Sinopse: ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível.
Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida.
Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo.
Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego.
Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão. (Skoob)
Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho
Arquivado em: Editora Novo Conceito, resenhas
CARVALHO, Marina. Azul da cor do mar. Ribeirão Preto, SP: Novo Conceito Editora, 2014.
Rafaela estava no fim do curso de Jornalismo quando conseguiu o estágio mais desejado por todos os seus colegas: trabalhar no maior jornal do Estado, a Folha de Minas. Mas essa experiência dos sonhos não seria nada fácil, especialmente porque seu novo chefe não estava nada feliz de ter de andar com uma novata pelos calcanhares...
Apesar da grande oportunidade no campo profissional, sua vida pessoal era sempre um pouco bagunçada. Seus três irmãos – todos homens – não a deixavam em paz e, mesmo que tivesse amigas incríveis e inseparáveis, Rafaela não conseguia manter um relacionamento. E, por mais bobo que parecesse, o que mais contribuía para isso era o garoto da mochila xadrez, uma paixão de infância que ela nem ao menos sabia o nome, mas cujos olhos jamais poderia esquecer.
“– Desculpe por eu ter estragado seus planos.
Congelei meus movimentos e voltei para encarar Bernardo. Desde quando ele se preocupava em agir como gente? Devia estar com febre.
– Foi só um jantar – esclareci, sem apresentar muitos detalhes. Ele que tratasse de interpretar do jeito que melhor lhe conviesse.
– Só um jantar? – repetiu, analisando a informação. Esse é o mal dos jornalistas: sempre consideramos os fatos a partir de vários ângulos. – Então não era importante?
– Era muito importante – respondi, com ar de mistério. – Mas pode ser remarcado. Em compensação, hoje participei do meu primeiro fechamento. No final das contas, acabei ganhando.
Bernardo sorriu... um sorriso verdadeiro, sem nuances de ironia e mau humor. Achei-o terrivelmente atraente naquele momento. Por isso, tratei de encerrar a conversa. Não dava para, de repente, passar a ser afeada pela aparência daquele homem das cavernas moderno.
– Você é uma fanática. [...]” (p. 84)
Para quem sempre espera ansiosamente por cada verão, pelo sol e pelo mar, como eu, Azul da cor do mar tem o poder de conquistar à primeira vista – a capa é sutil, magnética e simplesmente perfeita. Ainda não tinha lido nada de Marina Carvalho, mesmo tendo um exemplar de Simplesmente Ana à disposição em casa. A experiência da leitura não chegou a ser perfeita, mas teve um saldo bastante positivo.
A linguagem utilizada pela autora é bastante simples, cotidiana, perfeita para o público mais jovem, mas que fica devendo um pouco para os leitores mais experientes. Não se trata de uma linguagem pobre ou irritante, pelo contrário, é de uma leitura agradável, mas tive a impressão de não precisar exercitar a mente para acompanhar as cenas.
Independente disso, alguma coisa na escrita da autora tem o poder de prender à história, que nos faz querer saber o que acontecerá em seguida e que torna a leitura rápida até demais. A premissa bem simples – a vida de uma estudante -, tem, contudo, aquele elemento “paixão”, o friozinho na barriga que nos faz misturar os sentimentos da protagonista com nossos próprios.
Rafaela narra o livro em primeira pessoa e, mesmo sem me identificar totalmente com a protagonista, achei-a interessante e corajosa, especialmente ao ir atrás daquilo que ela desejava, seja com quem fosse, enfrentando, principalmente, seus próprios medos. Não cursei Jornalismo, mas meu primeiro vestibular foi para esse curso, e acompanhar os passos de alguém que está se formando agradou.
“Para mim, aquele trabalho foi uma lição de vida.
É engraçado como nos acostumamos com determinadas situações a ponto de parar de refletir sobre elas. Na nossa concepção – pré-concebida a partir dos estereótipos definidos pela sociedade –, bandido é bandido, mocinho é mocinho. Bem assim, separados, em lados opostos. Mas a linha divisória entre esses dois mundos é tênue, permitindo muitas outras classificações.” (p. 108-109)
Rafaela, entretanto, tinha algumas características de garota mimada, e cismas que me faziam revirar os olhos. Ao tempo que ela é inteligente na área profissional, mostra que é ingênua e boba para outras coisas. Achei bem frustrante a forma como ela brigou com Gisele e perdeu a amiga, sendo que tudo poderia ser resolvido se ela fosse sincera o suficiente.
Os garotos dessa história foram construídos de maneira tão perfeita, que fico pensando se alguém assim poderia existir de verdade. Claro que eles tinham defeitos, mas eram esses que os deixavam ainda mais lindos.
O fim da história, infelizmente, merecia uma explicação mais digna. Marina tentou construir o ápice, e eu estava esperando uma revelação bombástica, mas foi meio “ah, só isso”. Independente disso, a história é uma delícia e vale muito a leitura. Sem contar a diagramação, que é cheia de detalhes que deixam o livro lindo.
Ju
Apaixonada pela leitura desde a infância, tantos livros lidos que é impossível quantificar. Alguém que vê os livros como uma forma de viajar o mundo e lugares mais incríveis que possam ser criados pela imaginação, sem precisar sair do lugar. Tem o blog como uma forma de dividir experiências e, principalmente, as emoções que as leituras despertaram, para compartilhar idéias e aproveitar sugestões de leitura, envolvendo mais e mais pessoas em um mundo onde a imaginação não tem limites.
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Oi Ju*
ResponderExcluirTe confesso que este livro não me chamou muita atenção, porque o outro livro que eu li da autora não me agradou, mas lendo sua resenha até fiquei curiosa.
Beijos
Oi Ju,
ResponderExcluirA sinopse do livro não despertou mto meu interesse, e tbm me pareceu que é mto destinado ao publico juvenil. Isso não é um problema desde que o autor consiga agradar tbm os leitores mais experientes, mas não parece ser o caso.
Abraço,
Alê
www.alemdacontracapa.blogspot.com
oi
ResponderExcluirfiz uma postagem nova que mostra que esse livro acabou de chegar para mim pelos correios. Diferente de você eu li Simplesmente Ana antes, e isso que me estimulou a comprar esse segundo livro. Pelo o que você escreveu esse outro trabalho tem características semelhantes ao livro de estreia dela, uma leitura leve, que apesar de algumas coisas que incomodam (como essa personagem mimada) a autora consegue prender o leitor. Eu li várias resenhas, e todas, falam de como ela é uma profissional boa, mas consegue ser mimada e irritante em outros aspectos da vida dela - já sei que isso vai me irritar mto! kkkk
espero sua visita no blog
bjs
-TÍTULOS DE LIVROS
Oi Ju, eu amei demais esse livro, pena que algumas coisas te incomodaram nele. É aquela história bem clichê mesmo, mas a Marina tem uma forma de escrever que conquistar e prende o leitor.
ResponderExcluirTambém não gostei do final. Achei corrido demais e senti que faltou algumas respostas. Ficaria feliz se a autora publicasse uma continuação para ele.
Beijos
Caline - Mundo de Papel
Ei Julia
ResponderExcluirAh que legal que vc gostou, eu tbm sempre quero um final marcante, vamos ver o que vou achar, não li ainda nada da autora, mas este eu tenho aqui rs.
bjs
eu ainda não tive a oportunidade de ler algo da Marina Carvalho, só vejo comentários positivos sobre seus livros. quando vi o lançamento de Azul da Cor do Mar, já entro nos meus desejados, amei a capa e a sinopse é muito boa. sua resenha só reforçou meu desejo de ler. Rafaela é uma personagem em aprendizado, vai amadurecer e enfrentar alguns casos. rs gostei muito da resenha Ju!
ResponderExcluirOlá Julia,
ResponderExcluirLi o primeiro livro da autora e achei razoável e espero não me decepcionar com esse.....sua resenha me deixou com uma pulga atrás da orelha....kkk....abraços.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Oi Ju!
ResponderExcluirTerminei o livro essa semana e achei tão decepcionante...
Eu gostei bastante de Simplesmente Ana, mas não consegui gostar desse, tanto pelas personagens quanto pela narrativa. Ela realmente peca um pouco por ser simples demais, além de outros detalhes que me incomodaram.
E as personagens não me convenceram... Achei que elas eram um pouco controversas. E a imaturidade da Rafaela não deu pra mim, a situação com a Gisele foi o ó rs...
Mas é fato que a Marina consegue prender o leitor. Mesmo encontrando vários problemas, a leitura fluiu bem!
Beijão!