CRISPIN, A. C. Star Trek: Portal do Tempo. Editora Aleph, 2016. 256 p.Sinopse: Capitão Kirk, Spock e dr. McCoy descobrem que, durante uma viagem ao passado, Spock teve um filho. Agora, estão prestes a viajar mais uma vez através do portal do tempo a fim de resgatar esse filho, antes que seu planeta seja destruído. Resgatado, o garoto tentará aprender tudo sobre a Federação e sobre a cultura vulcana, enquanto a tripulação da Enterprise o conhece e se acostuma à sua presença. Mas seus dias de aprendizado são interrompidos quando uma invasão romulana pode mudar perigosamente o curso da história. (Skoob)
Star Trek é a série de TV mais bem sucedida, comercialmente, de todos os tempos. Com apenas três temporadas, entre 1966 e 1969, ela rendeu 12 filmes, 4 séries derivadas, uma série animada, versões em quadrinhos, livros e mais uma infinidade de outros produtos. Não vou citar as razões de tudo isso, porque é tema mais para um livro, do que para um post em um blog literário. Vou sintetizar o que penso apenas na série clássica, onde Kirk, Spock e McCoy são os personagens principais, a trindade de Star Trek, e o principal motivo de todo o sucesso.
Os três representam as principais características do ser humano: McCoy é a emoção; Spock é a razão; Kirk é o elo que une os três. Em todos os episódios da série de TV, e nos filmes, é assim que funciona. Essa química conquista e cria uma identificação que explica tantos fãs. É o mesmo fenômeno que explica Star Wars, com Luke, Leia e Hans. É uma fórmula que não tem como dar errado, porque é espelhada em cada um de nós.
Star Trek: Portal do Tempo, embora seja uma história que não é reconhecida como parte do cânone oficial, é totalmente fiel à essência dos personagens. Ela dá continuidade ao último episódio da série de TV, quando Kirk, Spock e McCoy, acidentalmente, voltam no tempo, ao passado de um planeta condenado a ser destruído pela explosão de seu sol. Um dos efeitos da viagem é regredir Spock ao que seus antepassados viviam, uma época em que não havia a supressão das emoções. Ele acaba se apaixonando por Zarabeth, uma mulher nativa, mas ela fica para trás, quando ele regressa ao seu tempo original.
Em Portal do Tempo, Spock descobre, através de fotos de pinturas encontradas em uma caverna do planeta destruído, que Zarabeth teve um filho seu. Assim, com a ajuda de Kirk e McCoy, ele consegue, novamente, voltar no tempo e resgatar seu filho. A partir daí, acompanhamos as consequências dessa ação, a difícil convivência de pai e filho e uma decisão, que realça o quanto uma pessoa pode se sacrificar para que as coisas sejam como devem ser.
"Diário do capitão, data estelar: 7340.37
Continuamos em alerta amarelo esperando a chegada da frota romulana e dos reforços da Federação. Nas próximas doze horas, preciso proteger o portal do tempo contra uso não autorizado ou destruir Gateway. A única solução possível que posso imaginar exige quebrar a Ordem Geral Nove. A esta altura, tenho pouca escolha. Kirk desligando."
Portal do Tempo é, na sua essência, uma aventura sobre amizade e paternidade, onde os relacionamentos ficam acima da aventura, e onde a fidelidade sobrepuja qualquer dúvida sobre as atitudes de cada personagem. Toda a história caminha para um desfecho que deixa qualquer fã emocionado, e, confesso, não tive como segurar as lágrimas no final.
Depois desta resenha, a dúvida que fica, é se o leitor que não acompanha Star Trek irá gostar do livro? A edição da Aleph traz um glossário com os termos mais usados, um descritivo de cada personagem, além de um prefácio escrito por Salvador Nogueira, um dos maiores conhecedores de Star Trek do Brasil, onde ele explica tudo o que o leitor precisa saber para acompanhar Portal do Tempo. A história em si, como disse acima, é sobre as mesmas coisas que você encontra em vários livros, é um tema universal, transportado para a ficção-científica.
Então, respondendo à pergunta, sim, se você gosta de boas histórias, você irá gostar de Portal do Tempo. E, talvez, se emocionar tanto quanto eu.
Os três representam as principais características do ser humano: McCoy é a emoção; Spock é a razão; Kirk é o elo que une os três. Em todos os episódios da série de TV, e nos filmes, é assim que funciona. Essa química conquista e cria uma identificação que explica tantos fãs. É o mesmo fenômeno que explica Star Wars, com Luke, Leia e Hans. É uma fórmula que não tem como dar errado, porque é espelhada em cada um de nós.
Star Trek: Portal do Tempo, embora seja uma história que não é reconhecida como parte do cânone oficial, é totalmente fiel à essência dos personagens. Ela dá continuidade ao último episódio da série de TV, quando Kirk, Spock e McCoy, acidentalmente, voltam no tempo, ao passado de um planeta condenado a ser destruído pela explosão de seu sol. Um dos efeitos da viagem é regredir Spock ao que seus antepassados viviam, uma época em que não havia a supressão das emoções. Ele acaba se apaixonando por Zarabeth, uma mulher nativa, mas ela fica para trás, quando ele regressa ao seu tempo original.
Em Portal do Tempo, Spock descobre, através de fotos de pinturas encontradas em uma caverna do planeta destruído, que Zarabeth teve um filho seu. Assim, com a ajuda de Kirk e McCoy, ele consegue, novamente, voltar no tempo e resgatar seu filho. A partir daí, acompanhamos as consequências dessa ação, a difícil convivência de pai e filho e uma decisão, que realça o quanto uma pessoa pode se sacrificar para que as coisas sejam como devem ser.
"Diário do capitão, data estelar: 7340.37
Continuamos em alerta amarelo esperando a chegada da frota romulana e dos reforços da Federação. Nas próximas doze horas, preciso proteger o portal do tempo contra uso não autorizado ou destruir Gateway. A única solução possível que posso imaginar exige quebrar a Ordem Geral Nove. A esta altura, tenho pouca escolha. Kirk desligando."
Portal do Tempo é, na sua essência, uma aventura sobre amizade e paternidade, onde os relacionamentos ficam acima da aventura, e onde a fidelidade sobrepuja qualquer dúvida sobre as atitudes de cada personagem. Toda a história caminha para um desfecho que deixa qualquer fã emocionado, e, confesso, não tive como segurar as lágrimas no final.
Depois desta resenha, a dúvida que fica, é se o leitor que não acompanha Star Trek irá gostar do livro? A edição da Aleph traz um glossário com os termos mais usados, um descritivo de cada personagem, além de um prefácio escrito por Salvador Nogueira, um dos maiores conhecedores de Star Trek do Brasil, onde ele explica tudo o que o leitor precisa saber para acompanhar Portal do Tempo. A história em si, como disse acima, é sobre as mesmas coisas que você encontra em vários livros, é um tema universal, transportado para a ficção-científica.
Então, respondendo à pergunta, sim, se você gosta de boas histórias, você irá gostar de Portal do Tempo. E, talvez, se emocionar tanto quanto eu.
Nunca acompanhei Star Trek pq normalmente não tenho paciência pra ficção científica, li 2001 - Uma Odisseia no Espaço e demorei muito tempo para acabar então evito o gênero. Achei legal a ideia de fazer um glossário sobre o mundo de Star Trek, é um ótimo jeito de informar e despertar a curiosidade de quem não conhece a história.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirAté hj não consegui ler nd do livro nem filmes...
Não eh mto o estilo q curto...um dia qro conferir pra v se mudo d idéia...
Bjs!
Curto muito Star Trek, gosto muito de ficção científica, assisti todos os filmes, estou doida pra ler esse livro.
ResponderExcluirOlá Carlos!!!
ResponderExcluirAcho que sou uma das únicas pessoas desse universo que não viu Star Trek, mas gosto de ficção científica e tenho curiosidade de saber mais sobre esses filmes, séries e até o s livros.
Gostei da resenha e o livro parece entrar bem nesse mundo que foi criado.
lereliterario.blogspot.com
Olá Carlos, tudo bem?
ResponderExcluirNão li nada desse universo ainda, mas quero muito e quem sabe não começo por esse.
deslumbreacessorios.blogspot.com.br
Olá, tudo bem...
ResponderExcluirAmei a resenha, mas infelizmente esse livro não faz meu gênero literário, os personagens parecem ser bem cativantes e a premissa me parece ser muito boa, mas no momento essa não seria uma boa leitura para mim...