BACIGALUPI, Paolo Faca de Água. Editora Intrínseca, 2016. 400 p.Sinopse: Num futuro árido e tumultuado, em que a água ganhou o status de commodity mais valiosa, o direito de uso das fontes e dos rios é alvo de disputas ferrenhas. Uma guerra entre governos, órgãos públicos e empresários, na qual vale tudo. Enquanto advogados e burocratas armam-se com infinitos processos judiciais, mercenários e militares subjugam proprietários de terra, implodem estações de tratamento e interrompem o abastecimento de regiões inteiras. Nesse cenário surge Angel, um faca de água, um dos muitos mercenários com a missão de cortar e desviar o fornecimento de água a mando de quem paga mais. Lucy é uma jornalista premiada que decidiu revelar para o mundo a realidade da Grande Seca. Maria é uma jovem cuja vida foi destruída pelos efeitos das mudanças climáticas. Quando o direito de usar a água significa dinheiro para alguns e sobrevivência para outros, o que esses três personagens não sabem é que seu encontro é um marco que poderá mudar tudo. Um novo fiel da balança que sempre pendeu para o mesmo lado. Futurista, mas nada improvável, Faca de Água é um thriller que perpassa por questões econômicas, ambientais e éticas numa narrativa que extrapola o gênero, daquelas que se lê de uma tacada só e depois leva-se um longo tempo assimilando. (Skoob)
Livro recebido em parceria com a Editora
A história de Faca de Água se passa em algum ponto, não muito distante, do nosso futuro. Não considero uma distopia, uma vez que se passa em locais reais, apenas modificados por condições que podem vir a existir, além de fazer referências de cultura pop que conhecemos, como games de consoles e pc. Ele é mais um thriller futurista, que mistura corrupção, racismo, preconceito, crimes, traição, enfim, o mesmo que já conhecemos no nosso dia a dia.
A narrativa segue três personagens diferentes: Angel, um Faca de Água, ou seja, um mercenário que faz qualquer coisa para entregar o controle das últimas reservas de água do sul dos Estados Unidos para Catherine Case, a diretora de uma corporação; Lucy, uma repórter investigativa que se envolve com gangues e carteis mexicanos; e Maria, uma adolescente que perambula sozinha no meio de traficantes, prostituição e extrema pobreza. Na metade do livro, a história dos três se cruza, e começam acontecimentos de muita ação.
Faca de Água é uma obra que poderia ser adaptada para nossos dias sem qualquer problema. Já enfrentamos racionamento de água em todo o globo, claro que não da forma extrema do livro, mas caminhamos para isso. As cidades sustentáveis, criadas pelos chineses para os ricos na história, se assemelham aos paraísos do oriente médio, como Dubai, nos Emirados Árabes, onde regiões desertas convivem com locais criados artificialmente cheios de água e luxo.
As batalhas para o controle da água não se resume a atividades locais, mas a batalhas judiciais, envolvimento de advogados espertos e cheios de artimanhas, compra de favores, uso de informações privilegiadas, chantagens, abuso de poder e manipulação da mídia. Tanta coisa pode parecer confusa, e realmente é nas primeiras páginas. Eu fiquei um pouco perdido, sem compreender exatamente para quem deveria torcer.
Na verdade, não existe para quem torcer. Como as situações do livro, todos os personagens são extremamente reais, ou seja, eles possuem defeitos, são corruptíveis, lutam pela vida, independente de uma moral, e fazem o necessário para atingir o objetivo que acham justo.
Faca de Água é uma história intensa, madura, que não usa da fantasia para colorir um futuro extremamente realista e próximo. Serve de alerta para onde podemos estar caminhando, ou como uma janela onde assistimos ao que nossos descendentes irão enfrentar.
A narrativa segue três personagens diferentes: Angel, um Faca de Água, ou seja, um mercenário que faz qualquer coisa para entregar o controle das últimas reservas de água do sul dos Estados Unidos para Catherine Case, a diretora de uma corporação; Lucy, uma repórter investigativa que se envolve com gangues e carteis mexicanos; e Maria, uma adolescente que perambula sozinha no meio de traficantes, prostituição e extrema pobreza. Na metade do livro, a história dos três se cruza, e começam acontecimentos de muita ação.
Faca de Água é uma obra que poderia ser adaptada para nossos dias sem qualquer problema. Já enfrentamos racionamento de água em todo o globo, claro que não da forma extrema do livro, mas caminhamos para isso. As cidades sustentáveis, criadas pelos chineses para os ricos na história, se assemelham aos paraísos do oriente médio, como Dubai, nos Emirados Árabes, onde regiões desertas convivem com locais criados artificialmente cheios de água e luxo.
As batalhas para o controle da água não se resume a atividades locais, mas a batalhas judiciais, envolvimento de advogados espertos e cheios de artimanhas, compra de favores, uso de informações privilegiadas, chantagens, abuso de poder e manipulação da mídia. Tanta coisa pode parecer confusa, e realmente é nas primeiras páginas. Eu fiquei um pouco perdido, sem compreender exatamente para quem deveria torcer.
Na verdade, não existe para quem torcer. Como as situações do livro, todos os personagens são extremamente reais, ou seja, eles possuem defeitos, são corruptíveis, lutam pela vida, independente de uma moral, e fazem o necessário para atingir o objetivo que acham justo.
Faca de Água é uma história intensa, madura, que não usa da fantasia para colorir um futuro extremamente realista e próximo. Serve de alerta para onde podemos estar caminhando, ou como uma janela onde assistimos ao que nossos descendentes irão enfrentar.
Olá Carlos!!!
ResponderExcluirÉ um livro que mostra bem a realidade mostrando como o ser humano embarcara nessa jornada sem a nossa maior riqueza, la nos Estados Unidos eles já enfrentam essas dificuldades a tempos, lá é um pais muito seco mas se passando por eles quando a água acabar aqui sera a mesma historia desse livro essa é a realidade infelizmente.
Até mais!!
Oie
ResponderExcluirEste livro tem um assunto muito atual, uma preocupação que todos deveriam ter com a água, mas que infelizmente nem todos tem a consciência. Adorei a premissa, já tinha visto algo sobre e estou muito interessada na obra.
Beijinhos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br/
Nã gostei muito do enredo da história, mas gostei da construção dos personagens e amei o fato das histórias se encontrarem em determinado momento, amo quando isso acontece nos livros que leio.
ResponderExcluirE tbm amei essa edição, essas folhas pretas são maravilhosas.
Oii Carlos! Adorei esse livro, aposto nesse enredo q a história vale a pena conferir sim!
ResponderExcluirBem diferente do q já li nesses últimos dias...
Bjs
Oie Carlos =)
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas fiquei bastante interessada na premissa da história.
O que mais gosto em distopias é esse tipo de "prelúdio" que temos do que um dia pode ou não vir acontecer de verdade.
Dica anotada!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Nossa, que tema incrível para se tratar em um livro, hein?! Eu acredito que do jeito que andamos, esse ambiente do livro não vai demorar pra se tornar real.
ResponderExcluirEu adorei a estrutura do livro, achei bem bonita. Acredito que seja uma historia que deve ser lida e entendida muito bem.
Obrigada pela resenha, abraços.
Já estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, tema super atual e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais curiosa em conferi essa história que serve muito de alerta.
ResponderExcluirJu!
ResponderExcluirUm livro intrigante e como falou, talvez nem seja uma distopia, porque parece tudo tão real e próximo do que poderemos viver em tão pouco tempo.
Thriller futurista... não conhecia o termo, porém foi bem apropriado.
Quero ler.
“Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.” (Rubem Alves)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Oi Carl, achei bem interessante quando você coloca que todos os personagens são corruptíveis, e vemos que isso se dá devido aos meios escassos e ao extremismo em que são colocados, a luta pela sobrevivência molda ou define de que lado você ficará, mas ao mesmo tempo não descarta que você pode transitar de um para o outro facilmente. Gostei, e sim, acredito também que esse contexto poderia sim ser facilmente aplicado à nossa vida não tão longe, onde poder é moeda de troca. Achei o nome muito legal!
ResponderExcluirAdriana Holanda Tavares
"Que brilhe a tua Luz!"
Nunca li um livro que tivesse páginas pretas, mas fico imaginando se isso cansa um pouco as vistas. Adoro esses futuros mais reais por assim dizer, e coisas que mexem com o nosso psicológico, acredito que esse livro pode vir a ser o certo para mim.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Achei bem interessante esse tema, pois ainda não li algo assim, só assisti filmes, infelizmente isso vai acontecer no futuro a falta de água. A trama parece ser uma emaranhado de trapaças e poder para obter o bem mais precioso.
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