Sinopse: Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego. (Skoob)
Livro recebido como cortesia da Editora
BEATY, Erin. O Beijo Traiçoeiro. Editora Seguinte, 2017. 440 p.
Obra de estreia da autora, O Beijo Traiçoeiro me conquistou. Sage Fowler é uma garota de dezesseis anos, muito inteligente e observadora. Longe de ser considerada uma dama, a menina não acredita em casamentos arranjados e o encontro com uma casamenteira importante só confirma que ela não nasceu para casar. Ironia ou não, Sage é convidada para ser aprendiz da casamenteira, o que a faz perceber o quão boa ela é no trabalho.
Após ser recrutada para o trabalho, Sage tem que se passar por uma dama enquanto viaja com a casamenteira e outras damas até um evento onde serão encontrados maridos com grandes dotes para as moças. Quando o capitão Quinn, que as está escoltando até a cidade do evento, percebe o quanto Sage é boa em sua tarefa, ele pede sua ajuda para que a garota seja sua espiã.
Em uma narrativa intrigante, Erin Beaty nos prende em cada página, o mistério e o romance combinam muito bem e é quase impossível deixar o livro de lado por um momento sequer. Me identifiquei um pouco com Sage, já que a garota não se imagina dependente de um homem para se manter e tem um interesse enorme por livros e por ensinar outras pessoas. Quanto às suas habilidades em observar as pessoas, queria ter um pouco mais desse “poder”.
Apesar da história, fiquei incomodada com a quantidade de informações sem explicação que a autora nos apresenta. A todo momento lemos nomes de cidades, países ou estados mas sem a certeza do que cada um realmente significa. Em contraponto, temos a divisão social através dos nomes. O fato da protagonista saber a possível origem de um personagem a julgar pelo seu nome me chamou muita atenção. Cada nome determina se a pessoa é bastarda, plebeia ou nobre. Não é um fato que atrai muitos, mas eu achei muito interessante.
Narrado em terceira pessoa, O Beijo Traiçoeiro foi uma leitura despretensiosa que me surpreendeu bastante. O segundo volume da trilogia tem previsão de lançamento em maio de 2018 lá fora, e espero que não demore para chegar por aqui.