Gênesis - Bernard Beckett

Sinopse: Na ocasião em que a Terra foi arrasada pela Peste, os sobreviventes reuniram-se em uma nova sociedade. Separados do mundo exterior por uma cerca em pleno oceano, vivem em absoluto isolamento – aviões que se aproximam são abatidos; refugiados, executados. Até que um soldado escolhe romper com as regras e, em vez de disparar, resgata das águas uma menina. Seu nome é Adam Forde. Ele muda para sempre o curso da História.
Anaximandra, uma jovem de 14 anos, estudou a fundo esses dados históricos. Numa sala com pouca luz ela está sentada diante de três Examinadores para uma exaustiva prova de quatro horas. Adam Forde, seu herói, morto há bastante tempo, é o tema do exame. Se aprovada, ela será admitida na Academia – a instituição de elite que governa aquela sociedade utópica. Anax, porém, está prestes a descobrir que nem tudo consta dos registros acadêmicos. Há fatos, imagens, arquivos a que nem todos têm acesso. Antes que a avaliação termine, virão à tona o obscuro segredo da Academia e a realidade assustadora daquele admirável mundo novo.
Inquietante e de uma ingenuidade encantadora, Gênesis conduz a um futuro em que antigas – e eternas – questões filosóficas se chocam com o avanço tecnológico – quando o significado de ser humano, ter consciência e ter alma tornam-se questões centrais. (Skoob)
BECKETT, Bernard. Gênesis. Intrínseca, 2009. 176 p.


Em um futuro não determinado, vivendo em uma sociedade evoluída e de total paz, Anaximandra se prepara para realizar o exame que poderá mudar sua vida: entrar ou não na Academia, sonho de todos os que vivem em sua época. Como tema de estudo a apresentar para os examinadores, ela escolheu abordar a vida de Adam.

Adam nasceu em 2058, época da República de Platão, que havia sido fundada em uma ilha isolada do restante do mundo com o objetivo de proteger os homens da Guerra e das doenças. Na República, a sociedade era estratificada de acordo com as capacidades das pessoas, e as regras eram claras: tudo que viesse do exterior da ilha deveria ser destruído.

Adam não fazia idéia das conseqüências que um ato seu teria para a história. Uma noite, fazendo a guarda do lado sul da ilha, Adam avista um barco com uma pequena garota e, contrário a tudo o que lhe foi ensinado durante toda a vida, poupa a vida dela, escondendo-a em uma caverna. Só que os governantes da República querem manter a todo o custo a frágil estabilidade que instituíram, e o feito de Adam não estava em seus planos. 


"Vocês, humanos, orgulham-se de ter criado o mundo das Ideias, mas nada pode estar mais distante da verdade. A Ideia penetra na mente vinda de fora. Ela muda a mobília de posição para se acomodar com mais conforto. Encontra outras Ideias que ali já residem e trava lutas ou forma alianças. [...] E, então, sempre que surge uma oportunidade, a Ideia envia suas tropas de choque em busca de outras mentes para infectar.[...]" (pág. 111)

Gênesis, de Bernard Beckett, foi, para mim, uma verdadeira frustração. É contraditório afirmar isso, pois o livro foi surpreendente, ousado e inesperado, mas eu quis tanto mais dele que me senti decepcionada. O livro é bom, não me entendam mal; mas minhas expectativas eram outras, e a história me levou por caminhos tão arrebatadores que me sinto até culpada de não ter gostado. Já sentiram isso?

A narrativa de Beckett, nesta obra, se dá de maneira singular. Quase como uma peça de teatro, o autor intercala cenas que todos os presentes vêem, como uma narração, momentos de fala, citando antes do dito o nome da pessoa que o diz, e também pensamentos de Anaximandra, que muda todo o foco. Essa mistura foi não usual, diferente e nada complicada. As informações foram dadas aos poucos, o que, junto à escrita fantástica do autor, nos deixam hipnotizados pela história. No início, não sabemos nem ao menos o que seria a Academia, Adam ou a República, vamos descobrindo conforme a personagem apresenta os dados coletados aos examinadores.

O ponto alto da história, definitivamente foi a filosofia subentendida em cada fala de Adam, que buscava explicar principalmente a pergunta estampada na capa do livro: O que realmente significa ser humano? Diferente do que imaginei que seria, não se torna cansativo ou maçante: é profundo, mexe com nossas mais arraigadas concepções. Várias citações lindas ou inteligentes podem ser anotadas das menos de 160 páginas do livro, e isso me encantou.

Mas como eu citei, nem tudo me agradou. Achei que o autor iria passar mais da vida de Adam, da relação entre ele e a garota que salvou, das consequências que ISSO traria à história. Escrevi "isso", em caixa alta, exatamente porque é aí que não vemos as consequências, já que o caminho traçado a partir dessa ruptura é totalmente outro. É esse ato que muda a história, mas eu fiquei esperando por mais informações que não vieram. Queria saber mais sobre a vida fora da ilha, como aconteceu a citada grande guerra, o que aconteceu à garota salva por Adam, entre várias outras coisas que, obviamente para quem leu o livro, ficaram abertas.

Espero que esta resenha não tenha ficado extremamente confusa, mas não queria soltar algum spoiler e estragar a surpresa que pode ser o que fará o livro bom para quem ler.

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Conjunto de Séries #2: Once Upon a Time


Imagine uma cidade onde vivem todos os seus personagens favoritos - e também os odiados - dos contos de fadas. Imagine que, no entanto, eles estão presos em uma maldição que não permite que o tempo passe e, pior, que eles não tenham lembranças de quem realmente são.

A série gira em torno da história da Branca de Neve (Ginnifer Goodwin) e do Príncipe Encantado (Josh Dallas), que foram separados pela maldição lançada pela Rainha Má (Lana Parrilla), com o objetivo de impedir que todos os contos de fadas tivessem seus finais felizes. A única pessoa que poderá salvá-los desse destino, no entanto, é a filha do casal, Emma (Jennifer Morrison), que é enviada a este mundo através de um guarda-roupa mágico criado por Gepeto (Tony Amendola), permitindo, assim, que Emma fiquei imune aos efeitos da mágica lançada pela Rainha.

Já nos tempos atuais, Emma vive uma vida solitária em Boston, até que um garoto de 10 anos, que se apresenta como Henry, diz ser seu filho. Enquanto o leva para casa, em Storybrooke, Henry mostra um livro e diz que o mesmo conta a história de Emma. Apesar de não acreditar e não querer, a princípio, um relacionamento com Henry, ela decide ficar na cidade, o que desencadeia uma série de mudanças que podem resultar no fim da maldição.


Once Upon a Time foi uma série que despertou meu interesse desde que foi lançada, mas como outras, fui deixando para depois por falta de tempo. Assim que surgiu a oportunidade, foi uma das primeiras que assisti e valeu muito a pena.

Para os que gostam de contos de fadas, a série é uma daquelas que fisgam nos primeiros episódios. É viciante, e só se consegue parar de assistir quando já não há mais para assistir. Não são poucos personagens - não citei nem metade deles (já repararam quantos contos de fada existem?) -, mas cada um é bem desenvolvido e tem uma história bem amarrada na trama. Um dos pontos fortes, inclusive, é que em todos os episódios as passagens do presente se mesclam com o passado no mundo mágico, mostrando o desenrolar dos acontecimentos junto às suas consequências.

Cheia de aventuras (e homens charmosos), tem um enredo que prende e que vale assistir. A série é exibida no Brasil pelo canal Sony, e está com a segunda temporada prestes a começar nos EUA. Cabe destacar que, em minha opinião, a melhor caracterização do personagem fica por conta de Lana Parrilla, a Rainha Má. Fiquei fascinada com as expressões da atriz em diversas fases de seu personagem, adorei! ;)



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Promoção A Canção do Súcubo


E aí, galera, como estão? Com o final de semana se aproximando, resolvi presentear os leitores do blog com uma super promoção ;)
Para os que gostaram da resenha de A Canção do Súcubo (ou não) e querem conhecer também essa história, o Conjunto da Obra realizará o sorteio de um exemplar!

Para participar, basta seguir as regras do Rafflecopter, que é autoexplicativo. O sorteio será realizado logo após o fim do prazo para inscrição e enviarei um e-mail solicitando os dados do vencedor, que deverá ser respondido em até 48 horas. Após o recebimento dos dados, o livro será enviado em até 30 dias.

Participem bastante, ok? E boa sorte!


a Rafflecopter giveaway

Ah, e percebi que preciso fazer uma página do blog no facebook ;x  Mas isso fica para uma próxima.

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A Canção do Súcubo - Richelle Mead

Sinopse: Quando se fala de empregos no inferno, ser um Súcubo parece bastante glamuroso. Uma garota pode ser qualquer coisa que ela quiser, o guarda-roupa é de matar e homens mortais farão qualquer coisa por apenas um toque. Claro, eles geralmente pagam com suas almas, mas por que ser tão técnico?
Mas a vida da Súcubo de Seattle Georgina Kincaid é muito menos exótica. Seu chefe é um demônio de médio escalão com uma queda por filmes do John Cusack. Seus melhores amigos imortais (ou melhores amigas …) ainda não pararam de provocá-la por causa da vez em que ela se transformou na Deusa Demônio, completa, com chicote e asas.
E ela não consegue ter um encontro decente sem sugar parte da vida do cara. Ao menos ela tem seu emprego diário em uma livraria local – livros de graça; Todos os mochas de chocolate branco que ela conseguir tomar; e acesso fácil ao sexy escritor de bestsellers, Seth Mortensen, aka Aquele por Quem Ela Daria Tudo Para Tocar mas Não Pode.
Mas os sonhos sobre Seth vão ter que esperar. Algo estranho está acontecendo no submundo demônio de Seattle. E, dessa vez, todos os seus charmes e cantadas de cair morto não vão ajudá-la porque Georgina está para descobrir que há algumas criaturas que tanto Céu quanto o Inferno querem negar… (Skoob)
MEAD, Richelle. A Canção do Súcubo. Georgina Kincaid #1. Essência, 2010. 299 p.


Se você pensa que o submundo - assim como seus seres - é algo escuro e escroto, está bastante enganado. Os seres podem até ser assim, mas vivem entre os mortais, em formas humanas, prontos para corromper suas almas e levá-las para o Inferno.

Georgina Kincaid, no entanto, não é bem assim. Por ser um Súcubo, pode mudar sua forma como quiser e tem um incrível poder de sedução. Precisa da energia vital dos homens com quem dorme para manter sua força e imortalidade, mas não se sente bem sugando anos de vida de pessoas de boa índole e, por isso, se "alimenta" apenas daqueles que considera desprezíveis, o que não deixa seu chefe, Jerome, muito feliz. Tentando manter uma vida o mais comum possível, trabalha em uma livraria durante o dia, onde tem alguns amigos e onde poderá, finalmente, conhecer seu escritor favorito, Seth Mortensen.

Georgie não imaginava, contudo, que a partir desse momento, alguns problemas passariam a atormentá-la. Além de uma amizade com segundas intenções por parte de Seth, e Roman, um homem incrivelmente belo e divertido que conheceu - ambos que ela tentava afastar -, alguns acontecimentos em seu mundo começam a assustar: imortais estão sendo perseguidos e assassinados, e todos, de alguma forma, têm uma relação próxima com ela. Mesmo contra as ordem de Jerome, um demônio de médio escalão, e do anjo Carter, Georgina sente que precisa de informações sobre esses acontecimentos, e conta com a ajuda de seus amigos Hugh, o duende, e de Cody e Peter, os vampiros, para buscá-las.


- Quando você falou com Cody?
- Na noite passada.
- Engraçado. Eu também. E eis você aqui hoje. Você está me seguindo?
Os olhos de Carter brilharam, divertidos.
- Cheguei aqui primeiro. Talvez você esteja me seguindo. Talvez esteja começando a curtir esse lance de encontros e quer descobrir um jeito astucioso de dar em cima de mim.
[...]
- Desculpe. Eu gosto que meus homens tenham um pouco mais de vida.
Carter deu uma risadinha com minha piada. Sexo com outros imortais não me fornecia energia alguma.
- Georgina, às vezes acho que valeria a pena segui-la, só para ouvir as coisas que diz.


Não é surpresa alguma para quem acompanha o blog que me tornei fã de Richelle Mead após a série Academia de Vampiros. Uma das melhores histórias que já li, com uma escrita tão envolvente que, mesmo com um mundo totalmente novo e surpreendente que Richelle criou, era quase como se eu mesma vivesse aquilo, e fosse amiga dos personagens. Me senti vazia quando terminei o último livro, como se um pedaço de mim tivesse se esvaído e nunca mais fosse voltar.

Mas por incrível que pareça, A Canção do Súcubo, primeiro livro da série Georgina Kincaid, conseguiu reacender esse mesmo tipo de sentimento; mergulhei tão fundo na escrita da autora que só consegui me desvencilhar do livro após terminar a última página. Da história, ainda não consegui.

Já aviso que, para aqueles que não gostam de romances "mulherzinha", talvez esse livro não seja adequado. Mas para aqueles que não têm problemas com isso, ou melhor, os que gostam desse tipo de texto, esse livro é necessário. Além de mais uma heroína forte, independente, ousada e com tiradas ótimas, fica difícil escolher qual o personagem masculino que mais atrai. Me matava de rir da criatividade da Georgina e suas conversas de duplo sentido - seja lá com quem fosse.

Roman é daqueles que faz o coração de qualquer uma bater mais forte. Totalmente seguro de si e do que quer, torna-se atraente exatamente por isso. Não gostei do final que foi dado para ele neste livro, mas não fiquei decepcionada, principalmente por saber que haverá continuação. Seth, por sua vez, é o cara que sabe se expressar melhor por meio da palavra escrita do que da falada; não parece firme em suas atitudes, o que dá a ele aquele toque de nerd, que também é charmoso. Só prestei atenção nele de verdade, no entanto, quando a própria Georgina teve seu "estalo"... e é fofo e apaixonante. Só que, quem eu realmente gostei, foi Carter. Sei que, provavelmente, não haverá algum acontecimento romântico com ele, mas o personagem é tão não convencional, um anjo irônico e divertido que é e não é angelical.

Sei que muitos acham as capas da série feias. Eu também pensava assim, mas vendo de perto, mudei de idéia. Passa uma imagem forte e diferente, profunda até. De um jeito só dela, eu acho bonita.

O livro é um sobrenatural diferente, até por tratar de seres não muito aproveitados na literatura. E é também um tanto apimentado, se é que me entenden. Para os que gostam do gênero, é ótima pedida.

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Meme: Os 7 pecados capitais da leitura


Hoje resolvi sair um pouquinho da rotina e fazer um meme que a Thais, do Pronome Interrogativo me indicou. Eu adorei, e espero que vocês gostem também.

Ganância
Qual seu livro mais caro? E o mais barato?
Não tenho certeza, mas acho que meu livro mais caro (que hoje nem é mais tão caro assim) é A Guerra dos Tronos, primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo. Na época do lançamento ganhei da Editora Leya; até porque sou meio pão dura, sabe? Não pagaria R$50,00 em um livro, mesmo daquele tamanho.


Os mais baratos que tenho são uns que comprei em uma promoção do submarino que pagava 2 e levava 4, e cada um era R$9,90, ou seja, paguei R$4,50 em cada. Não lembro exatamente quais foram, só lembro de A breve segunda vida de Bree Tanner, O rei das fraudes e Memórias póstumas de Brás Cubas



 
Ira
Com qual autor (a) você possui uma relação de amor e ódio?
Não sei se existe algum assim, mas eu posso citar dois casos: Richelle Mead, que sempre estraga as histórias dela, mas que por isso mesmo eu amo; ou Alyson Nöel, que consegue me prender totalmente em sua escrita durante a leitura, mas que eu não consigo gostar das histórias.


Gula
Qual o livro que você devorou sem vergonha?
Ah, tem tantos que fica até difícil falar... Mas este ano, posso citar Terra Ardente, que foi uma leitura rápida e que eu achei fantástica, e Destino Íntimo, ambos de autoras nacionais que me encantaram.


Preguiça
Qual o livro que você tem negligenciado devido à preguiça?
Vixi, estou descobrindo que não sou mulher de pouco... rsrs
Mas acho que é A Última Grande Lição, livro que minha irmã ganhou há anos e que eu nunca peguei para ler... E olha que é curtinho!

Orgulho
Qual o livro que você tem orgulho de ter lido?
Vários clássicos nacionais que são ignorados, como Inocência, Amrik, entre outros.

 

Luxúria
Quais atributos você acha mais atraente em personagens masculinos e femininos?
Atitude, em primeiro lugar. O resto pode depender, mas se tiver atitude já é 70% do caminho. 

Inveja
Quais livros você gostaria de ganhar de presente?
Ah, fala sério! Eu queria muito, muito Calafrio, A Viajante do Tempo (quase nada, né), A garota dos pés de vidro, Sangue e Chocolate, Belo Desastre, a série As lendas de Yelena Zaltana, e muitos mais (não vou nem colocar fotos ;x).

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Editora Dracaena lança clássico de ficção científica


Livro que deu origem ao personagem Buck Rogers é lançado pela
primeira vez no Brasil


Armageddon 2419 DC - Philip Francis Nowlan

Um homem jogado em uma guerra 500 anos à frente do seu tempo.
Quando saiu para supervisionar as minas subterrâneas naquele dia, o americano Anthony Rogers nunca imaginou como sua vida iria mudar drasticamente. Vítima de um desabamento, ele acaba desmaiando em meio a gases radioativos e acorda em pleno século 25. Sem conseguir explicar o que de verdade aconteceu, ele começa sua jornada em um mundo completamente diferente daquele que deixou para trás.
Uma realidade cheia de máquinas e tecnologias que ele nunca imaginou existir...

Embarque nesta aventura com Anthony, em uma terra cheia de perigos e contrastes. Um lugar onde os Hans, a Raça Suprema do Oriente, comanda a tudo e todos com mãos de ferro e armamento pesado, destruindo sem piedade os que ameaçam seu domínio.
Nesta realidade, onde os americanos são caçados impiedosamente, você vai descobrir como Anthony Rogers terá um papel decisivo em uma guerra que não era dele, deixando assim de ser apenas um homem, para se tornar um verdadeiro herói.
Originalmente publicado em 1928, pela revista Amazing Stories, este clássico da ficção científica é inspiração constante para muitos escritores do gênero.
Foi uma das primeiras histórias a apresentar elementos muito utilizados pelos autores atuais, como cinturões antigravidade e armas com raios desintegradores.
E para os fãs da boa e velha ficção científica, uma dica: esta é a primeira aparição daquele que mais tarde seria conhecido como o grande herói Buck Rogers.


Outros lançamentos:

Dracaena lança nova edição de Estação Jugular


Estação Jugular – Uma estrada para Van Gogh - Allan Pitz

E se você acordasse pela manhã em um lugar absurdamente estranho, isolado de tudo, fugindo sabe lá de onde e de quem e com a certeza de que, no momento, deve seguir em frente para não ser torrado vivo?
Então entra no único ônibus de uma linha desconhecida, abandonado na velha Estação Jugular e percorre uma estrada sinistra, pincelada por descobertas, medos e anseios humanos que se desenrolam na maior aventura de todas.
Assim ocorre o romance filosófico Estação Jugular, de Allan Pitz, onde um viajante perdido e desmemoriado entra em um ônibus vazio, fugindo do sol inclemente que abandonou o céu e, como em um foco teatral em movimento, tenta queimá-lo.
A partir daí, Franz, o passageiro, segue confuso ao lado do Motorista para encarar a psicodélica jornada final de sua existência.
“Assim como um Van Gogh, Estação Jugular é desconfortável, perturba o normal, desafia o óbvio, nos faz caminhar a esmo, tentar ver o mundo pelo lado inverso do binóculo”.
Dr. Jacob Pétry, autor dos livros O Óbvio que Ignoramos e Ninguém Enriquece por Acaso.

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Augusto no plural – Mateus Oliveira dos Santos

O senhor Augusto sempre pregara ser um excelente pai de família, um bem sucedido empreendedor e um homem exemplar. Acostumado com a ocupada e rotineira vida de um trabalhador brasileiro, mal se deu conta da pressão que sofria de seu próprio estilo de vida.
Ao atropelar um policial por acidente, Augusto, antes dito autossuficiente, vê-se numa situação onde não consegue encontrar uma saída. Como resposta, ele mesmo, materializado à sua frente, aparece para lhe dizer o que deve ser feito. Não bastasse essa forma paranoica dele próprio lhe comandar, logo passa a receber visitas de novos “Augustos”, inexplicáveis aparições dele para ele mesmo que, embora refletissem sua imagem, surgiam somente para lhe contestar suas atitudes, induzindo-o numa busca que havia esquecido há muito tempo: encontrar seu próprio desejo.
Os conflitos causados por estes “Augustos” surgem para o personagem (e o leitor) questionar sua forma de convívio e à que ponto a tradição e conformismo podem interferir na vida de um homem, sem que ele se dê conta de suas atitudes. Uma história para questionar nossa capacidade de controlar nossos atos e a forma como a mente do ser humano comum, ainda deslocado na era pós-moderna, está tendenciada a justificar a mutilação do próprio bem-estar.


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O Último beijo – Cacá Adriane

Jasmim é uma menina, como outra qualquer, que está passando pela adolescência.
Ela tem que lidar com diversos problemas, como o fato de sua mãe ter falecido quando ela nasceu e seu pai nunca estar em casa. Porém, sua vida não é só tristeza: ela tem uma amiga chamada Ana Paula que é aventureira e adora metê-la em confusões. Como se não bastasse, ainda conhece um rapaz, Gabe.
Gabe é instável, cínico, genioso e ridiculamente lindo. Diferente dos outros, rapidamente faz com que Jasmim fique atraída por ele.
Ela estará disposta a dar o que ele pede em troca?! Qual a relação dele com seus pesadelos constantes?! Será que ela realmente sabe quem são as pessoas que ama?!
Conheça essa envolvente história cheia de aventuras, mistérios e romance!
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Lançamento do livro de Gerson Couto no Rio de Janeiro



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A Editora Dracaena está em busca de novos autores para publicação, divulgação e distribuição nacional. Se você escreve ficção, romance, filosofia, psicologia ou literatura infanto-juvenil, envie seu livro para avaliação.

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A Arte da Invisibilidade - Allan Pitz

Sinopse: “A arte da invisibilidade visa condicionar o homem moderno ao intelectualismo de avanço real e lógico, natural, em acordo com sua época. E, ousadia das ousadias, visa trazer de volta o homem pensador, que vagaria pelas prisões hipnóticas sem se deter a nenhuma delas. Apenas isso.” (Skoob)
PITZ, Allan. A arte da invisibilidade. Dracaena, 2011. 132 p.


Há alguns meses, um colega da faculdade perguntou ao professor quais livros clássicos sobre direito e sociedade ele indicaria para ler; o professor citou dois livros, e disse que esse tipo de leitura deveria ser feita em doses homeopáticas, pois as consequências poderiam ser arriscadas, já que esse tipo de leitura quebra alguns estigmas que se tem sobre a sociedade e, para quem não está preparado, pode ser um choque.


"uma mente fantasiosa que gosta de mostrar que é melhor que eu. Mas é minha mente. Então, eu sou melhor do que ela, por possuí-la em mim. Mesmo que ela seja melhor do que eu, quando me possui preso em suas células mentais." (p. 25)

Ler A arte da invisibilidade me deu a impressão de que Allan Pitz passou por esse processo de forma lenta e gradual, como o indicado. Além das várias referências citadas durante a obra, fica perceptível que os pensadores clássicos o ajudaram a visualizar o mundo de uma outra forma, através da "rede".

O livro, que não pode ser classificado em qualquer gênero literário que conheço, também é escrito de maneira singular, como se Pitz estivesse desestrangulando e colocando para fora quaisquer ideias que passam em sua mente, ao mesmo tempo em que tenta atingir seu objetivo máximo: nos fazer conhecer o sistema social hipócrita e lubridioso em que vivemos, que se usa de ferramentas e rótulos para manter a unidade.

"Não devemos querer a morte quando vemos as coisas erradas da vida; devemos é querer a vida, para querer modificar as coisas erradas antes da morte!" (p. 95)

Enquanto faz uso de sua linguagem rápida e ácida para nos manter interessados, Pitz também trabalha figuras de linguagens, analogias e paradoxos, que enriquecem o texto e nos proporcionam frases incríveis a serem refletidas. Elaborando sua "marra de filósofo", como ele mesmo diz, o autor não nos poupa de seus pensamentos mais inúteis que dão certa leveza e graça ao texto. Allan Pitz desmascara-se diante do leitor, critica a si mesmo e discute com sua própria consciência. Talvez seja difícil acompanhá-lo se o leitor não conseguir fantasiar junto com ele e, para uma pessoa extremamente racional, o rótulo de louco excêntríco venha bem a calhar nesta obra.

Não obstante a todas as aparências, cria, em A arte da invisibilidade, uma obra inteligente e crítica, que nos faz pensar sobre o mundo e em nossas atitudes perante ele. Não conheço as demais obras do autor, mas sei que seus romances também fogem do convencional. Esse livro, entretanto, não se trata de um romance, menos ainda de uma leitura leve. É um texto até divertido e gostoso, que pode ser mesmo indiferente dependendo de quem o lê, mas que quer fazer pensar e, para mim, funcionou.

"E vocês, leitores, também são grandes vencedores,
não é à toa que estão com um livro nas mãos." (p. 61)

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Conjunto de Séries #1: Drop Dead Diva


Todo mundo que acompanha o blog há algum tempo certamente sabe que eu nunca fui de acompanhar séries. A única que eu já havia assistido, e amo, é Friends. Não sei se por falta de tempo, de interesse, ou qualquer outro motivo, mas também não sentia muita falta, até porque sempre tenho tanta coisa para fazer, filmes e livros que quero ler, que nunca dei muita atenção.

Mas as coisas mudaram por aqui! rsrs Quem acompanha também sabe que as semaninhas que peguei de férias em julho me permitiram fazer várias coisas que eu não conseguia, como isto. E eu tive sorte: das séries que escolhi para assistir, eu me apaixonei por todas. Talvez até seja uma pessoa fácil de agradar, mas... Não, elas são boas mesmo. E escolhi contar para você hoje um pouco de uma das minhas queridinhas: Drop Dead Diva.

A série estadunidense estreou por lá em julho de 2009 e passou a ser exibida no Brasil, pelo Sony Entertainment, em novembro do mesmo ano. Na história, que mescla drama, comédia e fantasia, Deb (Brooke D'Orsay), uma garota totalmente dentro dos padrões de beleza, loira, alta, magra, sofre um acidente de carro e morre. Ao mesmo tempo, Jane Bingum (Brooke Elliott), uma advogada com QI fora do normal, que vive só para o trabalho, que não se preocupa com a estética e que pode até ser considerada avessa às "regras" de beleza, leva um tiro, em seu escritório, tentando defender seu chefe, J. Parker (Josh Stamberg), e também vem a falecer.

Mas Deb, inconformada em deixar sua vida para trás e, principalmente, sua alma gêmea, Grayson (Jackson Hurst), aperta um botãozinho que a manda de volta para a Terra. O problema é que sua alma habita o primeiro "corpo" vazio, e ela acorda na pele de Jane. Em consequência disso, Fred (Ben Feldman), guardião dos portões do céu, é rebaixado ao posto de anjo da guarda, e passa a acompanhar Jane.

A nova Jane agora tem a personalidade e as lembranças de Deb, com sua ternura e compaixão, mas mantém os conhecimentos e a inteligência anteriores. Brooke D'Orsay é ótima em fazer isso, e a personagem vai ficando cada vez mais bonita enquanto se aceita no novo corpo, vemos isso de maneira gradual. Sem contar que a atriz tem uma voz de dar inveja!

Os únicos que sabem dessa situação são Fred e Stacy (April Bowlby), melhor amiga de Deb. Mas claro que isso não poderia ser assim tão simples. Para piorar, Grayson começa a trabalhar no mesmo escritório de Jane, e ela fica ao mesmo tempo muito próxima, mas muito longe de seu amor.

Drop Dead Diva é, sem dúvidas, uma série muito fofa e deliciosa de assistir. Todos os personagens têm tiradas ótimas e personalidades características, o que mostra ter sido a série bem construída. Não existe, nesse caso, um personagem que não iremos gostar: todos são encantadores ao seu modo, e aprendemos a respeitá-los e admirá-los. Não vou citar nenhum específico para não ser injusta, pois eu fico maravilhada com a maneira fascinante com que os atores dão vida a esses personagens, são ótimos.

Outra coisa que adoro também é que, sendo Jane uma advogada, sempre tem uma situação diferente que ela e seus colegas de escritório precisam resolver. Para mim, que curso a faculdade de Direito, isso é fantástico, mesmo que as coisas sejam bem "fáceis" na série, e que os sistemas jurídicos do Brasil e dos Estados Unidos tenham diferenças gritantes, por seguirem diferentes correntes. Mas é interessante assistir aos desdobramentos dos casos e as soluções para os mesmos.

O mais apaixonante da série, contudo, é que ela me arranca gargalhadas e lágrimas em todos os episódios, e espero não ser a única a fazer isso. Já assisti toda a segunda temporada e sinto que a história fica ainda melhor a cada episódio. Já aviso que é viciante: a série está em sua quarta temporada, e as duas que assisti terminam de um jeito que fica impossível não querer saber como a história continua.

E vocês, já assistiram?

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Especial #4: Simplesmente Pai


Passei um bom tempo, nesta última semana, pensando em um post original e irreverente para neste dia tão especial, Dia dos Pais. E, para ser sincera, ainda não sei qual post seria esse. Pensei em algo como fiz no Dia das Mães ou em fazer uma lista dos melhores pais da ficção. Mas senti que não era o suficiente.
     
Pensei, dentre todos os exemplos com os quais convivemos diariamente, nos pais que existem por aí, e quais deles eu gostaria de ter para mim. Poderia querer um pai carinhoso e apaixonado com Hans Hubermann, que adotou Liesel, a menina que roubava livros, ou um como Charlie, de Crepúsculo, que dizia à Bella que a amava usando das palavras mais poderosas: o silêncio.

Eu poderia ter, mesmo sem querer, um pai como o narrador de Filho Eterno, que ama no seu egoísmo e aprende com seus erros; um pai como Bentinho, que não tinha certeza se era pai; ou ainda, ter um pai que já passou dessa vida deixando sua marca, como o fez Tiago Potter. Não ficaria nada feliz de ter um pai como Zalachenko, da série Millenium, mas talvez gostasse de descobrir que sou filha de um príncipe, como em Diário da Princesa.

Se a vida imita a arte ou o inverso, eu não sei, mas sei que, deixando-se de lado os sobrenaturais de algumas histórias, é totalmente viável que todos esses pais existissem. Alguns filhos que só conhecem seus pais depois de muitos anos, como acontece com Rose, de Academia de Vampiros, e com Cyd, de Pão-de-Mel. Outros, talvez, nem queiram conhecer.

Mas a conclusão principal que tiro ao fazer toda essa reflexão é que não trocaria o meu pai por nenhum desses. Não que ele seja o cara perfeito, mas foi ele que me viu dar os primeiros passos e ler as primeiras palavras no jornal. Foi ele quem me ensinou a andar de bicicleta e tirou as rodinhas em seguida. Ele foi aquele homem que me disse para eu "me virar", mas que sempre ia me buscar em algum lugar quando pedia. Foi ele que não me impediu de tomar um gole daquele vinho que me deixou completamente bêbada. E é sempre ele que torce por mim em sua forma discreta e que fica feliz com minhas conquistas.

Um feliz dia dos pais para o meu, e para os de vocês.

Beijos, Julia.

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Novidades #27: Mais da Bienal

É impossível não sentir esse clima de Bienal, tanto na blogosfera quanto nas redes sociais, não acham? Além das novidades que postei aqui na última semana, recebi vários e-mails referentes a outros eventos e outras atividades, que achei importante dividir com vocês.

1ª) Paula Ottoni, autora do livro Uma princesa em meu lugar, marcará presença no evento no dia 11 de agosto, vendendo os primeiros exemplares de seu novo livro A Destinada, que será lançado no fim desse mês, e pode ser comprado tanto com ela quando no estande da Scortecci Editora.


A autora também estará presente no Encontrão com autores, leitores e blogueiros, que ocorrerá no mesmo dia, na praça de alimentação, às 14h.

2ª) Eliane Quintella, que também estará por lá, enviou um convite a todos:


3ª) A Editora Companhia das Letras anunciou o lançamento de seu novo selo na Bienal, a Seguinte:



Julia.

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Um homem de sorte - Nicholas Sparks

Sinopse: 'Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografia dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela. Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fim de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. prazer de caminhar. Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar.' (Skoob)
SPARKS, Nicholas. Um homem de sorte. Novo Conceito, 2011. 349 p.


Depois de três idas ao Iraque e muito tempo integrando o corpo de Fuzileiros Navais, Logan Thibault sentia-se bem, apesar dos horrores que havia presenciado na Guerra. Sua única ambição, no momento, era desfrutar de um descanso, mas o destino insistia em levá-lo na direção da mulher da foto que encontrara logo que chegou ao campo de concentração, aquela que seu amigo Victor acreditava lhe trazer sorte, mantendo Thibault vivo mesmo quando o perigo se tornava extremo. Agora, cinco meses depois de deixar o estado do Colorado à pé, acompanhado apenas de seu pastor alemão, Zeus, Logan aproximava-se da cidade de Hampton, na Carolina do Norte, onde talvez descobrisse alguma pista sobre a mulher que assinava por "E".

Beth nunca teve problemas de viver em uma cidade pequena. Apesar de ter desistido da faculdade e resolvido que deveria casar quando ficou grávida, logo retomou os estudos e se tornou professora na cidade. O casamento não durou mais que alguns meses, mas lhe deu Ben, uma criança inteligente e adorável. Vivendo com o filho na casa de Nana, Beth ainda ajudava a cuidar dos cachorros e do canil que sua avó desejava manter mesmo depois do derrame que a deixara um pouco debilitada, mas que trazia tanta alegria àquela casa.

Keith Claiton era policial na cidade de Hampton, e vinha da família mais rica e poderosa da região, tanto que chegava a ser temida. Apesar de nem sempre conseguir agradar ao patriarca da família, seu avô, fazia o possível para isso, e se via frustrado vezes demais. Compartilhando a guarda de seu filho Ben com Beth,  passava com o garoto um final de semana a cada quinze dias, mais para agradar ao avô do que a si mesmo.

 
"Logan sorriu e eles ficaram um pouco na varanda, sentindo a noite agradável. O ar úmido já não era tão quente e tinha um aroma de terra: uma mistura de carvalho e pinheiro e a própria terra, um odor que sempre fazia com que Beth se lembrasse de que, mesmo em um mundo em que tudo mudava constantemente, aquele lugar em especial parecia ficar sempre igual.
Tinha consciência de que Logan a tinha observado a noite toda, tentando não encarar, e ela sabia que tinha feito o mesmo com ele. Gostava de ter percebido que ele a achava atraente, porém sem possuir nenhuma urgência ou desejo ansioso que os homens frequentemente demonstravam quando olhavam para ela. Pelo contrário, parecia feliz ao lado dela e, sem saber o motivo, era exatamente isso de que precisava." (pág. 155)


A partir desses três personagens e de seus pontos de vistas, Nicholas Sparks narra Um homem de sorte, uma das histórias mais deliciosas de sua autoria. Diferente da maioria dos livros do autor, a receita muda um pouco. Dessa vez, há um vilão, um final não tão trágico, e uma narrativa baseando-se em várias perspectivas. Com a possibilidade de compreender o que se passa na cabeça de cada protagonista, em virtude dessa narração em terceira pessoa e da visão mais ampla criada nessa obra, cria-se uma ligação ainda mais profunda com os personagens, que não são muitos. Acho incrível a capacidade de Sparks de criar personagens tão intensos, sem faltar detalhe algum ou sem nenhum "furo" na personalidade.

Beth, além de se mostrar uma mulher batalhadora, já que teve de enfrentar adversidades e desilusões em sua vida, mantinha a doçura e não deixava de lado os sonhos, mesmo quando precisava se manter serena. Se dedicava integralmente ao filho e à avó, e fazia de tudo o possível para deixá-los feliz, o que se convertia também na sua felicidade. A única coisa que faltava nessa equação era alguém seu, alguém que também fizesse o mesmo por ela.

Logan se tornou um dos personagens mais apaixonantes que Nicholas criou, em minha opinião. Um homem centrado, silencioso, misterioso. Forte e decidido. E que chega de mansino, para nunca mais voltar. Zeus, seu fiel companheiro, tinha alguma ligação misteriosa com o dono, além da amizade canina. Era como se eles se completassem, e fiquei fascinada com a maneira límpida e razoável que o autor conseguiu passar isso na obra.

Ben era uma criança diferente dos garotos da sua idade. Inteligente e divertido, sempre entretendo com as idéias originadas na criatividade da infância. Nana, da mesma forma, mantinha um brilho de quem já viveu e viu muito da vida, e que mantinha a fé no amor e na humanidade. Várias de suas passagens são de rir e de se tirar várias mensagens.

Claiton, por sua vez, não me pareceu um homem mau. Tive a impressão de ser um pobre coitado que fazia de tudo para manter as aparências para agradar para a família, mas que não teve a oportunidade de mostrar seu verdadeiro valor. Era um frustrado, como muitos por aí, que desconta seus problemas nos que o rodeia e vive a vida apenas em fantasia.

Um livro que nos prende a cada página, marcante por ser leve, divertido e romântico.

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Novidades #26: Bienal de São Paulo

Ei pessoal, a Bienal do Livro de São Paulo está se aproximando e são várias as novidades todos os dias, não é mesmo? Eu, infelizmente, não poderei participar, mas trouxe muitas informações dos parceiros aqui do blog que estarão lá.

1ª) A Editora Novo Século está com sua programação fechada, com muitos lançamentos e sessões de autógrafos agendadas. Quem quiser saber mais sobre a agenda da editora é só clicar na imagem:


Além disso, a Novo Século também traz os lançamentos do mês de Julho. Quem quiser ler os primeiros capítulos, é só clicar nas capas:

 

 
 


Quem quiser conhecer os demais lançamentos da editora no último mês clique AQUI.


2ª) A autora Eliane Quintella confirmou sua presença no estande da Editora Novo Século, Rua H70, no dia 16 de agosto, das 19h:30 às 20h:30, bem como nos finais de semana.


3ª) A autora Valentine Cirano também marcará presença na Bienal, de 15 a 18 de agosto, nos estantes da Editora Biblioteca 24h e da Companhia das Letras (Rua C50 e C60), nesta última para lançar seu infanto-juvenil "A Era dos Dragões".



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Terra Ardente - Janice Diniz

Sinopse: Karen tem má fama na cidade. Envolvida com corridas de cavalo, dívidas que podem levá-la à falência e uma vida afetiva que segue a regra dos três encontros e nunca mais, ela não pode fracassar. No seu encalço, dois fazendeiros ambicionando tomarem-lhe a propriedade. Com a vida em risco e sozinha num lugar hostil, ela tenta sobreviver e cuidar da avó e do filho. Se for preciso, seduzirá o delegado de polícia de Matarana para protegê-la – um caubói da lei que se comporta como um xerife durão do velho-oeste americano. Mas Karen não é a única mulher em apuros. A jornalista Nova Monteiro investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. Abandonou o sudeste para ficar ao lado do homem que ama desde a infância. Um amor que tem tudo para não se concretizar. O que Nova não sabe, porém, é que, segundo boatos, a chuva de cinzas na estação do estio não é somente das queimadas, mas também dos corpos dos forasteiros que se metem com os poderosos da região. Assim, ela faz duas descobertas: que luta pela causa errada e que o amor verdadeiro é um sentimento bruto que pode nascer do medo. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um romance country contemporâneo com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras. A humanidade posta à prova em situações-limite. (Skoob)
DINIZ, Janice. Terra Ardente. Matarana #1. Independente, 2011. 286 p.


Matarana é uma cidade localizada no cerrado brasileiro, com terras muito produtivas nas mãos de poucos latifundiários. O clima quente e as estações peculiares da região centro-oeste, junto à guerra silenciosa e cotidiana pelo poder e pela sobrevivência, faz com que os que vivem no lugar, todos forasteiros, tenham que aprender ao seu próprio modo maneiras de se defender.

Karen, por exemplo, não é exatamente o que se pode chamar de mulher decente. Com um filho de 15 anos e amante do segundo homem mais rico da região, Thales Dolejal, em virtude de negócios, deixa-se governar apenas por seus impulsos, inclusive quando eles a levam a "enfeitar" a cabeça desse homem. Um caubói em pele de mulher, não admite perder para homem, mas sabe que seria considerada um canalha se fosse de outro sexo. Por essas razões, aceita bem a denominação que recebeu de "vaca-louca".

Nova, por sua vez, enterrou a carreira jornalística que tinha em Belo Horizonte e deixou tudo para trás para não sair do lado do homem que amava, Doutor Cristiano. Mas quem pensa que o veio acompanhando como sua mulher não poderia se enganar mais. Ele a olhava apenas como amigo, e o medo de o perder, de uma maneira ou de outra, a deixava resignada com a sorte que tinha. O medo era, por mais irônico que pareça, o que movia sua vida.

E a partir da vida que levam essas duas mulheres intrinca-se uma teia de outros personagens tão complexos quanto, como Rodrigo, o delegado de polícia viúvo e charmoso, que vive com sua irmã Valéria e sua sobrinha Sabrina; Franco, o diabo-loiro capanga de Dolejal, que tem pouco mais de vinte anos, mas uma frieza rara; Mendes, Coronel Marau, Lucas, Bronson, e vários outros que desempenham papéis fundamentais nessa história.


"[...] Quem gostava de meter a mão numa colméia: tinha Karen. Não duvidava que tivesse ido à fazenda para atirar em Dolejal. E também não duvidava que se ele soubesse que ela o faria, jamais teria ido a leilão algum. Estaria lá, à espera. Que tipo de amor havia entre eles? Parecia mais com orgulho, com uma queda-de-braço. O primeiro que precisasse do outro: perdia." (pág. 67)


Talvez a melhor maneira de definir a forma como a narrativa de Janice Diniz se desenha em Terra Ardente seja pelas características da própria Matarana: árida, ríspida e seca, sem economizar na língua afiada que se vê nos moradores, na ironia por trás de cada palavra, e quente; pegando fogo, como as queimadas frequentes naquela terra. E é por essa intensidade colocada em cada vírgula da história que não se torna possível deixar de se envolver.

Um faroeste diferente e cativante, com a medida exata de ação, mistérios e romance. Janice conseguiu montar toda a obra com pausas nos pontos certos, que nos deixam ansiando por mais o tempo todo. Narrado em terceira pessoa, permite conhecer mais a fundo cada personagem. E mesmo quando a narrativa leva por um caminho totalmente diferente do que se espera e se imagina, é possível se flagrar diversas vezes com um sorriso bobo ou apaixonado no rosto.

Eu odiei profundamente cada personagem. E os amei ainda de maneira ainda mais impetuosa. Porque por trás de cada máscara que eles ergueram para tentarem se proteger dos mais fortes, talvez até de si mesmos, havia uma humanidade infinita, que tornava a todos belos e apaixonantes. Esse contraste tão bem delineado pela escrita da autora foi uma surpresa maravilhosa, principalmente porque ela criou, por meio de suas palavras, humanos: com momentos de força e fraqueza, de amor e ódio, de acertos e erros.

E surpreendo a mim mesma dizendo isso, mas eu já ficaria satisfeita se a série se resumisse a esse livro, pois ele foi tão perfeito e significativo que dispensaria continuação. Mas esta existirá e, claro, há pontas soltas a serem resolvidas. Então só posso torcer para que Céu Chamas venha logo e ainda melhor que o primeiro, para matar saudades de todos os caubóis que me deslumbraram. Para os que não leram, estão esperando o quê?

~~*~~*~~

E para os que comentarem na resenha, farei sorteio de um marcador, como este.

Só peço para deixarem um endereço de e-mail ou twitter para que possa entrar em contato, ok?


Agradeço à Janice Diniz por me permitir participar do book tour.

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