Maze Runner: Correr ou Morrer - James Dashner

Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito. (Skoob)
DASHNER, James. Maze Runner: Correr ou Morrer. V&R: 2010. 426 p.

Uma das coisas que me conquista em um livro é quando consigo me identificar, ou me importar de verdade, com os personagens. Em Maze Runner isso foi fácil para mim, uma vez que sabia quase o mesmo que o personagem principal, Thomas, sobre o que estava acontecendo. Na verdade, eu sabia até um pouco mais que ele, afinal li a sinopse! ;>)

Assim que Thomas sai do elevador, ele sente que precisa correr contra o tempo para obter respostas às perguntas que são jogadas na sua face a uma velocidade absurda.

“As mãos que o puxaram só pararam de se agitar ao seu redor quando Thomas se levantou e sacudiu a poeira da camisa e da calça. Ainda atordoado pela claridade, hesitou um pouco. (...) Enquanto dava uma volta em torno de si mesmo, os outros garotos riam dele e o encaravam; (...) De repente, Thomas sentiu-se atordoado, os olhos indo e voltando dos garotos para aquele lugar bizarro em que se encontrava.”

Trolho! Plong! Mértila! Que é isso? Clareira? É aqui! Paredes gigantes? Labirinto! Reunir Conclave! Trazidos pelos Criadores? Perigo! Verdugos? Veneno! Protegidos de noite pelas paredes fechadas! Corredores! Memórias perdidas! Mapas! Picadas trazem lembranças? Primeira garota? Tudo vai mudar! Dia escurece! Sol desaparece! Portas não se fecham! Perigo! Verdugos! Corre, corre, corre!

É mais ou menos nesse ritmo que as coisas acontecem. Não há muito tempo para respirar entre um capítulo e outro.

“Thomas sabia que não tinha escolha. Ele se moveu. Para a frente. Esgueirando-se por entre os pinos de encaixe no último segundo, entrou no Labirinto. Os muros fecharam-se com um estrondo atrás dele, o eco do seu bramido percorrendo a pedra recoberta de hera como uma risada maligna.”

Apesar de o livro seguir uma linha frenética de ação, consegue construir satisfatoriamente um conteúdo emocional para os personagens principais: Thomas, Chuck, Alby, Newt, Teresa, Minho e Gally, nessa sequência de importância.

Thomas, ao contrário de todos os outros, sente que já esteve naquele lugar e sabe o que precisa fazer: entrar no Labirinto e descobrir uma saída. Ele é impetuoso, corajoso, rebelde, impaciente. E todos enxergam isso nele. Sabem, de imediato, que ele é diferente e que vai fazer algo para mudar a situação em que estão. O que não quer dizer que todos gostam disso. Sempre existe a turminha do contra, né?

Chuck é o mais novo da Clareira. É fofo, carinhoso, simpático, carente e ganha rapidamente a confiança de Thomas e o coração do leitor. É a parte ofensiva e desnecessária do livro. É um dos poucos pontos que me incomodou. Explico mais para a frente.

Alby e Newt se completam como líderes. Alby é duro, firme. Foi o primeiro a chegar. Criou e segue as regras da Clareira. Ele é o mentor de todos e sabe que precisa ser assim para manter o grupo coeso. Newt é sua consciência, seu limite para quando é necessário frear sua intransigência e abrir mão de alguma coisa. É legal ver como isso funciona bem na história.

Teresa... não sei bem... vou falar de Minho e Gally primeiro. Minho é o Corredor que, depois de Chuck, enxerga em Thomas a salvação de todos. Ele é o amigo fiel que vai ficar ao lado de Thomas em qualquer circunstância. É sua muleta de apoio quando ele tem que enfrentar a oposição dentro da Clareira. E Gally é o vilão. É o líder da oposição a tudo o que é novo e ameaça seu estilo de vida dentro da Clareira. Gally já foi picado e recebeu lampejos das memórias do que existia antes de entrar na Clareira. Ele sente que odeia Thomas, só não sabe bem o motivo e nem como ele é uma ameaça à sua segurança.

Ou então é apenas invejoso, mesmo! :P

Voltando para Teresa... o autor chega a ensaiar, ou insinuar, um romance entre ela e Thomas, que nunca se concretiza. Essa tentativa é feita em duas ou três frases, quando eles se tocam ou trocam olhares, mas é narrado de forma tão... fria... que não convence. Ou seja, não há romance, e essas pequenas tentativas destoam de todo o resto. Teria sido melhor se não tivesse escrito nenhuma delas, ou então que as tivesse escrito em mais quantidade e de forma mais convincente. Ficou estranho. Além disso, tirando o fato de que Teresa serve de alerta para o que está por vir, e seu elo com Thomas através de uma forma de comunicação que também destoa de todo o resto, não sei bem a função dela na história. Pelo menos neste primeiro livro. Uma vez que ela não serve como dupla romântica com Thomas e nem faz de nada realmente significativo no livro, achei seu personagem muito pouco aproveitado... mais parecido com um chamariz para leitoras tentarem se identificar, mas que não funcionou muito bem.

“Teresa saiu da pequena construção e fuzilou Newt com um olhar raivoso ao passar por ele. Apenas relanceou aborrecida para Minho, depois parou ao lado de Thomas. O braço dela esfregou no dele; arrepios correram por sua pele, e ele sentiu-se mortalmente sem graça.”

E chego a Chuck. O que dizer de Chuck? Bem, ele tem uma função clara, muito clara: emocionar. E James Dashner faz isso de forma tão direta, tão sem qualquer recato, que até envergonha. Assim que Thomas tem uma determinada conversa com Chuck, antes mesmo do meio do livro, e o que Chuck pede a Thomas, é atirado na nossa cara qual o destino de Chuck. Achei desnecessário, forçado. Podia ser feito de maneira mais sutil e emocionante. Achei um total desperdício. Mas não estraga a história. Podem sossegar! ;>)

Algumas das perguntas serão respondidas neste livro. Outras, não. Como existem mais dois livros, fora outros dois que contam o que aconteceu antes da Clareira e do Labirinto, acredito que todas serão respondias. Pelo menos, espero que sim! \O/

Ah, e o filme?


Segue a mesma linha do livro. Pura ação. Os atores respeitam as principais características dos personagens, assim como as locações, o Labirinto, a Clareira, etc. Os efeitos especiais são bacanas, os Verdugos metem medo, enfim, o fã não ficará desapontado. Tente identificar quem é quem na imagem abaixo:


Claro que existem alguns detalhes que ficaram diferentes. A toca dos Verdugos não é no vazio, o enigma do Labirinto que desvenda a forma como desativar os Verdugos não existe, a tentativa de Thomas ser picado e recobrar as lembranças é diferente, entre outras coisas, mas nenhuma delas incomoda ou desrespeita o livro.

Quero dizer... tem uma sim, que me fez sentir um tolo. E a seguir vou comentar um leve, bem leve, spoiler. Siga por sua conta. Tô avisando, hein! Então, lá vai... no livro, eles fogem dentro de um ônibus. Ótimo. No filme, eles são levados para dentro de um helicóptero e levantam voo, vendo, ao longe, todo o Labirinto e a Clareira por cima. Aí, no cinema, eu fiquei me perguntando: se é assim, porque o helicóptero não desceu logo no meio da Clareira e salvou os garotos? O.O

Nota: Todos os livros Maze Runner estão por R$ 8,69 na versão eletrônica na Amazon.
Link: Amazon

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Promoção: 3 anos de My Book Lit


O My Book Lit completou 3 aninhos na última terça, e convidou 9 blogs amigos para uma super promoção. Vamos conhecer os prêmios:

Livros


11 livros + marcadores e bottons e 4 vencedores

Regularmento


- Para participar do sorteio basta preencher o formulário abaixo, usando sua conta do Facebook ou e-mail, e ter um endereço de entrega no Brasil;

– Todas as entradas no formulário são OPCIONAIS. Para ter maiores chances de ser sorteado, é só preencher as entradas do facebook e twitter ;

– A promoção vai até o dia 20 de outubro;

– O primeiro sorteado terá prioridade na escolha de três livros, o segundo escolherá outros três, o terceiro também escolherá três, e o quarto ficará com os dois restantes + marcadores e bottons;
– O resultado será divulgado em até dez dias após o encerramento do sorteio;
– Os vencedores terão um prazo de 48 horas para fornecer seus dados. Passado o prazo, o sorteio será refeito;
– Os livros serão enviados pelos blogs participantes da promoção e devem chegar em datas diversas na casa dos vencedores;
– O prazo de envio dos livros é de até 40 dias úteis.
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Novidades #81: Novo Conceito em Outubro


Como sempre, a Novo Conceito vem cheia de novidades:


Esposa e mãe perfeita, Annie vê o seu mundo desabar de uma hora para outra quando é abandonada pelo marido.
A fuga momentânea é para Mystic, a pequena comunidade onde ela cresceu e onde o seu pai ainda vive. Lá, Annie começa a se reerguer novamente, descobrindo o amor por si mesma, por um velho amigo solitário e por uma garotinha que acaba de perder a mãe.
Tudo está se encaixando na vida de Annie. Nick e Izzy se tornaram uma parte importante de seu processo de cura, e ela também se tornou essencial para a sobrevivência da relação entre pai e filha. Até que o seu ex-marido reaparece... e a tranquilidade rapidamente dá lugar ao desespero.
Kristin Hannah encanta mais uma vez com uma história comovente, sensível e verdadeira sobre perda, paixão e os fios frágeis que unem as famílias.

Melina teve alguns relacionamentos ruins, outros péssimos...
Mesmo assim, ela não desiste: um dia ainda vai encontrar alguém que a complete e que entenda algumas manias fofas que ela tem como comprar mais sapatos do que pode guardar ou tomar uma multa ou outra por excesso de velocidade. Ela faz a sua parte escrevendo um pedido ao universo, no qual descreve esse ser incrível nos mínimos detalhes. Agora é só esperar, certo?
Melina não imagina, porém, que esse presente dos céus já existe, mas foi parar nos braços de uma mulher in-su-por-tá-vel.
O que fazer quando o destino insiste em brincar com a sua paciência?
Se você tivesse uma segunda chance para o primeiro amor... Você aceitaria?

Já faz três anos que o amor de Adam salvou Mia após o acidente que mudou a vida dela. Três anos desde que Mia saiu da vida de Adam para sempre. Vivendo agora em lados opostos do país, Mia é um talento em ascensão na Juilliard, a conceituada escola de música, e Adam é o típico astro do rock de Los Angeles, com direito a notícias nos tabloides e uma namorada-celebridade.
Quando Adam se vê sozinho em Nova York, o acaso reúne o casal mais uma vez. Por uma noite.
Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa de esperança e a chama do amor que renasce.

Nick Vujicic sabe que não existe esperança maior do que confi ar nos planos de Deus para a sua vida. Nascido sem os braços e as pernas, Nick já vivenciou picos de confiança e também já se entregou ao desespero. E ele superou todas as circunstâncias e barreiras físicas ao abraçar sua fé e compreender o amor sem limites e o poder que Deus concede a todas as pessoas.
Agora, Nick deseja que você renove a sua esperança. Em 50 reflexões inspiradoras, ele compartilha uma sabedoria eloquente, adquirida da maneira mais penosa, para ajudar você a encarar os obstáculos com serenidade e coragem.
Encontre a motivação que buscava para vencer as dificuldades em qualquer área da sua vida: dúvidas sobre a sua fé, problemas de relacionamento, dificuldades no campo profissional, questões ligadas à saúde ou à autoestima.
A atitude positiva deste palestrante admirado em todo o mundo e o seu encorajamento baseado na Bíblia irão transformar sua vida e mostrar que você pode superar qualquer limitação, porque Deus não conhece limites.


Então, do que mais gostaram?

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Anelisa Sangrava Flores - Anderson Henrique


Sinopse: Neste livro de estreia de Anderson Henrique, o razoável e o absurdo são separados por uma membrana muito sutil em 13 contos que reforçam os méritos da boa literatura fantástica. Em seu universo particular, premissas físicas, temporais e lógicas são subjugadas por tramas e personagens tão improváveis quanto verdadeiros. Transbordam pelos caminhos do contrassenso, mas o fazem indagando ações e sentimentos humanos, interpondo-se sobre o que temos como real em um convite a reflexões multíplices. Em contos como Uma noite, uma década, as barreiras do tempo são distorcidas e recriadas sempre que um casal se relaciona intimamente. Em A previsão de José Pasqual acompanhamos as últimas horas da única pessoa ciente das circunstâncias do fim dos tempos; Em Estela e Anelisa Sangrava Flores, são as mulheres as responsáveis por moldar e alterar a realidade – a primeira transmuta a si própria, a segunda tem em seu sangue a força transformadora. Em Carolina, Scarlet, Jordana, os sonhos servem de material para as peripécias do autor. Seria apropriado enquadrar o livro de Anderson Henrique nas concepções do realismo fantástico latino-americano, mas a boa literatura escapa dos limites de tais classificações. Neste livro de estreia, o autor desponta como criador de um realismo mágico próprio, repleto peculiaridades e alegorias que insistem em fazer verdade o que parece tão afastado dela. (Skoob)

HENRIQUE, Anderson. Anelisa Sangrava Flores. Penalux: 2014.


Depois de terminar a leitura de Anelisa Sangrava Flores, de Anderson Henrique, tive de refletir muito antes de decidir o que exatamente gostaria de escrever sobre o livro. Talvez meu comentários não sejam tão claros ou racionais quanto deveriam, mas neste momento as palavras me guiam - não eu a elas.

Anelisa é um livro de contos, que se inserem na categoria "fantástica", e talvez não haja melhor definição para cada um deles. Anderson deixa a imaginação fluir em cada pequena estória, trata de seres já conhecidos, como vampiros e gigantes, mas também cria seus próprios, como a protagonista do conto que dá nome ao livro.

Com uma narrativa bem desenvolvida, o autor surpreende pela fluidez de seu texto. Os contos, curtos por sua própria natureza, decorrem com tal rapidez que é fácil flagrar-se querendo aprofundar o enredo e conhecer mais. Pelas informações que obtive, este é o primeiro livro do autor, mas não existe qualquer superficialidade ou desajuste que por vezes são perceptíveis em obras de autores "iniciantes". Gostei realmente da obra, especialmente porque me vi mergulhada em cada conto sem questionar, e percebi que queria mais.

Em cada conto, também, percebem-se toques de melancolia e doçura, sentimentos nostálgicos e, quase sempre, românticos. Essas características são essenciais para a beleza do texto, e parecem mostrar uma faceta idealista do autor: pode ser apenas impressão, mas os citados elementos estavam presentes em todo o livro, o que me levou a construir essa percepção.

O único ponto controverso na obra foi que havia tantos elementos fantásticos e tantos aspectos subentendidos que, em alguns dos textos, fiquei por horas tentando entender se havia uma construção surrealista e um significado maior por trás, ou se o texto se limitava a dizer o que queria dizer, sem sentidos ocultos, por meio de linguagem figurada. Isso porque, em alguns textos, essa significação não dita está clara; em outros, eu realmente não consegui identificar, além do fantástico pelo fantástico.

De maneira geral, Anderson Henrique me surpreendeu, seja pela criatividade ímpar, seja pela desenvoltura na escrita e aprofundamento comedido de cada conto. Tenho de agradecer o contato e a oportunidade de conhecer seu trabalho, que se tornou uma ótima companhia em noites de insônia.


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Conjuntando #30: O Texto Descritivo


Em uma das aulas de Literatura da minha faculdade, aconteceu um debate sobre livros com muitas páginas e livros com poucas páginas. A maioria defendia que livros grossos eram assim não pela história ser grande, mas porque o escritor infligia o leitor a passar por trechos muito descritivos. Foram citados Tolkien, George R.R. Martin, J.K Rowlings, Dan Brown, Jorge Amado e até Agatha Christie e Mark Twain. O professor ouviu a primeira parte calado e depois fez uma pergunta apenas: se eram assim, porque todos os autores citados eram extremamente famosos e suas obras admiradas no mundo todo, ao compasso que outros citados como pouco descritivos não chegavam perto da qualidade dos textos dos autores considerados “chatos”?

Foi aquela bagunça, todos falando ao mesmo tempo e arrumando justificativas.

Aí, o professor fez algumas observações e deu algumas dicas para quem pretendia seguir a carreira de crítico literário, ou escrever um livro, ou até mesmo ser jornalista.

Primeiro, ele deixou muito claro uma regra que não é sujeita a interpretação: texto descritivo não é um defeito, mas um estilo do autor. O fato de determinado leitor não gostar ou ter paciência para livros com trechos descritivos, é uma opção e não deve ser considerado como ponto negativo na avaliação da história como um todo. Seria injusto com a obra e com o autor. Se o leitor acha um determinado trecho do livro muito descritivo para seu gosto particular, basta pular o parágrafo. O contrário já não acontece.

Ele usou um ditado para ilustrar: é melhor pecar pelo excesso do que pela falta.

Depois, continuou com uma segunda lição: quando se escreve uma história com a descrição de uma ação, um pensamento, um local, uma pessoa, etc., o escritor deve lembrar que o leitor precisa receber informações suficientes para capturar a essência do que está sendo transmitido, como se ele estivesse presente ao lado do personagem na história.

Como assim?

Basta lembrar que o leitor precisa de estímulo para os cinco sentidos: visão, tato, paladar, olfato e audição. Ou seja, ele precisa visualizar o que está acontecendo, imaginar como seria o ambiente, o gosto do que é digerido, reconhecer o cheiro e conseguir determinar a diferença de vozes e sons onde ocorre a ação. Essa, disse o professor, é a experiência completa de se ler. Você vivencia as mesmas coisa que o personagem. E isso só é possível se o escritor descrever a cena.

Aí alguém perguntou: e quando isso não acontece? Quando o texto é pouco descritivo, ou nada descritivo?

Ele usou o exemplo do quadro. Um texto descritivo é como olhar para uma pintura, onde as palavras são a tinta. O contrário? Você recebe uma tela em branco e pronto!

Então, depois dessa loooonga apresentação, agora vou expor minha opinião pessoal. E como opinião, ela não é uma verdade, é apenas o que uma pessoa acha. No caso: eu.

Preciso confessar que fico incomodado com livros onde os diálogos são a maioria do conteúdo. Fico com a sensação de que os personagens interagem em um palco vazio, igual ao exemplo do quadro de meu professor. Não existe interatividade com o ambiente, e eu me perco no espaço da ação.

Por isso, peguei alguns exemplos para ilustrar as diferenças.
“O dia estava claro em Alta Granada, ensolarado e com um vento leve que fazia os cabelos dançarem. Como tantas outras cidades pequenas, suas ruas despertavam cedo. (...) Mesmo não muito contente com a hora, Amanda saiu de casa com a pasta do colégio debaixo do braço e desceu a rua batendo os pés. (...) Chegou à porta da casa de Bruno e sentou na calçada, esperando por ele. ”, Sábado à Noite, Babi Dewet, Generale.
No exemplo acima, a autora preferiu omitir qualquer descrição da cidade ou da rua onde a personagem estava. Fica totalmente a critério do leitor, que pode imaginar que é a sua rua, ou uma qualquer que ele já tenha visto.

Quando li Sete Minutos no Paraíso (Rafaella Vieira, Gutemberg), imaginei o bairro da personagem principal parecido com o meu, uma vez que ela não descrevia nada do ambiente. Mais para a frente, ela comenta que mora em Recife, no bairro de Boa Viagem. A coisa mudou completamente, porque eu conhecia a região. Quem não conhece, vai fazer uma ideia completamente diferente do que realmente é.
Bri era a aldeia mais importante daquela região, que era pequena e pouco habitada, semelhante a uma ilha cercada por terras desertas. (...) A aldeia de Bri tinha algumas centenas de casas de pedra que pertenciam às pessoas grandes, a maioria acima da Estrada, aninhando-se nas encostas das colinas, com janelas voltadas para o oeste. Naquele lado, descrevendo mais que um semicírculo, partindo da colina e voltando a ela, havia um fosso profundo, com uma cerca-viva espessa no lado interno. A Estrada cruzava esse fosso através de um passadiço, mas no ponto onde atingia a cerca-viva era barrada por um grande portal. Havia outro portal no canto sul, onde a Estrada saía da aldeia. ”, O Senhor dos Aneis, J.R.R. Tolkien, Martins Fontes.
Já aqui, Tolkien deixou claro o tipo de ambiente por onde os personagens iriam passar. A criatividade do leitor permanece, porque ele precisa imaginar todo o cenário, mas o autor ajuda estabelecendo os tipos de construções e usando de uma comparação facilmente identificável (uma ilha) para explicar o isolamento da aldeia.

Como J.K Rowlings conseguiria descrever o mundo fantástico de Harry Potter sem uma descrição detalhada de Hogwarts? Escreveria que a escola se parece com um castelo sombrio? ;>P

Isso quer dizer que o primeiro trecho é ruim?

Como meu professor disse, e eu concordo, claro que não! Foi uma opção da autora, apenas isso.
“Por quase meia hora perambulei pelos esconderijos daquele labirinto com cheiro de papel velho, pó e magia. Deixei que minha mão roçasse as avenidas de volumes expostos, numa tentativa de fazer a minha escolha. Percebi, entre os títulos apagados pelo tempo, palavras em línguas conhecidas e dezenas de outras que não podia reconhecer. Percorri corredores e galerias em espiral, repletos de milhares de volumes que pareciam saber mais a meu respeito do que eu sobre eles. (...) Peguei o livro com muito cuidado e folheei-o, deixando que as suas páginas esvoaçassem no ar. Liberado da sua cela na estante, o livro exalou uma nuvem de pó dourado. ”, A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón, Suma de Letras.
Zafón une o ambiente ao sentimento do personagem. Sim, a diferença é exatamente essa: além de imaginar, você sente!

Mas trechos descritivos não são apenas de lugares. Também são muito importantes na ação.
“Não sei o efeito que meu gesto inconsciente provocou nas pessoas. Não sei, porque não pude ver. Porém, eu soube exatamente a hora em que meu sequestrador foi rendido. Tudo indica que ele se distraiu comigo, e a polícia aproveitou para pegá-lo. Acho que ele acabou levando um tiro no pé, pois me soltou de uma vez, como se eu fosse um pedaço de chapa quente, impossível de segurar. E eu, totalmente desiquilibrada, cambaleei para a frente e caí no chão, sentada. Continuei cega, mas foi perceptível o movimento ao meu redor. Em instantes, a gritaria dos policiais revelou que o bandido havia sido capturado. ”, Azul da Cor do Mar, Marina Carvalho, Novas Páginas.
Nessa parte, não temos ideia e nem pistas do que aconteceu. Nós somos obrigados a fechar os olhos, da mesma forma que a personagem, e aceitar que a situação foi resolvida, sem qualquer vislumbre da ação.
“O homem-touro passou por mim a toda como um trem de carga, depois bramiu de frustração e se virou (...). O homem-touro roncou, escarvando o chão. Ficou olhando para minha mãe, que recuava lentamente colina abaixo, de volta para a estrada (...). Eu tive uma ideia – uma ideia boba, porém melhor do que não pensar em nada. Encostei as costas no grande pinheiro e agitei a capa vermelha na frente do homem-touro, pensando em pular fora do caminho no último momento. ”, Percy Jackson e Os Olimpianos, O Ladrão de Raios, Rick Riordan, Intrínseca.
Riordan transmite a ideia clara da ação, sem impedir que o leitor imagine todo o cenário da floresta, do perigo e do que os personagens estão fazendo. O que quero dizer é: um trecho descritivo não faz com que o leitor abandone sua criatividade, mas sim ajuda a montar o clima e a cena em que a ação se passa.

Em O Diabo Veste Prada, Lauren Weisberger precisa ser descritiva nos vestuários. Eles são praticamente um personagem. Não teria como simplesmente usar adjetivos para explicar o que cada um veste. O leitor precisa receber as informações para conseguir visualizar, do contrário as roupas seriam um reflexo do que o leitor conhece do dia a dia, e a menos que você seja um estilista, ficará longe, bem longe, do impacto que a autora queria transmitir.

Mais três exemplos para finalizar.
“O ar-condicionado do carro zunia. O dia estava quente e úmido. Um clima típico de agosto. Cruzamos a Ponte Milford, na altura do Parque Delaware Water Gap, e fomos recepcionados na Pensilvânia por um amistoso cobrador de pedágio. Dezesseis quilômetros adiante, vi numa pedra um aviso que dizia: LAGO CHARMAINE – PROPRIEDADE PARTICULAR. Entrei na estrada de terra. ”, Não Conte a Ninguém, Harlan Coben, Arqueiro.
“Arrependo-me de não ter prestado atenção aos sinais. Se eu pudesse imaginar que estes seriam os últimos dias da minha vida, ou melhor, da vida a que estava acostumada, faria alguma diferença? De uma coisa eu tinha certeza: eu deveria ter ficado em casa naquele dia e jamais ter colocado os pés naquela maldita praça. (...) Ao chegar em casa, o olhar de angústia nos olhos de minha mãe era evidente. ”, Não Pare!, FML Pepper.
“A Byron seria a nossa casa e o nosso refúgio enquanto estivéssemos na Terra. Era uma casa de arenito coberta de hera com a porta de entrada ao centro, dividindo os dois lados simetricamente. Erguia-se a uma boa distância da rua, atrás de uma cerca de ferro fundido e um portão de duas folhas, e tinha uma fachada georgiana elegante com um caminho de cascalho levando à porta principal descascada. O jardim da frente era dominado por um olmo majestoso envolvido por um emaranhado de hera. Ao longo da cerca lateral, uma profusão de hortênsias de tom pastel cobertas pela geada matinal. ”, Halo, Alexandra Adornetto, Agir.
Nos dois primeiros, não tenho ideia de onde se passa a ação. Somos obrigados a aceitar que deveríamos conhecer os lugares por onde os personagens passam. Me sinto frustrado quando isso acontece. No trecho de Coben, posso acessar o Google e tentar descobrir como é a ponte de Milford. No de Pepper, sem chance de qualquer reconhecimento. Usando o exemplo de meu professor, é como receber um quadro branco com a palavra praça escrita no meio. Já Adornetto, utiliza a descrição da casa como uma forma de refletir a beleza, a paz e a harmonia que os 3 anjos que chegam à Terra demonstram com a própria aparência.

Muitas vezes somos levados pela ânsia de chegar logo ao fim da história para descobrir o que acontece e perdemos a paciência por nos sentirmos presos a trechos descritivos. Não devemos nos esquecer que um livro é uma experiência que deve ser apreciada em respeito à sua própria leitura e ao que o autor quis transmitir com as palavras. Ao passarmos apenas pelos diálogos, deixamos de lado todo o resto que afeta os personagens. É como se assistíssemos a um filme onde apenas aparecem os rostos dos atores e suas conversas. De certa forma, você perde a referência e sua experiência deixa de ser completa.

O que acham? Concordando ou discordando, deixe sua opinião! ;>)

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Promoção: 3 anos de Além da Contracapa



Festa de aniversário tem que ter presente e no Além da Contracapa os presentes são muitos e todos para os leitores.

Por isso, hoje o Conjunto da Obra participa, junto ao Além da Contracapa e de outras editoras e blogs parceiros, de uma promoção para comemorar esses 3 anos!

Regras gerais:

A promoção terá início no dia 22 de setembro e término no dia 13 de outubro.


Para participar, basta preencher o formulário abaixo, usando sua conta do Facebook ou seu e-mail, e ter um endereço de entrega no Brasil.

Todas as entradas são opcionais.

Os livros sorteados são:

Além da Contracapa: Os Assassinos do Cartão Postal - James Patterson
Book Addict: Simplesmente Ana - Marina Carvalho
Conjunto da Obra: Adeus à Inocência - Drusilla Campbell
Constantes & Variáveis: Marina - Carlos Ruiz Zafon
Livros & Fuxicos: Quando eu era Joe - Keren David
Minha Vida Literária: Corações Feridos - Louisa Reid
No Mundo dos Livros: Princesa Adormecida - Paula Pimenta
Por Uma Boa Leitura: Garota Replay - Tammy Luciano
S2 Ler: Métrica - Colleen Hoover

O primeiro sorteado poderá escolher três livros entre as nove opções, o segundo sorteado poderá escolher três livros entre as seis opções, e o terceiro sorteado ficará com os três livros restantes. 

O resultado será divulgado nos blogs e nas redes sociais até três dias após o encerramento da promoção, sendo que os sorteados serão contatados por e-mail, tendo o prazo de 48 horas para fornecer seus dados. Decorrido o prazo sem manifestação do vencedor, novo sorteio será realizado.

O prazo para envio dos livros é de 40 dias úteis.

A Equipe do Além da Contracapa se reserva ao direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.



a Rafflecopter giveaway

Não deixe de acessar o blog Além da Contracapa para participar das outras promoções de aniversário. 

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Se Eu Ficar - Gayle Forman


Sinopse: A última coisa de que Mia se lembra é a música. Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas. Se ela ficar... (Skoob)

FORMAN, Gayle. Se Eu Ficar. Novo Conceito: 2014. 224 p.


Eu sempre gostei desse tipo de livro profundo que faz a gente chorar, se emocionar e que promete adicionar algo em nossas vidas. Foi justamente essa premissa que me fez querer ler esse livro mais que qualquer outro na minha lista de desejados. Porém, tanto entusiasmo só serviu para me deixar ainda mais decepcionada com a leitura. Eu sei que todo mundo amou esse livro, mas não me julguem. 

Em Se Eu Ficar, Gayle Forman nos conta a história de Mia que, após um grave acidente de carro, entra em coma. O que tem de especial nesse livro é que ele é narrado em primeira pessoa. Aí chega o ponto em que vocês se perguntam como isso pode acontecer, já que a protagonista não está em condições. A resposta é muito simples: o corpo dela está impossibilitado, mas a alma não. Isso implica, obviamente, que mesmo estando em coma, Mia consegue observar tudo o que está acontecendo ao seu redor. 

Como a história ocorre toda em um único dia (sim, acreditem se quiserem), o livro não é divido em capítulos, mas sim em horas. Em cada uma dessas divisões, conhecemos um pouco da vida de Mia antes do acidente. Nessas partes, entramos de cabeça nas lembranças de uma adolescente mais que comum, cheia de dúvidas, medos e, é claro, sonhos. 

"Algumas vezes você faz escolhas e algumas vezes escolhas fazem você."

Desde o início da narração percebemos que Mia se sente incomodada por ser tão diferente dos outros integrantes de sua família. Seus pais têm paixão pelo bom e velho rock n' roll; Mia, ainda criança, descobre um amor sem explicação pela musica clássica e, além disso, é violoncelista. Até sua aparência que diverge da dos demais a deixa inquieta. Isso, inclusive, é um ponto que me incomodou bastante: no livro, a protagonista reclama a história inteira que é a única da família que não é loira etcétera e tal, aí arrumam uma atriz justamente com essa cor de cabelo para representar a menina. Desculpem-me, mas me irrito verdadeiramente com esses detalhes. 

Acho que, um dos motivos que me levou a não gostar tando assim do livro, foi ter assistido ao trailer do filme. Como o trailer me emocionou, presumi que o efeito que o livro faria em mim seria bem maior. Isso, com certeza, aumentou em cem por cento minhas expectativas. Acontece que o modo que Mia contou a história não me tocou tanto assim. Não sei se foi a mescla entre passado e presente, só sei que não funcionou comigo. 

Por muitas vezes eu fiquei super irritada com a protagonista, que está com a vida toda de cabeça para baixo, os pais mortos (não se preocupem, esse fato é mostrado logo no princípio do livro) e o irmão em situação grave, só falava do namorado. Ok, o menino é perfeito, um amor e tudo de melhor que vocês possam imaginar, mas acho que a família deve vir em primeiro lugar, independentemente da situação. 

"— Eu estava conversando com Liz e ela disse que talvez voltar para sua antiga 
vida seja doloroso demais, que talvez seja mais fácil para você nos apagar. 
E isso seria uma droga, mas eu faço. Eu posso perder você dessa forma se eu
 não te perder hoje. Eu te deixo ir. Se você ficar."

Esperava chorar horrores no livro, mas só senti aquela coceirinha na garganta exatamente nas duas últimas páginas. Além disso, achei o final bastante vago, mesmo sabendo que há uma continuação, Para Onde Ela Foi, cujo lançamento também será feito pela Novo Conceito e está programado para outubro do ano corrente.

Por favor, não me taxem de insensível porque eu sou uma pessoa que chora até quando vê os filmes da Disney. Tenho para mim que o filme conseguirá retratar de uma forma mais verdadeira tudo o que Mia está passando, coisa que eu não consegui sentir durante a leitura. Apesar das ressalvas, acho que Se Eu Ficar pode sim conquistar outros leitores. Prova disso é a repercussão de tal obra.

Sendo assim, indico a leitura para quem, assim como eu, gosta de dramas. Porém, peço que não criem muitas expectativas, já que meu problema foi justamente esse.

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Novidades #80: Hangout Cassandra Clare e Holly Black

https://www.facebook.com/editoranc/photos/a.279961485354910.80092.265161170168275/870829299601456/?type=1


Se conhecer uma autora é bom, imagina duas, ao mesmo tempo? E ainda ter a oportunidade de levar para casa o livro mais esperado do ano? 

A equipe de magia da Editora Novo Conceito resolveu adivinhar o desejo dos leitores e vai realizar o primeiro bate-papo no Brasil, ao vivo, com as autoras Holly Black e Cassandra Clare, responsáveis pela criação do fantástico mundo de Magisterium!

E, além de os leitores poderem conhecê-las, a Editora ainda vai sortear 5 exemplares exclusivos de O Desafio de Ferro, os ganhadores receberão antes de todo mundo! 

Vai perder essa chance? Para mais informações e para participa, clique aqui


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Seis Anos Depois - Harlan Coben

Sinopse: Jake e Natalie se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la. Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa...durante seis anos. Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se aproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa. Agora ele está decidido a ir atrás dela, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada. (Skoob)
COBEN, Harlan. Seis Anos Depois. Arqueiro: 2014. 272 p.

Antes de começar, queria explicar que não costumo comprar um livro pela capa. No entanto, a arte de Seis Anos Depois me chamou a atenção. Aquele homem sentado sozinho em um banco, com um lago e uma floresta oculta pela neblina, transmitia uma solidão e um abandono que me comoveu. Corri a ler a sinopse e, além de encantado pela capa, também ganhei uma grande curiosidade pelo enredo romântico e sufocante. Quem nunca sofreu de amor que levante a mão. Pois é, ninguém levantou, não é? Enfim, vou ser honesto e, sem qualquer vergonha, admitir que não conhecia nenhuma obra de Harlan Coben, bem como não sabia nada sobre ele. Assim mesmo, comprei o livro. Minha expectativa era grande.

Me enganei completamente! O.O

Calma! O livro é bom. Não é isso que está pensando. Minha surpresa se deve ao fato de que o livro é mais um suspense policial do que um romance. Corri até a Wikipédia e confirmei. É o estilo de Coben criar esse tipo de históras. Tudo bem. Sem problema. Devidamente avisado, continuei minha leitura. ;>)

Jake é obstinado. Persistente. Incansável. E quanto descobre que a mulher de sua vida não se casou com Todd por amor, ele parte em busca dela e de respostas. Sua motivação é a esperança de que ela ainda o ame, afinal o casamento com Todd foi uma farsa.

É fácil gostar de Jake. Os dilemas que ele sofre à medida que os eventos acontecem, e ele vai descobrindo que a insistência em encontrar Natalie pode colocá-la em perigo, e que, talvez, a única forma de a deixar em segurança é dar meia-volta e desistir, me deixou angustiado. Eu também queria encontrar Natalie.

“Meu coração parou.
Na tela, havia apenas quatro palavras. Mas rasgaram meu peito como uma foice, tornando quase impossível respirar. Recostei-me na cadeira, perdido, enquanto as quatro palavras na tela pareciam me encarar:
Você fez uma promessa.”

Mas o livro não é apenas sobre Jake e Natalie. Tem Benedict, o melhor amigo de Jake e também professor da universidade. Ele é o típico cara que fica ao seu lado o tempo todo. Que gosta de você e faz tudo para ajudar. E que sempre esconde um segredo. Sinceramente? Gostei de Benedict tanto quanto de Jake. Mais na frente explico o motivo.

Existem outros personagens, mais ou menos importantes, que ajudam a compor a história e a desvendar o mistério. Nenhum deles chega a ser tão interessante e nem a despertar alguma emoção maior, mas é por isso mesmo que são secundários. ;>P

O estilo de escrita de Coben é o padrão do mercado hoje em dia. Linguagem fácil, pouquíssimo descritivo, o que deixou o livro fino, permitindo ser lido durante a novela que você não quer ver, ou no ônibus preso no trânsito.

Embora tenha gostado de Seis Anos Depois, mesmo não sendo o que esperava quando o comprei, preciso citar alguns deslizes. O primeiro, que mais me incomodou, é que é muito fácil descobrir o motivo da farsa e do desaparecimento de Natalie. Para quem assiste filmes policiais com regularidade, até na sinopse dá para sacar o que houve. Se não conseguir, tem a chance quando descobre a forma como Todd morreu. Aí, meu amigo leitor(a), fica muito evidente.

O segundo problema, é que depois que descobre o motivo, você se pergunta se uma conversa não teria resolvido todo o problema e evitado tanta confusão, sem falar em separar duas pessoas que se amam por tanto tempo. O próprio Jake faz essa pergunta a um outro personagem no meio do livro. A resposta do personagem é: por que não! O.O !!!!!! Beleza. Tudo bem. Vai ver Coben só se deu conta disso no meio do livro e, para não perder o trabalho, deixou por isso mesmo.

“– Por que não? – perguntou Jake. 
– Por duas razões – respondeu ele. – A primeira, porque isso não se faz. É parte das regras, de como compartimentamos as coisas.”

Por fim, a terceira coisa que me incomodou, mas nem tanto, porque foi de forma positiva, é a história de Benedict. Sério, quando li, fiquei mais emocionado do que com a de Jake. Coben podia ter invertido. Fiquei muito, mas muito comovido pelo personagem. Ele se sacrifica em prol de uma pessoa de uma forma muito mais forte e emocionante do que Jake. Ele me conquistou. O livro valeria a pena só por ele.

Leiam e depois me digam se não é verdade! ;>)


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Especial #15: Novos Colunistas


Quando faço um "Especial" aqui no blog, geralmente é para comemorar, de uma maneira minha, alguma data especial. Dia das mães, dia dos pais, ou fazer alguma postagem sobre algo que valha o título.

E é exatamente este o caso. Hoje, inauguramos uma nova fase no Conjunto da Obra, e venho informar para vocês que agora esse bebê não é mais só meu. Em agosto, abri as inscrições para seleção de colaboradores. Esperava encontrar uma pessoa, no máximo duas, que pudesse me ajudar a manter o blog sempre ativo, até para que eu pudesse ter um tempo a mais para buscar e trazer novidades para vocês.

E o resultado das inscrições me surpreendeu: além de me mostrar um número maior de interessados do que eu esperava, trouxe um povo de muita qualidade! Por isso ampliei meus planos, e selecionei três pessoas para trabalharem aqui comigo, trazerem novas ideias e fazer esse espaço ainda melhor para vocês. Vamos conhecer os novos integrantes da equipe?



A Ana foi selecionada como resenhista e estará aqui uma vez por mês. Ela escreveu uma mensagem bonitinha para vocês:

Olá, leitores do Conjunto da Obra! Quem acompanha o blog com certeza sabe que a Ju abriu, há algum tempo atrás, inscrições para novos colunistas. Fiquei tão eufórica ao ver o e-mail dela na minha caixa de entrada dizendo que fui aceita na equipe que nem tenho como explicar. A notícia boa é que vocês me verão por aqui ao menos uma vez por mês!
Mas deixando a ladainha de lado, deixa eu falar um pouquinho sobre mim. Meu nome é Ana Clara, mas, por favor, me chamem de Ana. Sempre acho que quando as pessoas me chamam pelo nome completo é porque estão bravas ou têm alguma notícia bem ruim para me dar. Moro em Diamantina, uma cidadezinha histórica do interior de Minas Gerais, curso Ciência e Tecnologia na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e pretendo me especializar em Engenharia Civil, fazer mestrado e doutorado para ser professora de Cálculo (não gente, não sou louca).
Sou amante de livros desde que me entendo por gente e um dos meus sonhos é ter uma biblioteca gigantesca na minha casa. Leio qualquer coisa que colocarem na minha frente, desde biografias a rótulos de shampoo. Detesto cachorros e, para mim, os gatos são as criaturas mais fantásticas do mundo. Quando o assunto é música, não canso de mostrar meu amor pelos Beatles, além de ser fã de fé dos Engenheiros do Hawaii. Também sou apaixonada por MPD e louca por O Teatro Mágico do último fio de cabelo até a planta dos pés.

Se quiserem saber mais sobre mim, acompanhem também o meu blog Roendo Livros.




Carlos é um autor com quem fiz parceria e que fiquei bastante surpresa quando demonstrou interesse em fazer parte da equipe. Aqui ele está, e aparecerá semanalmente para falar sobre assuntos diversos:


Carlos tem várias paixões: livros, gibis (muitos gibis), filmes, séries e jogos (muitos jogos de PC e consoles), fotografia, natação, praia e qualquer chance de viajar para conhecer novos lugares e pessoas. Lamenta o dia ter apenas 24 horas - é muito pouco ;>) -, e não saber desenhar O.O






A Sofia sempre esteve aqui no Conjunto da Obra como leitora, e em um primeiro momento ela comentou que não iria se inscrever por falta de tempo. Mas felizmente ela voltou atrás e resolveu participar do blog uma vez por mês.


Falar sobre si nunca é uma tarefa fácil. Mas vejamos o que eu consigo fazer. Sou geminiana de 13/06/00, blogueira no Lendo de Tudo e (completamente) apaixonada por livros. Sejam eles fictícios ou verídicos, românticos ou terror. Mas incondicionalmente fã de J.K. Rowling, Rick Riordan e Agatha Christie. Indecisa, - mas também determinada (como assim, ué?)- casada com o teatro, amante dos livros, sofro de sinceridade aguda. Espero poder contribuir e fazer bons trabalhos aqui no Conjunto da Obra, que aliás, será um prazer <3

Espero que vocês gostem do trabalho deles e continuem sempre aqui, agora com uma equipe completa ;)


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Novidades #79: Intríseca em Setembro


Coisa boa não falta este mês!
E a Editora Intrínseca também já avisou os lançamentos previstos para o mês, vamos conferir?


Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

Em 1946, em uma Hamburgo ocupada pelas tropas britânicas, o coronel Lewis Morgan é encarregado de supervisionar a reconstrução da cidade arruinada e de comandar a desnazificação do povo derrotado. Ele requisita uma casa junto ao rio Elba, onde passará a viver com sua esposa Rachael, enlutada pela morte do primogênito, e Edmund, o filho mais novo do casal, dos quais esteve distante mais de um ano. Ao contrário do que se espera, porém, o oficial inglês não força os antigos proprietários alemães, um viúvo e sua filha, a abandonarem a casa: insiste em que as duas famílias dividam o mesmo espaço. Assim, nesse ambiente carregado de conflitos e tensões, personagens controversos cujas vidas emocionais são influenciadas pela política e pela história se revelam e tornam a possibilidade de uma reconciliação extremamente real.


No romance Extraordinário, o leitor teve a chance de conhecer o memorável professor de August Pullman, o Sr. Browne, que, no primeiro dia de aula, antes mesmo de se apresentar aos alunos, ofereceu uma profunda lição sobre a importância de cultivar preceitos positivos no cotidiano. É essa a inspiração que 365 dias extraordinários pretende levar ao leitor. A bela edição reúne uma coleção de palavras de sabedoria pinçadas de fontes que vão de músicas e grandes obras da literatura até inscrições em tumbas egípcias e frases de biscoitos da sorte, incluindo passagens de alguns dos mais importantes personagens de Extraordinário e dos mais de cem leitores que enviaram seus preceitos à escritora R. J. Palacio.

Mais uma vez, David Walliams brinda os jovens leitores com seu delicioso humor e sua inacreditável criatividade. Em Sr. Fedor, Chloe, que poderia ganhar o título de “menina mais solitária do mundo”, conhece um mendigo que vive em seu bairro e é a única pessoa a ser legal com ela. Um dia, quando o chamado Sr. Fedor precisa de um lugar para ficar, Chloe resolve escondê-lo no barracão do quintal de sua casa, o que não agrada nada a esnobe mãe da menina. Nessa confusão, Chloe vai aprender que alguns pequenos segredos podem causar enormes desastres.

Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy desaparece de casa, às margens do Rio Mississippi. Tudo indica se tratar de um sequestro, e seu marido Nick chama a polícia, mas logo as suspeitas recaem sobre ele. Exibindo uma estranha calma e contando uma história bem diferente da relatada por Amy em seu diário, ele parece cada dia mais culpado, embora continue a alegar inocência. À medida que as revelações sobre o caso se desenrolam, porém, fica claro que a verdade não é o forte do casal.

O relato perturbador de Gillian Flynn chega aos cinemas brasileiros em 2 de outubro, com Ben Affleck e Rosamund Pike vivendo os protagonistas Nick e Amy, com direção de David Fincher, produção de Reese Witherspoon e roteiro de Gillian Flynn.


Depois dos acontecimentos de Eu sou o número Quatro, quando John deixa Paradise para encontrar os outros membros da Garde, Mark fica para trás e precisa recolher os cacos de sua antiga vida. A escola foi destruída, sua casa, queimada, e, pior ainda, ele descobriu a terrível verdade: há alienígenas vivendo na Terra e eles planejam dominar o planeta. Sob a vigilância atenta de agentes do FBI, não há muito que Mark possa fazer, mas, quando Sarah desaparece misteriosamente, o rapaz sabe que não pode desistir. Sua busca o leva a novos aliados e uma revelação assustadora sobre os planos da invasão mogadoriana.




E então, quais gostaram mais?


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Fogo no Cerrado - Janice Diniz


Sinopse: O jogo começou. Você precisa escolher o seu lado. E a sua lealdade será recompensada. Decidido a se tornar o único dono de Matarana, Thales arma seu exército de pistoleiros, comandado por Franco, para invadir e tomar as terras do coronel Marau. Um ataque que mudará a vida de todos e deixará um rastro de mortes que atingirá até mesmo o braço forte da lei, Rodrigo Malverde. Nessa guerra, caberá às mulheres determinar o destino das pessoas que mais amam. Nova baterá de frente com o vínculo profundo entre os Dolejal, a firme intenção de evitar que o marido se transforme num assassino em série. Karen vingará o delegado e provará o seu amor deflagrando apenas um projétil. E Valéria terá de cuidar para não ser destruída ao destruir as defesas de um poderoso fazendeiro. O cerrado arde em fogo no último livro da série. (Skoob)

DINIZ, Janice. Fogo no Cerrado: O Paraíso Depois da Curva. vol. III. Amazon: 2014. 575 p.


Não é fácil falar de uma história que, inexplicavelmente, conquistou por inteiro. É quase como tentar se expressar em outra língua, porque você não consegue definir em palavras aquilo que entrou pelos ossos, infiltrou-se pelo sangre e criou raízes no coração. Você sabe que algo está lá, porque aquilo te tirou da zona de conforto, trouxe os sentimentos mais contraditórios possíveis, que travaram uma guerra dentro de você, mas é como se, de uma hora para outra, essa enxurrada fosse necessária até para respirar.

Foi assim que adentrei no mundo de Matarana; me senti colonizada, revirada do avesso, jogada de um lado para o outro para, mais tarde, perceber-me completamente conquistada pelo invasor – essa história fantástica narrada em três livros da autora Janice Diniz, que finaliza a série Matarana com Fogo no Cerrado.

“– Por acaso aderiu ao sadomasoquismo? – ela debochou,
indicando a Pré a sombra de uma figueira.
Um riso áspero e rápido antecipou-se à resposta.
– Talvez. Você é a minha única cicatriz que ainda sangra.”

O terceiro livro traz tudo aquilo que já havia cativado em Terra Ardente e Céu em Chamas, de maneira ainda mais intensa. Os caubóis, cheios de charme, perigo, defeitos e, ainda assim, perfeitos; as mulheres fortes, intempestivas e belas, longe do convencional e à sua própria maneira; a narrativa quente e impiedosa da autora e as várias reviravoltas no enredo.

Fogo no Cerrado é o livro mais extenso da série, o que não é problema para os leitores: Janice consegue mesclar ação, romance, mistério e drama e construir uma dinâmica que faz com que nem uma das suas 575 páginas seja cansativa. Para os fãs, inclusive, essas muitas páginas significam mais tempo com personagens tão interessantes, além de maior aprofundamento nas personalidades de cada um.

A respeito disso, é surpreendente perceber que qualquer um deles poderia ser vilão ou mocinho, conforme os olhássemos; e é por, nesta obra, poder ter conhecido cada personagem em suas minúcias, que preciso repetir uma frase que coloquei na primeira resenha: “Eu odiei profundamente cada personagem. E os amei de maneira ainda mais impetuosa. Porque por trás de cada máscara que eles ergueram para tentarem se proteger dos mais fortes, talvez até de si mesmos, havia uma humanidade infinita, que tornava a todos belos e apaixonantes”. Desta vez, Janice mergulhou mais fundo, desnudou a alma de cada um daqueles homens e mulheres já conhecidos, tirou todas as armas e os tornou ainda mais humanos.

“– Duvida? Acha que não tenho coragem de enquadrar o seu pai?
– A dona é doida. – afirmou, obrigando-se a rir.
Ela o apertou com força na cintura e achatou o nariz contra a camisa dele.
– Sou doida por você, caubói.”


Devo reconhecer que comecei a ler o livro com receio. A autora já é conhecida e alguém de quem me tornei fã, mas o fato de ela sempre conseguir me surpreender me deixou um pouco aflita quanto ao que me aguardava no desfecho da série. E ela surpreendeu: todos os personagens mudaram perante meus olhos, sem mudar. Nem um deles saiu intacto, todos perderam uma parte de si, mas ganharam outras ainda melhores.

Janice Diniz comprovou outra vez a maestria de lidar com as palavras para enlaçar completamente seus leitores, e eu espero, cada vez mais, que sejam muitos a conhecerem seu trabalho, pois vale a pena. 

#1 Terra Ardente - Amor e Ódio onde nem os fortes têm vez
#2 Céu em Chamas - As pessoas boas não estão mais aqui
#3 Fogo no Cerrado - O paraíso depois da curva

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Conjuntando #29: Agosto em fotos

Era para eu ter escrito uma resenha hoje... mas eu não consegui me concentrar o suficiente para isso, me desculpem. Também era para eu ter visitado alguns blogs esta semana, mas foi impossível.

O blog e as redes sociais estão um pouco "lentos", mas tenho bons motivos - pessoais, de novo. Acho que minha vida está em uma montanha-russa interessante, e no último Mês em fotos falei sobre coisas que estavam indo um pouco mal.

Neste último mês aconteceram tantas outras coisas - boas e ruins - que me sinto, no momento, ansiedade pura. Parece que a adrenalina tem corrido pelas minhas veias, sem me deixar comer ou dormir direito, mas eu me sinto feliz. E eu espero ter novidades ótimas da próxima vez que vier desabafar com vocês, que as coisas já tenham se estabilizado, porque, apesar de gostar da expectativa, não é possível viver sempre assim.

Enfim... a frustração foi embora e foi substituída por possibilidades, que eu espero ter chance de aproveitar, simples assim.

Mas, vamos ao que interessa conferir as fotos que apareceram no Instagram do blog em Agosto?


E então, o que acharam? E com vocês, o que rolou?



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Conjunto de Ganhadores #12


Hora de mostrar mais alguns dos prêmios que o Conjunto da Obra distribuiu para os seus leitores! Fico sempre muito feliz de enviar prêmios, e ainda mais de receber as fotos *-*


 A Luciane ganhou Belle e Entre o Amor e a Paixão como prêmio por ter feito o maior número de entradas nas Promoções de Aniversário do blog.

~~*~~*~~



A Ana também recebeu Paperboy de uma das Promoções de Aniversário. Adorei a foto!

~~*~~*~~



A Raquel só mostrou os livros, mas estão lindos *-* Ela recebeu Aconteceu em Paris e Esperando por Você na Promoção em parceria com o blog Aritmética das Letras.

~~*~~*~~

Meninas, mais uma vez obrigada por participar e parabéns pelos presentes, espero que gostem ;)

Quem ainda tem foto de prêmios para mandar, envia logo, fico super curiosa para ver.


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