isso não torna o livro ruim, entretanto. Foi exatamente essa antítese entre desejar e não receber que me fez gostar de cada vírgula dessa obra.

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