Sinopse: John Perry fez duas coisas no seu aniversário de 75 anos: visitou o túmulo da esposa e alistou-se no exército. As Forças Coloniais de Defesa, misteriosamente, estão recrutando idosos para conquistar novos territórios interestelares. Detentores de uma tecnologia inovadora, as FCD são capazes de criar supersoldados com habilidades jamais vistas, e um exército disposto a arriscar tudo. (Skoob)
SCALZI, John Guerra do Velho. Editora Aleph, 2016. 368 p.
Escrever ficção-científica não é fácil. Não apenas nos dias de hoje, mas sempre. Já fazia tempo que não lia nada do gênero, por isso, quando encontrei Guerra do Velho nas livrarias, não pensei duas vezes e comprei. Não me arrependi.
A base de uma boa ficção-científica é o quanto o autor consegue convencer o leitor de que todas as tecnologias, sobre as quais ele está lendo, tem todas as possibilidades de ser real algum dia. A isso é necessário adicionar um personagem carismático, ou mais de um, enigmas, aventura, locais exóticos e muita ação. Com essa receita, o autor tem, praticamente, um sucesso garantido.
Bem, Guerra do Velho tem tudo isso. John Perry, o personagem que narra a aventura, ganha o leitor já nas primeiras páginas. Não apenas por sua história, tão normal que poderia ser a de qualquer um de nós, mas, também, pelo fato de ter tão pouco conhecimento sobre o que o espera quanto o leitor.
No início, a única informação que John tem, e nós também, é que quando se atinge a idade de 75 anos, qualquer pessoa, homem ou mulher, pode se alistar nas Forças Colonias de Defesa e sair do planeta para participar de guerras de conquistas de novos mundos. Com isso, existem alguns benefícios: de alguma forma (não vou revelar aqui como, porque seria spoiler), a pessoa volta a ser jovem para poder servir o exército no seu auge físico; pode servir por dois anos, ou até dez anos, no máximo. Depois desse tempo, a pessoa é realocada em alguma colônica humana. E aí vem a única desvantagem: uma vez alistada nas Forças Colonias de Defesa, a pessoa nunca mais poderá retornar à Terra.
A premissa, por si só, já é bastante empolgante. Acredito que muitas pessoas, ao atingirem seus 75 anos, tenham a percepção que estão entrando no estágio final de suas vidas. Qual melhor estímulo do que ganhar a possibilidade de recuperar décadas de juventude e recomeçar uma nova vida?
Claro que as chances de morrer em uma das muitas batalhas em que participam é enorme! E essa parte é comovente em Guerra do Velho. Com exceção de John, muitos dos personagens secundários aparecem em um capítulo, para morrerem no seguinte. Mesmo com tão poucas participação desses personagens, o autor consegue transmitir empatia suficiente para o leitor se importar com eles. Diversas vezes, parei a leitura e senti um aperto no coração.
Conforme avançamos nos capítulos do livro, descobrimos que ele trata de muito mais do que apenas uma aventura espacial. Entre os trechos de ação, surgem temas como espionagem, preconceito, insubordinação, traição, compaixão e, claro, romance. Este último acontece já na parte final, quando somos surpreendidos pelo aparecimento de um personagem que ninguém esperava. A partir desse ponto, a aventura ganha um contorno mais urgente, causa medo pela possibilidade desse personagem, que não é o principal, sofre o mesmo que os outros secundários. E, então, não conseguimos deixar a leitura até chegar à última página.
Guerra do Velho é uma ficção-científica original voltada para os amantes do gênero. Talvez o leitor que não é acostumado com esse tipo de leitura, sinta uma pequena dificuldade nas partes em que o livro descreve as tecnologias e os alienígenas que aparecem. Para eles, deixo um recado: a essência da criatividade de um autor, reside, essencialmente, na sua capacidade de criar coisas novas, que não existem na nossa realidade, e descrevê-las de forma tão convincente, que o leitor é levado a acreditar no que está lendo. Então, leia. Leia e descubra um novo mundo com o qual você não está habituado, mas que é extenso e é incrível!
A base de uma boa ficção-científica é o quanto o autor consegue convencer o leitor de que todas as tecnologias, sobre as quais ele está lendo, tem todas as possibilidades de ser real algum dia. A isso é necessário adicionar um personagem carismático, ou mais de um, enigmas, aventura, locais exóticos e muita ação. Com essa receita, o autor tem, praticamente, um sucesso garantido.
Bem, Guerra do Velho tem tudo isso. John Perry, o personagem que narra a aventura, ganha o leitor já nas primeiras páginas. Não apenas por sua história, tão normal que poderia ser a de qualquer um de nós, mas, também, pelo fato de ter tão pouco conhecimento sobre o que o espera quanto o leitor.
No início, a única informação que John tem, e nós também, é que quando se atinge a idade de 75 anos, qualquer pessoa, homem ou mulher, pode se alistar nas Forças Colonias de Defesa e sair do planeta para participar de guerras de conquistas de novos mundos. Com isso, existem alguns benefícios: de alguma forma (não vou revelar aqui como, porque seria spoiler), a pessoa volta a ser jovem para poder servir o exército no seu auge físico; pode servir por dois anos, ou até dez anos, no máximo. Depois desse tempo, a pessoa é realocada em alguma colônica humana. E aí vem a única desvantagem: uma vez alistada nas Forças Colonias de Defesa, a pessoa nunca mais poderá retornar à Terra.
A premissa, por si só, já é bastante empolgante. Acredito que muitas pessoas, ao atingirem seus 75 anos, tenham a percepção que estão entrando no estágio final de suas vidas. Qual melhor estímulo do que ganhar a possibilidade de recuperar décadas de juventude e recomeçar uma nova vida?
Claro que as chances de morrer em uma das muitas batalhas em que participam é enorme! E essa parte é comovente em Guerra do Velho. Com exceção de John, muitos dos personagens secundários aparecem em um capítulo, para morrerem no seguinte. Mesmo com tão poucas participação desses personagens, o autor consegue transmitir empatia suficiente para o leitor se importar com eles. Diversas vezes, parei a leitura e senti um aperto no coração.
Conforme avançamos nos capítulos do livro, descobrimos que ele trata de muito mais do que apenas uma aventura espacial. Entre os trechos de ação, surgem temas como espionagem, preconceito, insubordinação, traição, compaixão e, claro, romance. Este último acontece já na parte final, quando somos surpreendidos pelo aparecimento de um personagem que ninguém esperava. A partir desse ponto, a aventura ganha um contorno mais urgente, causa medo pela possibilidade desse personagem, que não é o principal, sofre o mesmo que os outros secundários. E, então, não conseguimos deixar a leitura até chegar à última página.
Guerra do Velho é uma ficção-científica original voltada para os amantes do gênero. Talvez o leitor que não é acostumado com esse tipo de leitura, sinta uma pequena dificuldade nas partes em que o livro descreve as tecnologias e os alienígenas que aparecem. Para eles, deixo um recado: a essência da criatividade de um autor, reside, essencialmente, na sua capacidade de criar coisas novas, que não existem na nossa realidade, e descrevê-las de forma tão convincente, que o leitor é levado a acreditar no que está lendo. Então, leia. Leia e descubra um novo mundo com o qual você não está habituado, mas que é extenso e é incrível!
Oie
ResponderExcluirNossa, que enredo legal!! Eu adoro ficcção-cientifica, mas este livro de modo especial despertou minha curiosidade, fiquei com vontade de conhecer este novo mundo. Não conhecia o livro e agora estou louca para ler.
Beijinhos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/
Ficção cientifica é o gênero que eu menos gosto, a leitura nunca flui e acabo demorando meses para ler. Até achei interessante a história do livro, é bem diferente de tudo que já li mas acho que não vou arriscar a leitura.
ResponderExcluirOlá Carlos!
ResponderExcluirGosteei mto desse livro desde que li a primeira vez resenhas sobre ele. Enredo mto bom, interessante e bastante criativo a forma que o autor desenrola a história toda.
Adorei!
Bjs!
Olá.
ResponderExcluirO primeiro contato com esse livro, a capa e a premissa, não me chamaram muito a atenção. Mas depois lendo resenhas sobre ele, assim como a sua, fiquei bem curiosa para ver o desenrolar dessa história, pois gosto do gênero ficção científica. Então, assim que tiver oportunidade, lerei, pois acredito ser uma leitura muito rica. Obrigada pela dica. Beijos.
Olá Carlos,
ResponderExcluirJá li algumas resenhas positivas desse livro mas nenhuma igual a sua, ele já estava na minha lista de desejados e agora quero ler o quanto antes....abraço.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais ansiosa em conferi essa história, curto muito ficção-científica.
ResponderExcluirGosto desse gênero é bem interessante imaginar essas tecnologias inventadas, fiquei curiosa com esse lance de poder voltar a ser jovem e porque depois não podem voltar a terra que mistérios será que envolve esse avanço. Os temas abordados são bem importantes para estarmos sempre refletindo sobre eles.
ResponderExcluirGênero bastante interessante, Uau!
ResponderExcluirLivros que tem esse tipo de assunto são meu favoritos.
Não conhecia o livro e achei a premissa muito interessante. Não sei se gosto da ideia de tantas mortes, ainda mais se o autor consegue a empatia pelos personagens em poucas paginas, devem ser ótimos. Gostei do fato do livro ter tudo que gosto em uma leitura, é difícil encontrar uma historia com tantos elementos juntos (espionagem, preconceito, insubordinação e traição), fora as tecnologias e alienígenas que acho demais. Adorei a dica.
ResponderExcluirFicção científica, nunca foi minha praia,devo admitir.
ResponderExcluirMas você nos contou a história desse livro com tanta paixão, que não tem como não desejar lê-lo.
Acho que quero conhecer esse novo mundo. ;)
Ficção cientifica não é pra mim, apesar da ótima resenha, não lerei.
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