Conjuntando #42: Dia dos Namorados


No dia dos namorados, nada melhor do que uma historinha de amor, não é? A que vou relatar abaixo, envolve um romance, um pouco de fé – ou de coincidências, como preferir –  e, claro, um livro.

Espero que gostem ;)

Era uma vez um garoto que se apaixonou por uma garota na primeira vez que a viu. Ele tratou logo de encontrar motivo para conversar com ela, e ela demonstrou que gostava de conversar com ele. Assim, ele tomou coragem e, sem esperar muito mais, a convidou para sair, mas ela recusou. Ele ficou surpreso e desapontado, uma vez que achou que ela estava interessada nele. 

O garoto passou então a tentar entender o motivo da recusa, até que descobriu que ela havia se apaixonado por uma terceira pessoa, que, por sua vez, não queria nada sério com ela. Ou seja, armou-se uma fila de desafetos.

Durante seis meses, o garoto repetiu as tentativas de conquista, mas a garota recusou todas e, aos poucos, os dois se afastaram.

Sofrendo de amor, o garoto decidiu que ficaria longe da garota e nunca mais a veria. Nesse dia, ele rezou por um sinal que o convencesse a persistir, mas nada aconteceu. Na semana seguinte, desanimado, ele se sentou na sala de frente para a estante de livros, e a capa do livro O Pequeno Príncipe lhe chamou a atenção. Ele pegou o livro e leu. Na parte da raposa, onde existe o seguinte trecho: 

“– Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... 

– O que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.... 

– É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto...”.

O garoto leu tudo e parou para pensar. Então, fechou o livro e decidiu fazer uma última tentativa. Na semana seguinte, ele viu a garota, mas não puxou assunto com ela. Na outra semana, ele passou a perguntar e responder coisas triviais. E na seguinte, levou um chocolate para ela. E na seguinte, ele ouviu algum problema que ela enfrentava. E assim, durante seis meses, um pouquinho a cada dia, sem mencionar o que sentia por ela, ele foi se aproximando, tornando-se importante na vida dela, não pelo amor, mas pela presença e pela cumplicidade. Ao fim desse tempo, a garota já ansiava pela chegada do garoto. E então, ele a convidou para sair. E ela aceitou.

Um ano mais tarde, o garoto e a garota se casaram. Depois da lua de mel, o garoto foi buscar a filmagem que uma empresa havia feito da cerimônia. O atendente colocou o DVD no aparelho para o garoto ver como ficou. Ao fim, começou a aparecer uma mensagem. O garoto estranhou, porque havia pedido algo simples, sem qualquer texto. Mas ele não teve tempo de se levantar para reclamar. A mensagem que aparecia na sua frente, era o mesmo trecho do livro O Pequeno Príncipe que o garoto havia lido 1 ano e meio atrás.

Não importa se você tem fé, ou se prefere aceitar as coincidências, ou mesmo se vê tudo como obra do destino. Independentemente de sua crença, acredite em você e no que sua voz interior diz. Lute pelo que deseja, pelo que ama.

Seja feliz!

Carl
Carl

4 comentários:

  1. Olá, Carlos.
    Gostei muito de sua escrita e do conto de modo geral. Muito linda a mensagem que o mesmo nos traz, uma lição simples porém válida para toda vida. Meus parabéns.
    http://realidadecaotica.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oi, Renato!
      Que bom que gostou :) Mas não é um conto. aconteceu de verdade ;)
      Abs

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  2. Nossa gostei muito dessa história, linda mensagem pelo dia dos namorados!

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  3. awn que lindo! aconteceu de verdade?! muito lindo, que bom ver que o amor verdadeiro ainda vence <3

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