Conjuntando #4: Filmes



Oi gente. Como foi a semana de vocês? A minha foi corrida e molhada, mas a chuva por aqui finalmente deu trégua.
Tentei acompanhar as notícias da bienal por meio dos blogs, e fiquei muito feliz com os detalhes super ricos que alguns blogueiros deram.

Fora isso, estudando e trabalhando demais. Deixei tudo de lado no final de semana para poder descansar, então só agora poderei visitar os blogs.

Mas vamos ao que realmente interessa! Hoje vim falar sobre uns filmes que assisti nos últimos dias, e dizer para vocês minha impressão sobre eles.



O Turista:



Os passos de Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) são acompanhados de perto pela equipe chefiada pelo inspetor John Acheson (Paul Bettany). O motivo é que ela viveu por um ano com Alexander Pearce, procurado pela polícia devido a sonegação de impostos em torno de 700 milhões de libras. Ninguém sabe como é o rosto de Pearce, nem mesmo Elise, já que ele passou por várias operações plásticas para escapar de seus perseguidores. Ele enfim entra em contato com Elise ao lhe enviar um bilhete, onde pede que vá encontrá-lo em Veneza e, no caminho, procure alguém com tipo físico parecido com o seu, para enganar a polícia. Elise segue as ordens à risca e, no trem a caminho da cidade italiana, se aproxima do professor de matemática Frank Tupelo (Johnny Depp), que viaja sozinho. Ele fica atraído por sua beleza e aceita a oferta de ir até o hotel dela, assim que chegam a Veneza. Só que logo Frank se torna alvo de Reginald Shaw (Steven Berkoff), um poderoso gângster que teve mais de US$ 2,5 bilhões roubados por Pearce.

O filme não é tão cheio de ação quanto eu imaginava, mas eu achei muito bom. Apesar de a maioria das pessoas que assistiam comigo já terem adivinhado o que iria acontecer, eu fiquei totalmente fascinada com a forma como o mistério foi resolvido.


Sucker Punch:


Feche os olhos. Abra sua mente. Você não estará preparado. Sucker Punch - Mundo Surreal é uma fantasia épica de ação que nos apresenta a imaginação fértil de uma jovem garota, cujos sonhos são a única saída para sua difícil realidade em um hospício. Isolada dos limites de tempo e espaço, ela está livre para ir onde sua mente levar, porém, chega o momento em que suas incríveis aventuras quebram o limite entre o real e o imaginário, trazendo consequências trágicas.

E coloca imaginação fértil nisso. Baby Doll cria uma realidade e um mundo fictício apenas para si, mas que, ao mesmo tempo, aplica certas verdades e consequências no mundo real. Eu não gostei desse filme, achei muito fantasiado, e pulava praticamente todas as cenas em que as garotas estavam no mundo de imaginação. Mas, para quem quiser viajar totalmente na maionese, pode assistir!

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O Símbolo Perdido - Dan Brown

Fonte da Imagem: Curumim Nerd
Sinopse: Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas.
Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo.
Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo.
Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian.
Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico.
O tempo está contra eles. E muitas outras pessoas parecem envolvidas nesta trama que ameaça a segurança nacional, entre elas Inoue Sato, autoridade máxima do Escritório de Segurança da CIA, e Warren Bellamy, responsável pela administração do Capitólio. Como Langdon já aprendeu em suas outras aventuras, quando se trata de segredos e poder, nunca se pode dizer ao certo de que lado cada um está.
Nas mãos de Dan Brown, Washington se revela tão fascinante quanto o Vaticano ou Paris. Em O Símbolo Perdido, ele desperta o interesse dos leitores por temas tão variados como ciência noética, teoria das supercordas e grandes obras de arte, os desafiando a abrir a mente para novos conhecimentos.
 
Não fazia idéia de como poderia ser difícil escrever a sinopse de um livro com as minhas palavras. E é exatamente assim que me vejo ao tentar escrever a resenha de O Símbolo Perdido.

A aventura de Robert Langdon, dessa vez, se passa na capital dos Estados Unidos, Washington D.C.. Com um convite de Peter Solomon, um grande amigo, Langdon se desloca até o Capitólio para dar uma palestra, mas quando se depara com um auditório vazio, dá-se conta de que há algo errado.

A palestra não passa de uma peça no plano de um homem, aparentemente louco, que havia sequestrado Peter e desejava insandecidamente desvendar uma pirâmide maçônica que o permitiria chegar aos Antigos Mistérios,- conhecimento que mudaria a história da humanidade - o que apenas Langdon poderia fazer. Ele nem acreditava que tais mistérios existissem, mas era preciso correr contra o tempo para tentar salvar a vida de seu amigo.

" - [...] Historicamente, todos os grandes avaços científicos começaram com uma idéia simples que ameaçou virar todas as crenças de cabeça para baixo. A simples afirmação 'A Terra é redonda' foi desprezada e taxada de impossível porque a maioria das pessoas acreditava que, se fosse assim, os oceanos se derramariam do planeta. O heliocentrismo foi chamado de heresia. As mentes medíocres sempre atacaram aquilo que não entendem. Há aqueles que criam... e aqueles que destroem. [...] A percepção se transforma e uma nova realidade nasce."

É claro que a história criada por Dan Brown não pode ser resumida de forma justa em apenas poucas linhas. Como todas as outras obras escritas pelo autor, O Símbolo Perdido envolve diversos personagens, com características e participações bem delineadas na história, uma trama bem amarrada e cheia de adrenalina.

Além disso, é impossível não observar as características marcantes de Dan Brown se desenvolverem na história: citações e interpretações de uma infinidade de símbolos ocultos em lugares onde poucos imaginariam (eu, pelo menos, não), uma ambientação rica em cenários e detalhes,  além da mistura entre misticismo, religião, arte e ciência.

É claro que neste livro também haveria um personagem mentalmente perturbado. E talvez, entre todos os personagens com esse feitio já criados por Dan Brown, esse tenha sido o mais frio e cruel.

Gostei muito do livro, que alcançou a expectativa e se equivaleu aos demais escritos por Dan Brown. O que ainda me surpreende nas histórias do autor é como ele cria situações plausíveis dentro de um contexto totalmente inacreditável. Como ele consegue, afinal, interligar todas as pontas de uma história que envolve acontecimentos reais e imaginários, fazendo com que faça total sentido, e que me faça pensar, às vezes, se aquilo seria mesmo real, de tão possível. Sempre que via um fato novo na história, buscava na internet para ver até que ponto daquilo era verdade. E me surpreendi bastante!

"- Abram a mente, meus amigos. Todos nós tememos aquilo que foge à nossa compreensão."

Não há dúvidas da extensa pesquisa que Dan Brown teve de realizar para essa obra, o que dá o toque perfeito para o encantamento pela história.

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Conjuntando #3: O tempo



O tempo que passa e conta

Enquanto eu contava o tempo
O tempo me contava
Mas o que ele dizia?

Enquanto o tempo me contava
Eu contava o tempo
Passar para começar! Passar para terminar!
E era assim que o fazia?

Tempo para desesperar,
mas como então curar?
Só ele poderia.

Belo sol, belo mar...
Fico a esperar!
Aquele que passará.
Livre poesia ou música vazia?
Fer G


~~*~~*~~

Outra noite, quando já estava deitada, pronta para dormir, minha irmã me chama e diz que queria ler um textinho para mim. Tudo bem, eu poderia ignorar o sono e o cansaço por mais uns minutinhos. E eis com o que ela me aparece: um poema! Escrito pela mesma. E, sejamos sinceros, um poema bem fofinho.

E, como quase sempre faço quando me deparo com algo diferente ou inusitado, comecei a "maquinar" sobre o assunto que ela abordou, o tempo. Tempo para ler, estudar, trabalhar. Tempo no trânsito, tempo em filas, tempo para finalmente parar e dormir. Quem hoje em dia tem tempo?

Era incrível como eu achava que era uma pessoa ocupada quando era mais nova. E eu só estudava. Quando comecei a faculdade e a trabalhar por meio período, o tempo parecia ínfimo. Hoje, quando minha rotina fora de casa é de quase 15 horas de segunda a sexta, eu fico pensando em como eu ainda encontro tempo. Já repararam como sempre conseguimos fazer mais coisas quando menos temos tempo?

Tempo... Ouvi em mais uma de minhas aulas que há algumas décadas as refeições levavam ao menos 4 horas para serem preparadas. Já imaginaram isso? Eu já fico impaciente quando levo mais de 40 minutos para terminar de cozinhar. Tudo mais rápido, tudo ao mesmo tempo, tudo, e menos espaço para simplesmente respirar, não acham?

E quando achamos que ainda temos tempo... será mesmo? Sam, de Antes que eu vá, provavelmente também achava isso, e ela, pelo menos, teve algumas outras chances de fazer as coisas diferentes. E nós? Estamos tentando fazer as coisas da forma certa?

O que nos resta mesmo é esperar ter um pouquinho mais de tempo.


~~*~~*~~

E eu, sem tempo, mal consegui cuidar do blog essa semana. Peço desculpas pela falta de resenha, que não consegui escrever, e pelos blogs que não pude visitar. Prometo tentar recuperar isso na próxima semana!

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Amrik - Ana Miranda

Sinopse: No final do século XIX, muitos cristãos libaneses pobres emigraram para a América - Amrik, em libanês. Mas nada era simples. ´Os libaneses saíam do Líbano, pensavam que estavam indo para a América do Norte [...] e desembarcavam na América do Sul. Quando iam reclamar que estavam na América errada, o estafeta dizia: ´Tudo é América!´ ´ A São Paulo do final do século passado retratada pelos olhos de uma dessas imigrantes - a bela Amina, dançarina ´dona de um narizinho de serpent of the Nile´ -, na prosa de uma de nossas mais talentosas escritoras. (Skoob)
MIRANDA, Ana. Amrik. Companhia das Letras: 2011. 208 p.

Amrik - América para os Libaneses - é narrado por Amina, que conta as dificuldades que teve, como imigrante, ao chegar no Brasil ao final do século XIX.

A história começa no Jardim da Luz, em São Paulo, quando Naim, tio da dançarina Amina, pergunta se ela aceita se casar com o mascate Abraão. E essa pergunta a faz se lembrar de toda a sua vida, desde a infância na aldeia do Líbano, com seu pai e seus irmãos, sua avó Farida que tanto amor lhe deu e que foi como uma mãe, já que a sua fugiu quando ainda era menina.

Amina se lembra de como o pai não gostava dela, a única filha mulher, pois para ele mulheres só existiam para fazer os homens sofrerem. Lembra-se de quando tio Naim pediu para que algum dos filhos fosse para a América com ele, e o pai a mandou embarcar no navio, deixando tudo o que conhecia para trás. E é entre todas essas, e também outras lembranças, que Amina vai nos contando sua história.

"Eu pensava que o Brasil era um lugar de abismos e depósito de imigrantes cachorros mortos que não conseguiam entrar na outra América, Brasil era um lugar de fracos, mercadores persas chineses tomadores de ópio negros africanos com cigarros saindo fumaça na orelha, insetos e charcos e enchentes e uma cruz no céu para mim queria dizer morte, crucificação de Jesus e o nosso sofrimento ia ser ali debaixo da cruz como Jesus sofreu na cruz, no Brasil havia padre demais e religião cada uma tão tola que nem brigavam por elas, pobreza, gente deitada nas ruas, jumentos zurrando na sombra das árvores [...]"

Achei a linguagem utilizada no livro bastante difícil, já que a autora tenta passar a idéia de que aquilo que está escrito é o que se passa na cabeça de Amina, seus pensamentos, e isso resulta em um texto desconexo, sem pontuação e que mistura diversas idéias em uma mesma "frase", além dos vários vocábulos árabes e expressões como "halalakala" inseridos entre palavras em português. O quote que coloquei acima já mostra um pouco como o texto está estruturado. É claro que essa "bagunça" foi elaborada para desempenhar uma determinada função, e observei que esta se assemelha à do livro Macunaíma (quem já leu ou tentou ler entenderá bem o que quero dizer), exceto pelo lado fantástico exorbitante deste último. Coloquei a palavra "frase" entre aspas porque cada capítulo é constituído de apenas um bloco, sem separações entre frases. O que facilita, neste caso, é que cada página representa um capítulo.

Assim que me acostumei com a forma escrita da obra, a leitura se tornou bem agradável, pois foi possível observar um pouco mais sobre a organização social do Brasil com a chegada dos imigrantes, o legado e a cultura de outros imigrantes que não alemães e italianos. Outro detalhe interessante, é que, até ler o livro, acreditava que os turcos e libaneses eram islamitas, mas me enganei terrivelmente. É claro que existem turcos e libaneses islamitas, mas há também cristãos, e Amina era cristã.

Durante a passagem do tempo, na história, percebe-se a mudança no perfil de Amina, de menina para mulher, a malícia que passa a assomá-la, as paixões que tomam seu coração, a alteração de seus objetos de desejo e suas tristezas. E, o que mais gostei, foi da inteligência ignorante de Amina, a criatividade que ela possuía, e as piadinhas de turco que me divertiram muito.

Não recomendaria essa leitura para quem quer apenas lazer, pois é um texto sem grandes atrativos e que pode se tornar cansativo para aqueles que não estão preparados para uma história mais monótona. Mas para aqueles que querem conhecer um pouco mais das histórias que complementam nosso país, com certeza vale a pena.

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Perseguição Digital - Loraine Pivatto

Sinopse: Em Perseguição Digital, Joana vive o doloroso processo de reconstrução emocional, após o rompimento inesperado de uma relação afetiva. Muito abalada pela dor da rejeição e sem encontrar nenhuma explicação convincente para a atitude de seu amado, ela resolve virar o jogo, deixando de ser uma espectadora impotente e passando a tomar o controle da situação. Esperta e ardilosa, age como uma verdadeira 007 de saias, utilizando a tecnologia e o conhecimento computacional como valiosos aliados para rastrear os passos de Fernando. E assim, a cada nova descoberta, vai desvendando os mistérios e obtendo as tão esperadas respostas às perguntas que a atormentam. (Skoob)

Fazia três meses que Joana viu Fernando sair pela porta de casa. Ele a havia abandonado sem o menor remorso, sem nenhuma satisfação. E, para ela, aquilo não fazia nenhum sentido, já que até então tudo parecia tão bem entre eles... E o tempo não parecia estar curando tudo, como dizem.

Quem nunca sofreu por amor? Há uma fórmula para superar isso? E se você não quiser exatamente superar?

Joana encontrou sua fórmula. Por meios nem tão lícitos ou éticos, ela encontrou uma forma de estar perto de seu amor. Seria mesmo tão errado olhar - e apagar - recados da caixa postal? Ler o e-mail de Fernando e, às vezes - por que não? - responder por ele? Ela só queria entender por que ele estava agindo daquela forma, por que não dizia ao menos o que aconteceu para mudar tanto.

A perseguição silenciosa não era, entretanto, tão benéfica para Joana. Saber cada detalhe do dia-a-dia do homem que amava, inclusive aqueles que mulher nenhuma gostaria de saber, a fazia sofrer cada vez mais. Mas era impossível deixar de perceber o amor e o desejo no olhar de Fernando cada vez que se encontravam. E, entre tudo, isso era o que mais a deixava confusa.

"Joana lembrava de todos os detalhes e palavras ditas naquela noite. Lembrava de todas as vírgulas, olhares e suspiros.
'Joana, tente aceitar. O nosso amor acabou. Não há mais sintonia entre nós. Eu não me sinto feliz, preciso de uma nova vida, conhecer outras pessoas, sinto-me sufocado ao seu lado.'
Como posso aceitar isso? Como acabou? Para mim nada acabou. Tudo continua no mesmo lugar de sempre, meu sentimento por ele é o mesmo, ou melhor, é a cada dia maior, é tão grande que quase nem cabe dentro de mim. Como ele pôde falar do nosso amor assim, com tanto descaso, como se fosse um sapato velho que você usa até furar a sola e depois joga no lixo, vai na loja e compra outro?" (Pág. 15)

Desde que li a sinopse do livro, me encantei pela história. Era realmente uma trama bem diferente de tudo que eu já tinha lido, e minha curiosidade ficou aguçadíssima. Mesmo assim, fiquei muito surpresa - de forma positiva, claro - quando me vi completamente absorvida e presa pelo livro. Não significa que tenha me identificado pelos personagens, mas os compreendi, e isso foi mais que o suficiente.

No início do livro, Joana se sente vazia. Mesmo após três meses sozinha, não é menor a falta que sente de Fernando. Cada respiração sem ele parece um tormento sem fim, e isso vai fazendo com que ela perca qualquer noção de realidade. Eu a definiria, neste momento, como surtada, o que percebi logo na primeira cena. E toda essa tristeza acabou com qualquer resquício que poderia ter de amor próprio. Joana implorava por Fernando a cada encontro, e só não digo que se humilhava pois ele acabava correspondendo.

Mesmo com suas atitudes singulares, foi impossível não imergir na montanha russa emocional de Joana. Chorei e ri com ela, amei e odiei. Não concordava com o fato de ela correr tanto atrás do Fernando, ou ainda de não se importar com os erros que ele cometeu, querendo apenas tê-lo ao seu lado. Sentia que ela estava se anulando, independente das razões que tinha para achar que ele ainda a amava. Percebi como é tênue a linha entre determinação e obsessão, e a personagem ora estava de um lado, ora de outro.

Eu odiei e amei Fernando. Não há como explicar isso, mas é mais ou menos como amar alguém que nos faz sofrer. Gostei muito também do fato de ter sido abordado o tema adoção, principalmente quando se refere a crianças mais crescidas.

A linguagem utilizada por Loraine não tem nada de sofisticada e é, por vezes, até mesmo coloquial, o que não reduziu em nada a riqueza do texto. Apesar de ter lido algumas críticas nas resenhas do skoob, eu gostei muito do fato de a autora intercalar as narrações em primeira e terceira pessoa. Essa ferramenta nos permite visualizar o que todos os personagens pensam de suas vivências, mesmo que a narrativa tenha Joana como foco principal. Outro ponto que me agradou foram os títulos dos capítulos, que brincam com os ditados populares os inserindo em perspectivas da informática.

É uma história bela, que vale muito a leitura. Só tenho a agradecer à Loraine que me disponibilizou seu livro. Fiquei encantada com o trabalho da autora, desejo mais e mais sucesso daqui para frente.

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A Terra das Sombras - Meg Cabot

Fonte da Imagem: O blog da Mari
Sinopse: Falar com um fantasma pode ser assustador. Ter a habilidade de se comunicar com todos, então, é de arrepiar qualquer um. A jovem Suzannah seria uma adolescente novaiorquina comum, com seu indefectível casaco de couro, botas de combate e humor cáustico, se não fosse por um pequeno detalhe. Ela conversa com mortos. Todos eles. Qualquer um. Ela é uma mediadora, em termos místicos, uma pessoa cuja missão é ajudar almas penadas a descansar em paz. Um dom nada bem-vindo e que a deixa em apuros com mãe e professores. Como convencê-los da inocência nas travessuras provocadas por assombrações? Essa é a emocionante trama de A mediadora série best seller de Meg Cabot, que ganha nova capa.
Em A TERRA DAS SOMBRAS, primeiro volume da série, Cabot apresenta a vida desta mediadora divertida, que tem certa ojeriza a prédios antigos — quanto mais velho um edifício maiores as probabilidades de alguém ter morrido dentro dele —, um pai-fantasma nada ausente e uma nova família, que inclui um pai adotivo e três irmãos postiços. A história começa com a mudança de Suzannah para a ensolarada Califórnia e, para seu desespero, uma casa do século passado. Assombrada, claro. Só que por um fantasma bonitão, que nada faz para assustá-la. Muito pelo contrário.
Os problemas de Suzannah, porém, não estão só no lar, mas também na escola. Lá, o espírito de uma garota, que se matou por causa do namorado, ameaça a segurança de todos. Só Suzannah com suas habilidades e poderes especiais pode salvar seus amigos e professores da fúria terrível de uma assombração com grandes poderes... (Skoob)

Claro que eu sempre adorei tudo que li da Meg Cabot. Mesmo assim, não estava preparada para gostar tanto do primeiro livro da série A Mediadora, publicado pela editora Galera Record. A Terra das Sombras é uma mistura de tudo aquilo que gosto: leveza, mistério, romance, aventura.

Suzannah até parece uma garota normal. Mas o fato de ela estar sempre  falando sozinha, arrumando confusões e causando estragos por onde passa comprova que isso não é bem verdade. O maior problema nisso é que ela normalmente não tem culpa. Mas quem acreditaria? Essas são as consequências para quem vê e fala com fantasmas.

"Ele me olhou fixamente com seus olhos negros e úmidos. E perguntou, com uma voz rouca por falta de uso:
- Que quer dizer... bateu as botas?
Não pude deixar de revirar os olhos de impaciência. E traduzi:
- Esticou as canelas. Dobrou o Cabo da Boa Esperança. Foi desta para melhor.
Quando vi por sua expressão de perplexidade que ele continuava sem entender, finalmente eu disse, algo exasperada:
- Morreu.
- Ah - fez ele - Morri."

Suze, como é normalmente chamada, já se acostumou a ser a esquisita do colégio, e não espera muito mais que isso ao se mudar com sua mãe, que se casou há pouco tempo, para a Califórnia. Com o dom que recebeu, de ajudar os mortos a encontrarem o caminho para o outro mundo, Suze é uma Mediadora. Mesmo assim, ela não esperava encontrar um fantasma tão charmoso em seu novo quarto e, principalmente, ter de lidar com uma namorada ciumenta que se suicidou por ter sido abandonada pelo garoto que amava, e que agora pretende levá-lo para junto dela.

Dessa vez, ela não precisa enfrentar tudo isso sozinha. Agora ela sabe que existe outros como ela. Padre Dom, diretor do colégio onde foi matriculada, é um deles, utilizando, contudo, metódos bem diferentes.

E pela primeira vez, por incrível que pareça, o dom de Suzannah a faz se tornar popular no colégio logo no primeiro dia de aula. Pela primeira vez, também, ela se sente parte de alguma coisa. Isso, entretanto, não representa menos problemas e desafios.

A história do livro talvez nem seja tão inovadora assim, mas a escrita simples e fácil da Meg, junto com o fluxo de informações perfeito que ela cria para dar ritmo ao texto, torna o livro impossível de largar. Isso, sem contar com os personagens, que são carismáticos ao extremo, apaixonantes, divertidos, ricos. Encantei-me com cada um deles, inclusive com a louca da Heather, com o fofo do David, com a Cee Cee e o Adam. Padro Dom é o tipo de pessoa que eu adoraria conhecer, com sua paciência infinita.

E o Jesse. Ah, o Jesse. Jesse é aquele típico cavalheiro que toda a mulher sonha encontrar. Sabe se impor, não é um homem fraco, mas sabe os limites que tem, e tem respeito. E eu nunca pensei que algumas palavras em espanhol pudessem fazer um personagem tão charmoso. Suspirava cada vez que ele chamava Suze de "mi hermosa". Talvez só tivesse um detalhe não tão bom sobre ele...

Em relação à história, não se pode falar muito mais, pois qualquer detalhe que eu adicione pode ser spoiler. Só posso dizer que a trama foi muito bem montada e faz todo o sentido no contexto criado por Meg. A história teve um desfecho nesse livro, mas deixou no ar a probabilidade de problemas que podem ressurgir.

A edição que tenho é da Saraiva vira-vira, que eu recomendo muito. São raríssimos os erros, o preço é menor, além de ser bem levinho para carregar na bolsa.

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Chama Imortal - Valentine Cirano

Sinopse: Por quanto tempo perdura um verdadeiro amor? O tempo pode apagar a chama ardente da paixão?
O belo romance “Chama Imortal” mostra que o verdadeiro amor, não somente permanece por uma vida, mas dura para sempre, através de uma bela ficção.
A autora narra a estória de um casal (Nivar e Lohanna) que encontrará no transcorrer da vida a maior recompensa de nossa temporal existência, a saber, o amor. Afinal, o verdadeiro amor transpõe os liames da existência humana, se perpetuando por gerações na eternidade.
Nem o tempo, nem a distância, podem apagar a Chama Imortal da paixão.
O romance mais belo de 2010, que tem levado vários leitores a uma reflexão sobre os limites do verdadeiro amor.
Conheça a saga dos guerreiros imortal, uma grande aventura cheia de romantismo, encanto e magia que vai te conquistar.(Skoob)
 CIRANO, Valentine. Chama Imortal. Reflexão: 2010. 340 p.

Em 2223 a.C., um velho homem, com alma de guerreiro, resolveu procurar entre o povo as melhores crianças, as quais treinaria para serem grandes guerreiros a defender sua terra. Escolhidas oito entre todas, foram levadas para o deserto e criadas como filhos de Habis.

Lohanna, a única garota entre os guerreiros, se apaixonou cedo por Nivar, o mais nobre dentre estes. Nivar, que logo viu-se retribuindo ao amor da garota, pediu-a em casamento, permitindo a ambos viver uma felicidade inimaginável.

Essa felicidade, entretando, não durou muito tempo. Lohanna, após descobrir a possibilidade de tornar-se imortal, não sentia-se mais satisfeita com o que tinha; acreditava não estar pronta para a morte, e que a imortalidade valeria se tivesse Nivar sempre ao seu lado.

Marido e mulher partiram juntos em busca dessa dádiva, e a alcançaram. Havia, contudo, um preço: se permanecessem juntos, morreriam, ficando condenados a vagar pelo mundo, vendo todos aqueles que gostavam partirem, sem que pudessem viver seu amor.

A história criada por Valentine Cirano é bastante interessante, e a forma como ela inseriu os personagens nas passagens dos séculos, com os detalhes de cada fase histórica, foi muito bem montado. A capa do livro é linda, mesmo sem orelhas, e os capítulos são pequenos, o que ajuda no momento da leitura. A divisão dos capítulos possui a mesma imagem da capa, em preto e branco, o que deu um toque todo especial.

Há, entretanto, alguns aspectos que poderiam ter sido melhor elaborados, e trariam maior atratividade à obra. Uma característica marcante, durante todo o livro, é a utilização de mesmas palavras e expressões repetidas vezes durante a história, o que nem sempre é agradável, mas que substituídas por sinônimos ou frases similares poderiam inclusive enriquecer o texto. Durante a trama, também senti que algumas passagens foram narradas de forma superficial, com pouca descrição; para isso, acredito que poderiam existir mais cenas contando sobre como aconteceu o amor de Lohanna e Nivar, cenas da intimidade dos dois, para que pudéssemos nos identificar mais com o casal.

Em relação aos personagens, Nivar era virtuoso até demais, pois mesmo amando Lohanna como amava, aceitou ser abandonado tantas vezes sem que isso mudasse o que sentia pela mulher. Lohanna, entretanto, conseguiu rigozijar-se com a imortalidade mesmo sabendo que não poderia ficar ao lado de seu marido, e aceitou com muita sobriedade o castigo que recebeu, principalmente sendo culpa sua. A personagem também me deixou irritada com o passar do tempo, pois mesmo depois de séculos de solidão, via por única opção continuar vivendo daquela forma vazia.

Mas são exatamente esses detalhes que me levaram a avaliar as concepções não explícitas na obra de Valentine. Até que ponto somos egoístas, ao trocarmos a felicidade por coisas vazias e fúteis? A imortalidade, vista como "normal" ou até como um "felizes para sempre" em muitos dos livros que lemos, valeria mesmo a pena? E as consequências que isso traz para a vida? E as pessoas que veríamos passar por nós, por nossa história, como se fossem árvores nos canteiros da estrada, mas que logo ficam para trás? Sei que é uma analogia tola, mas fiquei imaginando como será que a Bella, da saga Crepúsculo, se sentiria após o primeiro século como vampira. E quanto à eternidade?

E foi com essas e tantas outras questões, para mim mesma, que terminei de ler este livro. Encontrei alguns erros de digitação e português, alguns que poderiam até passar despercebidos a um olhar menos atento. Agradeço muito à Valentine Cirano, que propôs parceria ao blog e me permitiu conhecer seu trabalho.

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Despertada - P.C. Cast e Kristin Cast

Sinopse: No oitavo livro da série House of Night, Zoey voltou ao seu lugar de direito como Alta Sacerdotisa da Morada da Noite. Seus amigos estão contentes apenas por ter ela de volta, mas depois de perder seu consorte humano, Heath, sua relação com Stark será mesma? Stevie Rae está ainda mais perto de Rephaim, mas é um segredo perigoso que a isolara de sua escola, de seus calouros vermelhos e até mesmo de seus melhores amigos. Enquanto a sombria ameaça de Neferet que está chegando mais perto e mais perto de alcançar seu objetivo da imortalidade e o retorno de Kalona
O que será preciso para manter a House of Night de ser perdida para sempre, uma Zoey desesperada para manter seu coração de ser irremediavelmente quebrado? (Skoob)
 CAST, P. C. CAST, Kristin. Despertada. House of Night #8. Novo Século: 2011. 320 p.

Despertada é o oitavo livro da série House of Night, publicado pela editora Novo Século. Talvez haja spoiler para quem não leu os últimos livros.

Zoey conseguiu reconstituir sua alma e voltar do mundo do além junto a seu guerreiro. Agora, Kalona, por não ter cumprido seu juramento, deve subserviência de sua alma à Neferet. E é claro que o imortal não está satisfeito de ter que obedecer a quem quer que seja.

Os planos de Neferet são cada vez mais obscuros, mas Zoey não se sente preparada para sair da ilha de Sgiach e voltar a enfrentar o mal. Ela nem mesmo tem vontade para fazer isso.

"- Você quer dizer que posso ficar aqui?
- Pelo tempo que você quiser. Eu sei o que é sentir que o mundo pressiona demais à sua volta. Aqui, como você disse, o mundo só pode entrar sob as minhas ordens. E eu, na maioria das vezes, ordeno que ele fique lá fora.
- E em relação à luta contra o mal e as Trevas e não sei o que mais?
- Isso vai estar lá quando você voltar.
- Uau. Sério?
- Sério. [...] Sua consciência vai dizer a hora de voltar para o seu mundo e para a sua vida lá fora." (Pág. 30)

E o que espera Zoey não é muito mais fácil do que o que ela deixou para trás. Pelo contrário. Stevie Rae ainda tem segredos sombrios, e coisas ainda mais estranhas vêm acontecendo com ela. Em razão desses segredos, Kramisha escreve alguns poemas que não entende, mas que podem influenciar na luta contra as Trevas. E como se não bastasse tantos os outros detalhes negativos que o grupo de amigos de Zoey vem enfrentando, Neferet saiu ilesa perante o Conselho Supremo dos Vampiros, retomando seu posto como Grande Sacerdotisa da Morada da Noite. E por causa dela, um acontecimento terrível enfim traz Zoey de volta para defender o lugar que conhece como lar.

Não é possível definir exatamente até que parte do livro é spoiler, então me ative a contar poucos detalhes. A história da série vai totalmente além de qualquer explicação racional, mesmo porque fala sobre muita magia e uma deusa muito presente, mas não sei até que ponto isso é positivo. A cada livro, são  apresentados tantos fatos novos que a história já perdeu aquela base inicial que sustentaria a trama. Como já comentei outra vez, é uma completa viagem e, felizmente, isso ainda tem me deixado satisfeita para continuar a ler a história.

Alguns pontos foram resolvidos nesse livro, mas tantas outras interrogações foram inseridas que acredito que serão necessários muitos mais livros para solucioná-las. Alguns acontecimentos bem tristes pontuaram a história, o que não considerei como um ponto negativo, embora isso signifique problemas novos a serem resolvidos. Outros acontecimentos, como a permissão de Kalona para Rephaim, simplesmente não fizeram sentido, mas espero que isso seja respondido na continuação.

Enfim, a Zoey quase se comportou, mas talvez por que só tivesse Stark como opção. E sobre Stark, que foi um ótimo companheiro para ela neste livro, há alguns mistérios bem perigosos a serem desvendados. Além disso, o retorno de um outro personagem do mundo do além pode trazer diversas surpresas, que só saberemos nos próximos livros.

Gostei da leitura, mas com certeza existem livros melhores, mesmo se forem considerados apenas os dessa série.

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Ladrões de Elite - Ally Carter

Fonte da imagem: blog Karen Costa
Sinopse: Quando tinha 5 anos, Katarina Bishop distraiu os guardas da Torre de Londres para que o pai pudesse roubá-la. Aos 7, ela ouviu o tio Eddie planejar a interceptação de 80% do caviar do planeta. Quando fez 15 anos, Katarina armou um golpe por conta própria - um esquema para entrar no melhor colégio interno dos Estados Unidos e deixar para trás os negócios da família. Só que trocar de ramo e ter uma vida normal acabou sendo mais difícil do que Kat esperava. Hale, seu amigo charmoso, bilionário e antigo comparsa, logo aparece para levá-la de volta à realidade da qual ela havia se esforçado tanto para fugir.
Mas é por um bom motivo: uma inestimável coleção de arte de um temido mafioso foi roubada e ele quer recuperá-la, custe o que custar. Somente um mestre do crime poderia ter realizado essa proeza e o pai de Kat é o único suspeito, embora insista em negar qualquer envolvimento. Encurralado entre a Interpol e um inimigo assustador, ele precisa da ajuda da filha. Para Kat, só existe uma saída: encontrar os quadros e roubá-los de volta. Não importa se parece impossível, se ela não tem pistas do ladrão e se o prazo é de apenas duas semanas. Com uma equipe de adolescentes talentosos e uma mãozinha da sorte, Kat está determinada a realizar o maior golpe da história da família e provar que jamais a abandonou. (Skoob)
CARTER, Ally. Ladrões de Elite. Arqueiro: 2011. 240 p.

Kat cresceu em uma família de ladrões de arte. Desde pequena, ajudava seu pai a distrair seguranças, a fazer os trabalhos, e se sentava à mesa de tio Eddie para planejar os grandes golpes. Mas Kat se cansara dessa vida, e decidiu deixar para trás os negócios da família, para viver como uma adolescente normal na escola Colgan.

Por pouco tempo. Seu amigo Hale, lindo e rico, aparece para levá-la de volta à realidade: uma coleção de arte fora roubada de um homem muito perigoso, que acredita que o pai de Kat realizou o serviço, e a quer de volta, custe o que custar.

Para que seu pai não corra perigo, só resta a Kat recuperar os quadros e devolvê-los a Arturo Taccone no prazo de duas semanas. Mas ela não faz idéia de onde as obras estão, e as pistas acabam levando a um dos museus mais seguros do mundo.

"- Supondo que a gente consiga fazer isso, seria preciso uma equipe grande.
- E ninguém vai com a sua cara - acrescentou Hale, sem sorrir.
O vento estava gelado sobre o céu cinzento e soprava as folhas pelo chão.
- Precisamos de equipamentos... e dos bons. Coisas muito caras.
- Pena que só tenho minha beleza - disse Hale. - Quer dizer, eu canto melhor do que a média, também.
Kat revirou os olhos.
- Sete dias, Hale.
Dessa vez, ele não deu nenhuma resposta. Nenhuma solução. Se Kat havia aprendido alguma coisa com a morte da mãe era que nem mesmo o melhor ladrão do mundo é capaz de roubar tempo." (Pág. 109)

Diferente da maioria das pessoas, não me encantei com Ladrões de Elite logo nos primeiros capítulos. Talvez não fosse o livro, fosse eu mesma, cansada demais para me apegar a qualquer coisa. Talvez fossem as expectativas que criei antes de começar o livro, mas que não me prenderam a ele inicialmente. Inicialmente. Pois logo que a aventura realmente começou, quando Kat foi à Itália observar a casa de Taccone, aí sim, não consegui mais parar.

E quanta aventura! O livro é repleto de reviravoltas e surpresas, momentos eletrizantes, cenários (eu consegui imaginar cada um deles) encantadores e de tirar o fôlego, mesmo que sejam apenas em nossa imaginação. Foi quase possível sentir o frio da neve da Polônia ou ver os campos de vinhedos e oliveiras na Itália.

E o que importa se alguns adolescentes não conseguiriam cruzar o mundo sozinhos, como li em algumas resenhas antes? Acho que esse detalhe é tão insignificante para todo o enredo do livro que não tira nadinha da graça dele, até por que, se trata de uma ficção.

Os personagens são muito divertidos. Eu adorei o Hale e aquele jeitinho badboy, e as tiradas fantásticas dele. A Kat, apesar de corajosa e com um senso de humor meio negro, que eu também gosto, na verdade, poderia ter sido bem mais esperta em alguns detalhes. Gabrielle, o nerd do Simon e os irmãos Bagshaw me renderam boas risadas. Essa equipe realmente rendeu, e acho que não poderia estar mais completa.

Acredito que, para quem gosta de uma história cheia de emoção e aventura, é impossível não gostar de Ladrões de Elite. A Editora Arqueiro está de parabéns pela obra, que está lindíssima, e não lembro de ter notado nenhum erro. Espero que a continuação da série seja lançada em breve.

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Tocada pelas Sombras - Richelle Mead

Fonte da Imagem: Casos Acasos e Livros
Rose Hathaway sabe que é um erro se apaixonar por um de seus instrutores. Lissa, sua melhor amiga e última princesa do clã dos Dragomir, deve vir sempre em primeiro lugar. Rose precisa protegê-la. Mas, infelizmente, quando se trata de Dimitri Belikov, algumas regras parecem existir apenas para serem quebradas. Justamente quando Lissa e Rose veem seu pior inimigo, Victor Dashkov, a um passo de sair da prisão, imagens sombrias começam a invadir a mente de Rose, prenunciando algo terrível à espreita da Escola São Vladimir. A tensão ronda o mundo dos Moroi mais do que nunca. Os Strigoi desejam vingança pelas mortes causadas por Rose em Spokane. Numa batalha de tirar o fôlego, ela viverá seus piores pesadelos ao ter de escolher entre o amor de sua vida e sua melhor amiga. Será que essa escolha significa que apenas um deles sobreviverá?
MEAD, Richelle. Tocada pelas sombras. Academia de Vampiros #3. Nova Fronteira: 2010. 384 p.

Ao pegar esse livro - que eu li há algum tempo - para fazer a resenha, tive uma vontade imensa de largar tudo e começar a reler. Acho que todos que acompanham o blog sabem do meu vício na série, e eu até tento superar isso, mas chega a ser mais forte que eu. Cada livro da série lançado até agora conseguiu ser melhor do que o anterior, e Tocada pelas Sombras é, para mim, muito, muito bom mesmo.

Para quem ainda não leu os dois primeiros, haverá spoilers!

O livro tem seu começo três semanas após os acontecimentos em Spokane. A experiência trouxe para os alunos da São Vladimir uma perspectiva mais sombria do que era a realidade fora dos muros da escola e Rose foi uma das pessoas mais afetadas pela tragédia.

E nada na vida de Rose se tornou mais fácil. Ela acaba de descobrir que o julgamente de Victor Dashkov se aproxima, e que ela e Lissa não participarão como testemunhas. Ela foi escolhida para ser a guardiã de Christian, e não de Lissa, na experiência de campo. O fantasma de Mason começa a aparecer, e Rose começa a questionar sua sanidade. E, acima de tudo, continua apaixonada por seu professor, Dimitri, sem poder viver esse sentimento.

"- Não acredito que você não queira nada. Vai ser um aniversário muito sem graça assim.
'Liberdade', pensei. Esse era o único presente que eu queria. Liberdade para fazer as minhas próprias escolhas. Liberdade para amar quem eu quisesse.
- Não importa - resumi, em vez de externar tudo que pensara.
- O que você... - Ele se interrompeu. Ele compreendeu. Ele sempre compreendia. Era também por isso que havia uma ligação tão forte entre nós, apesar dos sete anos de diferença que nos separavam. Nós nos apaixonáramos no outono anterior, quando ele foi meu instrutor de combate. [...]" (Pág. 14)

Ao conseguir convencer os responsáveis de que ela e Lissa precisavam estar no julgamento de Victor, a viagem à Corte não é nada agradável para Rose. E é a partir disso que ela descobre que os fantasmas que vê se tratam de mais uma das consequências de ser beijada pelas sombras, e compreende que Mason está tentando mandar uma mensagem, que ela não compreende até o momento derradeiro.

Tocada pelas Sombras tem um enredo cheio de aventuras, mistério e romance, que enriquecem a vida dos personagens. Christian aparece muito nesse livro, e eu adoro o jeito sarcástico dele, com uma piadinha original sempre na ponta da língua. O Adrian começa a me conquistar nesse livro, apesar de, na minha opinião, ainda não chegar aos pés do Dimitri. E o Dimitri, ah, o Dimitri. Arranca todos os suspiros possíveis nessa obra.

"- Rose - disse Dimitri. Era apenas o meu nome, mas era tão forte, tão cheio de sentido. Dimitri tinha uma fé absoluta em mim, fé na minha força e bondade. E ele tinha força também, uma força que eu sentia que ele não hesitaria em me emprestar se eu precisasse. [...] O que nós tínhamos era amor." (Pág. 299)

E de tudo, tudo que eu poderia esperar para um final, nunca imaginaria o que aconteceu. Richelle conseguiu surpreender mais uma vez e foi esse livro que me cativou definitivamente para a série.

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