Tully Hart tinha 14 anos, era linda, alegre, popular e invejada por todos. O que ninguém poderia imaginar era o sofrimento que ela vivia dentro de casa: nunca conhecera o pai, e a mãe, viciada em drogas costumava desaparecer por longos períodos, deixando a menina aos cuidados da avó. Mas a vida de Tully se transformou quando ela se mudou para a alameda dos Vaga-lumes e conheceu a garota mais legal do mundo. Kate Mularkey era inteligente, compreensiva e tão amorosa que logo fez Tully sentir-se parte de sua família. Ao longo de mais de trinta anos de amizade, uma se tornou o porto seguro da outra. Tully ajudou Kate a descobrir a própria beleza e a encorajou a enfrentar seus medos. Kate, por sua vez, a ensinou a enxergar além das aparências e a fez entender que certos riscos não valem a pena. As duas juraram que seriam amigas para sempre. Essa promessa resistiu ao frenesi dos anos 1970, às reviravoltas políticas das décadas de 1980 e 1990 e às promessas do novo milênio. Até que algo acontece para abalar a confiança entre elas. Será possível perdoar uma traição de sua melhor amiga? Neste livro, Kristin Hannah nos conta uma linda história sobre duas pessoas que sabem tudo a respeito uma da outra – e que por isso mesmo podem tanto ferir quanto salvar.
Na primeira metade do livro, debati-me o tempo todo entre desfrutar da amizade de Kate e Tully ou ficar irritada com as personagens por causa do ciúme e da inveja que, de certa forma, sempre se impunha entre as duas. Porque era claro que as duas se amavam, mas sempre havia aquele sentimento de peso entre elas, a questão de cobiçarem algo que a outra tinha, ou a forma como a outra agia.
Isso se estendeu até certo ponto da narrativa, mas, em algum momento da história, que eu não percebi quando aconteceu, me vi envolvida na vida daquelas meninas, que se tornaram mulheres perante meus olhos, e passei a torcer irremediavelmente para que conseguissem o que queriam, que fossem felizes e estivessem sempre juntas, porque suas vidas estavam tão entrelaçadas que era difícil dizer onde uma terminava e a outra começava. E, por mais diferente que fossem, elas se completavam.
“- Nunca é bom ficar sentada esperando que alguém ou alguma coisa mude a nossa vida. É por isso que mulheres como Gloria Steinem estão queimando sutiãs e fazendo protestos em Washington.
- Para que eu possa fazer amizades?
- Para que você saiba que pode ser o que quiser. A sua geração tem muita sorte. Vocês podem ser o que quiserem. Mas você precisa se arriscar às vezes. Se abrir para o mundo. Uma coisa que eu posso lhe dizer com certeza é o seguinte: na vida, a gente só se arrepende do que não faz.” (p. 27)
Hannah conseguiu criar personagens profundos que, por isso mesmo, se tornaram mais apaixonantes. É engraçado como podemos gostar de alguém que demonstra ser perfeito, mas aquele sentimento avassalador da paixão só vem quando amamos mesmo com todos os defeitos. E foi isso o que aconteceu com os personagens de Amigas para Sempre, todos tinham partes horríveis, atitudes que doíam e, por isso só, consegui criar um vínculo forte com os mesmos.
John e Marah, em minha opinião, são personagens quase mais importantes que as próprias protagonistas, porque, não fossem eles, o livro não seria completo. Foi por causa deles as minhas maiores frustrações sentimentais enquanto acompanhava a trama, mas foi por eles também que senti meu peito transbordando de amor.
Todo o livro é repleto de amor, de amizade, de momentos bons e ruins. Tem partes muito mais romantizadas e doces do que a vida, claro, mas, no fim, o sentimento era de completude e esperança. A última cena, que tinha tudo para ser a mais triste de todas, me deixou com um sorriso na cara e mostrou o quão incrível é amar alguém além de si mesmo.
Para quem quer ler esse livro, recomendo não ler nem a sinopse de Por Toda a Eternidade, sequência de Amigas para Sempre. Os livros podem ser lidos de forma independente, mas eu tentei isso e, acreditem, não valeu a pena. Amigas para Sempre é lindo, repleto de mensagens sobre a vida, e foi ainda mais por me dar tudo aquilo de que eu precisava, sem que eu nem soubesse disso.
Oi Ju
ResponderExcluirTambém li livros dessa autora e gostei bastante, são carregados de emoção. Adorei sua resenha.
Beijos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com/
Oi, Ju! Gostei das suas palavras dedicadas à escritora. Eu acho que a história desse livro poderia dar um bom enredo de novela, né?
ResponderExcluirMeu blog literário:
http://hypeliterario.blogspot.com.br/
Oi Julia!
ResponderExcluirNem sabia que um livro era continuação do outro!
Ainda não li nada da autora, mas já li várias resenhas positivas que me deixaram com vontade de conhecer.
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Olá JU,
ResponderExcluirTenho dois livros da autora na minha lista de espera de leituras, estou super curioso, ainda mais depois de ler resenhas positivas iguais a sua...bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Eu amei esse livro, além da linda história de amizade entre Tully e Kate, faz um grande alerta quanto ao câncer de mama, de como é importante o diagnóstico rápido e preciso. Não sabia da existência do câncer de mama inflamatório. Vale muito a pena ler esse livro! :)
ResponderExcluirAinda não li Por Toda a Eternidade, não sabia que era sequência! Com certeza, será a minha próxima leitura!!
isso é o que encanta na escrita da Kristin, ela escreve com humanidade, até parece uma história que poderia acontecer a qualquer um. é quase impossível não se emocionar com seus livros. Amigas para Sempre é isso, uma lição. vou procurar lê-lo o quanto antes <3
ResponderExcluirTenho muita vontade de ler esse livro, já esta na lista de leituras faz tempo mas sempre aparece algum e passa na frente, mas desse ano não passa deu ler ele, parece ser super emocionante.
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