Sinopse: “A arte da invisibilidade visa condicionar o homem moderno ao intelectualismo de avanço real e lógico, natural, em acordo com sua época. E, ousadia das ousadias, visa trazer de volta o homem pensador, que vagaria pelas prisões hipnóticas sem se deter a nenhuma delas. Apenas isso.” (Skoob)
Há alguns meses, um colega da faculdade perguntou ao professor quais livros clássicos sobre direito e sociedade ele indicaria para ler; o professor citou dois livros, e disse que esse tipo de leitura deveria ser feita em doses homeopáticas, pois as consequências poderiam ser arriscadas, já que esse tipo de leitura quebra alguns estigmas que se tem sobre a sociedade e, para quem não está preparado, pode ser um choque.
"uma mente fantasiosa que gosta de mostrar que é melhor que eu. Mas é minha mente. Então, eu sou melhor do que ela, por possuí-la em mim. Mesmo que ela seja melhor do que eu, quando me possui preso em suas células mentais." (p. 25)
Ler A arte da invisibilidade me deu a impressão de que Allan Pitz passou por esse processo de forma lenta e gradual, como o indicado. Além das várias referências citadas durante a obra, fica perceptível que os pensadores clássicos o ajudaram a visualizar o mundo de uma outra forma, através da "rede".
O livro, que não pode ser classificado em qualquer gênero literário que conheço, também é escrito de maneira singular, como se Pitz estivesse desestrangulando e colocando para fora quaisquer ideias que passam em sua mente, ao mesmo tempo em que tenta atingir seu objetivo máximo: nos fazer conhecer o sistema social hipócrita e lubridioso em que vivemos, que se usa de ferramentas e rótulos para manter a unidade.
"uma mente fantasiosa que gosta de mostrar que é melhor que eu. Mas é minha mente. Então, eu sou melhor do que ela, por possuí-la em mim. Mesmo que ela seja melhor do que eu, quando me possui preso em suas células mentais." (p. 25)
Ler A arte da invisibilidade me deu a impressão de que Allan Pitz passou por esse processo de forma lenta e gradual, como o indicado. Além das várias referências citadas durante a obra, fica perceptível que os pensadores clássicos o ajudaram a visualizar o mundo de uma outra forma, através da "rede".
O livro, que não pode ser classificado em qualquer gênero literário que conheço, também é escrito de maneira singular, como se Pitz estivesse desestrangulando e colocando para fora quaisquer ideias que passam em sua mente, ao mesmo tempo em que tenta atingir seu objetivo máximo: nos fazer conhecer o sistema social hipócrita e lubridioso em que vivemos, que se usa de ferramentas e rótulos para manter a unidade.
"Não devemos querer a morte quando vemos as coisas erradas da vida; devemos é querer a vida, para querer modificar as coisas erradas antes da morte!" (p. 95)
Enquanto faz uso de sua linguagem rápida e ácida para nos manter interessados, Pitz também trabalha figuras de linguagens, analogias e paradoxos, que enriquecem o texto e nos proporcionam frases incríveis a serem refletidas. Elaborando sua "marra de filósofo", como ele mesmo diz, o autor não nos poupa de seus pensamentos mais inúteis que dão certa leveza e graça ao texto. Allan Pitz desmascara-se diante do leitor, critica a si mesmo e discute com sua própria consciência. Talvez seja difícil acompanhá-lo se o leitor não conseguir fantasiar junto com ele e, para uma pessoa extremamente racional, o rótulo de louco excêntríco venha bem a calhar nesta obra.
Não obstante a todas as aparências, cria, em A arte da invisibilidade, uma obra inteligente e crítica, que nos faz pensar sobre o mundo e em nossas atitudes perante ele. Não conheço as demais obras do autor, mas sei que seus romances também fogem do convencional. Esse livro, entretanto, não se trata de um romance, menos ainda de uma leitura leve. É um texto até divertido e gostoso, que pode ser mesmo indiferente dependendo de quem o lê, mas que quer fazer pensar e, para mim, funcionou.
"E vocês, leitores, também são grandes vencedores,
não é à toa que estão com um livro nas mãos." (p. 61)
Não obstante a todas as aparências, cria, em A arte da invisibilidade, uma obra inteligente e crítica, que nos faz pensar sobre o mundo e em nossas atitudes perante ele. Não conheço as demais obras do autor, mas sei que seus romances também fogem do convencional. Esse livro, entretanto, não se trata de um romance, menos ainda de uma leitura leve. É um texto até divertido e gostoso, que pode ser mesmo indiferente dependendo de quem o lê, mas que quer fazer pensar e, para mim, funcionou.
"E vocês, leitores, também são grandes vencedores,
não é à toa que estão com um livro nas mãos." (p. 61)
Hey, já tinha ouvido falar desse livro, se não me engano, seria um desafio lê-lo, mas me interessei sim por ele ><
ResponderExcluirBeijos
Meu outro lado
Não gosto muito de livros "em doses homeopáticas". Sou muito afobada! ahahha Mas tenho que aprender a lidar com isso. Só leio resenhas boas desse livro. É uma pena que os livros dessa editora raramente estão disponíveis por aqui...
ResponderExcluirJá vi esse livro antes, mas nunca cheguei a me interessar por ele, mas depois de conhecer um pouco mais sobre ele, fiquei bem curiosa, acho bom ler uma obra inteligente e crítica ás vezes. Adorei a sua resenha, ficou muito boa.
ResponderExcluirBeijos.
http://palavrasdeumlivro.blogspot.com.br/
Oii Julia! :)
ResponderExcluirEsse livro parece bem complicado de ser lido, hein? rs assim, no sentido mesmo de ser digerido... Adoro coisas que nos põe frente a atitudes da sociedade, mas não sei se leria esse naõ :( rs.
Beijos, Nanda
Julgue pela Capa
É a primeira vez que leio sobre esse livro e fiquei encantada com ele depois de ler a sua resenha. Parece ser um livro feito para a reflexão e quem sabe abrir os olhos de quem está lendo.
ResponderExcluirótima resenha.
Abraços,
Amanda Almeida
Oi Julia!!
ResponderExcluirQue ótima resenha! O melhor é que vc não fica soltando spoilers, que faz com que a gente fique curiosa pra ler...
Apesar de não fazer bem meu gênero de leitura vou guardar sua indicação.
Beijos
Amanda
leiturahot.blogspot.com
Olá! Primeiramente, amei os quotes que você colocou \o/ Só de lê-los, deu vontade ler o livro haha A primeira vez que leio uma resenha sobre a história, ADOREI! Parece ser um daqueles livros para refletir etc... Vou ler. Amei a resenha, parabéns! Beijos http://doceescrita.blogspot.com.br
ResponderExcluirUma obra inteligente e crítica!^^ Hum..deve ser muito boa. Quero ter a oportunidade de ler algum dia.
ResponderExcluirBeijocas!
http://palomaviricio.blogspot.com.br
uau, não sabia que a obra era assim tão complexa e inteligente.
ResponderExcluirEu não esperava menos de monólogo. Fiquei encantada só de ler sua resenha.
Bjos
Oi Julia!
ResponderExcluirAdorei a sua resenha, já havia visto o livro antes, mas não parei pra ler sobre. É a primeira resenha que leio sobre ele. Fiquei um pouco atraída pela leitura reflexiva, adoro isso. Se bem que eu não sei se seria capaz de ler em doses homeopáticas, vai depender do momento.
Espero ter a oportunidade de lê-lo.
Beijos, Leticia.
http://obsessionvalley.blogspot.com.br
Ah, já ouvi falar do autor, ele parece maravilhoso! Por isso que achei bem familiar...
ResponderExcluirObras inteligentes são tudo!!
Beijos
Lendo de Tudo
Olá Júlia!
ResponderExcluirJá ouvi falar do livro,mas ele não havia me despertado o interesse no primeiro contato.Como uma resenha bem escrita tem o poder de mudar a nossa opinião!Parabéns meu conceito acabou de ser mudado.
Bjos Fabi
http://roubando-livros.blogspot.com
oi Ju,
ResponderExcluirjá tinha visto a capa desse livro, mas não lido resenha dele. Sua resenha me deixou bem curiosa. ^^
Parece ser um livro bem interessante. ^^
beijos.
Não conhecia esse livro, só por capa
ResponderExcluirMas ainda não me interessei o bastante para ler
Beijos
@pocketlibro
http://pocketlibro.blogspot.com.br
Oi Julia!
ResponderExcluirMesmo sua resenha bem escrita e explicativa, eu não consigo sentir muita vontade para ler este livro, não sei,mas isso vai do gosto de cada um. Que bom que você gostou.
Beijos :D