Contos de meninos e meninas, contos de homens e mulheres - Marcos Petry


Sinopse: Relatos e vivências de um grupo de habitantes de Belo Lago ora se cruzam ora estão distantes. Todos buscando tirar o melhor em suas vidas... Entre eles uma força quase opressora cresce em silêncio: Misto de medo e apreensão ante suas adolescências, aumentado pela influência de seus gadgets, aos quais acabam atribuindo valores vitais. O tempo pode se revelar um fator chave no entendimento de si próprios e no fortalecimento pessoal... Pode também fazê-lo de maneira efêmera pois, como descobrirão, a tecnologia não pode esperar por eles, nem tão pouco a própria vida! (Skoob)
PETRY, Marcos. Contos de meninos e meninas,contos de homens e mulhres. Editora Chiado, 2016. 154 p.

Nos últimos dez anos, a tecnologia invadiu nosso meio de vida de uma forma quase que epidêmica. Hoje em dia, praticamente todos possuem um celular, ou mais de um, o que permite uma conexão permanente com a Internet, que, por sua vez, serve de meio para compartilhar todo o conhecimento do homem em tempo real.

Mas não é apenas o celular. Vídeo Games cada vez mais imersivos, televisões que permitem escolher o que você deseja assistir, automóveis que estacionam e dirigem sozinhos, impressoras que reproduzem praticamente qualquer forma material, cinemas que exibem filmes com uma qualidade de imagem mais nítida do que o olho humano consegue ver, entre muitas, muitas outras tecnologias. Tudo isso, faz que com as pessoas interajam cada vez menos umas com as outras, uma vez que as horas do dia são insuficientes para tanta informação e tantas opções.

É basicamente desse cenário que Contos de meninos e meninas, contos de homens e mulheres trata. As várias histórias da obra, exploram essa imersão tecnológica e o quanto eles podem ser prejudiciais, ou não. Como por exemplo, a menina que está olhando para o celular e acaba caindo dentro de um buraco; ou a garota que fica em dúvida de como atuar em uma peça de teatro devido ao que os amigos das redes sociais irão pensar; a paranoia em busca de curtidas em fotos postadas; a facilidade de comunicação usando aplicativos de mensagens, para quem não consegue se expressar verbalmente; a tecnologia que pode existir dentro de um pequeno chip, entre outras.

Os contos narram situações que acabam sendo corriqueiras no dia a dia de pessoas consumidas pela tecnologia, seja como forma de lazer, seja como profissão. Para isso, o autor usa uma narrativa simples, embora sem muitos diálogos ou descrições.

Vale informar que o autor, Marcos Petry, é dono de uma história ímpar. Jovem, precisou lutar contra uma lesão cerebral e, mais tarde, foi diagnosticado com autismo. Foi através da escrita que ele conseguiu direcionar sua vida e seus sonhos. Sua obra, reflete um pouco do que ele pensa sobre nossa sociedade e sobre o comportamento das pessoas.

Só por isso, já vale uma leitura!

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#Fui - Viviane Maurey

Sinopse: Lully vai viajar!
E não é uma viagem qualquer: ela vai passar quatro meses em um intercâmbio nos Estados Unidos e mal pode aguentar tanta ansiedade. Vai ser a primeira vez que ela vai passar tanto tempo longe de casa, ver neve e aproveitar todas as maravilhas que o País do Cheesebúrguer pode oferecer… A única parte difícil é esconder toda essa animação de seu namorado, Eric, que está compreensivelmente enciumado e nada satisfeito com o fato de a namorada ir viver tanta coisa nova longe dele.
Logo nos primeiros dias em Lake Tahoe, Lully já descobre qual será sua rotina: MUITA neve no hotel onde vai morar, MUITA neve na estação de ski onde vai trabalhar e MUITA neve para gelar as cervejas das festas que os novos amigos não cansam de organizar. É tudo muito diferente da
vida que levava no Brasil, mas, apesar de às vezes parecer difícil se adaptar, Lully está se dando muito bem.
Mas isso é só até ela se ver obrigada a fazer uma escolha determinante para o resto de sua vida. A viagem acaba revelando o quanto suas certezas e seguranças podem ser frágeis, e que quem parte em uma grande jornada, dificilmente voltará a ser a mesma pessoa de antes…(Skoob)
MAUREY, Viviane. #Fui. Globo Alt, 2017. 360 p.


Solicitei #Fui sem saber muito sobre o livro além do que diz a sinopse. Não tinha visto nenhuma resenha ou comentário que pudessem embasar minha escolha, mas, sinceramente, a capa já tinha me convencido. A trama tinha um potencial enorme e um enredo envolvente, mas a leitura não foi tão boa quanto eu esperava.

O livro conta a história de Lully, que está empolgada para viajar em um intercâmbio para Lake Tahoe, nos Estados Unidos. É a primeira vez que ela vai ter que se virar sozinha e ficar tanto tempo longe de casa, mas só o fato de sentir frio e ver neve de verdade a deixam ansiosa pela experiência. O problema é ter que deixar Eric, seu namorado, que está visivelmente desconfortável com essa viagem.

"- Tá ansiosa? - pergunta Eric.
Esboço um sorriso gentil e faço que sim com a cabeça. É difícil estar animada e tentar não demonstrar. É como ser o primeiro em uma competição, querer comemorar e, ao mesmo tempo, tentar não ser indelicado com os outros participantes, sabe?"


Meu maior problema durante a leitura foi, sem dúvida alguma, a protagonista, por três principais motivos. O primeiro deles é que Lully tentava ser engraçadinha o tempo todo e falhava miseravelmente. No meio de uma narrativa, era comum ela se interromper para fazer uma piadinha, quase sempre sem graça. E não era nem por ser piadinha nerd (que eu gosto, aliás), mas por ser irrelevante e de humor forçado. Sabe aquele cara da turma que tenta ser engraçado e se torna chato? Então. Eu gosto do humor espontâneo, daquele que nem sempre se vê de cara, é esse que me diverte.

A segunda razão para meu bloqueio com a protagonista é que ela se achava a diferentona - a única nerd do grupo, a única que conhecia livros, a única que acompanhava séries ou filmes, a única que não curtia balada, e por aí vai. E o pior era quando ela fazia referências sobre filmes e séries e, achando que o leitor não iria entender, mandava "dar um google", e isso ocorre algumas vezes durante o livro. Ou ela subestima o leitor, ou se acha mesmo nesse aspecto, porque entendi todas as referências sem precisar pesquisar e nem me acho nerd.

Por fim, Lully era um bocado reclamona e, minha nossa, que coisa chata! Era o aquecedor que não estava bom, era a louça que não estava lavada, era o mundo que não gostava dela, e por aí vai. A garota criticava o comportamento de todo mundo como se o dela fosse o correto e achava que todo mundo tinha que mudar, menos ela. Era a vítima em tudo, mesmo quando o assunto não tinha nada a ver com ela.

Por isso, quando essas três coisas apareciam no texto, eu não tinha nem dúvidas: passei a pular os parágrafos (ou páginas) sem dó, e não fizeram falta alguma na leitura. Não tenho paciência para mimimi.

"- Você acha que vamos ser muito diferentes daqui a quatro meses? - pergunto, fazendo Blue levantar a sobrancelha.
[...]
- Não tenho dúvidas. Acho que não tem como não mudar. Não só porque estamos longe de casa, mas porque a gente muda o tempo todo. A diferença é que, quando convivemos com alguém todos os dias não percebemos muito essa mudança, só, de repente, quando surge algum assunto que não é tocado há muito tempo e a resposta da pessoa te surpreende de alguma forma, aí você para e pensa: 'Nossa! Como o fulano mudou!'. Mas a mudança sempre esteve ali, na nossa cara. A gente que não presta atenção"

Por outro lado, preciso ser justa, o livro tem coisas boas também. A escrita de Viviane Maurey é rica, detalhada na medida, o suficiente para nos envolver no mundo de Lully sem tornar a leitura cansativa. Apesar de não gostar de frio e nem me imaginar na neve, consegui sentir como se estivesse em Lake Tahoe.

Além disso, adorei as cenas românticas escritas pela autora. Acho incrível quando a narrativa nos permite sentir o mesmo que os personagens, coração acelerando e tudo o mais, e Viviane consegue imprimir isso no seu texto.

"- E se eu me perder no caminho?
- Lully, se tem uma coisa que eu aprendi na vida, e olha que sou bem mais velho que você, é que a única coisa que realmente vale a pena é se perder. Não sei se é o sentido da vida, do universo e todo o mais, mas andar pelos caminhos seguros e previsíveis nunca levou ninguém a nada. Se encontrar é que é a questão."

O que mais gostei, porém, foi o crescimento da personagem durante a história. Lully saiu de casa como uma menina insegura, frágil, que preferia não falar para não se incomodar, mas acabou ganhando força com o decorrer dos acontecimentos, se tornou mais independente e proativa. E, no fim das contas, ganhou ainda um final fofinho e cheio de romance.

#Fui tem seus altos e baixos, mas é uma leitura despretensiosa sobre crescimento e mudanças, sobre as possibilidades do caminho, com um toque de romance para os mais apaixonados. A Edição ainda é uma graça, cheia de detalhes e divisões que tornam o livro lindo.

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Mitologia Nórdica - Neil Gaiman

Sinopse: Neil Gaiman tem sido inspirado pela mitologia antiga na criação dos reinos fantásticos de sua ficção. Agora ele volta sua atenção para a fonte, apresentando uma versão bravura das grandes histórias do norte.
Na mitologia nórdica, Gaiman permanece fiel aos mitos ao prever o maior panteão dos deuses nórdicos: Odin, o mais alto dos altos, sábios, ousados ​​e astutos; Thor, filho de Odin, incrivelmente forte, mas não o mais sábio dos deuses; E Loki-filho de um irmão de sangue gigante para Odin e um malandro e insuperável manipulador.
Gaiman modela essas histórias primitivas em um arco romântico que começa com a gênese dos nove mundos lendários e mergulha nas façanhas de deidades, anões e gigantes. Uma vez, quando o martelo de Thor é roubado, Thor deve disfarçar-se como uma mulher - difícil com sua barba e enorme apetite - para roubá-lo de volta. Mais pungente é o conto em que o sangue de Kvasir - o mais sagaz dos deuses - se transforma em um hidromel que infunde bebedores com poesia. O trabalho culmina em Ragnarok, o crepúsculo dos deuses e o renascimento de um novo tempo e de pessoas.
Através da prosa hábil e espirituosa de Gaiman surgem esses deuses com suas naturezas ferozmente competitivas, sua susceptibilidade a ser enganados e enganar os outros e sua tendência a deixar a paixão inflamar suas ações, fazendo com que esses mitos há muito tempo respirem uma vida pungente novamente. (Skoob)
GAIMAN, Neil. Mitologia Nórdica. Editora Intrínseca, 2017. 288 p.


Há algum tempo Neil Gaiman vem me chamando a atenção, mas até agora não tinha tido uma boa oportunidade para ler um de seus livros. Isso mudou quando a Editora Intrínseca publicou Mitologia Nórdica e não tive dúvidas da minha escolha para leitura, afinal, havia na obra duas coisas que eu queria conhecer: um livro de Gaiman e um pouco mais sobre mitologia.

Sempre gostei de mitologia, tanto que adorei as versões criadas por Rick Riordan, mas não tive oportunidade de ler ainda a série Magnus Chase e os Deuses de Asgard e nunca tive contato com algo confiável sobre mitologia nórdica. Claro que assisti aos filmes de Thor, mas não fazia ideia que essa trama provinha de mitologia e, agora que li o livro, acho até que a versão cinematográfica tomou muitas liberdades criativas.

"- Loki - explicou. - Isso é obra de Loki.
- Como pode ter tanta certeza? - indagou Sif, passando a mão pela cabeça careca compulsivamente, como se toque delicado de seus dedos fosse fazer o cabelo voltar a crescer.
- Porque, sempre que alguma coisa estranha acontece, penso logo que é culpa de Loki. Poupa muito tempo - explicou o deus."

Mitologia Nórdica é organizado em contos independentes entre si, mas que acabam por formar uma história sobre o começo, o meio e o fim do mundo - o Ragnarok. Visto como um todo, o livro parece um romance que resume a história dos deuses, rememorando as passagens mais importantes. Uma das coisas que eu mais gosto nesses mitos é ver novas versões sobre a criação do universo, as explicações que são dadas para a origem de tudo, e isso está presente no enredo de Gaiman.

A linguagem do livro é simples, o que facilita a leitura e, somada à estrutura dos contos, envolve muito o leitor. A obra pode ser lida em poucas horas, sem dificuldades. É uma delícia acompanhar as aventuras dos deuses de Asgard e o toque de humor que o autor insere nos seus contos, principalmente quando descreve as trapaças de Loki, permite umas boas gargalhadas. Minha impressão, a partir do texto de Gaiman, era que Loki queria se divertir às custas dos outros, ainda que isso custasse caro.

"E agora você sabe: foi assim que os deuses ganharam seus maiores tesouros. Foi por causa de Loki. Até o martelo de Thor foi culpa de Loki. Com ele, era assim:havia ressentimento até mesmo junto à maior gratidão, e havia gratidão mesmo no momento em que ele era mais odiado."

Há também um relevante capítulo de Apresentação antes de começar a leitura, no qual o autor explica porque aborda os mitos da forma como aborda, cita as histórias que se perderam durantes os anos e afirma tentar manter os mitos o mais próximo possível do original. Também traz várias curiosidade sobre a mitologia nórdica e como ela influenciou algumas coisas que perduram até hoje, como o nome dado aos dias da semana (em inglês).

Mitologia Nórdica é uma ótima leitura para os fascinados por mitologia e, mesmo para quem não gosta tanto, tenho certeza que não vai nem sentir que está lendo sobre isso com esse livro. Além do mais, só pelo fato de ter um edição tão linda como essa na estante, tenho certeza de que vale a pena dar uma chance.




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Book Haul - Julho

Oi meus queridos, como vocês estão?

Ainda faltam alguns dias para julho acabar, mas eu não vou conseguir passar na caixa postal ainda essa semana, então esses são todos os livros que chegaram durante o mês. Tem muita coisa boa, espia só:


A Poção Secreta foi recebido em parceria com o Grupo Editorial Pensamento, mas publicado pelo selo Jangada. A Edição do livro é absurda de linda, fiquei apaixonada, mas tiver que enviar para ser resenhado pela Marcelle.


Os lançamentos de junho e julho da Novo Conceito também chegaram por aqui. Um verão para recomeçar está na minha fila de leitura e Provence será lido e resenhado pela Marlene. 


Também chegou a edição impressa de Caraval e, gente, que coisa mais linda! A capa é cheia de efeitos e olha que a edição nem é capa dura. A resenha do livro pode ser lida aqui.


Outros livros lindíssimos chegaram da Editora Pandorga. Fiquei com Cinder & Ella, que está na lista de leitura, e Rainbow também foi enviado para a Marcelle para resenha.


Ainda da Editora Pandorga, chegou Amor de todas as formas, um livro de contos escrito por quatro autoras nacionais que será lido pela Débora.

Outros livros também foram recebidos em parceria, mas não pude tirar fotos porque seguiram direto para as colunistas, como é o caso de O torcicologologista, excelência, enviado pela Editora Dublinense para a Alessandra, e Meus dias com você, da Editora Arqueiro, que chegou para a Marlene.

Quais desses vocês gostariam de ler? E quais querem a resenha logo?

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Anjo de Quatro Patas - Walcyr Carrasco

Sinopse: Uma linda história de amor e amizade entre um homem e seu cachorro.

Neste livro, o escritor Walcyr Carrasco registra os momentos mais engraçados e comoventes vividos ao lado de Uno, um cão que, além de um simples companheiro, tornou-se um verdadeiro amigo, ensilhou-lhe a enxergar as pessoas de outra maneira e, sobretudo, devolver-lhe a alegria de viver. Entre mordidas e lambidas, você irá rir e se emocionar com as aventuras desse anjo de quatro patas que renovou a rotina e os sentimentos de seu dono. (Skoob)
 CARRASCO, Walcyr. Anjo de Quatro Patas. Editora Gente, 2008. 196p.


Eu não sou uma pessoa de animais de estimação. Eu até já tive vontade de ter cachorros, mas depois de ter outros bichinhos em casa, eu descobri isso. Mas ainda assim, eu adorei o livro e senti um pouco do que o autor tenta transmitir.

O Uno foi personagem de outro livro do Walcyr, que eu amo, chamado Mordidas que Podem Ser Beijos. Aquele é mais ficção, porém. E esse aqui ele descreve como sendo fatos verdadeiros e ao mesmo tempo ficção, pela escolha dos fatos, o encadeamento, etc. No trecho abaixo dá para ver que o tema das mordidas continua.

 "Surpreendi-me ao descobrir que mordia delicadamente, com carinho. Ficou algum tempo lambendo e dando pequenas mordidas na minha orelha.
Minha tristeza foi substituída por um sentimento de alívio. Abracei-o. Afundei a cabeça nos seus pêlos.
-Meu amigo! - murmurei.
Descobri que não estava mais sozinho."

Esse husky siberiano veio num momento em que Walcyr precisava muito de alguém e ele mudou a vida dele. Não vou falar muito sobre isso porque quero que vocês descubram.

Além do que foi escrito especificamente para o livro, há algumas crônicas sobre o cachorro que foram publicadas em revistas, o que dá uma vibe meio Marley e Eu. Eu acredito que quem gostou dele, pode gostar de Anjo de Quatro Patas também.  

O livro é divertido e emocionante. E eu adoro a escrita do Walcyr de novelas a livros. Tem situações que provavelmente muitos donos de cachorro irão se identificar, e outras que farão os antissociais para animais (termo estranho que eu acabei de inventar pra não dizer anti-animais porque seria meio pesado) como eu terem ainda mais certeza de que não nasceram para isso, mas às vezes, vão até fazê-los duvidar.

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Nova Ordem - Chris Weitz


Sinopse: Jefferson, Donna e seus amigos descobriram que os adolescentes não são os únicos que sobreviveram ao vírus e, em meio ao caos do resgate da Marinha, eles se separam. Jefferson volta para Nova York e tenta levar a Cura para a tribo da Washington Square, enquanto Donna vai parar na Inglaterra, onde se depara com um mundo pós-Ocorrido inimaginável. Mas um desastre ainda maior que a Doença está prestes a acontecer, e Donna e Jefferson só poderão evitá-lo se acharem o caminho de volta um para o outro.(Skoob)
WEITZ, Chris. Nova Ordem. Editora Seguinte, 2015. 266 p.

Uma das melhores leituras que tive em 2015, foi de Mundo Novo. É uma distopia criativa, com personagens cativantes, ação incessante e um final que deixa o leitor apreensivo. Por isso, estava ansioso para sua continuação, Nova Ordem. Tenho ela na minha estante há bastante tempo, mas não lia por apenas um motivo: queria saborear a nova aventura e tinha receio de não ser tão boa quanto a primeira.

E realmente não é. Infelizmente.

A narrativa permanece igual, com capítulos alternados entre os dois personagens principais, Jefferson e Donna, e mais um ou outro de algum personagem secundário. Após os eventos do primeiro livro, todos são levados para um porta-aviões americano, onde algumas das perguntas sobre o que aconteceu com o mundo são respondidas. Mas quando eles pensam que as coisas podem melhorar, logo descobrem que não é bem assim.

Então, a turma é dividida: Jefferson e os outros voltam para Nova York em busca de uma forma de entregar a cura para os jovens, além da busca de um determinado artefato; e Donna é enviada para Londres.

Assim, o leitor acompanha o que ocorre nesses dois lugares, mas a parte de Jefferson é uma repetição de muita coisa do primeiro livro. Não apenas pelo reencontro com os mesmos personagens, mas de situações mesmo, inclusive a volta de alguém que não é muito bem explicado o motivo de ter voltado.

Já a parte de Donna é o que salva o livro. Ela se envolve em uma trama misteriosa, recheada de traições e malícia, e está sozinha. Assim, acompanhamos apreensivos a forma como ela poderá enfrentar cada uma das situações que aparecem, e como ela poderá se livrar delas, praticamente sem ajuda de ninguém. E mais, como ela fará para reencontra Jefferson e os outros amigos.

Mesmo assim, essa parte interessante de Donna, não é suficiente para salvar uma história que começou de forma esplêndida. A sensação que fica, é que o autor está enrolando para conseguir chegar no terceiro livro. E é um fato de que o livro do meio de uma trilogia, bem como um filme, é o mais complicado de ser feito, porque ele precisa reunir as informações necessárias para completar o primeiro e iniciar o terceiro.

Felizmente, esse terceiro já está nas minhas mãos e já comecei a leitura. Em breve, resenha do fechamento dessa trilogia!

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Promoção: Dia dos Pais Literário


Oi, gente!!!

hoje começamos mais uma promoção em conjunto com os nossos blog amigos para dar aos nossos seguidores livros de presente no Dia dos Pais. 

Ah, mas você não é pai??? Tudo bem, não esquenta! Isso é só um pretexto porque a gente gosta mesmo é de ver os nossos seguidores felizes!!!

Regras:
- Você deve seguir todas as opções obrigatórias que tem no formulário. Depois que segui-las, abrirá as opcionais. Quem não cumprir qualquer das regras obrigatórias do kit será desclassificado;
- O ganhador de cada kit deverá responder o e-mail com seus dados no prazo de 48 horas. Caso não responda, o kit será sorteado novamente e um novo ganhador gerado;
- Os blogs terão até 30 dias úteis para o envio dos prêmios, não se responsabilizando por extravios ou danos de responsabilidade dos Correios;
- Caso o livro retorne, pois não teve quem o recebesse no endereço enviado, não será feito o reenvio;
- A promoção começa hoje, 23/09, e encerra no dia 20/08.
- Residir em território nacional.
- Onde se diz "Visitar esta página", é necessário curtir a mesma.
- O resultado será divulgado em até 10 dias após o fim do sorteio.
- Somente um ganhador levará o Kit pra casa.
- Não será aceita a participação de perfis fakes ou exclusivos para promoções, o mesmo será desclassificado caso insista em participar.
- Este sorteio é de caráter recreativo/cultural, conforme item II do artigo 3º da Lei 5.768 de 20/12/71 e dispensa autorização do Ministério da Fazenda e da Justiça, não está vinculada à compra e/ou aquisição de produtos e serviços e a participação é gratuita.


Minha Velha Estante - Kit com 50 marcadores diversos
Blog Tamires de Carvalho - Livro e Dvd Como eu era antes de você
O Maravilhoso Mundo da Leitura - Bela maldade
Conversa de Livro - O perfume da folha de chá
Peregrinos da Noite - marcadores



Tô Pensando em Ler - De novo, dois segundos para o amor
Conjunto da Obra - A descoberta da Currywurst
Psiu, vem ler - O homem de São Petersburgo
Feed Your Head - Star Wars - A origem e a lenda de Obi-Wan Kenobi
Gettub - Milagre Obscuro



Conduta Literária - Enfeitiçadas
Meu Vício em Livros - O sol também é uma estrela
Da Imaginação à Escrita - Quem, eu?
Histórias Sem Fim - Três Vezes Nós
Cinco das Artes - A luz através da janela


Ler Para Divertir - Nós para sempre
Livro Lab - Sempre haverá você
Ensaios de uma leitura - Em busca de um final feliz
Uma Conversa Sobre Livros - Paixão ao Entardecer
O Literário - Aprendendo a confiar

Minha Velha Estante - A entregadora de cartas
Gata Leitora - Frida
Pilha flutuante - Boa noite
Eu Pratico Livroterapia - Imperfeitos
Vida e Letras - Lennon

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Até que a culpa nos separe - Liane Moriarty

Sinopse: Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes.
Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas - não daquele dia, mas da vida inteira.
Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária. (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
MORIARTY, Liane. Até que a culpa nos separe. Editora Intrínseca, 2017. 464 p.


Graças à parceria do blog com a Editora Intrínseca, tive oportunidade de ler todos os livros de Liane Moriarty logo que eles foram publicados aqui no Brasil e tanto O segredo do meu marido quanto Pequenas Grandes Mentiras foram leituras que me envolveram e me surpreenderam, cada uma a seu modo. Quando soube do lançamento de Até que a culpa nos separe, fiquei ansiosa para conhecer essa nova história, que mantém a qualidade dos demais livros, com um pequeno porém: tenho a sensação de que, desta vez, ela foi boazinha demais.

Até que a culpa nos separe conta a história de três casais - Erika e Oliver, Clementine e Sam e Vid e Tiffany - que vêem suas vidas mudarem em uma tarde comum num churrasco na casa de Vid. Como nas outras obras da autora, sua narrativa intercala o passado e o presente para contar o que aconteceu, sem dar detalhes sobre qual o foi o incidente que fez tudo mudar e para o qual cada personagem carrega sua própria culpa.

Para descobrir, é preciso acompanhar a vida desses casais antes e depois daquele dia, ver tudo o que levou àquele momento e saber as consequências dele antes mesmo de saber o que de fato ocorreu. Essa construção prende o leitor e aguça a curiosidade, afinal, o que teria acontecido? É a ansiedade por saber mais que leva a leitura ao ápice e é angustiante demais não saber. Tive diversos palpites segundo as pistas deixadas no texto, mas nenhum se concretizou.

Embora o enredo de Até que a culpa nos separe seja bom como os demais livros da autora, devo admitir que estava esperando algo bem impactante para o mistério da trama, o que não aconteceu. O problema, para mim, foi que, depois de passado o susto inicial, minha reação foi de desapontamento e meu principal pensamento foi algo como "foi só isso?". Não que a situação não tenha sido grave ou que o comportamento dos personagens não se justificasse, mas eu senti como se tivesse sido enganada, com muito drama se, no fim, tudo ficou bem.

Esse pequeno contratempo às minhas expectativas de leitura não torna o livro menos atraente, mesmo porque os aspectos mais interessantes dos textos de Liane Moriarty são as estruturações psicológicas dos personagens. Percebi que a autora tem um padrão de narrar sempre por três perspectivas e, nesse livro, seu enfoque foi sobre os três casais.

É possível visualizar os personagens a partir de dois panoramas diferentes, o social e o individual. Embora todos eles se mostrem extremamente sociáveis, como se cumprissem seu papel e agissem corretamente uns com os outros, há sempre a análise intrínseca dos personagens, seus pensamentos mais íntimos, sejam eles socialmente aceitáveis ou não. E Liane não nos poupa de conhecer os pensamentos mais cruéis e egoístas dos personagens que criou, mas mostra que eles não se resumem a isso, o que os torna mais humanos, com todas as suas qualidades e defeitos.

A construção dos personagens vai ainda além disso: a narrativa chega ao âmago de cada um, às origens de seus piores problemas, ao trazer a tona lembranças desde a infância que justificam aquilo que eles se tornaram. Por isso, apesar de não serem pessoas admiráveis, é bem fácil sentir empatia por todos eles.

Em minha opinião, Até que a culpa nos separe não é o melhor livro de Liane Moriarty, porque faltou aquele impacto presente em seus outros livros. Mas com certeza é tem uma boa história, com todas as características principais de suas obras e que pode ser um ótimo livro para quem quer conhecer ou para quem, como eu, só queria mesmo matar as saudades das tramas da autora.


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Uma longa jornada para casa - Saroo Brierley

Sinopse: A história que deu origem ao filme Lion: uma jornada para casa, com Dev Patel. Aos 5 anos, Saroo pede ao irmão mais velho que o deixe acompanhá-lo à cidade onde ele passava os dias em busca de dinheiro e comida. Durante a viagem, o menino adormece. Ao despertar, confuso, se vê sozinho na estação de trem. Ele não sabe onde está o irmão, mas vê um trem parado. Imaginando que Guddu poderia estar lá dentro, Saroo embarca no vagão, e isso o faz atravessar a Índia. Sem saber ler nem escrever, e sem ideia do nome de sua cidade natal ou do próprio sobrenome, ele é obrigado a sobreviver sozinho nas ruas de Calcutá até ser levado para uma agência de adoção e ser escolhido por um casal australiano. Os anos se passam e, ainda que se sinta extremamente agradecido pela nova oportunidade que os Brierleys lhe proporcionaram, Saroo não esquece suas origens. Até que, com o advento do Google Earth, ele tem a oportunidade de procurar pela agulha no palheiro que costumava chamar de casa, e investiga nas imagens de satélite os marcos que poderia reconhecer do pouco que se lembra de sua cidade. Um dia, depois de muito tempo de procura, Saroo encontra o que buscava, mas o que acreditava ser o fim da jornada é apenas um novo começo. (Skoob)
BRIERLEY, Saroo. Uma Longa Jornada Para Casa. Editora Record, 2017. 229 p.


Em Uma longa jornada para casa, conhecemos a história de Saroo Brierley, que se perdeu do irmão mais velho em uma estação de trem na Índia quando tinha apenas cinco anos. Ao entrar em um trem para procurar o irmão, acaba pegando no sono e parando em um lugar totalmente desconhecido. Sem saber sua cidade de origem e muito menos o seu nome completo, Saroo passou semanas sozinho nas ruas de Calcutá até ser levado para um orfanato, onde encontrou uma nova família. 

O livro que deu origem ao filme Lion: Uma jornada para casa é autobiográfico, e Saroo nos conta tudo o que lembra desde o dia em que se perdeu até o dia que conseguiu se reencontrar com sua família biológica, passando por várias dificuldades e períodos de adaptação até se tornar quem é hoje. A todo momento pensava como era comum (não sei se continua assim) as crianças na Índia saírem sozinhas, sem nem avisar aos pais. Chegavam ficar uma semana inteira sem voltar para casa e isso era visto como normal. Tanto que, ao reencontrar sua mãe biológica, Saroo conta que ela começou a se preocupar com o sumiço dos filhos — o irmão mais velho de Saroo também não voltou para casa — só uma semana depois.

"O que tinha acontecido comigo era extraordinário e poderia oferecer esperança a pessoas que desejavam encontrar sua família perdida, mas que achavam isso impossível. Talvez até mesmo pessoas em situações diferentes pudessem encontrar inspiração na minha experiência de agarrar oportunidades, por mais temerosas que parecessem, e nunca desistir."

Minha experiência ao ler a história de Saroo foi tão incrível que não consigo explicar. Eu não conseguia acreditar que uma criança tão nova tinha parado a mais de 1200 quilômetros de casa e não acreditava mais ainda que fosse possível achar a cidade natal, 25 anos depois, com a ajuda de um aplicativo tão conhecido por nós, o Google Earth. Foi tudo muito emocionante, principalmente as partes que Saroo contava sua vida na Índia. Gente, eu não consigo aceitar a verdade, tendo em vista a minha criação e a minha vida, que é normal sentir fome o tempo todo no país mais populoso do mundo. A banalização da miséria foi uma coisa que me chocou bastante.

Fiquei feliz por Saroo Brierley ter se tornado um homem digno, por ter sido adotado por uma família tão amorosa e afável. Admiro muito a força de vontade que ele teve para tentar reencontrar sua família biológica — mesmo amando muito seus pais de criação —, principalmente porque, se fosse eu, teria desistido na primeira decepção. O mais incrível de tudo é que Saroo narra tudo de forma muito leve e despretensiosa, tanto que, apesar de ser uma história triste, dá pra ler em uma sentada só. 

Tive uma surpresa muito agradável ao ver que a edição traz fotos nas páginas finais e isso enriqueceu muito a leitura. Além disso, Saroo, ao falar mais sobre sua cultura — que sinceramente desconhecia a maior parte —, acabou introduzindo os leitores num mundo totalmente diferente. Uma longa jornada para casa fala sobre superação, persistência mas, principalmente, sobre esperança.

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Sempre Haverá Você - Heather Butler

Sinopse: A mãe do George e do Theo é genial. Ela conta histórias incríveis, acena mais rápido do que qualquer pessoa do planeta e, o mais importante, foi ela que sugeriu que eles adotassem um cachorro porcalhão chamado Goffo. Os meninos acham que ela é invencível. Mas eles estão errados. Porque a mamãe está doente. E cabe ao George e ao Theo fazer a mamãe continuar sorrindo. O que, muito provavelmente, vai envolver galochas, tortas de carne e a participação do Goffo no Concurso de Talento Animal... Agora que a mamãe ficou doente, está cada vez mais difícil sorrir e inventar versos com o Theo. Sempre haverá você conta sobre uma família diferente da sua, mas um pouquinho parecida. E de um menino que está aprendendo algumas coisas. Você quer ser amigo dele? (Skoob)


Livro recebido em parceria com a Editora
Butler, Heather. Sempre Haverá Você. Novo Conceito, 2017. 256p.


Que história mais linda! 

Sempre Haverá Você é um livro contado de forma tão ingênua e cativante. Todo receio que eu tive ao me dar conta de que o narrador principal era um menino de 11 anos desapareceu completamente conforme eu avançava pelas páginas nessa leitura incrível e deliciosa de se acompanhar.

George é extremamente inteligente para a pouca idade que tem. Seu passatempo favorito é um jogo no qual ele e a mãe aprendem palavras novas, um jogo só deles e de mais ninguém. Seu pai, apesar de trabalhar muito e viajar constantemente, está sempre presente nos momentos mais importantes com a família. Seu irmão mais novo, Theo, é super esperto e praticamente vive no próprio mundo onde nada de mau acontece com ninguém. E pra fechar essa família linda, ainda tem o integrante mais barulhento e atrevido da casa: Goffo, um cachorro que vive pra cima e pra baixo aprontando todas com os meninos.

Acompanhar pelos olhos de uma criança o quanto uma doença grave pode afetar um dos pais, que até então eram completamente invencíveis para ele, é de partir o coração. Conforme a doença da mãe vai avançado, George se vê cada vez mais perdido no meio de rotinas quebradas, um pai cabisbaixo, parentes que antes só apareciam em datas comemorativas passando a frequentar a casa o tempo todo para “ajudar na recuperação da mamãe”. Ver o medo, a insegurança e o desespero de não saber muito bem o que está acontecendo com a mãe só aumentavam a minha vontade de abraçar o George e dizer que tudo ia ficar bem.

"Eles me fazem sentir como se todas as outras pessoas estivessem se divertindo. 
E sorrindo.
E eu não quero me juntar a elas.
Porque eu só consigo pensar na mamãe.
E no que vai acontecer."

Ainda assim, em meio a tanta dor e tristeza, somos presenteados com momentos delicados e inevitáveis como a entrada para a adolescência de George, a descoberta do sexo oposto e, princialmente, a maturidade que ele aos poucos vai desenvolvendo para aprender a conviver com mais responsabilidade ao lado do irmão mais novo, para enfrentar o valentão da escola e para mostrar a mãe que continua fazendo as escolhas certas em meio a tantas mudanças radicais em sua vida.

Sempre Haverá Você nos apresenta a família do George: uma família comum passando por um momento delicado. Nos ensina o quanto os laços entre parentes, animais de estimação, bons vizinhos, amigos e professores podem fazer situações aparentemente tão trágicas tomarem um rumo menos doloroso e suportável. Nos faz aprender junto com um menininho de onze anos que fazer alguma coisa junto com alguém é mais divertido do que fazer sozinho.

Acredito que todo mundo tenha uma coisa ou outra para aprender junto com o George. Fica aí a dica dessa leitura encantadora!

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Conjunto de Séries #17: Sherlock


Depois que terminei de assistir todos os episódios de Elementary disponíveis na Netflix, fiquei um pouco órfã das excentricidades de Sherlock Holmes e decidi testar outra série que retrata o detetive na época contemporânea: Sherlock. Diferente da versão americana, a série britânica não inova tanto e mantém a essência dos principais personagens e os detalhes da versão original, quase com ares de clássico, ousando mesmo apenas na questão do tempo em que se passa a trama.

Sherlock conta atualmente com quatro temporadas e ainda existem dúvidas se serão apenas essas ou se outras poderão vir. Ainda que seja o fim do seriado, tenho certeza que os fãs do detetive se encantarão com suas aventuras e que vale sim a pena assistir.

Dividida em poucos episódios de longa duração - geralmente três episódios por temporada de mais de 1 hora cada -, cada caso parece ser um filme, com uma riqueza de detalhes e repleto de genialidade como só Sherlock seria capaz de proporcionar.


As imagens geradas nessa série são mais sombrias, talvez para enaltecer as características climáticas de Londres e do próprio Sherlock, que parece ainda mais misterioso e cheio de segredos. O personagem interpretado por Benedict Cumberbatch mantém todos as manias e loucuras de Sherlock, o que encanta ainda mais os fãs da obra de Arthur Conan Doyle.

Também é interessante analisar que alguns episódios foram inspirados nos livros do autor e adaptados na série. Episódios como Um Estudo em Rosa e O cão dos Baskervilles são o melhor exemplo disso, nitidamente inspirados nos livros de títulos semelhantes.

E é claro, Sherlock aqui continua a resolver os casos mais difíceis de uma forma completamente inesperada, garantindo as reviravoltas e as surpresas dos desfechos, sempre interessantes.

Para quem gosta de Sherlock e de séries inusitadas e criativas, a série é mais do que indicada.

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Mundo cão - Matheus Peleteiro

Sinopse: Unindo elementos de literatura marginal com sentimentos altruístas, surge Mundo Cão, que narra, em primeira pessoa, a história de Pedro Contino, um jovem que so­fre desde cedo por conta das peripécias da vida, e, por mais que busque o melhor, vê, em sua sombra, o caos. Morador da favela Roda Vida, Pedro poderia ter traçado qualquer caminho, mas a vida escolheu um em especial. Mesmo em meio à ausência de recursos, é apresentado à literatura por um vizinho mais velho, e, por conta dela, cria uma importante consciência social. Guiado por músicas e livros, ele logo percebe como tudo funciona. Indigna-se e, amargamente, percebe que não tem poder para realizar uma mudança no mundo… (Skoob)
PELETEIRO, Matheus. Mundo Cão. Editora Novo Século, 2015. 168 p.


A escrita de Matheus Peleteiro possui traços únicos que tornam sua identificação clara. Ele utiliza uma narrativa crua, direta, por vezes, até rude, mas sem ser ofensiva. Poderia dizer que é sincera, sem rodeios ou floreios.

Pedro, o personagem principal e narrador, mora em uma favela de Salvador. Rodeado pela violência típica de quem tem por vizinhos traficantes, além de conviver com tiroteios e a constante visita da morte a conhecidos, o rapaz de 18 anos decide escolher seus próprios caminhos. E ele quase consegue, principalmente com a ajuda de Luis, um professor de Sociologia. Mas, apaixonado por Carol, uma garota que mora perto de seu barraco, ele encontra na bebida a coragem necessária para paquerá-la. A partir desse ponto, Pedro começa uma descida vertiginosa de encontro à perdição daquilo que mais desejava.

Os pensamentos de Pedro levam a narrativa de Mundo Cão bem próxima da realidade do que é viver em uma favela. O personagem é machista, preconceituoso, possui uma visão política e religiosa limitada ao que ele sente e a como as pessoas se comportam de forma dogmática à sua volta, mas isso não o transforma em alguém amoral, apenas real.

Por mais que sua mente e seu coração sejam recheados e boa vontade, boas ideias, bondade, quando você vive em um ambiente impregnado de maldade, de precariedade, de falta de qualquer indicação de que o certo pode obter resultados, você acaba se corrompendo, acaba sendo obrigado a se submeter ao meio, ao contrário de transformar esse meio.

Dizem que uma pessoa pode mudar o mundo, mas a realidade é que o mundo muda as pessoas. E um mundo corrompido, corrompe totalmente. É por esse caminho que Pedro acaba seguindo, levando a um final que era esperado, mediante as escolhas que o personagem é obrigado a tomar.

Além da escrita crua, o autor carrega toda a narrativa com várias referências a cantores e obras de outros autores, com o acréscimo de frases de efeito, bem colocadas e com um significado suficiente para se fazer pensar, sem parecer forçado. Isso consegue levar o leitor a e se perguntar se realmente conhece como o mundo funciona, e o quanto cada um de nós representa numa sociedade parcialmente corrupta.

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Promoção: Quando a Bela domou a Fera


Peops, lembra que eu comentei aqui que, por conta dos atrasos dos correios, recebi dois exemplares de Quando a Bela domou a Fera?

Por isso, em parceria com a Editora Arqueiro, vou sortear um desses exemplares para vocês!

Para participar é simples! Basta seguir o blog Conjunto da Obra pelo Google Friend Connect (clicar em "Participar deste site" na barra lateral direita) e preencher essa entrada no formulário. Depois, várias outras entradas serão abertas, para quem quiser ter ainda mais chances.


a Rafflecopter giveaway
As inscrições serão feitas por meio da ferramenta Rafflecopter. Para os que ainda têm dúvidas sobre como utilizá-la, podem ver este tutorial aqui. As inscrições são válidas até dia 6 de agosto, e o resultado será divulgado em até 7 dias, neste mesmo post.

Após o resultado, o Conjunto da Obra entrará em contato com o vencedor por e-mail, que deverá ser respondido em até 24 horas. O prazo de envio do exemplar é de 40 dias úteis após o recebimento dos dados do vencedor.

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Quando a Bela domou a Fera - Eloisa James

Sinopse: Eleito um dos dez melhores romances de 2011 pelo Library Journal, "Quando a Bela domou a Fera" é uma releitura de um dos contos de fadas mais adorados de todos os tempos.
Piers Yelverton, o conde de Marchant, vive em um castelo no País de Gales, onde seu temperamento irascível acaba ferindo todos os que cruzam seu caminho. Além disso, segundo as más línguas, o defeito que ele tem na perna o deixou imune aos encantos de qualquer mulher.
Mas Linnet não é qualquer mulher. É uma das moças mais adoráveis que já circularam pelos salões de Londres. Seu charme e sua inteligência já fizeram com que até mesmo um príncipe caísse a seus pés. Após ver seu nome envolvido em um escândalo da realeza, ela definitivamente precisa de um marido e, ao conhecer Piers, prevê que ele se apaixonará perdidamente em apenas duas semanas.
No entanto, Linnet não faz ideia do perigo que seu coração corre. Afinal, o homem a quem ela o está entregando talvez nunca seja capaz de corresponder a seus sentimentos. Que preço ela estará disposta a pagar para domar o coração frio e selvagem do conde? E Piers, por sua vez, será capaz de abrir mão de suas convicções mais profundas pela mulher mais maravilhosa que já conheceu? (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
JAMES, Eloisa. Quando a Bela domou a Fera. Contos de Fadas #1. Editora Arqueiro, 2017. 320 p.


Quem acompanhar o blog sabe que eu tenho um estilo de leitura bem variado - vou da fantasia ao thriler e do romance ao clássico, passando por vários outros gêneros nesse meio, em um mesmo mês. Acredito que cada leitura tem seu momento e, depois de algumas leituras mais densas, resolvi resgatar um romance de época da estante. O escolhido foi Quando a Bela domou a Fera, de Eloisa James, e que escolha mais perfeita! O livro é tão amorzinho e tão gostoso de ler que me fez largar tudo o que eu tinha para fazer para ler.

Na trama, Linnet se vê envolvida em um escândalo - no qual é absolutamente inocente - e precisa de um marido, ou provavelmente não terá outra oportunidade de se casar. Para resolver a situação, seu pai resolve oferecer sua mão ao conde de Merchant, Piers, um nobre tão conhecido por seus dotes médicos quanto pelo temperamento que lhe conferiu o apelido de "a fera".

Claro que a trama de Eloisa James é cheia de clichês, principalmente porque é um romance de época e uma releitura de A Bela e a Fera, então não tem como fugir muito disso. Mas aviso desde já: não se deixem afastar por esse detalhe, pois se gosta de romances, vale a pena apostar nesse, juro! Apesar de um ou outro toque batido de outras histórias de amor, a trama tem um toque único e especial e o que mais gostei logo de cara foi que, apesar de implicarem um com o outro, Linnet e Piers combinam muito e criam uma cumplicidade desde o início.

Nessa brincadeira de concordar em discordar dos personagens, é possível conhecer mais a fundo seus carismas. Linnet é uma mulher extremamente bonita e, apesar de achar que essa é sua característica mais importante, na verdade não vê o poder que tem. Ela não se resume à beleza, já que tem um senso de humor cativante e um conhecimento que confere força às suas palavras, afinal, é uma leitora voraz. O engraçado é que todos os seus genes de família não surtem qualquer efeito em Piers, que se encanta, na verdade, por sua audácia.

Piers, por sua vez, é totalmente fora dos padrões de sua época e fica longe do socialmente aceitável. Trata-se de um médico muito eficiente, mas dotado de humor negro e pouca compaixão, características que ficam acentuadas pela dor causada por um problema antigo na perna. Não tem filtros ao expor o que pensa e sua sinceridade quase dói. Mas isso não assusta Linnet, na verdade a atrai, já que é a primeira vez que um homem fala tudo o que pensa de verdade.

Eu simplesmente adorei a forma como personagens aparentemente tão diferentes puderam se mostrar tão iguais - ela escondia seu lado negro por trás do ar adorável, enquanto ele escancarava seus defeitos em sua insensibilidade. Ver as mudanças que um provocou no outro, o modo como o encontro entre eles fazia submergir a verdadeira essência de cada um, foi tocante. E muito, muito divertido. As cenas entre Linnet e Piers resultavam em diálogos ácidos, inteligentes e sem joguinhos, que inevitavelmente levavam a boas gargalhadas.

A narrativa de Eloisa James não é só romântica, mas tem um quê de picante, e não me refiro aqui apenas às cenas de amor entre os personagens. Seu texto tem intensidade, envolve o leitor, revira o íntimo dos protagonistas e nos conecta aos sentimentos deles. É apaixonante, definitivamente.

Li algumas resenhas que comentavam que Piers foi baseado no personagem do Dr. House. Não posso dizer que é verdade porque não assisto à série, mas talvez seja mais um motivo para ler o livro, não?

Quando a Bela domou a Fera é uma leitura que faz esquecer as responsabilidades e os compromissos, pois tudo que se quer é mergulhar nessa história de amor intensa e apaixonante.

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Novidades #174: Editoras Parceiras em Julho - Parte I

Oi pessoal, tudo bem por aí?

Julho já está quase na metade e são tantas novidades no mercado literário, que ficou até difícil eu me organizar para mostrar tudo o que eu queria nas postagens. Mas hoje é dia de mostrar os lançamentos de algumas das Editoras parceiras no mês e, olha, tem muita coisa boa, viu?

Quem tiver interesse em ler as sinopses, basta clicar nas capas:

Editora Arqueiro


Editora Intrínseca


Ler Editorial




E aí, quais vocês gostariam de ler?

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Love is in The Air - Catarina Muniz, Eva Zooks, Paola Scott e Tamires Barcellos

Sinopse: Ah, o Amor! As dificuldades, os calafrios, os encontros inesperados, os pensamentos loucos...
Nos quatro contos de Love is in the air você vai conhecer lindas histórias, românticas e quentes, sobre esse sentimento cheio de altos e baixos. 
Eva Zooks, Tamires Barcellos, Catarina Muniz e Paola Scott apresentam contos ambientados em Londres — a terra da Rainha, do chá e de cenários incríveis — para você se apaixonar como nunca antes. (Skoob

Livro recebido em parceria com a Editora
MUNIZ, Catarina; ZOOKS, Eva; SCOTT, Paola; BARCELLOS, Tamires. Love is in The Air. Editora: Ler Editorial, 2017. 264 p.


Lembranças de um outono em Londres é o conto escrito pela autora Eva Zooks, aqui vamos conhecer um pouco mais sobre o casal Edmond - que é um soldado da coroa britânica - e Gabriela  -que é o amor de sua vida.

No começo  fiquei um pouco confusa sem saber o que estava acontecendo, já que os dois estavam um piquenique e sabemos que só podem se encontrar um vez por ano, mas fora isso toda a história é uma incógnita. Eu imaginei que veria cenários românticos e todos os outros clichês, mas fui surpreendida pelo cenário bem diferente trazido pela Eva, não que isso seja algo ruim, mas me sentir um pouco enganada.

A escrita da autora é bem fluída e, apesar das poucas páginas, fui encantada pelo casal. A narrativa é feita em terceira pessoa e Eva trouxe uma mistura incrível de sentimentos, ainda trazendo a lição de como é importante perdoar, já que o ódio não leva ninguém a lugar algum.

"- Acredito que tudo que está acontecendo conosco já estava escrito em algum lugar, então não soframos com o que não temos. Vamos aproveitar e cuidar do que temos, nosso amor me basta. Ter você me basta."

Sussurros do Coração da autora Tamires Barcellos nos traz a história de um casal de vizinhos, Henry Scott e Samantha Campbell. Ela é uma amante dos livros que adora ir a biblioteca, até que um dia ela é atropelada e é salva por Henry, seu novo vizinho, a quem todos julgam como um má pessoa.

Esse foi sem sobra de dúvidas meu conto preferido, já que a autora trouxe um sentimento lindo, puro e, acima de tudo, sobre alguém que estava disposto a enfrentar qualquer obstáculo para enfim viver esse lindo amor. Ela trouxe uma linda lição de moral, que é não julgar as pessoas pela aparência ou pelo que se pressupõe que ela seja; todos nós temos um passado, isso é algo do ser humano, e os erros cometidos no passado não são necessariamente o que define a pessoa que somos hoje.

"Henry jamais iria me perder, porque era só nele que eu conseguia me encontrar de verdade."

A Mania da Ninfa é o terceiro conto e foi escrito pela autora Catarina Muniz. Aqui conhecemos o Richard, que é um cardiologista do St. Mary Hospital, e Elizabeth, que também é uma cardiologista, ambos trabalham no mesmo hospital e apesar disso vivem em mundos completamente opostos.

Liz é um ninfomaníaca, toda a equipe do hospital sabe disso e, apesar de ter sido avisado, Richard não consegue evitar e acaba se envolvendo demais com ela. Esse foi o conto que mais me tirou da zona de conforto, já que não esperava por uma história assim. Apesar de o título já dar uma impressão do que se trata, essa "romantização" não funcionou para mim, já que não via o porque dele amá-la tanto, sendo que vivia sendo machucado e, apesar da autora trazer uma bonita história de superação, eu não consegui gostar desse casal.

"Olho para trás, vejo todas as loucuras absurdas que vivemos juntos, rememoro todo o meu desejo por aventuras e percebo que Liz foi e é minha maior e melhor aventura."

Nos Arredores de Londres é o quarto e último conto, ele foi escrito pela autora Paola Scott. Neste conto conhecemos o casal Catarina e Sebastian. Catarina é uma mulher sonhadora e foi justamente esses sonhos que a levaram a Londres e é lá que ela conhece o Sebastian. Ele é um escritor e estava em uma sessão de autógrafos quando se conheceram, a química é imediata e os sentimentos estão logo atrás.

Esse foi um belo conto, o casal é simplesmente algo muito bonito de se ver, eles aproveitaram muito o tempo que tinham juntos, apesar de ser tão pouco, foi incrível como nem mesmo a distância conseguiu os manter separados, esse foi o casal mais intenso, dentre todos os outros, e ele ganharam sim, um lugar em meu coração.

"Era chegada a hora de dizer adeus. E um nó parecido com aquele que senti ao deixar minha família quando me mudei para São Paulo, me travou a garganta. Sim, parecido. Porque minha família eu sabia que voltaria a ver. Já Sebastian..."

A edição está incrível, a separação entre os contos é feita por uma página preta com algumas ilustrações, no verso a um pequeno resumo sobre cada conto e sua respetivas autoras, as páginas são amareladas e as letras super confortáveis, não encontrei nenhum erro de revisão durante a leitura.

Enfim, eu curtir bastante a leitura. Como qualquer outro livro, teve seus altos e baixos assim, como também diversas lições que levarei para a vida.


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Promoção: Aniversário Peregrinos da Noite


O blog Peregrinos da Noite completa 5 anos e para comemorar se uniu aos blogs amigos e ao Grupo Editorial Record, para trazer a vocês, leitores, uma promoção de deixar o queixo caído!!!

Serão 2 ganhadores e prêmios incríveis!


REGRAS:
Você deve seguir todas as opções obrigatórias que tem no formulário. Depois que segui-las abrirá as opcionais. Quem não cumprir qualquer das regras obrigatórias do kit será desclassificado;
O ganhador de cada kit deverá responder o e-mail com seus dados no prazo de 42 horas. Caso não responda o kit será sorteado novamente e um novo ganhador gerado;
Os blogs terão até 60 dias para o envio dos prêmios, não se responsabilizando por extravios dos Correios;
Caso o livro retorne, pois não teve quem o recebesse no endereço enviado, não será feito o reenvio (a menos que aja conversa, em particular, entre ganhador e o blog respectivo);
A promoção começa hoje, dia 09 de julho, e encerra no segundo sábado do mês de agosto, no dia 12. Fiquem atentos!!!


KIT 1:


- SR. DANIELS, de Brittainy C. Cherry - Livreando
- EU FICO LOKO 3, de Cristiano Figueiredo de Caldas - Alegria De Viver E Amar O Que É Bom
- MURALHA, de Joelthon Ribeiro - São Tantas Coisas
- CONTOS DE MENINOS E MENINAS, CONTOS DE HOMENS E MULHERES, de Marcos Petry - Gettub
- O GRIMÓRIO DAS BRUXAS - Mundo Literário
- MORTE LENTA, de Matthews Fitzsimmos - O Literário
- DESVENTURAS DE UM GAROTO NADA COMUM, de Rachel Renée Russell - Seguindo O Coelho Branco
- A DESCONHECIDA, de Peter Swanson - Passaporte Literário
- MISTÉRIO NO CENTRO HISTÓRICO, de Tailor Diniz - Conjunto da Obra
- O MOSAICO E OUTRAS HISTÓRIAS, de Nikolai Streisky - Livro Lab
+ marcadores diversos - 4 You Books Mania

KIT 2:



- ÁGUAS SOMBRIAS, de Paula Hawkins - Grupo Editorial Record
- COMPROMETIDA, de Elizabeth Gilbert - Literaleitura
- PAIXÃO EM CATIVEIRO, de Palloma Belfort - Minha Velha Estante
- A BAGACEIRA, de José Américo de Almeida - Peregrinos da Noite
- NÃO HÁ TEMPO A PERDER, de Amyr Klink - Pétalas da Liberdade
- FÉRIAS NO ACAMPAMENTO PIKACHU, de Alex Polan - De Cara Nas Letras
- CRÔNICAS (ESCRITAS) FEITO UM PUM, de Eduardo de Sousa - Cantinho Cult
- SOU FÃ! E AGORA?, de Frini Georgakopoulos - Feed Your Head
- THE LITTLE PRINCE, de Antoine de Saint-Exupéry - Tudo Que Motiva
+ marcadores diversos - Bela Quimera

BOA SORTE!!!

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