NETTO, Giordano Mochel. Condão. Novo Século, 2015. 400 p.Sinopse: Tecnologia robótica, petabytes, Direito Eletrônico. Esses termos fazem parte do cotidiano de Edwardo, um jovem que vive em uma sociedade ultratecnológica em que o controle da informação tornou-se o meio de referência para todos. Programador virtual, ele tem uma vida estabilizada, já que suas preocupações resumem-se ao trabalho, ao relacionamento amoroso com Sílvia, biogeneticista, e à amizade antiga e franca com Jânio, professor de História Moderna e especialista na teoria do Condão. No entanto, ao presenciar, involuntariamente, o assassinato de dois jovens por drones responsáveis pela segurança pública, sua vida passa a correr risco. Robôs-homicidas? Uma possibilidade que soa impossível para um software instruído a tarefas-padrão e funções extremamente mecânicas. Pelas regiões do Brasil, Edwardo arrasta Jânio e Sílvia em uma busca incessante para desvendar o crime. Só que, quando o trio descobre que essa investigação envolve vários fatos obscuros que influenciaram o atual nível de desenvolvimento dessa sociedade, uma nova realidade se revela de forma estarrecedora. (Skoob)
Através de um software que, inicialmente, teria como função o aperfeiçoamento do sistema judiciário brasileiro, Jeremias, um jovem prodígio da informática, foi além do planejado e revolucionou todo o país. Através do Condão, nome dado ao programa desenvolvido por ele, erradicou a fome e a pobreza, melhorou o sistema de saúde, criou drones que cuidam da limpeza e segurança, e definiu novas leis para todos no Brasil. Tornou-se o líder da nação.
Sem problemas, as pessoas passam a acreditar nas propagandas do governo e, aos poucos, ficam alienadas a ele. As relações humanas são abolidas, como o namoro, casamento, fidelidade, a criação de famílias estruturadas. Deixou-se de viver em coletividade, para viver individualmente.
Isso, até que Edwardo, um programador, está fumando no telhado de um edifício e presencia o assassinato de dois jovens por drones, o que contraria a programação dessas máquinas, bem como as leis do Condão. A partir daí, inicia-se uma perseguição frenética, que envolve o melhor amigo de Edwardo, Jânio, um professor de história, e Sílvia, uma biogeneticista que namora Edwardo.
Conforme o trio tenta escapar, descobre as brechas que levam o sistema atual do governo para uma trama complexa engendrada por mentes mais inteligentes do que as deles. Toda a perfeição do sistema é colocada em dúvida, bem como o custo que a população está pagando pela suposta perfeição em que vivem.
Existe uma crítica voraz por trás da obra, que aponta para como as pessoas são facilmente manipuladas, e em como todo o bem tem seu preço. Aquele ditado que afirma que o poder consegue corromper, e o poder total, consegue corromper totalmente, é perfeitamente exemplificada quando chegamos ao final do livro.
Às vezes, as boas ações, por melhores que sejam, ou por melhores intenções que tenham sido executadas, podem cobrar um custo demasiado alto. Não só pelo que abrangem, mas, também, pela forma como o resultado corrompe quem as executa. Não existe o bem total, nem o mal total. Tudo no universo existe em equilíbrio, do contrário, um lado exterminaria o outro. É uma lei da natureza. Quando algo se sobressai, ela compensa. Da mesma forma são as decisões humanas. A curto ou a longo prazo, o que fazemos de bom ou de mau, retorna para nós.
A distopia futurística criada por Giordano Mochel Netto é minuciosa, muito bem escrita e curiosa, por se passar em um país que necessita demasiado de um Condão, caso este não tivesse seu lado perverso, que corrompe todo o sistema e a população de uma forma bem mais sutil e perigosa do que o branco e preto de nossa sociedade atual.
Sem problemas, as pessoas passam a acreditar nas propagandas do governo e, aos poucos, ficam alienadas a ele. As relações humanas são abolidas, como o namoro, casamento, fidelidade, a criação de famílias estruturadas. Deixou-se de viver em coletividade, para viver individualmente.
"Nesse momento, Jan teve um sobressalto e seu coração disparou. Ficou com vontade de gritar que não era estéril, mas na verdade não sabia. Fora os encontros em simuladores, teve apenas três namoradas, uma delas no colégio. De resto, só encontros esporádicos. Nunca engravidara nenhuma delas. Mas não deixaria que a raça humana fosse extinta. Tentaria. Imploraria, se precisasse."
Isso, até que Edwardo, um programador, está fumando no telhado de um edifício e presencia o assassinato de dois jovens por drones, o que contraria a programação dessas máquinas, bem como as leis do Condão. A partir daí, inicia-se uma perseguição frenética, que envolve o melhor amigo de Edwardo, Jânio, um professor de história, e Sílvia, uma biogeneticista que namora Edwardo.
Conforme o trio tenta escapar, descobre as brechas que levam o sistema atual do governo para uma trama complexa engendrada por mentes mais inteligentes do que as deles. Toda a perfeição do sistema é colocada em dúvida, bem como o custo que a população está pagando pela suposta perfeição em que vivem.
Existe uma crítica voraz por trás da obra, que aponta para como as pessoas são facilmente manipuladas, e em como todo o bem tem seu preço. Aquele ditado que afirma que o poder consegue corromper, e o poder total, consegue corromper totalmente, é perfeitamente exemplificada quando chegamos ao final do livro.
"Então tudo parou. Homens, drones, androides. O próprio tempo pareceu parar. O ar, a água do rio. Tudo. Sentiram a mente invadida. Começara."
Às vezes, as boas ações, por melhores que sejam, ou por melhores intenções que tenham sido executadas, podem cobrar um custo demasiado alto. Não só pelo que abrangem, mas, também, pela forma como o resultado corrompe quem as executa. Não existe o bem total, nem o mal total. Tudo no universo existe em equilíbrio, do contrário, um lado exterminaria o outro. É uma lei da natureza. Quando algo se sobressai, ela compensa. Da mesma forma são as decisões humanas. A curto ou a longo prazo, o que fazemos de bom ou de mau, retorna para nós.
A distopia futurística criada por Giordano Mochel Netto é minuciosa, muito bem escrita e curiosa, por se passar em um país que necessita demasiado de um Condão, caso este não tivesse seu lado perverso, que corrompe todo o sistema e a população de uma forma bem mais sutil e perigosa do que o branco e preto de nossa sociedade atual.
Oie Carlos =)
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem o autor, mas como adoro distopias fiquei bem curiosa para conhecer melhor a história. A trama me lembrou um pouco a origem de Ultron de Os Vingadores rs...
Dica anotada!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Oi Carlos, eu também não conhecia o livro. Adoro distopias e esse livro parece ser ótimo, ponto positivo ainda ser de autor nacional. Gostei do que você destacou sobre o livro.
ResponderExcluirBeijos
Oi Carlos!
ResponderExcluirAinda não conhecia o livro, mas adoro distopias, histórias sobre robôs... Parece ser uma leitura bem proveitosa!
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Também não conhecia esse livro, curto muito distopia, fiquei bastante interessada em ler e ainda mais curiosa por ser de autor nacional.
ResponderExcluirEu também não conhecia o livro, mas depois de ler a resenha, achei muito interessante! Parece que é o tipo de livro que você começa a ler e não consegue parar até terminar!
ResponderExcluirOie
ResponderExcluirAinda não tinha visto este livro, mas tem um tema muito interessante. É uma distopia diferente, me deu vontade de ler.
Beijos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/
Olá Carlos,
ResponderExcluirEsse é mais um livro que fico conhecendo aqui, gosto de distopias e com robôs é mais interessante, dica anotada.....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Olá
ResponderExcluirEsse livro não me chamou muita a atenção quando vi o lançamento, não me interessei pelo nome nem capa, mais daí então vi a sinopse e gostei da distopia, e agora lendo sua resenha e sua opinião , interessante como ela colocou a questão da sociedade facilmente manipulável, quero ler com certeza!!
Bjocas