Sinopse: O Menino que Colecionava Sonhos conta a história de Antony, um garoto de oito anos, pobre, que sofre com o alcoolismo da mãe, Sophia, e a humilhação dos colegas de escola. Amigos ele só tem um, Tommy, um garoto que assim como ele sonha em ser feliz. Antony não tem brinquedos e nem perspectivas, mas ele tem um ótimo coração e a pureza que só as crianças têm. A mãe um dia lhe disse que ele não deveria se preocupar em realizar seus sonhos e sim ajudar as outras pessoas a realizarem os seus. E por que não? Antony descobre que ajudar aos outros pode ser muito mais divertido que ele pensara, e descobre que ver as pessoas felizes é a melhor maneira de sentir-se feliz. Venha aprender como ser feliz fazendo os outros felizes. Aprenda com Antony lições de amor, companheirismo e dedicação.
Um livro emocionante, capaz de mudar o mundo em que vivemos. (
Skoob)
SOARES, Darlan Hayek. O menino que colecionava sonhos. Lih Editora, 2011. 142 p.
Antony era um garoto de oito anos, muito simples, que vivia com a mãe em um bairro pobre da cidade. Ela, que trabalhava toda noite em um bar para poder sustentar-se e pagar uma boa escola para o filho, só permanecia sóbria às segundas-feiras, seu dia de folga, dia que o garoto esperava ansiosamente a semana inteira.
Na escola, Antony era desprezado e injustiçado por todos por ser pobre, e sentia-se cada dia mais triste com a situação da mãe e de sua vida. O único amigo que tinha, Tommy, só o via nos finais de semana, quando não passavam um minuto separados. Cheios de sonhos, os dois imaginavam e viviam diversas aventuras, desbravando lugares antes desconhecidos até chegarem às fronteiras do bairro vizinho.
Em uma segunda-feira, após um passeio com a mãe, Antony se inspirou em algumas palavras dela e resolveu que buscaria sua felicidade tentando fazer os outros felizes. Para isso, colecionaria os sonhos de todos e tentaria realizá-los. Começou a anotar, então, em um pequeno caderno, sua coleção de sonhos. E com a ajuda de pessoas que ele nem ao menos esperava, degrau por degrau, vai alcançando coisas que não poderia imaginar.
"- Eu queria ter muitos livros!
- Você terá meu filho, na hora certa você terá; mas não procupe-se tanto com você, preocupe-se com os outros. Nunca tenha tantas esperanças, assim você evita se decepcionar. Quando você ajuda as outras pessoas, você as faz feliz, e fica feliz também, agora, se você se concentrar nos seus próprios desejos, você pode se machucar quando não conseguir o que quer." (pág. 11)
O menino que colecionava sonhos, de Darlan Soares, é uma uma obra que mostra a doçura da infância, mesmo na maior escuridão que vida possa nos colocar. Mostra que os sonhos são os responsáveis por nos impulsionar para o que desejamos e que, sem eles, lugar nenhum é o suficiente. É impossível deixar de notar, também, que, como abordado no livro, muito do que alcançamos só é assim pois nos unimos a outras pessoas que contribuem com aquilo que podem; que se pensarmos apenas em nós mesmos, ninguém chega às situações desejadas.
Adorei os garotos, personagens bem construídos, dos quais eu podia ver cada sorriso e cada angústia perpassada em seus rostinhos. Achei um pouco estranha a maturidade de Antony, mesmo quando bem mesclada com sua inocência, pois não sei se um garoto de oito anos poderia ser assim tão responsável. Claro que nunca conheci uma criança com tantos problemas quanto ele, que necessitava cuidar de si mesmo por questão até de sobrevivência, então não posso julgar a veracidade disso. Também achei um pouco descabido o preconceito generalizado por Antony em sua escola. Crianças normalmente tendem a ignorar essas diferenças sociais, pelo menos as que eu conheço; e uma professora agir de maneira tão escancarada não faz também muito sentido, mas acho que, nesse caso, era para dar um ênfase nas consequências que isso trazia para a vida de Antony.
Literariamente falando, a obra ainda teria alguns detalhes a serem aprimorados. Mesmo com o bom vocabulário de Darlan, encontrei uns erros de gramática que me incomodaram um pouco. Ressalto que eu estou ainda mais detalhista que o habitual, por estar estudando muito o português, e que mesmo as coisas mais minúsculas saltam aos meus olhos ultimamente; o problema, ao meu ver, é que foram bastantes dessas coisas minúsculas nessa obra.
O livro é fininho e gostoso de se ler, mas, em algumas partes, faltava profundidade. Algumas cenas só estavam lá para dar continuação e volume à história, mas não havia sentido em existirem, já que não tinham relação com nada que tivesse acontecido antes, nem serviam para introduzir algo que viria mais tarde, como acontece quando Tommy tem um pesadelo com seu pai. Também não tem muita lógica a cena em que a mãe de Antony acha o caderno do menino, já que ela nem sabia da existência dele, como saberia que havia algo para procurar?
Adorei a leitura e achei o livro fofinho demais, que me fez pensar sobre algumas coisas da vida, já que trata de situações tão corriqueiras e que nem sempre se dá atenção. Talvez tenha faltado um pouquinho mais de desenvolvimento na escrita do mesmo, uma lapidada em uma obra que tem doçura e criatividade de sobra.
Sinopse: O Menino que Colecionava Sonhos conta a história de Antony, um garoto de oito anos, pobre, que sofre com o alcoolismo da mãe, Sophia, e a humilhação dos colegas de escola. Amigos ele só tem um, Tommy, um garoto que assim como ele sonha em ser feliz. Antony não tem brinquedos e nem perspectivas, mas ele tem um ótimo coração e a pureza que só as crianças têm. A mãe um dia lhe disse que...