Plano de Voo - Valentine Cirano e Promoção

Sinopse: Plano de voo “O segredo do sucesso" da palestra Plano de voo foi escrito pela autora Valentine Cirano.
"O caminho do sucesso se perfaz pela determinação em atingir objetivos. Para tanto traçar metas é essencial para a concretização do sucesso, pois sem elas nos assemelhamos a barcos à deriva, levados pelo vento e pela maré.
Onde você quer chegar? O que fazer para chegar lá? O livro Plano de voo, o segredo do sucesso nos mostrará passo a passo como atingir nossos objetivos e concretizar nossos sonhos. Afinal o sucesso presente é resultado de escolhas acertadas no passado. Descubra que possuindo um "plano de voo" sua trajetória se tornará mais segura e produtiva." (Skoob)
CIRANO, Valentine. Plano de Voo. Reflexão, 2011. 84 p.


O livro Plano de voo: o segredo do sucesso, de Valentine Cirano, trata-se de um autoajuda, com dicas imprescindíveis para conseguir alcançar qualquer coisa que se almeja. Apesar de se tratar de um estilo de leitura que não agrada a muitos - inclusive a mim mesma, se for sincera - não se deixe levar pelo preconceito. O livro é rico em idéias, com uma narrativa gostosa e nos deixa envolvidos do início ao fim.

Com apenas 84 páginas, o livro aborda os motivos pelos quais muitas pessoas não chegam onde querem em suas vidas e, ao olharem para trás, veem que apenas passaram pela vida. E a partir disso, explana sobre como não se tornar mais uma dessas pessoas, ir atrás de seus sonhos e chegar às conquistas mais difíceis. Mostra que apenas com trabalho e dedicação, foco onde se quer chegar é que é possível traçar o caminho correto e que só depende de nós mesmo ser o que queremos ser.

“Nosso tempo deve ser empregado em coisas produtivas e não somente em prazeres momentâneos que nos trarão experiências passageiras. Ele é um recurso limitado, não podemos multiplicar nossas horas diárias para termos mais tempo para aproveitar nossos momentos. Ele é precioso, mas não renovável. Não podemos economizar tempo para utilizá-lo depois. Ele não volta, não para, não soma, não rende juros e não se multiplica. Temos que saber como usá-lo, pois o tempo pode ser nosso aliado ou nosso inimigo.” (pág. 13)

Para auxiliar ainda mais àqueles que não sabem como começar, Valentine Cirano expõe vários "tipos" de pessoas e suas características, e explica quais são as atitudes que barram seu próprio crescimento. Com exemplos bem claros, é possível se reconhecer em diversas classificações e a partir de então, elaborar seu próprio "Plano de voo" para mudar a situação e ir além do que muitos acreditam ser possível.


~~ * ~~ * ~~


E para aqueles que gostaram da resenha e se interessaram pelo livro, em parceria com a autora Valentine Cirano, o Conjunto da Obra vai sortear um exemplar! Para participar é muito simples, vou fazer diferente dessa vez para que todos tenham as mesmas oportunidades.

- Prêmios:
1) O primeiro sorteado ganhará um exemplar de Plano de voo, mais um kit de marcadores;
2) O segundo sorteado receberá um kit de marcadores.

- Regras:
1) Seguir o blog pelo Google Friend Connect OU seguir o @ConjuntodaObra no Twitter;
2) Deixar um comentário válido neste post, com o nome de seguidor do GFC ou Twitter;
3) Deixar um endereço de e-mail ou Twitter para entrar em contato caso seja sorteado.

Fácil, não? E ainda tem algumas chances extras:

1) Se seguir o blog pelo Google Friend Connect E o @ConjuntodaObra no twitter, pode deixar um comentário a mais, que vale como um número extra para o sorteio;
2) Se publicar o banner da promoção em algum lugar visível em seu blog, pode deixar dois comentários a mais, que valem como números extras para o sorteio (deixar o link da publicação no comentário);


E então, vamos participar?

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Conjuntando #11: Baile de Máscaras

P.s.: Como eu já esperava, o blogger me trolou (de novo), e não postou o que estava programado. Mesmo assim, achei o post bem legal para perdê-lo, então vai fora de época mesmo.

No mais genuíno clima de carnaval, resolvi trazer para o Conjunto da Obra um post um pouquinho diferente, e talvez nem tão original. Observando as fantasias, blocos e desfiles, comecei a prestar atenção nas máscaras. E me lembrei de vários livros, pelos quais me apaixonei, só por causa de suas máscaras nas capas.
Por isso, vamos dar uma conferida em várias capas maravilhosas que possuem máscaras? Para conferir o livro no Skoob, para os que têm, é só clicar sobre cada capa.





  
 


 

 


Lindas, não? Quais vocês gostaram mais? Conhecem mais alguma capa com máscaras que acha legal?
Enfim, bom caranaval!

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Fade - Desvanecer - Lisa McMann

Sinopse: Para Janie e Cabel a vida real está se tornando mais difícil do que os sonhos. Eles estão tentando (em segredo) passar um tempo juntos, mas ainda não tiveram esta sorte.
Coisas perturbadoras estão acontecendo em Fieldridge High, mas ninguém quer falar a respeito. Quando Janie penetra os pesadelos violentos de um colega de classe, o caso finalmente se torna claro, mas nada sai como planejado.
A cabeça confusa de Janie e o comportamento chocante de Cabe têm graves consequências para ambos.
Pior ainda. Janie Descobre a verdade sobre si mesma e sua habilidade. E é desolador.
Realmente desolador. Não só o seu destino está selado, como o que está por vir é muito mais sombrio do que seu pior pesadelo... (Skoob)
McMANN, Lisa. Fade: Devanecer. Novo Século: 2010. 240 p.


Janie agora trabalha para a Capitã e seu dom de apanhadora de sonhos já se mostrou útil para conseguir provas e colocar criminosos na cadeia. Depois de muito tempo vivendo sem alguém com quem realmente pudesse contar, Cabel se tornou o namorado perfeito e tanta felicidade era algo surpreendente para ela, mesmo que isso ainda precisasse ser mantido em segredo por motivos de trabalho.

Uma nova missão, no entanto, pode abalar sua nova situação. Uma suspeita de abuso sexual dentro da escola coloca Janie e Cabel trabalhando juntos novamente, mas esse caso parece ser ainda mais perigoso. E tanta preocupação acaba afetando Cabel, que age de maneira mais e mais estranha. Além de tudo isso, Janie recebe arquivos sobre a vida da Senhora Stubin, outra apanhadora de sonhos, e descobre as consequências que seu dom de entrar nos sonhos de tantas pessoas pode trazer para sua própria vida.


"- Então - diz ele, com cuidado -, é você mais seis outros alunos nesta viagem, além do Durbin. E sua acompanhante?
Janie dá uma olhada de relance para ele, tirando os olhos do livro de química.
- A senhora Panquecas.
Cabel rabisca algo em seu caderno.
- Quatro garotas. Vocês vão ficar no mesmo quarto?
- Não, pensei em dormir no quarto de Durbin - diz Janie.
- Ha! Ha! Ha! - ri, olhando para Janie com uma raiva fulminante nos olhos. Então joga o livro de química de Janie para o lado e ataca-a. Enterra os dedos nos cabelos dela e beija-a - Você está pedindo para se meter em encrenca, Hannagan - diz ele, praticamente rosnando.
- E isso seria...? - diz Janie, junto com várias risadinhas.
- Encrenca." (Pág. 100)


A série Wake, de Lisa McMann, tem vários fatores que a tornam bastante atraentes: uma história original, personagens bem definidos, uma mocinha forte e um cara que nos faz suspirar. Muito tempo depois de ter lido o primeiro livro, ler Fade foi uma experiência praticamente nova. Isso porque, apesar de já conhecer alguns dos aspectos positivos e negativos da história, eu não lembrava de muitos detalhes, e fui redescobrindo conforme prosseguia.

A história desse livro é ainda mais envolvente que a do primeiro, pois lembro de o ter terminado com a sensação de ser mais ou menos. O segundo possui mais mistérios, novos fatos e informações em relação ao dom de Janie - que ironicamente não é tão utilizado nesse livro - e o amadurecimento de Janie e de Cabel quanto às suas inseguranças e aos seus traumas. Não chega a ser um livro intenso, entretanto, ele se limita ao interessante.

Há também em Fade o amadurecimento da relação dos protagonistas, em que se pode ver uma maior cumplicidade e aquela sensação de ter alguém com quem contar, o que nenhum dos dois tinha até estarem juntos. O Cabel é um personagem forte e frágil ao mesmo tempo, de uma forma apaixonante, que faz querer proteger e ser protegida. Janie também é parecida e, apesar de gostar de sua personalidade, não quero nada com ela, rsrs.

O único e grande problema do livro, assim como do anterior também, é a narração. Para algumas pessoas isso até pode ser um ponto forte, já que vai direto ao ponto, mas para mim, é seca demais. Além de ser extremamente objetiva, é feita no presente. Demorei muito tempo para me acostumar a ler algo no estilo: "Janie acorda. Se dirige à casa de Cabel. Ele fica feliz em vê-la.". As únicas partes bem elaboradas são os diálogos, o restante me pareceu bem superficial, impedindo de criar uma ligação mais sentimental com a história do livro.

É um livro bom e de leitura rápida, que não aborda temas muito pesados mas também não é uma história bobinha. É um livro agradável, para quem se interessa por leituras mais amistosas.

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Spirit Bound - Richelle Mead

Sinopse: Dimitri gave Rose the ultimate choice. But she chose wrong...
After a long and heartbreaking journey to Dimitri's birthplace in Siberia, Rose Hathaway has finally returned to St. Vladimir's-and to her best friend, Lissa. It is nearly graduation, and the girls can't wait for their real lives beyond the Academy's iron gates to begin. But Rose's heart still aches for Dimitri, and she knows he's out there, somewhere.
She failed to kill him when she had the chance. And now her worst fears are about to come true. Dimitri has tasted her blood, and now he is hunting her. And this time he won't rest until Rose joins him... forever.

CUIDADO! Pode conter spoilers dos livros anteriores. Se quiser conhecer um pouco mais sobre Academia de Vampiros, clique aqui, aqui, aqui e aqui.

Depois de falhar em sua missão de libertar Dimitri de sua situação de Strigoi, Rose volta à Escola São Vladimir e, mesmo com todos seus pontos negativos com a escola por ter abandonado seu ensino algumas vezes, tem uma nova chance de se tornar uma guardiã. Apesar de seu mau comportamento, Rose consegue se formar com seus colegas, passando por um dos testes mais difíceis que a escola já viu.

"[...] Dei uma olhada e vi minha mãe. Ela tinha uma expressão em seu rosto que eu nunca tinha visto antes: orgulho, puro e radiante.
- Era isso? - perguntei finalmente.
Ela me surpreendeu novamente com um sorriso genuinamente divertido.
- Era isso? - repetiu ela. - Rose, você esteve lá fora por quase uma hora. Você passou por aquele teste voando, provavelmente um dos melhores exames que esta escola já viu.
- Sério? Pareceu-me... - fácil não era exatamente a palavra certa - Foi uma névoa, isso tudo.
Minha mãe apertou minha mão.
- Você estava incrível. Estou muito orgulhosa de você.
A realidade daquilo realmente, realmente me atingiu, e eu senti um sorriso brotar de meus lábios.
- O que acontece agora? - perguntei.
- Agora você se torna uma guardiã." (Spirit Bound, pág. 31 - tradução livre)

Tudo o que havia ficado pendente com Lissa antes de sua partida agora estava resolvido e Lissa a faz prometer que a levará caso haja uma nova "aventura". Rose agora também está cumprindo uma outra promessa que tinha feito antes de partir, de dar uma chance a Adrian quando voltasse.

Mas as cartas de amor - e ameaças de morte - que recebe de Dimitri a lembram constantemente que ainda há algo pendente em sua vida e que precisa fazer alcançar seu novo objetivo antes que ele a encontre: libertar Victor Dashkov de uma prisão que ela não tem idéia onde fica, descobrir através dele como encontrar seu meio irmão, Robert, usuário de espírito, e entender como este foi o único a conseguir trazer um Strigoi voltar à vida. E claro que ela não iria sozinha. Lissa e Eddie a acompanham e, por alguns detalhes do destino, Adrian se junta a eles em mais essa missão ensandecida.

Spirit Bound (Laços do Espírito na versão brasileira) é o quinto livro da série Academia de Vampiro e contém todos os ingredientes que a consagraram. Aventura, ação, suspense, emoção, romance... e mais um final de deixar qualquer um de queixo caído.

A narrativa de Richelle Mead foi mais uma vez impecável, tanto que se tornou até difícil escolher apenas um trecho para citar no início da resenha. O que mais gosto na história é que a autora não tem medo de apostar seus personagens. Ela destrói a história, mata nossos queridinhos, estraga tudo, só para ter o trabalho de reconstruir depois. Só que, assim como uma ferida que deixa cicatrizes, nada pode ser perfeito outra vez.

Talvez por isso, me senti vazia, abandonada lendo esse livro. Ele foi ótimo relacionado à história, mas... era tudo tão diferente. Não sei se eu já estou sentindo certo receio pelo fim da série, ou se é pelas mudanças que se deram durante toda ela, na Rose, ou em mim mesma enquanto lia os livros. Chegar à formatura e sair da São Vladimir (não é spoiler) me deu aquela sensação inconfundível e incômoda de que nada daquilo voltaria mais.

Eu chorei um pouco nesse livro. Chorei pela dor de Adrian, pelo Dimitri e, ainda mais, pela dor de Rose. Tantos planos dissolvidos, tantas coisas que poderiam ter sido por causa, vários "se" e vírgulas que se impõem nos caminhos dos personagens. Mas eu também ri bastante. Eddie, Christian e Adrian soltaram algumas tiradas que me deixavam gargalhando, como sempre.

As pressões pelas quais nossa protagonista passou nesse livro foram atordoantes, e ela ficou tão irritada e histérica que eu quase fiquei com raiva dela, isso porque é uma das personagens que eu mais gosto. Rose está um pouco menos inconsequente e impulsiva, visivelmente mais madura, mas continua maluca como sempre, até porque os planos dela são um pouco mais "ambiciosos" dessa vez.

E assim como a Rose, subestimei muito o Adrian. Não que não gostasse dele antes, mas ele não era perfeito. Só que eu me enganei. Ele foi tão maravilhoso nesse livro, tão intenso, que foi impossível não me sentir totalmente apaixonada. Mas, também como a Rose, não era fácil esquecer aquilo que Dimitri desperta e, por isso, ainda não teria dúvidas do que escolheria se tivesse opção. O Dimitri, foi... era como se não fosse ele. Não há como falar muito sem soltar spoilers, mas foi quase decepcionante. Eu entendi suas atitudes, mas não concordei. Ao menos tive boas esperanças no final.

A Lissa também surpreendeu nesse livro. Mostrou mais força e determinação do que em todos os outros livros juntos e batalhou o quanto pode para acompanhar Rose e ajudá-la no que fosse necessário, saindo daquele papel de ser sempre quem precisa de ajuda. Também não fez nenhuma burrada, e as visões de Rose por meio da mente dela foram bem mais necessárias agora.

E que final foi aquele? Eu juro, eu já sabia do que aconteceria e mesmo assim não consegui não ficar surpresa. Só que essa vez foi a mais frustante de todas. A história não termina, fica totalmente incompleta, e eu não consigo nem imaginar o que pode vir pela frente, já que eu consegui, firmemente, evitar todos os spoilers do próximo (último) livro da série. E agora eu tenho que rezar para que chegue logo Last Sacrifice, que solicitei pelo skoob.

obs.: o livro foi publicado no Brasil como Laços do Espírito.

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Um dia - David Nicholls

Fonte da Imagem: Meu Querido Livro
Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida. (Skoob)
NICHOLLS, David. Um Dia. Editora Intrínseca, 2011. 416 p.

Emma Morley e Dexter Mayhew se conheceram na noite de suas formaturas e, juntos na madrugada seguinte, conversavam sobre o futuro: planos, sonhos, ambições. O que esperar para os próximos vinte anos? Naquele novo início da vida de ambos é difícil saber ao menos o que esperar para o dia seguinte. Mas aquele único dia talvez tenha marcado a vida dos dois para sempre.

Em, que sempre fora de certa forma apaixonada por Dex, não tinha grandes expectativas para o futuro. Ele, de uma família com algum dinheiro, provido de beleza e simpatia, consegue visualizar um futuro brilhante pela frente. Mas onde a vida os levaria a partir daquele dia, um 15 de julho de 1988? A partir desse dia, David Nicholls nos permite acompanhar as histórias de vida de Emma e Dexter durante vinte anos, um por capítulo, narrados todos nos dias 15 de julho subsequentes.

Um dia é um livro com profundidade. Acompanhar Em e Dex durante tantos anos de suas vidas nos faz ficar bastante próximos a eles, mesmo quando não concordamos com as atitudes e as situações em que se colocam. Emma começa como uma jovem insegura, com baixa autoestima e sem muitas perspectivas para o futuro. Dexter é o tipo de cara que eu mais detesto. Um rostinho bonito, mas sem conteúdo, presunçoso, que quer curtir a vida a qualquer custo e de maneira totalmente inconsequente.

“Dexter ouviu o som do chuveiro aberto e recostou no sofá, olhando o teto, envergonhado por aquela ridícula expedição. Achava que tinha a resposta, que eles poderiam resgatar um ao outro, quando na verdade Emma estava muito bem havia anos. Se alguém precisava ser resgatado era ele.
E talvez ela tivesse razão, talvez ele só estivesse se sentindo um pouco sozinho. [...] Sozinho. E o pior de tudo é que sabia que era verdade. Nunca na vida tinha imaginado que seria um solitário. No seu aniversário de trinta anos, chegou a lotar uma boate da Regent Street: as pessoas faziam fila na calçada para entrar. O cartão de memória do celular em seu bolso transbordava de números telefônicos das centenas de pessoas que havia conhecido nos últimos dez anos, mas a única pessoa com quem desejava conversar todo esse tempo estava no quarto ao lado.” (pág. 330)

E os sentimentos de amizade e de respeito dos dois os permitem crescer. Ela se torna uma mulher admirável, que acredita em si mesma e que chega muito além do que poderia imaginar. Ele, por sua vez, aprende a ser menos "intenso", a ver os que estão em seu entorno e a se importar com eles, a ser realmente um homem.

No início da leitura pode-se presumir uma certa superficialidade na narração dos capítulos, como se alguns deles não fossem realmente necessários e estivessem presentes apenas para preencher lacunas e cumprir as funções de estilo propostas à obra. Isso também se deve ao fato de serem colocadas tantas informações, dos acontecimentos de todo um ano, em poucas páginas, que faz a exposição dos fatos parecer pobre em algumas passagens. Mas essa visão deturpada logo se desfaz e, ao fim da obra, é impossível argumentar isso. Cada detalhe torna-se fundamental e perfeitamente colocado.

Algumas partes da história são algo previsíveis, mas não é exatamente a surpresa que a torna especial. O que a torna atraente é a realidade dos acontecimentos, de cada sentimento de paixão ou de timidez, de vergonha ou de raiva. São situações perfeitamente cabíveis e de sensações tão intensas que poderiam ser reais.

O livro é lindo, lindo, impossível de não se emocionar. A crueldade e a ironia com as quais algumas coisas acontecem na vida - que não são poupadas na história -, a superação dos momentos difíceis e a mágica da eterna mudança que ocorre nas pessoas é o ponto alto do livro, que vale a pena conferir.

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Novidades #15

Editora Dracaena anuncia os lançamentos “Oldar e Naturalmente Saudável”



Oldar - Guerra da traição

Autor: Rondinelli Fortalesa
Gênero: Romance, Ficção
ISBN: 9788564469655
Nº de páginas: 216

Onde comprar:
Cultura | Travessa | Saraiva

A história de Oldar é sobre um mundo muito antigo, ainda em seu início, quando os povos começavam a conhecer uns aos outros e tinham seus primeiros conflitos motivados por paixões humanas e até sobrenaturais.
Países se uniram a outros na tentativa de impor seu poder ou reivindicar uma justiça que julga ser devida.
A primeira narrativa de Oldar inicia no país do continente Oeste conhecido como Edammael, onde vivem os Dans. Esse país está localizado entre cordilheiras e possui um clima muito agradável na maior parte do ano.
O governo fora estabelecido no início dos tempos como reinado, onde um homem governa sozinho o destino do povo. As pessoas eram felizes e gostavam muito do modo como estava sendo conduzido o seu mundo, mas a sede por poder influencia uma mulher que foi capaz de trair todo o seu país.
Essa traição de Ânea causa a primeira guerra do reino de Edammael, que fica dividido entre norte e sul, cada um de um lado do rio Negro. Como algo esperado numa disputa por poder, os dois reinos entram em conflito e centenas de inocentes morrem sem justiça e apenas um deles consegue dominar todo o país novamente tornando-se o rei único de Edammael.
O perdedor nunca esquece daquilo lhe aconteceu e por vários anos planeja sua vingança contra o irmão que lhe tomara o poder no reino. Ele muda-se para as terras do sul e faz dali sua nova morada, onde se casa e tem filhos e finalmente encontra sua felicidade.
O reino do norte cresce e faz um tratado com o país vizinho. São construídos grandes monumentos e uma imensa torre para o governo. O novo rei, filho do anterior na busca de uma alegria que ele sente que perdera há muito tempo vai em busca de seu tio quer fora expulso na tentativa de juntar novamente sua família. Ele descobrirá que esse sonho será mais difícil de se realizar do que ele imagina.
Essa é uma história não sobre uma pessoa ou sobre uma família, mas sobre o planeta Oldar e os povos que o habitam. Essa história não tem pretensão de explicar as causas da violência da Terra, tampouco solucionar os problemas que existem em nosso mundo.
A intenção dessa história é mostrar como as coisas podem acontecer, mesmo que não queiramos ou planejemos que elas ocorram.



Naturalmente saudável
Autor: Celso Zymon
Gênero: Saúde
ISBN: 9788564469566
Nº de páginas: 196

Onde comprar:


Cultura | Loja Singular | Editora

Há diversos livros sobre qualidade de vida, alimentação natural, vida saudável, porém poucos explicam de forma simples e direta o porquê da necessidade de mudar nossos hábitos.
A presente obra é muito mais do que dicas sobre saúde, pois a visão do autor é abrangente e de certa forma revolucionária para o padrão ocidental. A saúde é uma questão cultural e não somente medicinal, na realidade é muito mais pertinente a cultura do que a cuidados médicos.
Filosofia, ciência, arte, política, hábitos de vida, mente e espiritualidade, tudo isso deve ser analisado conjuntamente para que haja uma vida saudável em todos os aspectos que consiste a vida humana, porém é justamente por ignorar esses fatos que a humanidade ainda continua doente. Centenas de remédios novos surgem a cada momento, milhares de remédios estão disponíveis nas prateleiras, porém as doenças continuam a proliferar e os hospitais continuam cheios. Por quê?
Um livro simples, direto que vai deixar você querendo sinceramente adentrar cada vez mais no maravilhoso mundo naturalmente saudável.

Fotos lançamento: Contos de Meigan
Belém - PA 18/01/2012

 


Fotos lançamento: Demoníaco
Itajaí – SC 10/01/2012

 
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Almoço em Família é o tema do Concurso Literário


A editora Aped está lançando o Concurso Literário: Crônicas “Almoço em Família”, que culminará na publicação de um livro com as 30 crônicas mais votadas pelos leitores internautas que acessarem o blog http://www.eucoracaolivros.com/.
O Lançamento do livro será no mês de abril, em um no evento Galeria do Autor (outro grande evento realizado pelo Ponto do Autor (http://www.pontodoautor.com.br/), no Rio de Janeiro. O tema “Almoço em Família” eleito por muitos de nossos leitores antes das festas de final de ano também foi escolhido através de votação. Enfim, tudo de uma maneira bem democrática. Com certeza, os autores não terão dificuldade em escrever suas crônicas. Um assunto simples, que certamente todos já vivenciaram uma situação inusitada, podendo ser descrito com leveza e facilidade. Os escritores que desejarem participar terão até o dia 02 de março para fazer a sua inscrição e enviar a sua crônica.

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A autora Valentine Cirano, parceira aqui do blog, anuncia novidades em seu blog. O prefácio e o primeiro capítulo do livro La Fontana di Trevi - o último sudarista, sequência do livro Impacto Fulminante, com lançamento previsto até julho de 2012, já está no blog na página "capítulos/trechos de livros". Quem quiser conhecer um pouco desta e de outras obras da autora pode acessar o blog http://www.valentinecirano.blogspot.com/

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Apátrida - Ana Paula Bergamasco

Fonte da Imagem: Garota Eclética
Sinopse: Ganhador do Codex de Ouro 2011: Melhor drama. "Uma pequena vila na Polônia. Uma menina repleta de vida. Um encontro. Vidas Ceifadas. Sonhos Destruídos. Infâncias Roubadas. As recordações da personagem Irena amarram o leitor na História do Século XX. Baseado no estudo dos fatos que marcaram a época, o palco da narrativa é a conturbada Europa pós Primeira Guerra Mundial, culminando com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a destruição que ela provocou na vida de milhões de pessoas. A narradora conduz a exposição em primeira pessoa, e remete o leitor a enxergar, através de seus olhos, o cotidiano a que ficou submetida. É um relato humano, sincero e envolvente que revela a passagem da vida infantil feliz da menina, para o tumulto da existência adulta, cheia de contradições." (Skoob)
BERGAMASCO, Ana Paula. Apátrida. Todas as falas, 2010. 338 p.

Irena nasceu na Polônia, em uma grande família de camponeses, algum tempo depois do fim da Primeira Guerra Mundial. A família, mesmo com poucos recursos, vivia bem, e a amizade e união que acometia os irmãos permitia que a vida fosse bastante próspera e feliz. Isso, entretanto, não impediu que Irena, desde cedo, se deparasse com a perda de pessoas que amava, como suas duas irmãs.

Ainda nova, viu-se apaixonada por seu amigo de infância, Jacob, judeu de uma família influente e rica da região que, mesmo correspondendo-a, optou por casar-se com outra judia, para alcançar as expectativas de seus pais e de sua sociedade.

Doente de amor, Irena começa a tentar refazer sua vida e, ao casar-se com Rurik, muda-se com ele para a Bielorrússia, a fim de viverem juntos da família do marido. Apesar da falta que sentia dos seus e de sua terra, Irena aprende a amar Rurik e constrói com ele um lar de felicidade. Tiveram juntos dois filhos, Jan e Bogdana, a qual morreu três dias após o nascimento.

Mas essa vida tranquila não duraria muito tempo. Quando um de seus irmãos, Andrzej, vai procurá-la na Bielorrússia e se casa com Yeva, uma oficial russa disfarçada, no momento em que os ares e a tensão da Segunda Guerra Mundial já davam sinais, sua vida começa a desmoronar. Yeva assume ter envenenado a mãe de Rurik e entrega a ele e a Andrzej como traidores, sendo ambos condenados à forca.

De volta à terra de sua família, Irena enfrenta outras perdas: seus pais, alguns irmãos e a própria liberdade. Em meio à guerra, vê atrocidades que nunca seria capaz de imaginar, passa fome e vê pessoas morrerem por causa dela e derrama mais lágrimas do que pensava possível.

“O navio começou vagarosamente a mover-se, em direção ao mar alto. As crianças esticaram-se para ver a cidade ficar para trás. Uma dor apertou meu peito. Lembrei-me que, a partir dali, dentro do mar da vida, eu estava só. Nem pátria possuía mais. Era como uma completa indigente, navegando rumo ao desconhecido. O futuro, só Deus o conhecia.”

Apátrida - Vários destinos. Uma guerra. Uma paixão., de Ana Paula Bergamasco, é uma história simplesmente incrível. Narrado em primeira pessoa pelo olhar da própria Irena, o livro é bastante intenso, intercalando momentos de várias fases da vida da protagonista, voltando a passados mais próximos, no Brasil, e mais distantes. Essa mistura de diversos momentos não faz com que a obra fique confusa e, pelo contrário, ainda previne, em junção à riqueza de detalhes, que os capítulos se tornem maçantes. Também interessante é que o fato de ir ao passado e voltar possibilita que saibamos os atos que deram origem a algo na vida dos personagens, e as conseqüências desses atos, bem delimitadas na narração.

Me apaixonei por Rurik, senti tristeza por Jacob, e até alguma afeição por Alfons. A vida amorosa de Irena não foi nada fácil, mesmo que tenha desfrutado alguns momentos de felicidade. Mas essa dificuldade não se restringiu ao amor: sua vida inteira teve altos e baixos, e Ana Paula deixa visível que foi preciso muita força de vontade da protagonista para simplesmente seguir em frente.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção durante toda a escrita da autora é a forma suave como consegue abordar situações tão delicadas, quase inocente, ao mesmo tempo em que não poupa nenhum detalhe das atrocidades da guerra, do sofrimento, da fome, entre tantas outras coisas repulsivas que muitos teimam em renegar. Além disso, em alguns trechos consegue-se comprovar, com passagens bem claras e possíveis, o que para mim foi uma das mensagens mais fortes do livro: todos perdem em uma guerra. O lado “vencedor” também tem perdas sociais e econômicas, por mais rápida que seja a guerra.

Irena, mesmo aparentando ter em sua sensibilidade uma fraqueza, mostrou-se uma mulher muito forte, e talvez tenha sido essa mesma sensibilidade que a tenha mantido a salvo, física e mentalmente, diante daquilo que via e da incerteza do futuro. Apegando-se à esperança, aos seus filhos e ao seu amor por Jacob, enfrentou seu sofrimento como podia e apegou-se à vida, mesmo que isso significasse abdicar de sua pátria, suas crenças e seu orgulho.

Não há como comentar todos os personagens, pois são muitos, mas Bergamasco nos presenteia com o destino que cada um deles leva, sem deixar nenhuma ponta em aberto. Mais um ponto para a obra, que se torna completa e incontestavelmente bem feita. Um livro que recomendo para todos, independente do tipo favorito de leitura, por conter mensagens para seres humanos, escritos nas entrelinhas da história de alguém sem rosto, que sofreu as selvajarias das inconsequências de alguns que se denominavam racionais e superiores.

“[...] Diga-me, em qual local do mundo há vencedores numa guerra?”

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