Agosto veio recheado de coisas boas, especialmente com as surpresas e novidades que as editoras prepararam para a Bienal de São Paulo, que começou esta semana. A Editora Intrínseca é uma que reservou um mês com muitas novidades:

Em 2011, discretamente, a publicitária Clarice Freire criou no
Facebook uma página para reunir seus escritos e desenhos. Batizou-a como
'Pó de Lua', sua receita infalível 'para tirar a gravidade das coisas'.
Desde então, ela vem conquistando uma legião de fãs fiéis e engajados,
que se encantaram com a delicadeza de seus pensamentos, seu humor sutil e
o traço despretensioso, que combina desenho e até fragmentos de
palavras. Entre eles, estão personalidades como a atriz Grazi Massafera e
a apresentadora Ticiane Pinheiro. Da internet para as páginas de um
livro, foi mais um salto para a jovem autora recifense. Ela surpreende
seus admiradores com uma proposta diferente. Pó de lua, o livro, tem o
formato de um dos cadernos moleskine em que Clarice exercita sua
criatividade. Inspirada pelas quatro fases da lua - minguante, nova,
crescente e cheia - ela trata em frases concisas e certeiras de
sentimentos como a saudade, o medo, a paixão e a alegria, sempre em sua
caligrafia característica, ilustradas com muitos desenhos.

Ao ver sua casa pegando fogo, após seu pai ser levado por
soldados russos, Havaa, de 8 anos, se esconde na floresta e observa as
chamas até que um vizinho a encontra sentada na neve. Akhmed sabe que se
envolver significa arriscar a própria vida e que não há lugar seguro
para abrigar uma criança na vila, onde informantes fazem qualquer coisa
por um pedaço de pão. Mesmo assim, ele a conduz até o único lugar em que
acredita que a menina poderia estar a salvo: um hospital abandonado que
já teve quinhentos funcionários e onde a úica médica restante, Sonja,
está no degrau mais baixo de sua carreira, amputando membros dilacerados
em pacientes atingidos por minas terrestres. Também médico, Akhmed é
pouco competente, mas bem-intencionado, e seus conhecimentos, embora
precários, são rapidamente requisitados: ele logo aprende a serrar
pernas atingidas por estilhaços de bombas. Apesar dos protestos de Sonja
de que o hospital não é um orfanato, Akhmed consegue convencê-la a
manter Havaa escondida ali. Nesse cenário de guerras, ocupações e
insurgências que arruinaram a Chechênia desde a década de 1990, a
confiança entre Akhmed e Sonja desenvolve-se lentamente, com Havaa
funcionando como ponte. As histórias de perda dos dois médicos farão com
que eles se apeguem à menina com uma ansiedade cega. Um livro de trama
surpreendente, que equilibra momentos de violência e extrema delicadeza,
experiências traumáticas e lembranças felizes, Uma Constelação de
Fenômenos Vitais é uma história comovente sobre amor e sobrevivência.

Uma das maiores autoridades mundiais sobre o assunto, Daniel Yergin demonstra que a questão energética é o motor de transformações políticas e econômicas globais da atualidade. A busca é um relato arrebatador sobre um problema que afeta o mundo contemporâneo: onde encontrar a energia que tanto necessitamos. Neste livro, o autor aborda as formas de energia tradicionais sobre as quais nossa civilização se ergueu e as novas fontes que prometem substituí-las.
Yergin devassa os bastidores do mercado petrolífero, analisando o aumento dos preços, a corrida pelos estoques do antigo império soviético e as fusões colossais que transformaram o cenário mundial. E encara algumas perguntas polêmicas: o petróleo vai acabar? Seria ele capaz de provocar um conflito inevitável entre a China e os Estados Unidos? Como a turbulência do Oriente Médio afetará o futuro dos estoques globais? O autor relata a história surpreendente e, às vezes, turbulenta da energia nuclear, do carvão, da eletricidade
e do gás natural e oferece uma perspectiva singular sobre o problema das mudanças climáticas. E
também nos conduz pelo ressurgimento das energias renováveis, explorando o potencial de recursos como o vento, o sol e os biocombustíveis.
Das ruas engarrafadas de Pequim ao litoral do mar Cáspio, dos conflitos no Oriente Médio até o Capitólio e o Vale do Silício, Yergin revela as decisões que estão moldando o futuro.

Iohann Moritz é um camponês romeno que, em meio à guerra, vê-se reduzido à sua dimensão social: homens deixaram de ser indivíduos e se tornaram simples membros de categorias.
Denunciado como judeu, embora não o seja, por um gendarme que lhe cobiça a esposa, Moritz cai nas mãos dos nazistas, iniciando um périplo pelos mais diversos campos de concentração da Europa. Ao fugir com outros detentos para a Hungria, país “onde a vida é menos dura para os judeus”, acaba sendo detido como espião romeno e é barbaramente torturado. Deportado para a Alemanha, na condição de “trabalhador húngaro voluntário”, é examinado por um médico nazista que o
considera um espécime excepcional da linhagem ariana.
Dessa malha inextricável e sombria, sobressaem personagens tocantes, como Suzanna, a primeira esposa de Iohann, Eleonora West, editora e dona do jornal mais importante da Romênia, Alexandru Koruga, padre ortodoxo e pai do escritor Traian Koruga, intelectual e romancista amigo de Johann Moritz, que também narra a história, numa espécie de livro dentro do livro.
Ambientado num cenário irrespirável, A 25ª hora revela-se uma condenação não só do nazismo, como de todo tipo de totalitarismo. Um romance emocionante, com reflexões surpreendentemente atuais e necessárias.
Juliet Macur, premiada repórter do New York Times, acompanhou
durante quase dez anos a incrível trajetória de Lance Armstrong, o
ciclista que em 2006 atingiu o recorde de maior vencedor do árduo Tour
de France ao conquistar sete títulos consecutivos, mas transformou-se
num dos maiores párias da história esportiva devido a denúncias de que
ele sempre teria recorrido ao doping para competir. Macur foi uma das
poucas pessoas a ter acesso ao ciclista: obteve a versão do próprio
Armstrong e reuniu relatos de centenas de testemunhas para revelar a
dimensão do escândalo que transformou o ciclismo mundial. Em Circuito de
mentiras, ela revela em detalhes o sistema elaborado por Armstrong e
imposto aos atletas de sua equipe. O resultado é uma trama rica e
abrangente sobre a ascensão de um homem para a fama e sua surpreendente
queda.

Um livro de conteúdo profundamente misterioso foi abandonado em um
parque. As páginas, soltas, foram embaralhadas pelo vento, e a capa,
quase ilegível, exibia as palavras Manual de instruções. Keri Smith,
autora de Destrua este diário, oferece ao leitor um novo desafio —
decifrar o que há por trás dessa história e completar o conteúdo
desconhecido da obra. E é claro que Smith não deixaria o leitor
desamparado: a fim de realizar a missão, ele passará por um treinamento
intensivo nas artes da espionagem e aprenderá a desvendar códigos
secretos, reconhecer padrões ocultos no ambiente e usar a criatividade
para dar a objetos comuns utilidades extraordinárias.

No verão de 2013, os mercados financeiros do mundo estavam montados de
forma a maximizar o número de encontros entre investidores comuns e
operadores de alta frequência - à custa dos primeiros e em benefício dos
operadores de HTF, das bolsas, dos bancos de Wall Street e das firmas
de corretagem on-line. Em torno desses encontros desenvolvera-se um
ecossistema inteiro. Michael Lewis, o escritor que melhor retratou o
universo financeiro americano, volta a Wall Street para investigar um
predador tecnológico que vem rondando o mercado de ações. Todo mundo
imagina as bolsas de valores mais ou menos da mesma forma: pessoas
nervosas na sala do pregão, gritando sem parar, agitando braços e
empunhando telefones. Mas essa imagem já era. Agora, as negociações são
realizadas por programas de computador, dentro de caixas-pretas
localizadas em edifícios cercados de forte proteção. A cada dia, bilhões
e bilhões de dólares circulam pelas redes de fibra óptica sem sequer
passar por um corretor de carne e osso. Nem mesmo os especialistas a
quem os investidores confiam seu dinheiro sabem o que acontece com ele. E
os pouquíssimos que sabem preferem ficar quietos — porque estão fazendo
fortunas. O mercado financeiro atual, descontrolado e invisível,
concebido para beneficiar apenas algumas pessoas, segue uma única lei: a
velocidade. Tudo pode mudar num piscar de olhos, e há corretores que
venderiam a própria avó em troca de um microssegundo de vantagem. Em
Flash Boys, Michael Lewis revela como um punhado de indivíduos
excêntricos e brilhantes está determinado a expor a verdade ao público.
Esta é a história surpreendente de como um pequeno grupo decidiu
enfrentar todo o sistema e declarar guerra contra algumas das pessoas
mais ricas e poderosas do mundo.
E fiquem ligados, porque há muita programação para a Bienal do Livro no estande da Editora:
- Além do convidado norte-americano Hugh Howey, escritor da trilogia de ficção científica Silo,
a editora leva para a Bienal do Livro quatro autores nacionais (Isabela
Freitas, Pedro Gabriel, Clarice Freire e Míriam Leitão);
- Promove três
encontros de fãs (que não contarão com a presença dos escritores) — dois
desses encontros, sobre John Green e Rick Riordan, fazem parte da
programação oficial do evento;
- Serão lançados na Bienal 15 livros da Intrínseca: dois nacionais, Não se apega, não, de Isabela Freitas, e Pó de Lua, de Clarice Freire; cinco de não ficção, Flash Boys, de Michael Lewis, Circuito de mentiras, de Juliet Macur, Destrua este diário e Termine este livro, ambos de Keri Smith, e A busca, de Daniel Yergin; dois títulos de ficção estrangeira: Uma constelação de fenômenos vitais, de Anthony Marra, e A 25ª hora, de Virgil Gheorghiu, e novas capas dos cinco volumes da série infantojuvenil Percy Jackson e os olimpianos, de Rick Riordan.
- Na
quarta-feira, dia 27/8, haverá exibição de vídeos e um bate-papo sobre
os livros de John Green com a editora Danielle Machado e a
supernerdfighter Bárbara Morais, do site Nem um Pouco Épico,
além de atividades com os fãs. Às 15h, na Arena Cultural
- Os admiradores da obra de Rick Riordan
também têm encontro marcado na Bienal, com um debate sobre a mitologia
greco-romana presente nos livros do autor, que acontecerá na
quinta-feira, dia 28/8. Também às 15h, na
Arena Cultural.
Agosto veio recheado de coisas boas, especialmente com as surpresas e novidades que as editoras prepararam para a Bienal de São Paulo, que começou esta semana. A Editora Intrínseca é uma que reservou um mês com muitas novidades:
Em 2011, discretamente, a publicitária Clarice Freire criou no
Facebook uma página para reunir seus escritos e desenhos. Batizou-a como
'Pó de Lua', sua recei...