

Conjunto da Obra (CdO) Como escritora, acredito que você também leia bastante. Prefere ficar no romance ou balanceia os estilos de leitura? Tem algum autor favorito?
Janice Diniz (JD): Sempre gostei de histórias de amor, nem que o foco não fosse esse, mas que tivesse um homem e uma mulher tentando se acertar. Tem um autor francês contemporâneo que é muito bom nisso, ele escreveu 37º Le Matin, título traduzido como Betty Blue, que é o Philippe Djian. Ele escreveu uma história de amor incrível, forte e louca. Leio também Elmore Leonard, Martina Cole, Fernando Sabino (meu mestre) e por aí vai. Quando estou escrevendo, em processo de escrita de livro, quase não leio. Meus personagens são possessivos e não me deixam em paz kkk Mas posso afirmar que a minha história preferida ainda é Noites Brancas, do Dostoievski.
Cdo: Quem acompanha o trabalho dos autores nacionais tem uma noção do quanto é difícil se estabelecer no mercado literário. Além dos blogs, quais são suas formas de divulgação? Quais as dificuldades e como tem sido a receptividade de sua obra?
JD: Não conheço jornalista, não sou jornalista nem tenho grana para pagar assessoria de imprensa. A divulgação então é feita por meio das “minhas” blogueiras lindas e das leitoras que divulgam no Facebook e Twitter e comentam nas resenhas, são elas que estão sempre espalhando Terra Ardente por aí. Além do pessoal da “turma do chapéu”, como os Portais Rodeio & CIA e Universo Country, além do Jornal Diário de Dracena, a vereadora de Porto Alegre, Fernanda Melchionna, que agilizou a minha participação na 58º Feira do Livro de POA e o meu papai que, por trabalhar em Natal, divulgou e vendeu horrores de livros por lá kkkk Tem pai que é uma mãe, né? kkk A ideia de mudar de editora também foi em razão da receptividade de Terra Ardente e inclusive em função da surpresa de ter o meu livro indicado como um dos melhores de 2012 por vários blogs. Fiquei bem empolgada! XD
CdO: Você citou nas redes sociais que Céu em Chamas, segundo volume da série Matarana, talvez seja publicado ainda no primeiro semestre. Além disso, a nova editora também lançará a reedição de Terra Ardente. Quais são suas principais expectativas?
JD: Tornar Terra Ardente ainda mais visível ao público. O que falta ao livro ainda é visibilidade. E como o mercado vive de novidades, a ideia é de uma publicação chamar a atenção para outra, independente de ser Terra Ardente ou Céu em Chamas.
CdO: Que tipo de surpresas estão guardadas para Céu em Chamas?
JD: O que, para mim, ficou pendente em Terra Ardente: o relacionamento do Dolejal com o seu “braço direito”, o suposto sumiço de um certo matador de aluguel, a investigação de determinado assassinato e o futuro incerto de um casal. Além, é claro, de um novo personagem para rivalizar com um de nossos heróis. Ai, o medo de spoiler kkkk
Resumindo: são aguardadas muitas reviravoltas kkk
CdO: Sem levar em conta esta série, você tem trabalhado ou pensado em novos projetos?
JD: Sim, mas só alinhavando uma ou outra ideia. Já tentei por duas vezes começar um novo projeto, mas mergulho tanto na história, me envolvo emocionalmente de tal forma quando escrevo, que não consigo simplesmente desligar o botão de uma e apertar o da outra. Elaboro as histórias de forma objetiva, avaliando todos os aspectos da trama, tenho até dois cadernos e vários blocos com anotações da série inteira. Entretanto, quando começo de fato a escrevê-la é meio em transe, digito rápido, vendo a cena diante dos meus olhos e tendo que descrevê-la velozmente... os dedos não acompanham...kkk
CdO: Por que caubóis?
JD: Por que não? kkk
Bom, eu já havia lido muito romance norte-americano com caubói, sem pensar em escrever um livro com esse tipo de personagem. Tudo mudou quando fui morar no centro-oeste. No único réveillon que passei lá foi em um salão country. Naquela época, eu fazia algo bem bizarro logo após a contagem regressiva. Por superstição, pegava o meu prato com lentilha, ia para debaixo da mesa e fazia um pedido kkk Bem, o pedido que fiz naquele ano foi: quero me tornar uma escritora. Um tempo depois, na mesma cidade, uma picape parou e um rapaz usando chapéu de caubói e óculos escuros me perguntou sobre determinada rua. Eu não fazia a mínima ideia de que rua era essa e a minha cara expressou isso. Ele sorriu de um jeito tão charmoso e bonito que colou no meu inconsciente e acredito que todos os caubóis que eu crio, agora, é esse moço lindo da picape kkkk
Gente, caubóis existem, eles estão entre nós, e são lindos! kkkk
CdO: Fique à vontade se quiser mandar algum recado para seus atuais e futuros leitores.
JD: Para as minhas atuais leitoras, afirmo de todo o coração que escrevi Terra Ardente para vocês, pensando em vocês, mulheres fortes, sensíveis e românticas. Não costumo subestimar o poder feminino, tampouco criar mulheres irreais, boas demais, abnegadas ou superficiais. Percebo que muitas autoras se preocupam em traçar perfis maravilhosos para os personagens masculinos, ainda que eles tenham tormentos, traumas ou qualquer outro problema charmoso que, na vida real, espantaria as mais sensatas. Crio primeiro as personagens femininas e o mundo delas para, depois, elaborar um dos componentes de suas vidas, os personagens masculinos. Mas não se pode negar o poder do amor, o amor é TUDO!
Para quem ainda não leu Terra Ardente, na dúvida, leia a resenha do Conjunto da Obra e tantas outras que estão no blog do livro, além dos dois primeiros capítulos. E espero que curtam muito esse romance country com personagens “loucos para amar e doidos para brigar”.
Aproveito também para agradecer por essa entrevista tão inteligente e criativa e pelo carinho que tem para comigo e o meu trabalho, Julia.
Janice, minha vez agora: eu agradeço de todo o coração sua atenção aqui com o Conjunto da Obra, e suas respostas tão honestas e divertidas nessa entrevista. Gostei muito de ler o que você escreveu, e espero que possamos continuar essa parceria que só me deixa feliz ;)
Para os que quiserem conferir a resenha do livro aqui no blog, basta clicar
AQUI.
Os dois primeiros capítulos do livro estão disponíveis
AQUI.
~~*~~*~~
E, para aqueles que estavam ansiosos para saber qual a surpresa que a Janice preparou para essa entrevista, chegou a hora:
Ela disponibilizou um exemplar da nova edição + 1 marcador para sorteio! Quem quer? (Isso para mim também foi surpresa gente! Até esta manhã, o exemplar sorteado seria da edição antiga *-*)
Para participar, é simples: como regra obrigatória, o participante deve curtir as Páginas do Conjunto da Obra e de Terra Ardente no Facebook e, após preencher esse item, novas opções ficarão disponíveis.
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O sorteio será feito por meio da ferramenta Rafflecopter, e as inscrições serão válidas até 27/04. Para os que
ainda têm dúvidas sobre como utilizá-la, podem ver este tutorial
aqui.
Após o resultado, o vencedor terá até 48 horas para responder o e-mail
que eu encaminharei solicitando seus dados, ou o sorteio será refeito. O
prêmio poderá ser remetido em até 30 dias após. Estas e outras regras estão expressas no terms and conditions do formulário.
Beeeeeeeeijos!
E então, curiosos para a segunda parte dessa entrevista? Sem delongas dessa vez, vamos lá:
Além das Páginas #3: Janice Diniz - Parte 1
Conjunto da Obra (CdO) Como escritora, acredito que você também leia bastante. Prefere ficar no romance ou balanceia os estilos de leitura? Tem algum autor favorito?
Janice Diniz (JD): Sempre gostei de histórias de amor, nem que o foco não fosse esse,...