Sinopse: Neste mundo novo, só restaram os adolescentes e a sobrevivência da humanidade está em suas mãos. Imagine uma Nova York em que animais selvagens vivem soltos no Central Park, a Grand Central Station virou um enorme mercado e há gangues inimigas por toda a parte. É nesse cenário que vivem Jeff e Donna, dois jovens sobreviventes da propagação de um vírus que dizimou toda a humanidade, menos os adolescentes. Forçados a deixar para trás a segurança de sua tribo para encontrar pistas que possam trazer respostas sobre o que aconteceu, Jeff, Donna e mais três amigos terão de desbravar um mundo totalmente novo. Enquanto isso, Jeff tenta criar coragem para se declarar para Donna, e a garota luta para entender seus próprios sentimentos - afinal, conforme os dias passam, a adolescência vai ficando para trás e a Doença está cada vez mais próxima. (Skoob)
WEITZ, Chris. Mundo Novo. Seguinte: 2014. 328 p.
Jefferson e Wash são os dois irmãos que chefiam uma tribo de garotos, que vive confinada no que sobrou de um parque de Nova York. Já no início do livro, Wash atinge a idade de 18 anos e morre, devido ao vírus que matou toda a população maior que 18 anos e menor que 12. Jefferson assume então a responsabilidade de chefiar o grupo.
Donna é a garota por quem Jefferson é apaixonado desde a infância. Ela não sabe disse, e também não consegue compreender os sentimentos que nutre por ele, mais devido à forma como todos vivem.
Crânio é o gênio da tribo. Ele descobre uma pista de como criar uma vacina para o vírus, mas ela está em uma revista que pode ser encontrada na biblioteca da cidade. Os dois decidem se arriscar ao sair do parque e atravessarem meia cidade, pelo meio de outras tribos, para tentarem descobrir a verdade.
Juntam-se a eles, Peter e Minifu. O primeiro é o confidente de Donna; a segunda, é uma garotinha apaixonada por Crânio.
Armados com tudo o que podem carregar, eles utilizam uma picape velha e partem para uma jornada que não tem como terminar sem tiroteios, perseguições, ataques de diferentes inimigos e mortes. No meio disso tudo, Donna precisa aceitar o que sente por Jefferson, e este ganhar a confiança em si, necessária para manter seus amigos vivos.
A narrativa de Mundo Novo é em primeira pessoa, mas feita por Jefferson e Donna em capítulos alternados. Enquanto o Jefferson é mais sério e centrado em suas ações e nas escolhas que é obrigado a realizar, Donna é pura dualidade, humor, sarcasmo e torna a leitura de seus capítulos, deliciosa.
Chris Weitz conseguiu dar a seus personagens características apaixonantes, fortes, críveis para a idade que têm. Eles enfrenam dúvidas, medos, paixões, desejos comuns, ao mesmo tempo que precisam enfrentar situações de morte e escolhas difíceis até para adultos experientes.
A forma como os jovens se agrupam formando tribos é muito semelhante ao que já fazem nas escolas hoje em dia. É coerente. E os erros que eles cometem, também. O autor não esconde detalhes que sabemos que existiram em uma sociedade formada por adolescentes, como a dominação sobre as garotas e os mais jovens.
Alguns lugares por onde passam Jefferson e sua turma, são assustadores, e a forma como alguns jovens decidiram sobreviver, também. E tudo isso sem perder aquela pequena inocência que existe no íntimo de cada um, mas que é ofuscada pela crueldade e pela dureza da vida que são obrigados a suportar, pelo curto espaço de tempo até atingirem os 18 anos.
E é essa certeza de que não têm muito tempo, que torna a decisão da maioria tão compreensível. Por que ser bom ou justo ou honesto se não haverá tempo para arrependimentos e nem maturidade para compreender o papel de cada um no que sobrou da sociedade?
O casal forma por Jefferson e Donna, devido ao fato de serem tão diferentes em pensamentos e comportamentos, conquista o leitor desde os primeiros capítulos. E Jefferson é protagonista de um dos trechos que melhor define a força da adolescência no meio do caos, quando encontra uma inimiga e resolve o impasse de uma forma que faz qualquer um sorrir.
Mundo Novo é uma distopia, mas se destaca da maioria pela criatividade em usar os jovens como eles realmente são, em situações que não desmerecem a idade que possuem. Não são heróis cheios de força, planos, certezas, mas apenas jovens que erram pela imaturidade e que lutam para conseguirem deixar de ser jovens e se transformarem em adultos.
Recomendo enfaticamente a leitura. Mesmo! ;)
Donna é a garota por quem Jefferson é apaixonado desde a infância. Ela não sabe disse, e também não consegue compreender os sentimentos que nutre por ele, mais devido à forma como todos vivem.
Crânio é o gênio da tribo. Ele descobre uma pista de como criar uma vacina para o vírus, mas ela está em uma revista que pode ser encontrada na biblioteca da cidade. Os dois decidem se arriscar ao sair do parque e atravessarem meia cidade, pelo meio de outras tribos, para tentarem descobrir a verdade.
Juntam-se a eles, Peter e Minifu. O primeiro é o confidente de Donna; a segunda, é uma garotinha apaixonada por Crânio.
“Tenho sonhos sobre a doença. Às vezes ela assume forma humana. Um uniforme de quem trabalha com armas biológicas sem nada dentro, a não ser uma luz branca ofuscante.”
Armados com tudo o que podem carregar, eles utilizam uma picape velha e partem para uma jornada que não tem como terminar sem tiroteios, perseguições, ataques de diferentes inimigos e mortes. No meio disso tudo, Donna precisa aceitar o que sente por Jefferson, e este ganhar a confiança em si, necessária para manter seus amigos vivos.
A narrativa de Mundo Novo é em primeira pessoa, mas feita por Jefferson e Donna em capítulos alternados. Enquanto o Jefferson é mais sério e centrado em suas ações e nas escolhas que é obrigado a realizar, Donna é pura dualidade, humor, sarcasmo e torna a leitura de seus capítulos, deliciosa.
Chris Weitz conseguiu dar a seus personagens características apaixonantes, fortes, críveis para a idade que têm. Eles enfrenam dúvidas, medos, paixões, desejos comuns, ao mesmo tempo que precisam enfrentar situações de morte e escolhas difíceis até para adultos experientes.
A forma como os jovens se agrupam formando tribos é muito semelhante ao que já fazem nas escolas hoje em dia. É coerente. E os erros que eles cometem, também. O autor não esconde detalhes que sabemos que existiram em uma sociedade formada por adolescentes, como a dominação sobre as garotas e os mais jovens.
Alguns lugares por onde passam Jefferson e sua turma, são assustadores, e a forma como alguns jovens decidiram sobreviver, também. E tudo isso sem perder aquela pequena inocência que existe no íntimo de cada um, mas que é ofuscada pela crueldade e pela dureza da vida que são obrigados a suportar, pelo curto espaço de tempo até atingirem os 18 anos.
E é essa certeza de que não têm muito tempo, que torna a decisão da maioria tão compreensível. Por que ser bom ou justo ou honesto se não haverá tempo para arrependimentos e nem maturidade para compreender o papel de cada um no que sobrou da sociedade?
O casal forma por Jefferson e Donna, devido ao fato de serem tão diferentes em pensamentos e comportamentos, conquista o leitor desde os primeiros capítulos. E Jefferson é protagonista de um dos trechos que melhor define a força da adolescência no meio do caos, quando encontra uma inimiga e resolve o impasse de uma forma que faz qualquer um sorrir.
“E é adeus, adeus, adeus. Adeus, meus amigos, amo vocês; adeus, desculpe por não ter conhecido você melhor; adeus, sinto muito, você vai morrer em breve também; adeus, talvez haja esperança para você, adeus, adeus, adeus.”
Mundo Novo é uma distopia, mas se destaca da maioria pela criatividade em usar os jovens como eles realmente são, em situações que não desmerecem a idade que possuem. Não são heróis cheios de força, planos, certezas, mas apenas jovens que erram pela imaturidade e que lutam para conseguirem deixar de ser jovens e se transformarem em adultos.
Recomendo enfaticamente a leitura. Mesmo! ;)
Puxa, fantástico. Gostei muito da premissa e sua resenha me disse o que eu precisava saber: que foi bem desenvolvida.
ResponderExcluirFiquei com vontade de ler!
Oi, Carlos!
ResponderExcluirEu realmente quero ler este livro. Parece-me ser um livro muito bom. Sem falar que conheço o autor por seus trabalhos no cinema, então estou curioso para conferir sua estreia no meio literário.
Adorei saber sua opinião. Você ressaltou pontos importantes.
Abraço!
"Palavras ao Vento..."
www.leandro-de-lira.com
Leia, sim, Leandro! Apesar das situações pesadas que ele descreve, consegue transmitir uma jovialidade refrescante por causa do carisma de seus personagens. Abs
ExcluirOi Carlos!
ResponderExcluirEu sou perdidamente apaixonada por distopias. Com certeza é um dos meus gêneros literários preferidos. Fiquei com MUITA vontade de ler "Mundo Novo" desde que eu vi a capa no Skoob. Me apaixonei por ela. Fui ler a sinopse e me apaixonei ainda mais. Fico muito feliz de você "recomendar enfaticamente a leitura", me deixa ainda mais curiosa.
Beijo!
http://www.roendolivros.com/
Ana, realmente gostei muito. Principalmente pelos personagens imperfeitos devido à sua maturidade. Nada daqueles heróis que conseguem vencer qualquer obstáculo ou sempre acham uma saída na última hora. São adolescentes que precisam se virar com o pouco que sabem. Abs
ExcluirOie
ResponderExcluirA capa deste livro sempre me chamou atenção e me deixava curiosa, mas não sabia que se tratava de uma distopia. Ai, quero ler.
Beijos
eu não sou muito fã de distopia, talvez por isso não gostei muito. não seria um livro que eu correria para ler. claro, mostra a maturidade dos personagens que apesar de jovens, e tentando sobreviver em mundo tão diferente. gostei da capa, um que de mangá mais adulto. mas aparecendo oportunidade, eu leio sim.
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