A geografia de nós dois - Jennifer E. Smith

Fonte da imagem: Gettub
Sinopse: Lucy Mora no vigésimo quarto andar. Owen, no subsolo... E é a meio caminho que ambos se encontram - presos em um elevador, entre dois pisos de um prédio de luxo em Nova York. A cidade está escuras graças a um blecaute. E entre sorvetes derretidos, caos no trânsito, estrelas e confissões, eles descobrem muitas coisas em comum. Mas logo a geografia os separa. E somos convidados a refletir... Onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir á distância? Em A geografia de Nós Dois Jennifer E. Smith cria tramas cheias de experiências, filosofia e verdade. (Skoob
E. SMITH Jennifer. A geografia de nós dois. Editora Galera, 2016. 272 p.


Sabe aquela pessoa que você já viu várias vezes, mas a quem nunca deu atenção ou tentou conversar, por medo de uma recusa ou só por timidez? 

Assim são Lucy e Owen. Eles não se conheciam, embora morassem no mesmo prédio: Lucy no vigésimo quarto andar; e Owen no subsolo com seu pai, que é administrador do prédio. Em uma noite, ambos ficam presos no elevador quando acontece um blecaute na cidade de Nova York. E é nesse lugar confinado que nasce uma amizade improvável.

Após serem retirados do elevador, e depois de um rápido passeio para comprar mantimentos, eles resolvem subir para o terraço, e lá eles se deparam com um cenário totalmente novo: a cidade está em completa escuridão, sem todas aqueles luzes da cidade grande, então eles passam a noite olhando as estrelas, uma visão impossível em um dia normal. 

Lucy e Owen se separam de maneira abruta. Lucy se mudará para a Escócia com os pais, e Owen, pelo fato que o pai foi despedido, também irá se mudar, mas sem um destino em mente, apenas ele, o pai e a estrada. A partir daí, eles irão manter contato apenas por cartões postais e e-mails, já que Owen não tem um endereço fixo, mas, também, para mostrar o quanto um gostaria que o outro estivesse por perto.

"Eram como dois asteroides que tinham colidido, ela e Owen soltando faíscas breves antes de ricochetearem cada um para um lado outra vez, um pouco lascados, um pouco machucados e marcados, talvez ainda com cem quilômetros a percorrer. Quanto tempo se pode de fato esperar que uma única noite dure? Até que ponto se pode esticar um conjunto tão pequenos de minutos? Ele era apenas um garoto no terraço. Ela era apenas uma garota em um elevador. Talvez tenha sido o fim."

O livro é uma leitura leve e divertida, mas a história custou muito a me prender.

A geografia de nós dois é dividido em cinco partes: as duas primeiras foram ótimas, mas a partir da terceira parte, a leitura começou a ficar maçante, clichê e simplesmente não fluía. O livro em si é bastante previsível, mas não deixa de nos fazer refletir sobre nossa vida e sobre nossos problemas familiares.

"Em Londres, Lucy pensava em Owen."

Lucy, como personagem, foi bem pé no chão. Sua personalidade cativa o leitor, mas achei que faltou algo nela. Acho que o fato de que ela aceitava tudo numa boa, na maioria das vezes sem questionar, me incomodou. Tudo bem que eles eram seus pais, mas ela era muito passiva em relação a quase tudo, e isso, no decorrer da trama, vai ficando chato. 

Uma coisa que me incomodou um pouco foi o fato de que os pais da Lucy viajavam pelo mundo e a deixavam sozinha, sendo que ela tinha apenas dezesseis anos. Depois que os seus irmãos foram para a faculdade, ela ficava sem ninguém, e esse é um dos pontos chave do livro: ela está rodeada de pessoas, mas, ao mesmo tempo, está sozinha.

"E bem longe, em Seattle, Owen também pensava nela."

Ao contrário de Lucy, Owen foi um amorzinho. Tudo bem que no início peguei uma antipatia por ele, pelo fato de estar sempre reclamando, nada nunca estava bom, mas, no decorrer da trama, ele vai mostrando quem ele é de verdade, um jovem que perdeu sua mãe, que lida com seus próprios problemas e que tenta estar lá para o pai, que se tornou distante desde a morte da sua amada. 

Jennifer E. Smith abordou muito bem os problemas familiares, mas a desculpa que os pais da Lucy deram simplesmente não me convenceu, mas, enfim, todos tem seus problemas, e cada um lida da sua maneira.

"Nunca sabemos a resposta até fazer a pergunta."

A geografia de nós dois tem uma narrativa em terceira pessoa intercalada entre ambos os personagens, o que esclarece muitos fatos vagos, e foi uma das coisas que gostei bastante. A capa do livro é linda, de uma maneira simples, e muito caprichada. Tem tudo há ver com a história. As páginas são amareladas e a fonte é média, o que ajuda muito na hora da leitura. 

Se você curte uma leitura leve, com muitas reflexões, um romance super fofo, eu te convido a conhecer essa obra, e se você não curte, leia assim mesmo. Tenho certeza que esse livro irá te surpreender.
Maah
Maah

10 comentários:

  1. Já estava bastante interessada em ler esse livro pela sinopse e por ser da mesma autora de A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais curiosa em conferi essa história que parece super fofo.

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  2. Oi.
    Eu adorei ler e resenhar esse livro, lógico que tem lá seus pontos negativos mas gostei banstante da história, estou ansiosa para ler A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista da mesma autora, a sinopse me deixou bem encantada e parece ser uma boa leitura.
    Boa Tarde.

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  3. Eu já tinha visto este livro, mas não sabia muito bem sobre o que a história se tratava, além da capa e do nome que aparentemente faz parecer se tratar de um romance, não gosto muito de ler livros com histórias previsíveis, mas mesmo assim, talvez leria A Geografia de Nós Dois.

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  4. Oi Marlene!
    Que pena que o livro decepcionou a partir de um certo ponto. É de se imaginar que uma premissa assim tenha alguns clichês, mas que bom que a autora soube usar eles para conduzir a algumas reflexões. Realmente parece ser um livro gostoso.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  5. Ainda não consegui ler esse livro dela, mas acho que vou gostar porque gosto das histórias da autora. Só fico com o pé atrás com essa coisa de não convencer. Será? Tem uns trechos nos livros dela que às vezes sinto uma coisa meio forçada ou boba, mas ainda relevo...
    Espero que esse seja bom porque quero ler.

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  6. Já li algumas resenhas falando sobre esse livro, mas infelizmente ainda não li!! Como ainda não li nenhum livro dessa autora não posso falar se vou gostar desse livro. Que pena que você não gostou tanto assim desse livro.
    Beijoss

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  7. Marlene!
    Gosto de livros que tem como enredo os problemas familiares, porque de alguma forma, acabamos nos identificando com algum personagem.
    É difícil mesmo aceitar algum pai e mãe deixar uma adolescente de 16 anos sozinha, por que não levam ela nas viagens?
    Mas... se tem um romance fofo, já me agrada.
    “Natal não são as luzes lá fora, mas a Luz que brilha em seu coração... Feliz Aniversário, Senhor!” (Daniela Raffo)
    Boas Festas!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de DEZEMBRO ESPECIAL livros + BRINDES e 4 ganhadores, participem!

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  8. Sempre gostei da capa desse livro mas a história não me prendeu. Achei tudo bem clichê (como a maioria dos livros do gênero) mas a descrição dos personagens e o jeito da escrita não me agradaram, com certeza seria uma leitura arrastada e sem emoção para mim.

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  9. Achei meio fraquinha a historia, não sei se leria e a personagem feminina não me cativou, pois aceitava tudo calada, gosto de personagens femininas que se sobressaiam, são fortes, decididas, ou então que cresçam no decorrer da historia e mostrem seu valor.

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  10. Amei o livro, recomendo a leitura.. A história é bastante envolvente, leve e gostosa de se ler!

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