Sinopse: Clementine é uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, "Azul é a Cor Mais Quente" surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros. (Skoob)
MAROH, Julie. Azul é a cor mais quente. Martins Fontes: 2013. 158 p.
A essência de Azul é a cor mais quente não é o homossexualismo ou o preconceito, mas o amor, na sua forma mais pura. Todo o resto são obstáculos que precisam sem atravessados para se conseguir chegar a ele. Por isso, a história não é apenas destinada a um público distinto e seus simpatizantes. Clementine e Emma são universais nos seus sentimentos e no amor que compartilham.
Embora Julie Maroh envolva a história de Clem e Emma por acontecimentos e conflitos ligados à liberdade de opção sexual, ao preconceito contra os homossexuais, à discriminação dos colegas, amigos e familiares diante da escolha de um parceiro, ou parceira, do mesmo sexo, o que a autora retrata no seu texto e nas suas pinturas (sim, cada quadrinho é uma pintura, onde o leitor poderá encontrar diversos significados, dependendo da sensibilidade que possui), é a insistente tentativa de uma jovem de 15 anos para amadurecer, se aceitar e assumir um amor que não compreende, mas que a consome toda a vez que se distancia dele.
O único senão de toda a história, e toda história tem um, se dá no motivo que a autora arruma para criar um conflito entre Emma e Clem quanto já estão com trintas anos. Essa quebra acaba destoando de toda a sinceridade e por todos os sacrifícios que as duas personagens passaram para ficarem juntas. Inclusive, o motivo apresentado até poderia ser compreendido se tivesse ocorrido quando Clem tinha 15 anos, época da incerteza de sua opção sexual, e não aos trinta, quando já era madura e segura de suas escolhas. Entretanto, isso não é suficiente para sequer arranhar a complexidade e a força do que lemos até então. E nem pelo que ainda está por vir.
O amor de Azul é a cor mais quente, é o amor idílico, que pertence apenas a uma pessoa e que pode durar para sempre, mesmo quando ele é interrompido por infidelidade e imperfeições de caráter. Na vida real, o amor não é único e nem é eterno. Como me disseram uma vez, existem pessoas demais no mundo para você achar que só pode amar uma. Ou que esse amor poderá durar para sempre, independente dos defeitos, das interferências externas e de suas próprias necessidades. O amor precisa ser revisado a cada dia para que perdure. E, mesmo assim, cada um de nós poderá encontrar em mais de uma pessoa o mesmo sentimento arrebatador.
Clem e Emma compartilham um sentimento que desejamos que seja real. Que seja puro, apesar de nossas imperfeições. Que seja aquilo que acreditamos que ele seja: amor!
Ah, o album foi adaptado para o cinema, mas esqueça o filme. Ele nem chega sequer perto do que vai encontrar nos quadrinhos. ;)
Oi Ju
ResponderExcluirEu já assisti ao filme e não sabia que existia o livro e ainda mais em HQ, fiquei com vontade de ler. Mas te confesso que não gostei do final no filme.
Beijos
Oi, Nessa!
ExcluirO final do album é diferente do filme, e é muito mais pesado.
Abs
Oie Carlos =)
ResponderExcluirNão assisti ao filme, mas confesso que tenho mais curiosidade em ler a HQ do que assistir ao filme.
Pela sua resenha a escrita parece ser bem sensível. Espero conseguir ler em breve.
Ótima resenha!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
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Oi, Ariane!
ExcluirLeia, sim. Vale muito! Aproveite que a Martins Fontes disponibilizou uma nova edição nas livrarias e comic shops.
Abs
Gostei muito do filme, não sabia que tinha o livro e ainda em HQ, fiquei bastante interessada em ler!
ResponderExcluirMilena, bom?
ExcluirEle começa e termina de forma diferente do filme. Também possui trechos e personagens importantes que ajudam a entender a história e que não aparecem no filme. Sem falar que a HQ consegue transmitir uma emoção que não encontrei no filme. Leia mesmo!
Abs
Nossa, eu não sabia que havia um livro; somente o filme! A resenha ficou ótima e dá para notar como a editora e a autora trabalharam com sensibilidade o tema do homossexualismo. E em HQ! Incrível mesmo...
ResponderExcluirbjs!
Oi Carlos!
ResponderExcluirNão sabia que esse livro existia, já vi o filme e achei incrível, imagino o que livro seja melhor ainda.
Seu resenha ficou ótima, e muito sensível, adorei!
B-jussss!
http://www.quemlesabeporque.com/
eu assisti o filme e particularmente não achei isso tudo que falavam na época. mas livro é outra coisa, e esses quadrinhos pelo visto, dão todo um significado a mais ao enredo. bem legal =)
ResponderExcluirOlá Carlos,
ResponderExcluirNão conhecia essa HQ e muito menos o filme, parece interessante, boa dica...abraço.
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