La Belle Sauvage - Philip Pullman

Sinopse: Phillip Pullman volta ao mundo da trilogia Fronteiras do Universo, para outra aventura eletrizante envolvendo daemons, aletiômetros, o Magisterium e, claro, o Pó. La Belle Sauvage é o primeiro volume de uma nova trilogia chamada O Livro da Sombras, e se passa dez anos antes dos acontecimentos de A Bússola de Ouro, se centrando em Lyra e Pantalaimon, ainda bebês. Apesar de ser uma história diferente, os fãs de Fronteiras do Universo vão reconhecer muito do mundo e dos personagens que povoam La Belle Sauvage. Enquanto o protagonista, Malcolm, se envolve em uma assustadora aventura para tentar salvar a pequena Lyra das garras do Magisterium, outros mistérios e vilões surgem para complementar a trama que já conhecemos tão bem. (Skoob)

Livro recebido como cortesia da Editora
PULLMAN, Philip. La Belle Sauvage. O livro das sombras #1. Suma, 2017. 434 p.


Admito que, quando recebi La Belle Sauvage como cortesia da Suma, o nome do autor, Philip Pullman, por si só, não me dizia nada. Mas foi só dar uma espiada na sinopse para saber que é ele o responsável pela série Fronteiras do Universo, que começa com A Bússula de Ouro. Não li nenhum de seus livros anteriores, só vi o filme baseado no primeiro deles, e logo a curiosidade para conhecer algo do autor cresceu. Foi nesse contexto que eu comecei a leitura do livro e, se de um lado encontrei detalhes que me surpreenderam, de outro confesso que esperava algo diferente de um autor tão elogiado.

La Belle Sauvage é uma introdução de Fronteiras do Universo, embora tenha sido escrito depois, já que sua trama se passa antes da protagonizada por Lyra. Para quem não leu os livros que já haviam sido publicados, isso não é empecilho algum para a leitura, não há dificuldade em entender o contexto. Até li em outras resenhas que esse volume traz explicações que não existiam nas obras anteriores, como a relação entre as pessoas e seus daemons, a bússula de outro, entre outros. É como um longo capítulo de apresentação, com muitas explicações sobre o mundo criado por Pullman.

Nesse volume, o protagonista é Malcolm, um garoto cheio de energia, muito prestativo e inteligente que se "aventura" com sua canoa, La Belle Sauvage, no rio que margeia sua casa. É comum ele cruzar o rio para ir até o convento e ajudar as irmãs, até que um bebê chega ao local, rodeado de mistérios. O bebê é Lyra, e Malcolm fará de tudo para protegê-la daqueles que querem fazer mal a ela. Acho que a sinopse até entrega demais nesse ponto, já que cita um acontecimento que só vai acontecer depois da metade do livro.

E acredito que aí está meu principal problema com esse livro: a demora no desenvolvimento da história. O autor cria personagens demais e se prende em excessos de detalhes na narrativa, o que a torna menos dinâmica e um pouco cansativa. A escrita do autor é maravilhosa, disso não posso me queixar, mas é aquele tipo de livro que, enquanto você está lendo, é ótimo, mas depois parece que você leu muitas páginas e poucas coisas importantes. Além disso, tem um início um pouco arrastado, o que acaba por diminuir aquela ansiedade por continuar. Da metade para o final, as coisas acontecem de uma forma um pouco mais rápida e, aí sim, eu consegui me vincular à história.

Embora pareça um livro voltado para crianças, na verdade a trama é bem desenvolvida e robusta, o que pode conquistar os leitores mais velhos. Há também uma crítica implícita às instituições, como o Estado e a Igreja, bem como discussões sobre a sociedade, o que sempre traz reflexões interessantes. La Belle Sauvage foi uma leitura bem diferente das que estou acostumada, em especial por misturar a densidade de um clássico com as aventuras de um infanto juvenil. É um livro gostoso, mas lento, e vai agradar mais aqueles que gostam de tramas ricas, embora não tão ágeis.

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Conjuntando #76: Agosto, mês do desgosto?


Depois de um mês muito, MUITO difícil, parei para pensar se aquele ditado para o qual eu nunca dei bola teria: afinal, agosto é o mês do desgosto?

Li sobre o assunto na internet, e percebi que, a superstição tem uma origem histórica e que vem sendo reiterada por acontecimentos bem ruins ocorridos nesse mês. Nunca acreditei muito nesse ditado, até perceber que várias das coisas mais chatas e difíceis que ocorreram esse ano aconteceram no mês de agosto. 

E o mês ainda não acabou - não acaba mais.

Só para exemplificar: estourei meu limite no cartão de crédito. Isso nunca aconteceu antes e, em geral, eu só uso 1/4 do limite dele todo mês. O dinheiro não deu, precisei me socorrer no cartão e agora, para pagar a fatura, vou ter que tirar um pouco do valor da minha mísera poupança. Foram várias despesas imprevistas e, gente, que vontade de chorar, ainda mais quando a maioria delas foi por conta dos "acidentes" ocorridos nesse mês.

Os acidentes, aliás, foram outras coisas que me deixaram desnorteada esse mês. Arranhei meu carro e minha máquina de lavar roupas estragou. Esse último estrago, aliás, gerou outro: ela parou de funcionar quando estava enchendo o cesto; não parou de encher nunca (só quando eu desliguei), mas quando percebi, meu apartamento estava todo alagado - tapetes, móveis, tudo em baixo d'água. Queria sentar em posição fetal (na água mesmo) e chorar (de novo! rsrs). Não fiz isso; ao contrário, peguei balde e rodo e me pus a trabalhar. Isso evitou que o estrago fosse maior, pois a atitude rápida evitou que eu perdesse os móveis; mas precisei pagar para lavar os tapetes e arrumar a máquina.

Fiz minha inscrição em uma pós graduação online - até aí, tudo bem, estava previsto. O problema é que já faz quase um mês e ainda não tive acesso ao curso (que raiva!). Parece que o sistema está com problema e tem demorado a compensar os pagamentos, o que impede que o acesso seja liberado. Falta de sorte?

Isso sem contar com as infinitas pequenas coisas que eu tenho tido que lidar no dia a dia - água em documentos importantes, canelas roxas, dor nas costas e coisas assim.

Sinto como se eu fosse membro da família de Cara de Temporada de Acidentes, só que, no meu caso, o mês é agosto, não outubro. Sério, está difícil.

O que me salvou um pouco foi um curso de gestão de tempo que fiz recentemente. Ele me ajudou a lidar com os problemas de forma mais prática e, por conta dele, esses imprevistos não me atrapalharam tanto em questão de produtividade. Ainda consegui estudar e trabalhar melhor do que antes. Aliás, indico para quem quer aproveitar melhor o tempo estudar algo assim.

Que bom que agosto acaba amanhã. Espero que até lá nada mais aconteça, porque não tenho mais estrutura para isso. E que setembro venha com novos ares, claro.

Agosto foi tão difícil para vocês quanto foi para mim? Quem aí já teve incidentes em agosto também?

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O último adeus de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle

Sinopse: Sherlock Holmes é o detetive mais amado de toda a literatura policial. Este volume de suas façanhas traz os contos que compõem "O último adeus de Sherlock Holmes", na sequência em que foram originalmente publicados na Strand Magazine entre 1908 e 1917: Vila Glicínia, O círculo vermelho, Os planos do Bruce Partington, O detetive moribundo, O desaparecimento de Lady Frances Carfax, O pé do diabo e Seu último adeus. (Skoob)
DOYLE, Arthur Conan. O último adeus de Sherlock Holmes. Sherlock Holmes #4. Zahar, 2011. 278 p.


Estou de volta a Sherlock Holmes. Me pergunto quantos adeus ele irá dar antes de ser realmente o último. Tenho que confessar que estou cansada.

No quarto livro da série, sete contos desse ilustre detetive consultor, atualmente (naquela época) aposentado e cultivando abelhas, são narrados pelo Dr. John Watson, com exceção do último, que traz um narrador onisciente e desconhecido. Seria Watson? Seria Holmes? Quem seria? Essa pergunta assombra os sherlockianos até hoje.

Existem dois casos que eu gostei muito: O detetive moribundo, que Sherlock finge sem escrúpulos que está morrendo para Watson, somente para pegar um criminoso, e O último adeus de Sherlock Holmes, que foi tão rápido que pisquei e acabou. Posso entender porque sherlockianos adoram esse conto em especial; há algo em não saber todos os detalhes, nesse clima de mistério, e é justamente isso que o conto trás.

"Minha mente é como um motor acelerado, que se desintegra quando não está conectado com o trabalho para o qual foi construído."

Vou ser crítica quanto a essa obra tão famosa até os dias de hoje e dizer que eu esperava mais. Eu não sei, mas... não há uma evolução, tudo se mantém o mesmo. Não estou dizendo que não há reviravoltas na história, mas me senti neutra durante uma boa parte da leitura, porque volta e meia estamos de novo no mesmo lugar. A história avança, os casos se desenrolam brilhantemente e de forma inimaginável, contudo, talvez por serem contos, terem sido publicados para serem lidos um de cada vez de tempos em tempos, eu não vi uma mudança nos personagem. Eles foram estáticos.

Se eu comparar com os primeiros casos de Sherlock, eu posso ver o quanto ele está mais esperto, mais experiente, o quanto aprendeu ao decorrer dos anos, contudo, fora isso, ele e todos os outros personagens se mantêm os mesmos e eu me senti presa numa história atemporal, onde todos são fadados a ser o mesmo e nunca mudar, nunca aprender com seus erros, nunca serem melhor. Eternos Peter Pan.

Talvez eu tenha achado isso ruim porque não sou acostumada a ler contos, eu sou uma que aprecia os romances, onde há conflitos e amadurecimento nos personagens e você sofre junto com eles. Claro, minha amiga, uma sherlockiana, deu a resposta de que não há uma evolução porque Sherlock Holmes já é muito evoluído. Eu discordo. Ele tem muito aprender. O velho e importante "ser humano", por exemplo.

"-Parece extremamente improvável!
-Devemos recorrer ao velho axioma segundo qual, quando todas as outras contingências falham, o que resta, por mais improvável que seja, deve ser a verdade."

Enfim, depois de 4 livros e quem sabe quantos contos, eu estou dando uma pausa sem tempo de retorno. Não quero mais Sherlock Holmes na minha vida, só se for com Benedict Cumberbatch e sua atuação maravilhosa. Já deu. Fiquei escaldada. Vou devolver o quinto livro à minha amiga sem ler, fugir de histórias com contos assim, e esperar um bom tempo para sonhar em ler os romances de Sherlock Holmes, porque... eu quero lê-los. Eu estou curiosa para saber como Sherlock e Watson se conheceram. Talvez os romances sejam diferentes? Vou esperar muito tempo para descobrir.

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No tempo dos feiticeiros - Cressida Cowell

Sinopse: Divertida aventura que se passa num mundo mítico de vikings e dragões, a série infantil Como treinar o seu dragão se tornou um sucesso no mundo inteiro. São 12 livros, além de 2 volumes extras, que somam 780 mil exemplares vendidos no Brasil e 8 milhões no mundo, além de ter inspirado adaptações para a TV, numa série de animação exibida pelo Cartoon Network, e para o cinema, produzida pela DreamWorks.
Agora, a escritora e ilustradora Cressida Cowell deixa os vikings de lado para uma nova trilogia, sobre os antigos tempos em que havia feiticeiros, bruxas, guerreiros... e Magia. No Tempo dos Feiticeiros mostra a guerra entre duas tribos: os feiticeiros, que eram mágicos, e os guerreiros, que não eram.
Esta é a história de Xar, um menino feiticeiro cujos poderes ainda não despertaram, e de Desejo, uma menina guerreira cujo maior sonho é ser reconhecida pela mãe. Xar e Desejo foram ensinados a odiar um ao outro, mas terão que superar as diferenças e enfrentar um mal que pode destruir seus lares. (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
COWELL, Cressilda. No tempo dos feiticeiros. Editora Intrínseca, 2018. Tradução: Marina Vargas. 400 p.


Cressilda Cowell ficou bastante conhecida com a série Como treinar seu dragão - que eu só soube que o filme era baseado nos livros muito depois de assistir. Naquela série, achei a história fantástica, por ser envolvente, cheia de humor e aventura e ideal para todas as idades. Quando surgiu a oportunidade de ler algo da autora, logo fiquei curiosa, e foi por isso que No tempo dos feiticeiros chegou para mim.


O livro é o primeiro volume da série de mesmo nome e conta a história de Xar, um menino feiticeiro que ainda não viu seus poderes se manifestarem, e de Desejo, filha da rainha guerreira que guarda em segredo alguns objetos mágicos, que são proibidos na fortaleza de ferro. Os dois estão em lados opostos na guerra entre guerreiros e feiticeiros, mas quando seus caminhos se cruzam, veem tudo mudar.

A trama é repleta de magia, seres encantados, aventura e diversão. Desde o início dá para ver que o enredo é voltado para um público mais juvenil, até pelo tom que a autora dá à narrativa. Isso não impede que leitores mais velhos curtam a leitura, em especial porque há mensagens importantes sobre solidão e amizade, lealdade e amor. Também, a autora trata com delicadeza sobre a relação entre pais e filhos, as expectativas e as responsabilidades de se criar um filho, assim como a necessidade de ter paciência de saber ouvir ou de buscar auxílio quando necessário.


Tudo fica ainda mais mágico e encantador por conta das ilustrações do livro, que mostram em destalhes cada acontecimento da história. Em alguns casos, há desenhos de página inteira; em outros, as ilustrações invadem as páginas e se misturam ao texto. Tem-se uma linda dinâmica, e eu gastei muito mais tempo percebendo os detalhes riquíssimos das ilustrações do que lendo a história em si.

Outro ponto bem interessante é a forma como a autora construiu seus personagens, que são incomuns, mas comuns ao mesmo tempo. Cada um deles não se encaixa de alguma forma, mas a autora mostra que a diversidade é normal, e que mesmo algo que não seja "normal" pode, na verdade, representar um ponto forte. Xar, por exemplo, é baixinho e não tem magia, e Desejo, com seu tapa olho e seu cabelo espetado, não é nem de longe parecida com sua mãe, que é tão bela. Achei bastante importante essa construção em um livro voltado para adolescentes, pois aborda a inclusão, independente de padrões.


A história deixa um gancho enorme para uma continuação, que é quase certo que virá. Mesmo que seja um livro voltado para um público mais jovem, tem aquele tipo de história que encanta qualquer idade e gera forte empatia por seus personagens.


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Malévola: a Rainha do Mal - Serena Valentino

Sinopse: Era uma vez uma adorável e indefesa donzela que dorme profundamente anos a fio – vítima de uma maldição – antes de ser resgatada pelo belo e corajoso príncipe encantado. Mas essa é apenas a metade da história.
E quanto à Fada das Trevas, Malévola? O que a levou de fato a sucumbir à maldade e ao ódio a ponto de desejar o mal de alguém? Por que ela amaldiçoa a princesa inocente?
Este é um relato passado ao longo dos séculos. É uma história de amor e de traição, de magia e de fantasia, de perdão e de arrependimento. É a história da Rainha do Mal. (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
VALENTINO, Serena. Malévola: a Rainha do Mal. Universo dos Livros, 2018. 240 p.


Há muito tempo eu venho namorando os livros desta série. Sempre gostei muito das princesas e dos filmes da Disney, então, quando vi que tinha uma série de livro sobre os vilões mais amados e odiados dos filmes infantis, logo coloquei todos na minha lista de desejos.

Malévola é o primeiro livro que leio da coleção e me decepcionei um pouco no começo quando a autora fez referência ao que imagino que tenha sido o final dos livros anteriores. Mas isso não me impediu de continuar. Apesar de ter travado um pouco no começo, pois fiquei bem perdida com alguns nomes e personagens que não conhecia, além das referências aos outros títulos da série, a leitura fluiu de forma natural, de modo que, ao aproximar da metade, não consegui mais parar de ler.

Nem sempre Malévola foi uma bruxa impiedosa que sai por aí colocando princesas em um sono eterno. Quando ela nasceu, foi abandonada em uma árvore oca até que a fada Babá a encontrou e a criou como sua própria filha. Desde pequena, todos enxergavam Malévola como uma criatura propensa ao mal, ela sempre fora descriminada pelas outras fadas por ser diferente.

“Todas as fadas temiam porque consideravam sua aparência perturbadora. Deixaram-na lá naquela árvore, sozinha, pois ninguém sabia quem a abandonara. Se os pais não a quiseram, por certo tampouco as fadas a quereriam. Até onde podiam saber, ela muito bem podia ser uma ogra. Ou algo vil demais até para os ogros. Além disso, ela não tinha nem asas nem feições agradáveis. E existia um aspecto distintamente maligno a respeito dela, portanto, estava claro que ela não podia ser uma fada. Não, ela definitivamente não era uma fada. Pelo menos era o que o Povo das Fadas dizia para se consolar quando ficava acordado até altas horas, perguntando-se se tinha feito a coisa certa ao deixar uma criaturinha indefesa no côncavo de uma velha árvore.”

O mais irônico é que, apesar de tudo, no começo Malévola não era má. Os vários acontecimentos e preconceitos sofridos pela garota enquanto pequena que a tornaram o ser horripilante e maléfico que tantos a julgavam ser. Ao cria-la, Babá tentou mostrar a ela que existia mais de uma opção a ser seguida e ela teria conseguido fazer a menina escolher o bom caminho, não fosse pelas implicâncias das outras fadas.

O estilo de Serena é leve e de fácil entendimento, ela consegue nos transportar para a leitura de forma que entendemos o lado dos “vilões”. Todos eles na verdade foram injustiçados em algum momento e nunca fizeram o mal apenas por puro prazer. Conhecer este outro lado da história nos faz refletir sobre as nossas próprias atitudes e como elas podem influenciar as pessoas ao nosso redor.

A história conta sobre o presente e passado de Malévola, para que possamos entender o porquê de tanto mal. O que levou a bruxa a colocar Aurora no sono eterno vai muito além do que nos foi contado e a autora consegue ligar todos os acontecimentos e interligar os contos de fadas de uma maneira fantástica.

“Degrau a degrau, Aurora subiu, até chegar à torre mais alta do castelo. A Fada das Trevas transformou a esfera verde maligna em uma roca de fiar. Finalmente sua maldição se concretizaria.”

Com um foco totalmente diferente dos filmes e livros que já existiam sobre Malévola e A Bela Adormecida, a obra nos mostra o poder que nossas atitudes têm sobre os outros. Como, de tanto escutar que você é isso ou aquilo, você acaba acreditando e correspondendo à fama pela qual não pediu. O livro está longe de ser um conto de fadas ou uma historinha para dormir. Apesar do início conturbado, a obra superou minhas expectativas e agora, mais que nunca, quero adquirir o resto da coleção.


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Novidades #194: Intrínsecos, clube de livros da Intrínseca


Os clubes do livro estão ganhando fãs entre leitores que querem ser surpreendidos com novidades e kits exclusivos. Agora imagine entrar em um clube em que você recebe um livro que ainda nem foi lançado no Brasil?

Por isso, se você gosta de clube de livro, precisa conhecer o Intrínsecos! Lançado pela Editora Intrínseca, para comemorar seus 15 anos, esse é um Clube do livro que promete surpreender o leitor.

Funciona assim: todo mês os assinantes receberão um livro com design exclusivo em capa dura, que será sempre um livro ainda inédito no Brasil e chegará para os Intrínsecos 45 dias antes do lançamento nas livrarias. Além do exemplar, a caixa terá uma revista com conteúdo exclusivo que complementará a experiência da leitura, um marcador de página e um brinde relacionado ao livro do mês. Bem legal, né?


As assinaturas já estão liberadas! O plano mensal custa R$54,90 por mês e o plano anual custa R$49,90 por mês, e o frete é fixo em R$10 para qualquer lugar do país. Além de serem títulos inéditos no país, a edição da caixa é sempre diferente da que será vendida nas livrarias. As capas, colecionáveis, serão lisas e coloridas, com os nomes dos livros nas lombadas e com fitilho para marcar a página. A ideia é ter experiência com diferentes tipos de história, então não é possível escolher o gênero ou trocar o livro, é sempre uma surpresa.

Todas as informações estão disponíveis neste site, corre lá para conferir 😍

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A caçadora de Dragões - Kristen Ciccarelli

Sinopse: Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas.
Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino. (Skoob)
CICCARELLI, Kristen. A Caçadora de Dragões. Iskari #1. Seguinte, 2018. 398 p.


Asha cresceu sabendo que foi a responsável, quando criança, por um grande ataque de Kozu, o mais forte dos dragões, que queimou metade de sua cidade. Corrompida pelo fascínio das histórias antigas, que são proibidas, Asha acredita que sua sina é causar destruição. Conhecida como Iskari - aquela que leva destruição e morte - a garota se torna caçadora de dragões e vê uma oportunidade de se redimir quando recebe a tarefa de matar o poderoso dragão. Só que sua jornada lhe mostra muitas verdades que a fazem repensar tudo o que foi ensinada a acreditar.

A Caçadora de Dragões, de Kristen Ciccarelli, é uma aventura deliciosa de acompanhar. A trama até tem alguns pontos que poderiam ser melhor abordados, mas, no meu caso, em que as leituras são qualificadas pelos sentimentos que elas provocam, pouco importam os conceitos racionais que poderiam fazer o enredo menos intenso.

Deixem-me explicar: a obra traz um conceito rígido de bem e de mal, sem intermédios, que tira um pouco a credibilidade de seus acontecimentos. O vilão, por exemplo, é mau porque é mau, simples assim, como se sua natureza fosse essa e não houvesse outra saída para ele além de prejudicar os outros. Ele não foi trabalhado, não foi aperfeiçoado, a autora não conseguiu construir suas camadas a ponto de transformá-lo em um personagem crível, daqueles que amamos odiar. Além disso, há uma descoberta mais para o fim do livro sobre outro personagem que muda tudo que havia sido mencionado sobre ele até então, como se ele tivesse se tornado um monstro, sem nada de bom a ser considerado. Depois de ler e racionalizar o livro, percebi que o enredo poderia ter sido enriquecido se abordasse esses aspectos de outra forma.

Por outro lado, para ser sincera, durante a leitura, esses detalhes não foram significantes. Fiquei tão envolvida com a trama que nem ao menos os percebi, até que olhasse mais friamente. O livro começa de uma forma lenta, já que o contexto do novo mundo criado pela autora é mencionado aos poucos, ao intercalar os conflitos próprios da protagonista com as histórias antigas, mas adquire velocidade da metade para o final, quando a protagonista começa a redescobrir suas próprias verdades.

Asha é uma protagonista forte e destemida e, se faltaram camadas para o vilão, isso não se aplica a ela. No início, ela usa suas marcas e seu porte assustador para esconder suas inseguranças e anseios. Ela não é uma personagem simpática, é odiada por muitos e usa isso a seu favor, mas não quer dizer que não sofra por sua situação. Ela quer tanto ser aceita que se deixa ser manipulada, faz tudo sem questionar as razões, mas, em certo ponto, começa a perceber que nem tudo é o que parece, passa a questionar conceitos sociais e se guia pelo que acha certo, não pelo que os outros lhe dizem ser.

Torwin é definitivamente o melhor personagem da trama. Não entendo como a autora conseguiu construir um personagem tão forte e tão doce ao mesmo tempo, mas ela fez isso de uma forma incrível. Mesmo sendo quase o oposto de Asha, é como se os dois se complementassem: enquanto ele traz o melhor dela à tona, ela o faz enxergar novas possibilidades. Adorei a parceria entre eles, ainda mais quando envolvia dragões - que, por sinal, são tão incríveis quanto Torwin, ou mais. As histórias antigas e a existência de dragões dão à trama um ar místico, o que, junto com as intrigas, os mistérios, os segredos e as reviravoltas do enredo, fazem o livro completamente viciante.

Senti falta também de aprofundamentos sobre outros personagens, como Dax, irmão de Asha, e Safire, prima dos dois. Pelo que pesquisei, o segundo livro da série trará a história de Roa e Dax, então espero que o terceiro conte um pouco mais sobre Safire, sem deixar de lado Asha, pois ainda há muito sobre ela para contar.

Para quem quer uma fantasia cheia de aventuras, reviravoltas e um pouco de romance, A Caçadora de Dragões é uma ótima indicação.

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Os 27 Crushes de Molly - Becky Albertalli

Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que, aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas. Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e ainda se reaproximar da irmã. Só tem um problema, que atende pelo nome de Reid Wertheim, o garoto com quem Molly trabalha. Ele é meio esquisito. Ele gosta de Tolkien. Ele vai a feiras medievais. Ele usa tênis brancos ridículos. Molly jamais, em hipótese alguma, se apaixonaria por ele. Certo? Em Os 27 Crushes de Molly, a perspicácia, a delicadeza e o senso de humor de Becky Albertalli nos conquistam mais uma vez, em uma história sobre amizade, amadurecimento e, claro, aquele friozinho na barriga que só um crush pode provocar. (Skoob)
ALBERTALLI, Becky. Os 27 Crushes de Molly. Intrínseca, 2017. 320 p.


Molly é uma garota de 17 anos, que nunca teve um namorado ou ao menos beijou alguém.
Mas tem 26 crushes.
E está caminhando para o 27.
Como ela conseguiu tantos crushes em apenas 17 anos (em tão longos 17 anos)? Não fazendo nada.

"(...) talvez eu devesse deixar meu coração se partir, só para provar que ele pode aguentar o tranco. Ou, no mínimo, preciso parar de ser tão cautelosa."

Molly tem medo de sair machucada, acredita que nenhum garoto gosta dela, gostará dela, e... e não faz nada. Com alguns dos seus crushes, ela trocou algumas palavras. Com a maioria, ela só observou de longe.

Quando sua gêmea nada igual arruma uma namorada, Molly sente que a está perdendo. Tudo que parecia certo, torna-se incerto. A amizade delas e a lealdade uma a outra que existia, parece estar se desfazendo. E então Molly decide que namorar Will, o fofo e lindo Will, melhor amigo de Mina, namorada da sua irmã Cassie, é o melhor jeito para se reaproximar de sua irmã.

Mas então há Reid.

Reid é um garoto do trabalho com tênis branco super brilhante e camisas da Terra-média e Game of Thrones e tantas outras coisas de nerds. Ele também vai as farras medievais (farras, sem erro ortográfico). Todavia conversar com ele é fácil, foi o primeiro garoto que Molly não se sentiu nervosa. E talvez ela o ache fofo. E bonito. Só um pouquinho.

"Parece a coisa mais improvável do mundo.Você tem que ficar a fim da pessoa certa no momento certo. E a pessoa também tem que gostar de você. Um alinhamento perfeito de sentimentos e circunstâncias. É quase incompreensível que aconteça com tanta frequência."

A história é simples como parece. Uma dessas coisinhas fofas que você quer colocar num pote e falar como se fosse um bebê. Não há reviravoltas surpreendentes ou acontecimentos dramáticos, é apenas a história de uma garota de 17 anos com 27 crushes. Normal. Eu acho.

Em nenhum momento, eu senti vontade de pegar Molly e agitá-la (eu tenho esse sentimentos às vezes). Achei o comportamento dela... normal, compreensível. Uma personagem verídica, com todos os medos e imperfeições que não admitimos, porque estamos ocupados demais pensando que isso nos faz algo único, diferente, excluído, não perfeito. Ninguém é perfeito. Molly descobre isso. E aprende que isso é o que nos torna único.

"Esse conceito de ex é tão incomum para mim. Eu nunca tive um ex nada. Não consigo nem imaginar como deve ser. Deixar de estar apaixonada. Se tornar uma estranha para alguém que você já amou um dia."

Como uma pessoa assexual, eu gostei da diversidade LGBTQIA+ no livro. Como tudo flui natural. Como há problema em se você não for branco, cis, hétero, cristão, magro... mas também há amor. A autora não tirou os problemas, não os diminuiu, só mostrou que não há problema em ser quem é, porque tem pessoas que vão te amar por isso.

Se você gostou do primeiro livro da autora (Simon vs a agenda homo sapiens), leia esse. Se gostar desse, leia Simon. É uma recomendação cíclica. Becky está ganhando espaço no meu Top Autores que não tem classificação, e mal posso esperar por mais livros dela.

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Além das Páginas #9: Para todos os garotos que já amei


Os livros da série Para todos os garotos que já amei entraram na minha lista de favoritos da vida, não por ter uma história surpreendente ou por ser uma leitura que não me deixou dormir, mas pela forma como uma história tão simples pode ser linda e aquecer o coração. Tanto que eles acabam aparecendo em quase todas as minhas TAGs e listas, porque é muito amor por essa história.

Lara Jean é aquele tipo de personagem apaixonante, que nos encanta por sua doçura e seu amadurecimento e eu nem preciso dizer que estava MUITO ansiosa para conferir o filme lançado na última sexta-feira na Netflix, ou preciso? Na sexta-feira mesmo dei o play e já adianto para vocês que amei tanto o filme quanto tinha amado os livros.


Na trama, Lara Jean vive grandes amores, mas só mesmo em sua imaginação, pois nunca teve coragem de falar o que sentia para qualquer um de seus crushes. Para lidar com esses sentimentos, ela escreve cartas apaixonadas e transfere para o papel tudo aquilo que ela não consegue dizer. Claro que ela nunca teve intenção de enviá-las, só que ela descobre que todas as cartas começaram a chegar aos seus destinatários. O pior de tudo: um deles é Josh, ex-namorado de sua irmã mais velha, Margot. Para fugir de Josh, ela beija Peter - outro de seus antigos amores que recebeu uma carta. Eles decidem então fingir que são namorados, até porque se ela quer evitar Josh, ele quer fazer ciúmes em sua ex, Gen. E depois de toda essa confusão é que a história começa.

Gente, que filme lindo. Eu ri demais, chorei demais, amei demais. Apesar de algumas mudanças no enredo em relação ao livro, sua versão cinematográfica conseguiu manter todos os principais aspectos que encantaram na história. Lara Jean é doce, tímida e a atriz Lana Condor conseguiu transmitir tudo que eu esperava da personagem. Peter, interpretado por Noah Centineo, foi exatamente o que eu imaginava, fofo e irônico ao mesmo tempo, aquele toque de bad boy romântico que havia no livro.

A escolha do elenco foi muito acertada. Acho que todos conseguiram transmitir aquilo que eram nos livros, ainda mais para quem tinha grandes expectativas em cima da história. Ainda assim, o filme é perfeito para quem ama aquelas comédias românticas cheias de clichês, ainda que não tenham lido o livro. Assim que terminei de ver, saí indicando o filme para minha irmã e minhas amigas - que não leram - e todas assistiram e amaram. Aliás, Jenny Han aparece em uma pontinha do filme, os mais atentos perceberão.


O filme também consegue abordar outros temas sérios como bullying, rivalidade entre garotas, família e perdas, sem perder a leveza. Por favor, assistam, vocês com certeza vão se apaixonar.

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Em outra vida, talvez? - Taylor Jenkins Reid

Sinopse: Hannah está perdida. Aos 29 anos, ainda não decidiu que rumo dar à sua vida. Depois de uma decepção amorosa, ela volta para Los Angeles, sua cidade natal, pois acha que, com o apoio de Gabby, sua melhor amiga, finalmente vai conseguir colocar a vida nos trilhos. Para comemorar a mudança, nada melhor do que reunir velhos amigos num bar. E lá Hannah reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência. No fim da noite, tanto ele quanto Gabby lhe oferecem carona. Será que é melhor ir embora com a amiga? Ou ficar até mais tarde com Ethan e aproveitar o restante da noite? Em realidades alternativas, Hannah vive as duas decisões. E, no desenrolar desses universos paralelos, sua vida segue rumos completamente diferentes. Será que tudo o que vivemos está predestinado a acontecer? O quanto disso é apenas sorte? E, o mais importante: será que almas gêmeas realmente existem? Hannah acredita que sim. E, nos dois mundos, ela acha que encontrou a sua. (Skoob)
REID, Taylor Jenkins. Em outra vida, talvez? Rio de Janeiro: Editora Record, 2018. 322 p.


Eu não sei se vocês sabem, mas existe um ramo da Física Quântica que estuda uma teoria que afirma existirem universos múltiplos. Essa teoria diz que exatamente tudo o que é possível acontecer, realmente acontece. Isso significa que o universo em que estamos vivendo agora é uma parte do Multiverso, e que há infinitos universos, todos igualmente infinitos. Isso também significa que existem outras versões de nós em algum lugar, todas elas criadas no instante em que fazemos alguma escolha. De certa foma, é esse o assunto que Em outra vida, talvez? aborda.

Essa história toda parece coisa de maluco, mas faz um total sentido. Afinal, quais as consequências das nossas escolhas? Hannah tem 29 anos e nenhuma noção do que está fazendo da sua vida. Vive pulando de cidade em cidade até que resolve voltar para sua terra natal, Los Angeles, onde vai morar com sua melhor amiga, Gabby. Em uma noite, Hannah vai comemorar sua volta com alguns antigos amigos e reencontra seu ex-namorado da adolescência, Ethan. Em um ponto da noite, tanto Ethan quanto Gabby oferecem uma carona para Hannah voltar para casa.

A partir desse momento, a narrativa em primeira pessoa — pela visão de Hanna — se divide em duas realidades alternativas, uma onde a personagem escolhe Ethan e a outra onde ela escolhe voltar para casa com a Gabby. Assim, os capítulos começam a se intercalar entre os dois cenários, mostrando o que acontece após cada escolha da protagonista, e podemos acompanhar bem de perto tudo o que Hannah passa.

Eu gostei muito desse livro. Primeiro porque me fez pensar no que poderia ter acontecido se eu tivesse feito alguma escolha diferente no meu passado. Aliás, eu bem que acredito que existam várias de mim em infinitos universos lidando com as consequências das escolhas, quem garante que não? Segundo porque a escrita de Taylor Jenkins Reid é muito fluida e fácil de entender, além da narrativa ser bem direta. Isso fez com que eu lesse o livro todo numa sentada, coisa que não acontecia há mais de oito meses — e não tô exagerando.

Ao permitir que a gente conhecesse as duas possibilidades de Hannah, cada uma com situações bem diferentes da outra, a autora me fez questionar sinceramente se existe o tal do livre arbítrio ou até mesmo o destino. Quer dizer, será que a nossa vida é realmente feita de escolhas? Eu gostei bastante dos universos que a autora me mostrou, mas senti falta de um onde a Hannah não necessariamente precisasse um homem para o seu final feliz.

Outra coisa que fez eu me apaixonar por essa história foi a Gabby. Misericórdia, com certeza ela é a minha personagem preferida de todos os tempos de 2018 — até agora. Gabby é amiga de verdade, do tipo que, apesar de apoiar em todos os momentos, não passa pano para as atitudes erradas da Hannah. Amei o companheirismo entre as duas e isso me lembrou muito a minha relação com a minha melhor amiga. O romance também foi delicioso de acompanhar, mas confesso que eu tenho uma realidade paralela preferida, que vocês só vão poder me perguntar quando terminarem de ler o livro.

Em outra vida, talvez? foi uma surpresa para mim. É um livro completo, que tem enredo e personagens legais, que diverte o leitor e que deixa várias reflexões, como, por exemplo, sempre existir um final feliz independente das escolhas que fazemos. Ah, o bônus que esse livro me trouxe foi a vontade de saber um pouco mais sobre a teoria do Multiverso.

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Tag: Livros x Emoções - Sentimentos Literários


Oi pessoal, como vocês estão?

Hoje trouxe a Tag livros x emoções (sentimentos literários) para conversar um pouquinho com vocês sobre coisas que tanto amamos: os livros e as emoções que eles nos causam. O nome da tag já explica no que ela consiste, então vamos lá!

Créditos:

Tradução: Tiny Little Things

Que livro fez você se sentir… feliz?


Sabe aquele livro que aquece o coração? Imagine três! A série Para todos os garotos que já amei, de Jenny Han, realmente me fez feliz, de várias formas. E meu coração até palpita de pensar que o filme já está disponível no Netflix! É ou não é amor?

Que livro fez você se sentir… triste?


Nossa Música, de Dani Atkins, me deixou muito, muito triste, pois a história da protagonista é cheia de tragédias e tristezas. Ainda não me conformei com o final.

Que livro fez você se sentir…nervosa (com raiva)?


Odiei o final da série Jogos Vorazes, e não só pelo acontecimento mais marcante de A Esperança, mas pela forma como Suzanne Collins optou por trabalhar com ele.

Que livro fez você se sentir…nostálgica?


Até eu te encontrar é aquele tipo de livro fofinho, fácil de se identificar, e para quem já passou pela faculdade, com certeza vai bater aquela nostalgia.

Que livro fez você se sentir…assustada?


Há muito, muito tempo eu não leio um filme de suspense ou algo que me deixei assustada. O mais próximo disso foi Filme Noturno, que tem uma pegada mais sombria.

Que livro fez você se sentir…surpresa?


Sem dúvida alguma, Por trás de seus olhos. Acredito que, nesse caso, ninguém passa imune a essa surpresa.

Que livro fez você se sentir…desapontada?


Acho que posso citar aqui A Viúva, não porque o livro seja ruim, mas minhas expectativas eram outras e acabei decepcionada.

Que livro fez você se sentir…angustiada, aflita, agoniada…?


Contagem regressiva fez eu me sentir assim. Imagine acordar sem saber quem você é, não se lembrar de absolutamente nada e ainda ser perseguido? Angustiante, não? Essa é a trama do protagonista, Luke, e essa angústia me fez devorar o livro.

Que livro fez você se sentir…confusa?


Jogo de Espelhos me deixou confusa, porque um detalhe importante da história só é revelado mais para a frente, e até então eu tinha feito inúmeras suposições que estavam erradas. É uma confusão boa, que mostra como somos orientados por preconceitos, mesmo quando não queremos ser. E eu adorei o livro.



E vocês, quais livros mexeram com as emoções de vocês?

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Resultado do meu Amor - Cláudia Pereira

Sinopse: Até que ponto podemos sofrer por um amor não correspondido? A ardente noite de paixão entre os dois não foi suficiente para impedi-lo de partir... Pois Lorraine estava apaixonada por um homem que jamais a amaria. Depois que ele a mandou embora da sua vida - ou assim ele pensava- agora ela é mãe do seu filho. Ao se encontrarem novamente, após dois anos da noite de amor de Lorraine e Brian, ele decide leva-la consigo, para a sua mansão e para a sua cama. E lá, pretende esclarecer os fatos de uma vez por todas. Pois afinal, o filho de Lorraine é seu herdeiro, não terá alternativas: ela será sua esposa. Só que ele não contava que ela jamais se permitiria ser dele novamente... (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora.
PEREIRA, Cláudia.  Resultado do meu Amor. Editora: Angel, 2015, 188 p.


Resultado do meu Amor foi meu primeiro contato com a escrita da autora Cláudia Pereira e, apesar de eu ter uma ressalva sobre o livro, desfrutei bastante da leitura, adorei acompanhar o amadurecimento do casal e, acima de tudo, a redescoberta do amor. 

Lorraine é uma jovem de dezenove anos, que cursa faculdade de arquitetura, ela é apaixonada por Brian, um amigo do seu pai, que além de ser mais velho que ela, também é um homem bem-sucedido que a vê como uma criança. Até que num determinado dia, ela consegue fazer com que ele a veja como uma mulher, mas as coisas desandam quando, no dia seguinte, ele parte o seu coração e some da sua vida por alguns anos.

Dois anos se passaram desde que Brian saiu da vida de Lorraine, deixando-a humilhada e grávida. Agora, com o seu filho pequeno e o homem que ela um dia amou de volta em sua vida, Lorraine está perdida, pois, um lado dela ainda o ama, mas a ferida do passado ainda está aberta e ela não sabe se pode um dia perdoar Brian por tudo o que passou e sofreu quando ele estava longe. Todavia, Brian não está aceitando um não como resposta e irá lutar por ela e pelo seu filho. 

Resultado do meu Amor é uma leitura rápida, que traz uma bonita história de amor e algumas lições sobre a importância do perdão. Ao longo da leitura, eu senti muita raiva de Brian por ter feito o que ele fez, mas, ao mesmo tempo, eu entendi o seu ponto de vista em relação aos acontecimentos futuros.

Lorraine foi uma personagem que eu gostei bastante, apesar de passar um pouco de raiva com o seu mimimi, esperava que ela contasse logo o que aconteceu e seguisse em frente, mas não, ficava remoendo aquilo constantemente. Claro que ela sofreu bastante com o afastamento e a rejeição de Brian, mas tudo seria bem mais fácil se esses dois cabeças duras sentassem e conversassem sobre tudo o que aconteceu quando estavam separados. 

Um ponto alto do livro foi o romance. Eu gostei bastante de como a autora trabalhou esse reencontro dos personagens. Se eu gostaria de uma abordagem mais direta? Com certeza; mas as lições sobre o perdão e a importância do amor, não só romântico, mas também familiar, seriam perdidas nesse meio tempo. O amadurecimento dos personagens foi bem perceptível durante a leitura e isso deu uma certa aquecida no meu coração. 

A escrita da autora é bem fluída, no entanto, houve um ponto que me incomodou bastante, que foi o uso em demasia da palavra “pois”, a cada dois, três parágrafos, e isso fez com que eu me desconcentrasse um pouco da leitura. A narrativa é feita em primeira pessoa, pelo ponto de vista de ambos os personagens. A edição está linda, as folhas são amareladas, as letras confortáveis e a cada novo capítulo, temos uma imagem preto e branco da capa, o que deu um charme ao livro. 

Resultado do meu Amor é um livro curto, com um romance fofo e uma bonita história de amor, que irá tocar o seu coração.


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Bruto e Apaixonado - Janice Diniz

Sinopse: Mário Lancaster e Natália Esteves parecem não ter nada a ver um com o outro: ele é um ex-peão de rodeio e ela, uma empresária sofisticada de uma metrópole. Ela deve demitir funcionários da maior fábrica local, e ele é o responsável por convencê-la a mudar de ideia.
Eles estão em lados opostos, mas a química entre os dois é impossível de ignorar. Bruto e Apaixonado é o primeiro volume da série Irmãos Lancaster e uma história irresistível de amor, superação, sedução e, claro, caubóis atraentes e possessivos. (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
DINIZ, Janice. Bruto e Apaixonado. Irmãos Lancaster #1. Harper Collins, 2018. 256 p.


Conheci Janice Diniz lá no comecinho do blog, em 2012, quando tive oportunidade de ler Terra Ardente. Na época, achei a escrita da autora fantástica, envolvente e diferente de tudo o que eu já tinha lido, até porque contava histórias de amor - e de guerra - entre pessoas com sangue nos olhos. De lá para cá, sei que a autora escreveu dezenas de livros na Amazon, e eu até tenho alguns deles no kindle, mas sou fã mesmo é dos livros físicos, então acabei não lendo nada depois do último volume da série Matarana. Até que a Janice se tornou autora da Harlequin e o livro chegou aqui em casa. Não demorei nada para começar.

Bruto e Apaixonado conta a história de Mário Lancaster, um caubói que foi afastado dos rodeios depois de um acidente e que, ao mesmo tempo, perdeu o pai, e de Natália Esteves, a executiva da cidade grande que chega a Santo Cristo para demitir os funcionários de uma das poucas fábricas da cidade e é tratada com hostilidade pela população. Embora os dois não tenham nada em comum, ele se oferece para protegê-la e a química entre os dois se torna explosiva.

Uma das coisas que eu mais gosto nas tramas de Janice Diniz é que, mesmo que sejam romances hot, as histórias nunca se resumem às cenas mas quentes. A autora tem história para contar, aborda enredos paralelos e conflitos pessoais, então, quando a coisa pega fogo, não é apenas mais do mesmo, mas algo com conteúdo. Os personagens não são apenas casais que se apaixonam, são pessoas com problemas e com vontade para resolvê-los.

"- É que a gente sabe que todo vaqueiro tem a sua cara-metade, a sua bruta, a mulher que vai fazer ele passar pelo inferno antes de ganhar o céu. E, por mais que sejamos corajosos e cascudos, não queremos ficar de joelhos para o inevitável."

Em Bruto e Apaixonado, essas características também são vívidas. Natália tem uma família disfuncional, foi deixada pela mãe e seu pai a trata de forma fria, mais como uma subordinada do que como a própria filha. Mário, por outro lado, vive em uma família cheia de amor, mas a perda do pai e dos rodeios deixou nele uma marca tão profunda que parece levar a vida apenas para fazer um papel, já que pouca coisa lhe traz alegria. O relacionamento que surge entre eles é físico, claro, mas um traz para o outro coisas que estavam faltando e é por essa razão que os sentimentos se tornam mais sólidos.

Claro que tem coisas nos livros da autora que me deixam loucas da vida, como o machismo dominante nos personagens masculinos. O interessante, nesse caso, é ver como sempre há uma mulher que os enfrenta de igual para igual, também com "sangue nos olhos", que mudam suas perspectivas. Os homens, aliás, acabam que se deixam ser dobrados pela mulher que amam, já que elas geralmente são tão independentes, fortes e impulsivas quanto eles.

De qualquer forma, é essa dinâmica de transformações que tornam as paixões entre os personagens tão avassaladoras. Natália e Mário têm suas percepções próprias sobre relacionamento e amor, mas, quando se conhecem, compreendem que nem tudo é preto no branco e, para viverem o que sentem, precisam deixar de lado aquelas ideias rígidas e deixar o sentimento fluir. Eu adorei especialmente o quanto o bruto se tornou apaixonado e amável. O único porém, no meu caso, foi que achei um pouco rápida a forma como Mário mudou de "viver o amor enquanto durar" para "quero me casar com você". Tenho a impressão de que perdi alguma coisa que o teria levado a essa mudança, mas relevei e continuei a leitura, que se manteve tão envolvente quanto no início.

"- Às vezes, sinto saudade do que nunca vivi."

Amei demais os outros personagens, principalmente a família de Mário, e fico muito feliz em saber que teremos mais livros sobre eles. Dona Albertina, mãe dos Lancaster, uma senhora bem da espertinha e com uma língua para lá de afiada, foi a principal responsável pelas risadas do livro, e se tornou, desde já, minha personagem favorita.

Bruto e Apaixonado é uma leitura leve e deliciosa, cheia de homens charmosos e muito romance bruto, leitura mais que indicada para quem gosta de uma história de amor nada melosa, mas melosa mesmo assim.


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O Símbolo Perdido - Dan Brown

Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas. Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico. O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está. Nas mãos de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, os desafiando a abrir a mente para novos conhecimentos. (Skoob)
BROWN, Dan. O Símbolo Perdido. Robert Langdon # 3. Sextante, 2009. 496 p.


O Símbolo Perdido traz Robert Langdon mais uma vez sem sorte, envolvido numa busca que supera suas crenças e traz a tona toda sua incredulidade. Ele foi a chamado para dar uma palestra em Washington, capital de EUA, por Peter Soloman, um dos seus melhores amigos e mentor, quando descobre que tudo é uma mentira, que Peter foi sequestrado e que ele deve resolver os Antigos Mistérios, o segredo mais bem guardado da Francomaçonaria, ou seu amigo morrerá. Para isso, ele parte numa caça dentro de uma cidade cheia de influência maçônica, com a CIA em seu encalço, sem acreditar em nenhum momento que encontrará as respostas.

"Pela segunda vez naquela noite, Robert Langdon não estava se sentindo digno daquele desafio."

Eu já li dois livros de Dan Brown, com esse três, e sou da opinião que se você leu um livro dele, você já leu todos. Eu comecei a leitura com esse tipo de pensamento, porque a forma como a história é contada e tudo se desenvolve é igual, nada a colocar nem tirar e nada disso é surpreendente, mesmo que seja um livro de mistério, mas eu me surpreendi durante a leitura. Talvez porque fazia um tempo desde que li algo dele e estava esquecida da trama ou simplesmente porque a história estava diferente.

Teve uma parte que eu me senti o personagem quando descobriu a verdade. Eu estava lendo aquilo sem nenhuma ideia quando... bam! Surpresa. Eu tive que parar um momento e reler para ver se era verdade, porque só podia ser. Fazia todo o sentido. E era inacreditável.

A questão é, eu gostei de O Símbolo Perdido.

"Conhecimento é poder, e conhecimento certo permite ao homem realizar tarefas milagrosas, quase divinas."

O primeiro livro que eu li desse autor foi O Código da Vinci, porque é o mais conhecido e eu adorei. O Símbolo Perdido irá agora ocupar o segundo lugar e eu mal posso esperar para ler Inferno, minhas expectativas subiram drasticamente e estou agradecida por ter pego esse livro emprestado.

Por que eu peguei apesar das minhas crenças na história repetida? (Ela é só um pouco repetida.) Por causa das teorias de conspiração por trás da história. Eu sou uma para teorias de conspiração. Ainda mais aquelas que fazem sentido e tem uma boa dose de criatividade. Você encontra isso nos livros de Brown. E é por isso que eu li.

E não é apenas criatividade e sentido que tem aqui, também tem verdade. Quando eu estava lendo e começou a falar sobre Ciência Noética, eu só conseguia pensar que eu já vi isso antes, que eu sabia do que se tratava. É totalmente o documentário Através do buraco de minhoca, narrado por Morgan Freeman (eu amo essa série). Tem vários episódios que falam sobre isso, a questão do instinto e de como as mentes estão conectadas, prevêem algo antes de acontecer e parece qualquer coisa menos ciência, eu sei.

"Abram a mente, meus amigos. Todos nós tememos aquilo que foge à nossa compreensão."

Dan Brown adora falar de religião em seus livros. Eu me lembro que quando lia O Código da Vinci eu me sentia uma herege duvidando da minha religião, considerando tudo aquilo pela probabilidade de ser verdade, perguntando-me porque eu estava lendo aquilo quando me sentia tão desconfortável, não conseguindo parar de ler, faz tanto tempo... Agora, enquanto lia, eu só queria saber mais sobre os maçons. Estou orgulhosa de mim. Minha antiga eu sentiria-se horrorizada. E foi ótimo saber mais sobre eles, porque, para começo de história, maçonaria não é nem uma religião, diferente de como é dito por aí. Você (se for homem, porque mulheres não são aceitas), pode ser cristão maçom, judeu maçom...

Leia O Símbolo Perdido, sério. Ele é ótimo. É grande, vai demorar um pouco para ler, mas vale a pena. Conhecimento sempre vale a pena. Eu admiro Dan Brown por ter escrito, porque se demorou para ler, imagine para pesquisar toda a base dessa história, cheias de curiosidades quanto a termos e imagens e tudo mais? E prestem atenção aos detalhes, tudo é um grande symbolon, símbolos dentro de símbolos que começam e terminam com mais símbolos.

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Leituras do Mês: Julho


Gente, pensem em uma ressaca que se abateu sobre mim em julho. A vontade de ler era quase zero, quase não consegui finalizar dois livros no mês. Ainda está difícil em agosto, mas já melhorou um pouquinho.

Li apenas Os quase completos, que recebi da Editora Arqueiro, e já resenhei aqui no blog. Alguns trechos curti mais, outros um pouco menos, mas gostei da mensagem bonita que o livro traz.

Depois, embarquei na leitura de Caçadora de Dragões, da Editora Seguinte, que gostei bastante. Recebi ele para resenha no Roendo Livros e minha opinião já foi publicada lá. Assim que der, libero aqui também!

E vocês? Como foi o ritmo de leituras no último mês?

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Vampire Academy - Richelle Mead

Sinopse: St. Vladimir’s Academy isn’t just any boarding school - it’s a hidden place where vampires are educated in the ways of magic and half-human teens train to protect them. Rose Hathaway is a Dhampir, a bodyguard for her best friend Lissa, a Moroi Vampire Princess. They’ve been on the run, but now they’re being dragged back to St. Vladimir’s - the very place where they’re most in danger. (Skoob)
 MEAD, Richelle. Vampire Academy. Razorbill, 2007. 332p.


Eu já tinha assistido ao filme e gostado, ao contrário da maioria dos leitores. Na mesma biblioteca que eu peguei o livro da resenha passada, aquele era um dos únicos que me interessou e não tinham sido adaptado e eu sou alguém que não acha necessário sempre ler e assistir. Já li notícias de que é improvável lermos tudo que gostaríamos antes de morrer, e elas nem somavam filmes, séries e outras coisas que eu sei que também não vou conseguir, então algumas coisas eu escolho só um. Então o motivo que eu escolhi esse é que pelo menos é o primeiro volume de uma série, então não foi só praticamente a mesma coisa mais aprofundada, é também ver se a leitura compensa e tal, até porque não vão ter mais filmes. E eu até ouvi dizer que ia ter uma websérie e quis assistir então, enfim. Eu tinha algum interesse.

A protagonista da história é a Rose que é uma Dhampir, que começou como uma "raça" híbrida de um Moroi (vampiro) com um humano, e agora também nascem de Dhampirs com Morois. Eles são a raça mais infeliz dessa mitologia na minha opinião porque eles tem a obrigação de ser guardas, o que faz com que seja impossível se casar e formar uma família. Eles geralmente também só devem se relacionar com vampiros porque assim eles geram mais Dhampirs porém essas relações não devem ir além de procriação mesmo. Além disso, Dhampirs são altamente objetificados pelos vampiros e existem várias consequências desses relacionamentos. A Rose foi praticamente criada pela Academia St. Vladimir, porque a mãe não quis abandonar a pessoa que ela guarda, e ela praticamente não a visita. Para eles, você tem mesmo que colocar o seu Moroi em primeiro lugar, até a Rose pensa assim, mesmo a gente vendo que ela não gosta da mãe por causa disso. A Rose é melhor amiga da Lissa, que é vampira e também da realeza, de quem ela pretende ser guarda-costas no futuro. Elas fugiram da escola para se proteger  e ficaram pelo menos um ano vivendo com humanos e indo à escola normal, até que as descobriram e as trouxeram de volta. 

Eu gostei da Rose, mas também tenho alguns problemas com ela porque eu não acho muito legal ser grossa com autoridades como diretores e professores. Eu me vejo na falta de controle dela, mas a diferença é que ela é do tipo que não liga e não acha errado e eu me arrependo de algumas vezes que fiz isso. Os pontos positivos dela é que ela é totalmente ela mesma e não se importa com o que pensam, está sempre pronta a defender a Lissa, é engraçada. Para recuperar o tempo perdido, ela vai ter que começar um treinamento além das aulas normais com um guarda, e isso vai ser positivo para o crescimento dela.

A Lissa e a Rose têm uma relação diferente dos Moroi e guardas normais, elas têm uma ligação pela qual a Rose consegue sentir o que a Lissa está sentindo e às vezes até entrar na cabeça dela sem querer e ver tudo que ela está vendo. A Lissa também faz coisas que a maioria dos vampiros não faz e esses dois fatos estão relacionados a porque elas fugiram. Ela é supercomplexa não só por isso, mesmo se fosse uma adolescente normal, porque ela é a única que sobrou de sua família, depois que seus pais e irmão morreram num acidente de carro no qual ela e Rose também estavam. Isso faz muita pressão nela para tomar uma postura de realeza, ser mais como eles eram, já que ela não gosta realmente das outras pessoas da realeza e é um pouco como a prima Natalie, que é real mas não socializa com os outros reais. Ela também é bem sensível e a gente descobre mais com a leitura.

Eu gostei bastante do livro. Por ser sobrenatural você nem espera que vá abordar algumas coisas tão reais que aborda, o que foi muito legal. Eu gostei dos personagens que deveria gostar e desgostei dos que deveria desgostar, shippei, ri. Eu realmente gostaria de ler mais, apesar do que mencionei no primeiro parágrafo, adicionando às coleções que eu nunca terminei (que são, todas?).

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Você e outros pensamentos que provocam arrepio - Fred Elboni

Sinopse: Vou contar um segredo: sempre achei que algumas pessoas têm poderes nas mãos. Tive sorte de esbarrar, e até amar, pessoas com um toque diferente, que mexia com o corpo e arrepiava a alma. Talvez transmitissem uma energia que transcende o que é terreno.
O toque para mim é uma das coisas mais importantes tanto no sexo quanto no amor. As mãos têm uma magia linda que cria sensações únicas e inexplicáveis. Com elas contamos histórias e transportamos a pessoa que tocamos para dentro do nosso universo, nem que seja por um breve instante, para mostrar o que há em nosso íntimo.” - Fred Elboni
Você e outros pensamentos que provocam arrepio traz 50 crônicas que retratam as relações amorosas com sensibilidade e irreverência.
Profundo conhecedor da alma feminina, Fred Elboni já vendeu cerca de 200 mil exemplares. Agora, em seu sexto livro, ele revela seu amadurecimento como escritor num prazeroso diálogo que desafia as mulheres a encontrarem a própria liberdade, buscando dentro de si o poder e a coragem de se despir de seus medos, pudores, preconceitos e inseguranças.
Com uma linguagem leve e sexy, Fred apresenta pequenos flashs do cotidiano em deliciosos textos sobre paixão, sexo, encontros casuais, saudade, intimidade e afeto, explorando as múltiplas e imprevisíveis maneiras de experimentar o amor – e a si mesmo. (Skoob)

Livro recebido em parceria com a Editora
ELBONI, Fred. Você e outros pensamentos que provocam arrepio. Editora Sextante, 2018. 176 p.


Com uma escrita leve e simples, Fred Elboni nos apresenta Você e outros pensamentos que provocam arrepios. Eu nunca havia lido os livros do autor, tive contato com sua escrita somente em alguns textos que estão espalhados pelas redes sociais. Então agora tive uma experiência completa, que me serviu para refletir e sorrir, com textos objetivos e tocantes, que acalentam o leitor. 

Esse é um livro que possui 50 textos, mas a impressão é de que há bem menos que isso. Já que, por serem crônicas, são bem curtinhos e, quando se dá conta, já se passaram 10 ou mais deles. A leitura é rápida de ser feita, mas  recomendo que seja feita aos poucos, para que possa absorver a essência do que está escrito ali.

As crônicas em sua maioria falam sobre o amor. Um amor vivido apenas pelo tempo de um voo, outro vivido por muitos anos, em alguns casos, são apenas lembranças de um amor que há muito aconteceu... São as várias formas de se amar, todas com sua devida importância. 

Muitas dessas crônicas falam sobre sexo em sua fase mais doce e também na mais picante. Ao meu ver, algumas partes são bem explícitas, então cuidado, leitores mais jovens. Alguns outros textos falam sobre como é bom ter a liberdade para ser quem se é e eu achei fascinante a forma como o autor expõe o assunto. Existem outros temas mesclados e eles deixam a obra bem completa. Todos eles parecem relatos íntimos do autor, que faz sua alma transbordar no papel.

"Eu sei que você quer ter certeza dos meus sentimentos por você. Eu sei, eu sei. Quem não quer? Ouvi que se é amado é uma delícia sem fim, mas, pelo menos um pouquinho, deixe-se levar por sua sensibilidade e observe como eu olho você com todo o amor do mundo.
- De corpo e alma."

O que senti falta foi de algum tipo de divisão por temas, mas essa é uma preferência minha, e não afeta diretamente a leitura. A editora Sextante caprichou na edição, o livro ficou lindo, tanto em sua capa, como por dentro. Ele possui algumas ilustrações maravilhosas e cheias de cor, porém me incomodou foi que algumas delas aparecem no meio do texto, quebrando o ritmo da leitura. Mas ainda assim, deram um toque todo especial no livro. Quem gosta de poesia e textos curtinhos vai gostar dessa leitura. Pra quem está numa ressaca literária, ou apenas quer sair da sua zona de conforte, eis uma bela dica.


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