Sinopse: Há vinte e cinco anos, Susan Morrow deixou Edward Sheffield, seu primeiro marido. Certo dia, instalada confortavelmente na casa em que mora, com os filhos e o segundo marido, inesperadamente ela recebe, pelo correio, um embrulho que contém o manuscrito do primeiro romance escrito por Edward. Ele lhe pede que leia seu livro: Susan sempre foi sua melhor crítica, justifica. Tony e Susan, de Austin Wright, publicado originalmente nos Estados Unidos em 1993, ganha nova edição, dezoito anos depois de seu lançamento, por se tratar, segundo seus editores, da “mais impressionante obra de arte da ficção americana desde Revolutionary Road, de Richard Yeats”, publicado no Brasil como Foi apenas um sonho.
Ao iniciar a leitura, Susan é arrastada para dentro da vida do personagem Tony Hastings, um professor de matemática que leva a família de carro para a casa de veraneio no Maine. Quando a vida comum e civilizada dos Hastings é desviada de seu curso de forma violenta e desastrosa, Susan se vê novamente às voltas com seu passado, obrigada a encarar a própria escuridão e a dar um nome para o medo que corrói seu futuro e que vai mudar sua vida. (Skoob)
WRIGHT, Austin.
Tony & Susan. Intrínseca, 2011. 334 p.
Tony & Susan, de Austin
Wright, nunca foi um livro que me provocasse grande curiosidade, mas
quando a Ana, do blog
Roendo Livros, me perguntou se eu gostaria de ler algum dos livros de uma
lista que ela tinha, decidi escolher este. Afinal, por que não? Ela me
avisou que não conseguiu prosseguir com a leitura, mas eu tentei iniciar
o livro despida de preconceitos. Eu consegui ler a obra até o final,
mas antes não tivesse feito, pois foi o livro mais chato que já li.
O
livro se divide em duas perspectivas. A primeira delas é a de Susan,
que aceita um pedido de Edward, seu primeiro marido, para ler e comentar
o manuscrito da obra criada por ele. Casada com Arnold há vinte anos e
com filhos, Susan mergulha na apreciação da evolução de Edward como
escritor, da sua própria vida e da maneira como chegou à situação atual.
Intercalada às suas reflexões, como segunda perspectiva, a própria obra
de Edward é transcrita ao leitor, com Tony como seu personagem
principal.
"Nenhum problema é temporário antes que tenha terminado. Todos os problemas são potencialmente permanentes."
No
início, o livro não era daqueles que eu interrompia a leitura ansiosa
por retomá-la. Eu às vezes o esquecia por dias. Porém, nos momentos em
que me sentava para leitura, as páginas fluíam sem qualquer problema. A
dificuldade se deu a partir da segunda metade do livro: o ritmo que
pensei ser introdutório era, na verdade, o ritmo de todo o livro, e a
falta de expectativa de qualquer acontecimento interessante pelo restante da obra tornou o ato de lê-la maçante.
Isso
decorre da própria natureza do livro, que é essencialmente
introspectivo. Os poucos acontecimentos são narrados no início da obra;
depois, são citados apenas alguns detalhes banais, cotidianos, que
servem tão somente para contextualizar os momentos. Só que mesmo a
introspecção não me pareceu devidamente aprofundada, haja vista que os
pensamentos dos personagens eram confusos, inconstantes e em alguns
momentos eu nem consegui visualizar o que tanto os incomodava de fato,
visto que muitos aspectos eram citados ao mesmo tempo e dificultavam
identificar o cerne da questão.
"Será que devia dizer para Dorothy e Artur pararem com aquilo? Ela reprime um impulso teatral para repreendê-los por desperdiçar sua juventude em frente de um televisor. Televisão, ir para Washington, esmurrar Ray, tudo se mistura em sua mente, parece que é o televisor que ela quer esmurrar. Então imagina um visitante alienígena que pergunta qual a diferença entre Dorothy boquiaberta diante da televisão e a própria Susan boquiaberta diante de um livro. Martha e Jeffrey, seus bichinhos de estimação, que acham estranho vê-la ali parada, petrificada. Susan gostaria de não ter de ficar provando o tempo todo que é sua capacidade de ler que a torna civilizada."
Por
conta disso, não consegui criar empatia com os personagens ou
compreendê-los inteiramente, mesmo porque não tive vontade de me
esforçar em fazer isso. Tive a impressão de que ler um livro dentro do
outro não me permitiu mergulhar em nenhum dos dois.
Eu tentei gostar do livro, tentei de verdade, e só mesmo concluí a leitura por esperar encontrar nele algo que muitos leitores conseguiram. Vi que várias pessoas marcaram o livro como favorito ou que deram notas altas nas avaliações do skoob, e eu só não parei na metade do livro porque achei que algo me surpreenderia mais adiante. Não aconteceu, eu não consegui gostar do livro, e a sensação final foi de que perdi um tempo valioso.
Oi Ju,
ResponderExcluirSei bem como é dar chances à leituras e ir por água abaixo haha mas a gente persiste né? Eu to com vontade de ler só por causa da adaptação, porque vai ter Amy Adams que ♥
P.S.: Obrigada pelo apoio na postagem. Também espero que a paz predomine agora haha
Obrigada ♥
beijos
Nana - Obsession Valley
Nana, eu não sabia da adaptação, sério? Quem sabe eu assista, só assim para talvez ter certeza se eu entendi o livro direito. rsrs
ExcluirBeijos
Oi Ju!!!
ResponderExcluirMulher sei como é tentar dar uma chance a um livro assim e você não consegui ver nada que lhe chame atenção. Atualmente, está acontecendo isso comigo pelo menos com algumas leituras que ando lendo.
Mas ao menos você tentou dar uma chance e tirou suas próprias conclusões. E é assim mesmo, ás vezes você ler um livro e ver que ele tem uma boa nota alta mas com você é diferente e ele não lhe agrada tanto.
Parabéns pela resenha e sinceridade =)
lereliterario.blogspot.com
Oi Ju!
ResponderExcluirFaz muito tempo que tenho esse livro na minha lista de desejados. Uma pena que você não tenha gostado. Ainda assim, quero dar uma oportunidade a ele no futuro.
Beijos,
Epílogos e Finais
Oi Bianca, realmente não consegui gostar, mas, como falei, teve muita gente que deu nota altíssima para o livro. Espero que sua impressão seja bem diferente da minha, e que você curta a leitura.
ExcluirNada mais decepcionante que ler um livro que no final você pensa "poderia ter gasto esse tempo lendo algo melhor", fiz isso com Will & Will e Quem è você Alaska?, descobri que não tenho saco para os livros do Green e tirei todos da minha lista. Já outros desisti de cara pq percebi que ia demorar meses para ler. Deveria existir uma regra mundial de existir só livro bom hahahah
ResponderExcluirrsrs, concordo com a teoria da regra mundial Maíra. O único problema é que o que é bom para um nem sempre é para o outro, né? Estaríamos em conflito.
ExcluirOiii...
ResponderExcluirA sinopes é um pouco confusa na minha opinião...Não sei se eu iria até o final desse livro...Nâo me chamou atenção como eu gostaria...
Bjs!
Olá Ju! Nossa, pela sinopse esse livro parecia ser bom, tenho ele porem ainda não li, tomara que eu fica tão decepcionada quando você com essa história.
ResponderExcluirBjs
Olá!
ResponderExcluirJá achei o livro chato só pela sua resenha! haha
Nossa, parece ser muito sem graça, sério, não senti nem um pingo de vontade de ler.
Oi Ju...
ResponderExcluirTotalmente compreensível, acontece...
Tem vezes que a leitura simplesmente não funciona para nos, eu tenho uma mania irritante de ter que terminar o livro, por pior que seja, as vezes isso me atrapalha muito.
Gostei da sua resenha sincera flor.
Boa Noite.