ADQS - Fabiana Cardoso


Sinopse: Cíntia encontra-se envolvida com um criminoso de Florianópolis, até presenciá-lo cometendo um assassinato e perceber, então, o perigo que está correndo. Mas em sua fuga desastrosa é presa em flagrante por tentativa de homicídio. Suas alternativas são: denunciar o 'namorado', praticamente, assinando sua sentença de morte ou ser presa e permanecer um longo tempo na prisão. Na delegacia acaba conhecendo Henrique, um homem charmoso e misterioso que faz uma proposta - a garantia de que não irá para a cadeia. O que ela não imaginava é que seria recrutada para fazer parte de uma organização secreta, assumindo a identidade de Thaís Torres e se mudando para São Paulo. Agora a mais nova agente da ADQS terá que investigar crimes que a polícia comum não conseguiu resolver, arriscando sua vida nas operações pouco convencionais da organização. Aos poucos, Thaís desvenda os mistérios da organização secreta, vivendo fortes emoções em suas missões e se arriscando em um romance proibido. Mistério, aventura, humor e romance fazem parte desta trama. (Skoob)
CARDOSO, Fabiana. ADQS: Desvendando a Organização Secreta. MODO Editora Tradicional: 2013. 473 p.


Agentes secretos, novas identidades e todo o passado deixado para trás: esses são os elementos principais do livro ADQS, de Fabiane Cardoso, que se ambiente na Agência Acima De Qualquer Suspeita.
 
Cíntia cometeu erros e, por isso, precisa ajudar a colocar um criminoso atrás das grades. Em troca disso, terá sua liberdade de volta, mas precisa deixar qualquer aspecto de sua vida para trás, e mesmo sua irmã terá de acreditar que ela está morta. Agora na pele de Thaís, ela tem um nome limpo e um emprego na ADQS.
 
Acompanhar os casos a serem resolvidos pela equipe de Thaís, com suas múltiplas identidades, tornou-se uma aventura. A autora conseguiu dinamizar o enredo e trazer sempre elementos novos, que nos faz mergulhar em cada caso sem perceber. Por várias vezes, tentei adivinhar como seriam solucionadas as tramas. Em alguns casos acertei, em outros não, e esse jogo tornou ainda mais divertida a leitura da obra.
 
São muitos os casos que a equipe precisa enfrentar, e é visível o amadurecimento da protagonista durante a história. Esse desenvolvimento fica ainda mais perceptível pelo fato de o livro ser narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Cíntia/Thaís. Existe também romance, que é fofo e proibido, ainda que o foco não seja esse, e que terá total relevância para a conclusão deste primeiro volume. E é um final que nos deixa às cegas, porque tudo pode ser completamente diferente no segundo livro.
 
Não posso deixar de destacar também alguns pontos que talvez precisassem ser melhor desenvolvidos. Os vários casos e nomes, por exemplo, por vezes me deixaram confusa, pois se já era difícil memorizar quem era quem, como sempre acontece quando iniciamos uma leitura nova, era ainda mais difícil lembrar quem era quem quando estavam usando nomes diferentes.
 
Também, tenho a comentar sobre a forte objetividade na narração. Isso não é um defeito, pelo contrário, mas é diferente observar os fatos sem saber os sentimentos. Apesar de algumas vezes a autora citar como estava o estado de humor dos personagens, é diferente a pessoa dizer que estava irritada a descrever subjetivamente como essa irritação aflorou. Não sei se consegui me fazer compreender, mas é como se eu visse os sentimentos dos personagens, compreendesse-os, mas não os vivenciei.
 
Ainda assim, por ser ADQS uma obra nacional, que se passa em terras brasileiras e que não deixa a desejar no quesito originalidade, foi uma leitura bastante agradável. Gostei muito de conhecer a escrita de Fabiana Cardoso e, sem dúvidas, lerei outros livros da autora, tanto que ADQS 2 já me espera no Kindle.


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Quem é Você, Alasca? - John Green


Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez". Quem é Você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Um livro incrível que marca a chegada de Jonh Green como uma voz importante na ficção contemporânea. (Skoob)

GREEN, John. Quem é Você, Alasca? WMF Martins Fontes: 2010. 229 p. 


Acho que muita gente não sabe, mas Quem é Você, Alasca? é o primeiro romance do John Green e, além disso, é de longe o meu favorito. Inclusive, se você nunca leu nada dele, recomendo que comece por esse aqui, mesmo sendo A Culpa é das Estrelas o seu romance mais famoso. Na minha opinião, é aqui que você conhece a essência do autor. 

Nessa história, que é narrada por Miles Halter, conhecemos a típica história de um adolescente que sai de casa para estudar. O garoto vai para um internato no Alabama e um dos seus grandes desejos é encontrar a resposta para o seu "Grande Talvez". Miles é aquele tipo de garoto magrinho, solitário e que não tem nenhum amigo. Além disso, tem uma incrível peculiaridade: coleciona últimas palavras. 

Miles divide quarto com um garoto que rapidamente se torna seu amigo, Chip Martin, mais conhecido como Coronel. Coronel, é claro, é o responsável direto por apresentar Miles à queridinha da história, Alasca. A garota é totalmente apaixonante, geniosa e muito, mas muito instável mesmo. Além dessa personalidade forte, Alasca AMA ler, é viciada em sexo e, assim como Miles, tem um propósito na vida: como sairá do grande labirinto que é sua vida. 

"Por que você fuma tão depressa?", perguntei.
Ela me olhou e abriu um sorriso largo, e um sorriso assim 
tão largo em seu rosto estreito talvez lhe desse um ar meio tolo 
não fosse a inquestionável elegância de seus olhos verdes. Ela sorriu 
com todo o encantamento de uma criança na noite de Natal e disse:
 "Vocês fumam para saborear. Eu fumo para morrer".

Muito provavelmente, a coisa que me fez gostar tanto desse livro é o fato de a história girar em torno da Alasca, apesar do Miles ser o personagem principal. Gostei muito disso porque, além da minha personalidade ser exatamente igual a da garota, também nos parecemos bastante fisicamente. E cá pra nós, é fantástico encontrarmos personagens fictícios parecidos com a gente, não é? 

Mas o melhor de tudo é que o livro é totalmente imprevisível. Você simplesmente não imagina o que vai acontecer nas páginas seguintes e pasme: você não vai acreditar de jeito nenhum no que realmente acontece. Assim como todo livro do John Green, Quem é Você, Alasca? é apaixonante desde as primeiras páginas. 

Durante a leitura, pensei bastante no quanto as nossas escolhas afetam nossas vidas e a das pessoas que são próximas a nós. O autor também nos mostra, através dos personagens incríveis, que ninguém é perfeito. Somos simplesmente humanos, como todos os defeitos e qualidades. 

O livro é bastante curto, mas tem uma moral imensa. Green deixou totalmente claro que qualquer atitude relativamente drástica que tomamos vai afetar nosso futuro e, além de tudo, me mostrou o quanto o amor, apesar de lindo, pode ser destrutivo.

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Conjuntando #31: Meu e-reader e eu

Eu sempre fui daquelas leitoras fascinadas pelo cheiro de papel, pela diagramação dos livros e pela delícia de poder olhar por vários minutos para a capa enquanto refletia sobre as passagens mais profundas de uma leitura. E eu continuo assim, não mudei muito neste aspecto.

Apesar de há anos existirem livros digitais, nunca me acostumei com a ideia de ler livros no computador – acreditem, eu tentei – então achei que os leitores digitais nunca me fariam a cabeça, nunca me agradariam por completo. Até que uma certa autora nacional que eu adoro passou a lançar seus livros apenas no formato digital. E, se eu não me adaptasse, ficaria sem ler o último volume de uma trilogia que eu estava mais do que ansiosa para conhecer o final.

Então, em uma conversa cotidiana, comentei com minha mãe sobre a curiosidade em ter um e-reader. Vários meses depois ela lembrou disso e me deu um de presente de aniversário. E todo aquele receio que eu tinha sobre o aparelhinho se mostrou infundado: eu adorei, e já li quatro livros nele desde então.

O meu aparelho é um Kindle, do modelo mais simples, que não tem luz nem touch screen. Mas nem por isso deixa de ser maravilhoso. O texto aparece como se fosse impresso, e não provoca incômodo nos olhos, por parecer papel. Além disso, é mais leve que qualquer livro, mesmo os mais finos. No meu caso, que tenho de sair de casa com tudo o que preciso para o dia inteiro, para o trabalho, os meus lanches para o decorrer do dia e o material para a faculdade à noite, ter um livro a menos na bolsa faz muita diferença. Também, se um livro acabar no meio do caminho, tenho vários outros à disposição.

Mas a principal vantagem, realmente, são os preços. Claro que existem e-books caríssimos, às vezes até mesmo mais caros que os livros físicos. Todavia, é preciso comparar. Para minhas compras, coloquei um limite de valor para compra de livros digitais: não pago mais do que R$ 3,00, salvo alguns poucos casos que valem muito a pena ou que não existem em versão física. Afinal, não faltam promoções nas lojas virtuais de livros físicos abaixo de R$ 10,00, então não acho proporcional pagar mais do que aquele valor que limitei.

Particularmente, não acho que os livros digitais extinguirão os físicos, pelo contrário. Há espaço para ambos no mercado, e eu, por exemplo, prefiro intercalar uns e outros, para ter as sensações que tanto aprecio nos livros físicos, sem deixar de lado as facilidades dos digitais.

Quando pensei em fazer essa postagem, li muita coisa na Internet sobre as vantagens e desvantagens dos livros digitais, e achei bastantes textos interessantes. Quem tiver dúvidas sobre se render ou não a essas novas possibilidades, vale a pena pesquisar. E, para quem sabe ler em inglês, pode ser boa a leitura desta matéria sobre as 10 maneiras como os livros digitais estão mudando nossa vida literária, que não fala especificamente sobre vantagens ou desvantagens entre livros físicos ou digitais, apenas os compara, de uma forma original.

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Extraordinário - R. J. Palacio


Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros. Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade - um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor. (Skoob)

PALACIO, R.J. Extraordinário. Intrínseca: 2013. 320 p.


Por várias vezes, ao passar pelas livrarias ou em blogs literários, eu vi a capa de Extraordinário. Não senti vontade de saber mais sobre a história. Entretanto, aos poucos, minha curiosidade cresceu e venceu a indiferença. Acabei por ler a sinopse. Isso só fez com que demorasse um pouco mais para comprar o livro.

Não me entendam mal.

O motivo não era a história em si, mas o fato de que eu tinha certeza do que ela contaria. Um menino com o rosto disforme forçado a conviver com crianças da mesma idade, ou pouco mais velhas, ou pouco mais novas. É fácil imaginar o que ele teria que enfrentar por causa da reação discriminatória das pessoas. Na minha mente, era bem claro as situações constrangedoras, os diálogos emotivos e motivacionais, as situações tristes, a solidão infligida por sua aparência, a depressão, etc. Assim, não conseguia encontrar motivo para comprar o livro.

Até que um dia, quando estava lanchando nas Americanas, vi uma promoção onde o livro saía por R$ 14,90. É constrangedor, mas foi por isso que comprei Extraordinário.

Como o livro é pequeno, decidi começar a ler logo. E o que encontrei foi exatamente o que esperava, ou seja, um menino deformado, com vergonha do mundo, que fica relutante com a decisão dos pais de o matricularem em uma escola. Ele fica desesperado pela iminente ameaça de conviver com crianças de aparência normal. Ele sabe que elas o isolariam por sentirem asco de sua aparência. E todos sabemos como crianças podem ser cruéis quanto à aparência dos outros.

August, ou Auggie, tem dez anos, é doce e não há como não gostar dele. Nem como não sentir compaixão por sua situação. A autora é cuidadosa na retratação de seu comportamento, de seus pensamentos, de seus medos, de suas inseguranças, de todos os seus sentimentos. E ela é dura na descrição de sua aparência. Não poupa detalhes e nos joga na cara o quanto seria difícil olhar para Auggie sem desviar o rosto.

“Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e pudesse fazer um desejo, pediria para ter um rosto comum, em que ninguém nunca prestasse atenção. Pediria para poder andar na rua sem que as pessoas me vissem e depois fingissem olhar para o outro lado.”

Só que, para minha enorme surpresa, toda minha percepção do que estava lendo mudou quando comecei a parte dois, das oito partes do livro. Sim, não existem capítulos, mas oito narrativas de diferentes personagens sobre a mesma história. E isso jogou meu preconceito longe, porque comecei a ler algo que não esperava.

Na parte dois, quem passa a narrar a história é Via, a irmã de Auggie, de 14 anos. Através de uma narrativa pautada pela falta de inclusão na vida da família, ela nos conta que abriu mão de tudo, inclusive da atenção dos pais, para que o irmão pudesse ser feliz, ou melhor, que sofresse menos.

“A mamãe e o papai sempre disseram que eu era a menininha mais compreensiva do mundo. Mas a questão é que eu apenas entendia que reclamar não adiantaria nada. Eu vi August depois das cirurgias: seu rosto inchado e enfaixado, seu corpinho cheio de cateteres e tubos para mantê-lo vivo. Depois que você vê alguém passando por isso, parece loucura reclamar por não ter ganhado o brinquedo que pediu ou porque sua mãe perdeu a peça da escola. Aprendi isso aos seis anos. Ninguém nunca me disse. Eu simplesmente soube.”

Apesar disso, ela ama o irmão com todas as forças. Sem perceber, ele também é o seu centro de equilíbrio. Via demonstra que é através dos sacrifícios individuais e escolhidos por vontade própria que moldamos nosso caráter.

Na parte três, a história é narrada por Summer, uma menina que estuda no colégio onde August é matriculado e que é a única que se senta com ele na hora do recreio. Os dois ficam amigos e ela, por escolha própria, ignora os cochichos e as brincadeiras maldosas sobre sua nova amizade. Aos olhos de Summer, August é apenas diferente e ela enxerga nele a simpatia que ele transmite com suas ações e suas conversas, escondendo sua aparência.

“Admito que demora um pouco para a gente se acostumar com o rosto do August. Eu já me sento com ele há duas semanas, e digamos apenas que ele não come da maneira mais limpinha do mundo. Mas, apesar disso, ele é muito legal. Também devo dizer que não sinto mais pena. Essa pode ter sido a razão que me fez sentar perto dele na primeira vez, mas não é por isso que continuo. Almoço com August porque ele é divertido.”

Jack é dono da parte quatro e ele é o único garoto amigo de August. De forma diferente de Summer, Jack é obrigado a fazer uma escolha. Depois de um desentendimento no Halloween, Jack abre mão de suas amizades para ficar ao lado de August. Ele é perseguido e mesmo assim mantém suas convicções, por escolha própria.

“– É tão estranho – comentei – as pessoas não falarem com você, fingirem que você não existe. 
August abriu um sorriso. 
– Acha mesmo? – perguntou, sarcástico. – Bem vindo ao meu mundo! ”

A quinta parte quem conta é Justin, o namorado de Via. No caso dele, não há um sacrifício, mas sim um papel de protetor. Ele defende August e Jack da turma do bullyng e encontra na família de Via um entendimento diferente para a palavra amor e superação. Ele passa a compreender o significado da palavra família.

“Na família da Olivia eles dizem amo você uns para os outros o tempo todo. Não me lembro da última vez que alguém da minha família me disse isso. Quando fui para casa, todos os meus tiques haviam sumido.”

Miranda, a melhor amiga de Via, narra a parte sete. As duas brigam no início do livro, e até essa parte conhecemos apenas o lado da história contado por Via. Aí, sem mais, descobrimos que algumas atitudes podem parecer incoerentes ou ingratas, mas apenas porque não conhecemos o contexto. Miranda gosta de August como se ele fosse seu irmão. E ama Via. Mas a adolescência é complicada sem motivo, apenas porque é. E Miranda nos apresenta a um sacrifício que faz para manter a amizade de Via, para pedir desculpas e para demonstrar o quanto gosta de August. É uma das partes mais emocionantes do livro.

“Conheço o August desde que eu tinha seis anos. Eu o vi crescer. Brinquei com ele. Assisti a todos os seus episódios de Star Wars por causa dele, para que pudéssemos conversar sobre os aliens, os caçadores de recompensas e tudo o mais. Fui eu quem lhe deu o capacete de astronauta que ele não tirou da cabeça por dois anos. Quer dizer, eu meio que conquistei o direito de pensar nele como meu irmão.”

Sem dúvida, August é extraordinário por enfrentar a vida com o problema que tem. Mas ele não tem escolha. É seu carma. No entanto, através da narração de Via, Summer, Jack, Justin e Miranda, descobrimos o quanto os cinco são extraordinários por abrirem mão de escolhas fáceis para ajudarem August a suportar seu sofrimento. Não por obrigação, mas porque eles querem, porque amam Auggie. Isso é muito bonito e tão difícil de se encontrar no mundo real.

E me arrependo muito por ter virado a cara para Auggie e não ter comprado e lido esse livro há mais tempo.

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Puro Êxtase - Josy Stoque



"O vazio é uma nova oportunidade de se preencher" Como você se sentiria se seu relacionamento acabasse depois de dez anos? Sara Mello precisa recomeçar, recuperando o emprego como advogada e os sonhos perdidos. E como se não bastasse a mudança, a vida lhe faz mais uma surpresa através de um estranho em um bar, um convite irrecusável e uma noite inesquecível. Ela vai descobrir que é sexy, sentindo na pele o significado mais profundo do amor próprio. Abra sua mente, liberte suas fantasias mais ousadas e realize tudo o que tiver vontade.
STOQUE, Josy. Puro Êxtase: Erótico, Libertador, Controverso. Independente: 2014. 284 p.


Livros eróticos estão em alta já há algum tempo, e são vários os autores do gênero – geralmente autoras – que podem facilmente ser lembrados. Para quem ainda não sabe, também são muitos os autores nacionais que se embrenham nesse estilo, como é o caso de Josy Stoque, autora de Puro Êxtase.

No livro, Sara saiu há pouco tempo de um relacionamento conturbado e se sentia bastante ferida, tanto em seu orgulho – como profissional e como mulher -, quanto em relação ao fato de ter deixado a si mesma de lado por um casamento que fracassou. É no momento de sua redescoberta após a separação que a história se passa, e a personagem vai se reinventar pelo prazer, sem barreiras e sem preconceitos.

"Aprendi que, se eu não me valorizar, não me cuidar, não me amar, ninguém vai."

Quero deixar algo bem claro: eu gostei da história. Não criei um carinho especial, nem nada assim, mas há um potencial na obra. O único problema, no meu caso, foi que eu esperava uma profundidade que não veio, então meus comentários serão feitos nessa linha.

O primeiro ponto a ressaltar é que Josy se despe de qualquer preconceito e traz realidades que são mais comuns do que queremos admitir. É um texto para quem tem cabeça aberta e deixa as qualificações morais de lado na hora da leitura ou, definitivamente, não chegará ao final. Todas as fantasias possíveis estão ali, escancaradas, sem deixar muito à imaginação. A criatividade e a diversificação também não deixam nada a desejar. Essa era a proposta do livro e a autora conseguiu atingi-la.

A leitura do livro se faz rápida, pela linguagem simples e pela velocidade dos acontecimentos. No entanto, foram esses últimos que provocaram certo distanciamento com o enredo. Ainda que a autora tenha criado certa ambientação para o desenvolvimento da história, tive a impressão de que os fatos e pensamentos se repetiam quase todas as vezes que Sara não estava com alguém. E mesmo a criatividade para criar cenas bastante diferentes quando ela estava com alguém não impediu que o texto se tornasse muito do mesmo.

"Todo mundo precisa de novidade e de apimentar a vida. Nenhum amor sobrevive à rotina. Ninguém e nada é perfeito como nos contos de fadas, jamais. Temos que entrar em uma relação conscientes disto, porém os dois tem que fazer sua parte para que todo mundo saia satisfeito."

Ainda, é importante lembrar que Puro Êxtase é o primeiro livro de uma trilogia, e espero que a obra se aprofunde nas perspectivas dos personagens. Pelo que tenho visto nas redes sociais, o par romântico de Sara será Rodrigo, mas, nesse primeiro livro, muito pouco dele foi mostrado e, sinceramente, aquilo que foi não me fez sentir nada de mais por ele do que por qualquer outro personagem masculino do livro. Por isso, agora é esperar para ver se Puro Êxtase a 2 suprirá as lacunas deixadas neste primeiro volume e conseguirá me ganhar de vez – ou não.



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Novidades #84: Novo Conceito em Novembro


A Editora Novo Conceito já anunciou seus lançamentos para o próximo mês, e tem muita coisa boa. Os que mais me deixaram curiosa foram Vermelho como o sangue e Eve & Adam.

E quanto a vocês, quais querem ler?


Gerações da família Roux aprenderam essa lição da maneira mais difícil. Os amores tolos parecem, de fato, ser transmitidos por herança aos membros da família, o que determina um destino ameaçador para os descendentes mais jovens: os gêmeos Ava e Henry Lavender. Henry passou boa parte de sua mocidade sem falar, enquanto Ava que em todos os outros aspectos parece ser uma jovem normal nasceu com asas de pássaro.

Tentando compreender sua constituição tão peculiar e, ao mesmo tempo, desejando ardentemente se adaptar aos seus pares, a jovem Ava, aos 16 anos, decide revolver o passado de sua família e se aventura em um mundo muito maior, despreparada para o que ela iria descobrir e ingênua diante dos motivos distorcidos das demais pessoas. Pessoas como Nathaniel Sorrows, que confunde Ava com um anjo e cuja obsessão por ela cresce mais e mais até a noite da celebração do solstício de verão. Nessa noite, os céus se abrem, a chuva e as penas enchem o ar, enquanto a jornada de Ava e a saga de sua família caminham para um desenlace sombrio e emocionante.


Depois de construir uma sólida carreira como detetive particular - especializado em casos de infidelidade -, Rafe Sullivan perdeu a fé nas relações humanas. As únicas histórias de amor verdadeiro que conhece são a dos seus pais e as dos seus primos, que Vivem na Califórnia.

Quando Rafe precisa sair de Seattle para descansar e esfriar a cabeça, sua irmã, Mia, sugere uma temporada na cidadezinha onde a família costumava passar as férias de verão. No cenário de sua infância, Rafe reencontra Brooke Jansen, que, de garotinha doce e inocente, transformou-se em uma mulher de beleza incomum.

Nenhum dos dois consegue ignorar o clima de sedução, e é Brooke quem toma a iniciativa: ela propõe a Rafe um caso de verão, sem amarras nem cobranças. Rafe luta para convencê-la de que eles devem continuar sendo apenas amigos... embora ele mesmo não esteja 100% convencido disso.


No congelante inverno do Ártico, Lumikki Andersson encontra uma incrível quantidade de notas manchadas de vermelho, ainda úmidas, penduradas para secar no laboratório de fotografia da escola. Cédulas respingadas de sangue.

Aos 17 anos, Lumikki vive sozinha, longe de seus pais e do passado que deixou para trás. Em uma conceituada escola de arte, ela se concentra nos estudos, alheia aos flashes, à fofoca e às festinhas dominadas pelos garotos e garotas perfeitos.

Depois que se envolve sem querer no caso das cédulas sujas de sangue, Lumikki é arrastada por um turbilhão de eventos. Eventos que se mostram cada vez mais ameaçadores quando as provas apontam para policiais corruptos e para um traficante perigoso, conhecido pela brutalidade com que conduz os seus negócios.

Lumikki perde o controle sobre o mundo em que vive e descobre que esteve cega diante das forças que a puxavam para o fundo. Ela descobre também que o tempo está se esgotando. Quando o sangue mancha a neve, talvez seja tarde demais para salvar seus amigos. Ou a si mesma.


A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida.
Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos.


Todo mundo devia ter defeitos. Não é isso que nos torna interessantes? Não é isso que nos impede de sermos cópias uns dos outros?

Filha única da poderosa e fria geneticista Terra Spiker, Eve quase perde uma perna em um atropelamento. O processo de cura no luxuoso complexo Spiker transcorre com uma rapidez impressionante, o que desperta a curiosidade da menina.

Antes que Eve estreite os laços com Solo, um rapaz que compartilha segredos com a corporação, a Dra. Spiker propõe um desafi o a sua fi lha: Eve terá a chance de testar, em primeira mão, um software desenvolvido para manipular genes humanos. Ela poderá criar o garoto ideal, sob medida!

Mas brincar de Deus tem consequências, e agora Eve vai descobrir até que ponto existe perfeição.


Maximum Ride tem 14 anos. Ela e os seus amigos seriam crianças normais se não tivessem o dom de voar. Para algumas pessoas esse poder seria um sonho, mas, no caso da turma de Max, a vida se transformou em um pesadelo sem fim desde que a perseguição dos Apagadores começou.
Seja em cima das árvores do Central Park, em uma jornada escaldante no deserto da Califórnia ou nas entranhas do metrô de Nova York, Max e sua nova família lutam para compreender por que eles são diferentes de todos os outros seres humanos. A maior dúvida é: eles vão salvar a humanidade ou ajudar a destruí-la?
Impossível ficar indiferente a Max! Sarcástica, corajosa e meio impaciente, ela é a líder mais poderosa e forte que você já conheceu. Ao mesmo tempo em que luta para se proteger e salvar a vida dos seus amigos, Max tenta entender por que tudo tem que ser tão difícil e diferente para eles.
Se você gosta de ação rápida, dinâmica, daquelas de tirar o fôlego, com vilões que você ama odiar... Este é o seu livro! Uma aventura fantástica e imprevisível, que emociona e desperta a imaginação.



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A Aliança dos Castelos Ocultos - Série Controlados - Peterson Silva

Na série Controlados, a magia está em todo lugar. Os magos podem alterar os seus sentimentos, os seus pensamentos ou comandar as suas atitudes. Não se pode confiar em ninguém. No primeiro volume da série, A Aliança dos Castelos Ocultos, Heelum está cada vez mais próxima de uma verdadeira e perigosa transformação com a ascenção de grupos contrários à dominação dos magos. Mas estes não estão dispostos a ver a derrocada de seu império tácito, e um grande poder aproxima-se da liderança dos magos, clamando pela união de um mundo fragmentado. A Aliança dos Castelos Ocultos introduz o leitor a um mundo diferente, mas ao mundo em que vivemos: repleto de poderes invisíveis e da busca onipresente por justiça, liberdade e felicidade. (Skoob)

SILVA, Peterson. A Aliança dos Castelos Ocultos - Série Controlados. Independente: 2014. 472 p.


Fazia algum tempo que não lia nenhuma história ambientada em um universo fantástico, por isso gostei muito quando a Ju me passou Controlados através de uma parceria do Conjunto da Obra com o autor Peterson Silva.

A aventura se passa em um mundo chamado Heelum, cujo mapa o autor fez questão de desenhar para o leitor se familiarizar com a localização de cada região e cidade. Nesse mundo, alguns homens e mulheres aprenderam o uso da magia, que é diferente daquela que estamos acostumados a conhecer, e formaram grupos rivais ocultos da população, porque a maioria das pessoas teme e condena a sua prática.

Na obra de Peterson Silva, a magia representa o controle da mente e das emoções de outra pessoa. A ideia é original e bastante interessante. Inclusive a forma como é apresentada.

Funciona assim: quando um mago quer atacar ou controlar uma pessoa, ele entra em uma dimensão chamada Neborum, onde cada pessoa possui um castelo, que representa tudo o que ela é, o que ela pensa, o que já vivenciou, seus segredos, paixões, amores, etc. Cada um desses sentimentos e recordações ficam em salas e são representados de formas diferentes. Os magos tentam invadir esses castelos e controlar, ou mudar, o que a pessoa pensa ou sente. Inclusive, pode até matá-la. Cada mago tenta manter seu próprio castelo protegido desses ataques, mas nem sempre é forte o suficiente.

Existem mais algumas particularidades, como o tempo. Em Heelum, ele é um pouco diferente daquele que conhecemos.

“A palavra rosano vinha da língua antiga, a na-u-min. Roun, o nome em na-u-mim para o sol, juntava-se À palavra sana, de tempo. Um rosano se passava ao final do ciclo das quatro estações – cada uma com cinquenta e quatro dias: inasi-u-sana, a mais fria, na qual estavam já quase pela metade; kerlz-u-sana, a seguinte, mais bela e primorosa; torn-u-sana, a mais quente, e gargsek-u-sana, a cinzenta.”

Em Heelum o único lugar onde existe a cor branca é nos Arcos Brancos, localizado na capital, a Cidade Arcaica, que foi palco, no passado, de uma grande batalha entre os homens e magos. As nuvens são amarelas, os olhos das pessoas são pretos e azuis, os dentes amarelos, enfim, cada coisa que conhecemos no nosso mundo que é branca, em Heelum tem outra cor.

Tudo isso, o autor apresenta logo no início, o que ajuda a perder um pouco da confusão inicial. Então, somos inseridos em cinco histórias diferentes:

- Lamar, uma mago aprendiz, e seu algoz, Tornero, que por algum motivo quer destruí-lo e transformar a sua vida em um inferno;

- Leo, Leila, Fjor e Beneditt, quatro jovens que formam uma banda de rock, e que são convencidos a aceitar o contrato de um agente musical com planos misteriosos;

- Tadeu e Amanda, dois jovens apaixonados, mas cujo namoro é proibido pelos pais, porque eles fazem parte de grupos rivais de magia;

- Desmond, um mago sedento de poder, que faz qualquer coisa para atingir seus objetivos;

- Kan, um mago que é envolvido em crimes e politicagem, e Dalki, o policial que o persegue;

- Jen e Richard, uma estudante e um guia em busca da comprovação de uma tese sobre monstros.

Cada uma dessas histórias é contada em capítulos alternados, entretanto não ocorrem em paralelo, uma vez que a passagem de tempo é diferente de uma para a outra e os personagens nunca se encontram ou compartilham acontecimentos.

Posso dizer que as histórias de Tadeu e Amanda, e da banda de rock, foram as que mais gostei. Inclusive, a ideia de Tadeu, para fazer com que Amanda não sofresse mais pelo romance dos dois, é muito bem empregada dentro do contexto.

Infelizmente, nenhuma das cinco histórias é concluída, e a de Jen e Richard nem sequer começa direito. O leitor fica sem saber o que acontece, pelo menos até o segundo volume sair.

Apesar disso, e da narrativa e dos diálogos serem um pouco confusos, gostei da criatividade do autor e da potencialidade da obra após ser concluída. Espero que a continuação chegue logo. ;>)


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Tesão - Tico Santa Cruz


Sinopse: Esqueça a ordem poética da sedução neste livro de Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas Roque Clube. Porque os contos e poemas eróticos de Tesão conduzem o leitor a um mundo sem limites, sem preconceitos. A uma atmosfera enigmática que instiga a imaginação e desperta o desejo por uma aventura que entorpece o corpo. Carne, sexo, violência e força – o encontro de dois animais num confronto vital pela continuação da existência. O primitivo, o condenável, o que os outros não têm coragem de levar adiante por medo do pecado e do julgamento divino. Um prazer que assassinou a culpa, depois cuspiu o sangue no chão. (Skoob)

CRUZ, Tico Santa. Tesão. Belas-Letras: 2013. 128 p. 


Muito provavelmente vocês não sabem, mas eu sou apaixonada pelo Tico Santa Cruz. Adoro as músicas deles e, devido a isso, não podia deixar de ler os seus livros. "Tesão" é seu segundo lançamento e me surpreendeu tanto quanto "Clube da Insônia", que é o seu primeiro livro. 

O livro é composto por uma série de de poemas e contos e, como o próprio nome já indica, são de conteúdo altamente erótico. Justamente por esse "pequeno" detalhe, resolvi não colocar trechos nessa resenha (e porque eu morro de vergonha, sério), mas você pode ler alguns clicando aqui, se a curiosidade for muita. A linguagem usada pelo autor é bastante popular e até um pouco ousada, e tem o intuito de mostrar como o instinto do ser humano, principalmente o do sexo masculino, pode ser colocado a prova em momentos de forte desejo. 

Achei interessante a abordagem do Tico Santo Cruz sobre o sexo. No livro, ele é retratado como uma coisa pela qual não devamos ter vergonha. Com o mínimo de pudor possível, os textos mostram que, nessa hora, o que deve comandar é somente o desejo. Mesmo sem amor, conhecendo ou não pessoa, independentemente do lugar, a única coisa que importa é o prazer. 

Além disso, o livro tem mais um diferencial: é narrado pelo ponto de vista masculino, ou seja, é totalmente verdadeiro. Ficamos sabendo de tudo o que os homens pensam e tem uma atmosfera de de liberdade incrível, que é uma das características do homem. Outra coisa que me chamou atenção foram as referências do próprio Tico. Em diversos momentos da leitura nos deparamos com os seus próprios desejos, e achei isso super corajoso da parte dele, se expor assim. 

É claro que eu não podia deixar de comentar um pouco sobre a edição super caprichada da Editora Belas-Letras. A diagramação está incrível, com várias ilustrações do Carlinhos Muller que dão um toque a mais na leitura. Como sempre, a editora está de parabéns. Sou completamente apaixonada pelo cuidado e carinho que a Belas-Letras tem com os leitores. 

A leitura é bem rápida, li o livro em menos de quatro horas. Por favor gente, eu não sou uma tarada sexual ou algo do tipo, não me julguem mal (huaheaueahueaheuahe), mas a dica é que vocês não o leiam em público. Todo mundo ficou olhando para mim como se eu fosse uma ninfomaníaca (não sou, obrigada u.u). Porém, é uma leitura super agradável, divertida e instigante. 

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Novidades #83: Editora Intrínseca

http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2014/10/bebelaporai/

Isabela Freitas e a Editora Intrínseca têm viajado todo o Brasil para realizar a turnê do livro Não se Apega, Não. Alguns eventos já foram realizados, mas em algumas cidades a visita ainda acontecerá. Quem puder, vai lá conferir.

Aqui em Florianópolis, a visita acontece nesta sexta-feira *-* Ainda não tenho certeza se poderei ir, mas vou tentar muito!

~~*~~*~~

A Editora Intrínseca também tem ótimos lançamentos preparados para este mês de outubro. São vários títulos:


Até então inédito no Brasil, chega às livrarias O Dragão Renascido, terceiro livro da épica série de fantasia A Roda do Tempo, de Robert Jordan. Dizem as profecias que o lendário guerreiro conhecido como Dragão renascerá para derrotar de uma vez por todas o Tenebroso, poderosíssimo ente maligno. Rand Al’Thor decide que chegou a hora de seguir seu caminho e descobrir se ele é realmente o Dragão Renascido. Para tanto, ele vai à cidade de Tear, para testar uma das Profecias do Dragão: caso ele consiga empunhar Callandor, a Espada Que Não Pode Ser Tocada, ele terá provas de que é a reencarnação de Lews Therin Telamon. Seguindo os eventos de A grande caçada, Egwene e Nynaeve levam Mat para Tar Valon, onde ele precisa ser Curado, mas a presença de feiticeiras infiltradas que servem às forças do Tenebroso põe todos em perigo. Enquanto isso, Perrin e Moiraine partem para Tear, em busca de Rand, na esperança de que ele aceite orientação da feiticeira.

Doze mil anos atrás, seres poderosos desceram do céu entre fumaça e fogo e criaram a humanidade, deixando-nos regras segundo as quais viver. Precisavam de ouro, e, para extraí-lo, instalaram aqui as doze linhagens que deram origem às nossas antigas civilizações. Quando conseguiram o que queriam, foram embora. Mas avisaram que um dia retornariam e que, quando isso acontecesse, seria para o Jogo. O Jogo que determinaria nosso futuro. Os Jogadores terão que achar três chaves espalhadas pelo planeta. Quem achá-las primeiro ganha. Endgame: O Chamado acompanha a busca dos doze Jogadores pela primeira chave.



O Amor, essa entidade mítica, obstinada e perfeccionista, desempenha o papel de narrador na história real do casal Caio e Maria Augusta, pais da autora Adriana Falcão. Com linguagem poética e ao mesmo tempo bem-humorada, Adriana revela para seus leitores aquilo que poderia ser descrito como uma história trágica protagonizada por dois personagens atormentados por seus demônios. Apaixonados, Caio e Maria Augusta se casam no Rio de Janeiro da década de 1950 e têm três filhas. Todo o sentimento que eles compartilham não impede que a personalidade exuberante de Maria Augusta se torne mais obsessiva e asfixiante com o passar do tempo, apesar dos medicamentos e dos tratamentos psiquiátricos a que é submetida. Caio, por sua vez, aprofunda uma melancolia que existia nele desde a adolescência, e que culmina nos anos 1970 em tentativas de suicídio. Mais do que uma história com final dramático, trata-se de memórias afetivas que alternam momentos de intensa felicidade e outros tantos de dor.



http://www.intrinseca.com.br/blog/2014/09/estante-intrinseca-lancamentos-de-outubro-3/

Quem quiser conferir as sinopses dos demais livros, basta clicar na imagem acima.


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Trash - Andy Mulligan

Sinopse: Não por acaso, Raphael, Gardo e Rato são adolescentes que vivem e trabalham no lixão de Behala, situado em um país de terceiro mundo não nomeado, mas que poderia ser qualquer um da América Latina. A ocupação deles é revirar o lixo em busca de plástico e papel, de onde tiram o sustento da família. Dia após dia, sabem exatamente o que encontrarão: barro e mais barro. Ainda assim, sempre esperam por algo surpreendente, que altere essa difícil realidade. Até que eles enfim têm um dia de sorte – mas o bilhete premiado se mostra muito mais perigoso do que parecia. O segredo está em uma bolsa encontrada em meio ao lixo, contendo um documento, algum dinheiro e uma chave dourada que pode abrir todas as portas da miséria que os enclausura – ou fechá-las para sempre. (Skoob)

MULLIGAN, Andy. Trash. Cosac Naify, 2013. 226 p.

Oi! Aqui é o Carlos!

Queria contar que conheci três garotos incríveis: o Raphael; o Gardo, e o Rato (o nome dele é Jun-Jun, mas todos o conhecem pelo apelido, mesmo). Eles moram em um depósito de lixo chamado Behala, nas Filipinas. Sobrevivem vendendo aquilo que encontram. Sim, sobrevivem, porque não posso dizer que seja vida o que eles levam. Andam descalços para sentir o tipo de lixo que pisam. Assim sabem se é valioso o suficiente para justificar seu recolhimento.

Eles são muito leais, verdadeiros amigos. O Raphael tem 14 anos, é inteligente, sensível, amoroso. Tem um sorriso encantador.

O Gardo também tem 14 anos, é um pouco mais alto e forte, tem o cabelo raspado e é o protetor da turma, sempre disposto a enfrentar os perigos.

E o Rato, de 11 anos, é muito magro, cheio de segredos e planos, mas sempre encontra uma saída para os piores problemas.

Eles são incríveis! É muito fácil gostar deles.

Também conheci o padre Juilliard, o responsável pela Escola Missionária Pascal Aguila, que é feita de containers abandonados por navios e fica ao lado do lixão; e a irmã Olivia, uma inglesa que até quis adotar o Rato, mas o padre Juilliard não deixou.

E como conheci eles? Bem, um dia ouvi falar da história de três garotos que não tinham nada, a não ser seus ideais. E através deles, depuseram um importante político.

Fiquei curioso para saber como e fui atrás deles.

A polícia também. Ela queria fazê-los desaparecer.

Descobri que os três encontraram uma carteira com uma chave. A chave levou a uma carta. A carta a um código secreto. O código a um prisioneiro. O prisioneiro a uma bíblia. A bíblia a uma fortuna em dinheiro. O dinheiro... nossa, vocês não têm ideia do que aconteceu.

Mas como isso é possível, você se pergunta. Um certo Andy Mulligan lançou um livro com o depoimento dos três, do padre e da Olivia. Procure esse livro e conheça uma história de determinação, coragem, lealdade e honestidade.

Quanto a mim, depois de os conhecer e acompanhar sua aventura, fiquei triste por deixá-los. Mas a vida deles era outra, bem diferente da minha. Felizmente, não mais no lixão. E eles encontraram uma menina. Quem?

No fim, queria saber mais sobre eles, mas a única notícia que chegou até mim, é que... bem... vou deixar você mesmo descobrir.

Ah, também fiquei sabendo que a história deles rendeu um filme dirigido por um cara conhecido, o Stephen Daldry. Só que passado aqui no Brasil, o que não torna o lixão assim tão diferente. E nem os três garotos.


Mudaram algumas coisas para adaptar, mas poucas. Deram um rosto à polícia, o Selton Mello. Também tem o Wagner Moura como o autor da carta que eles encontraram no lixão. O padre Juilliard é o Martin Sheen, e a irmã Olivia é a Rooney Mara.

Não resisti e vi esse filme.


O Gardo e o Rato até ficaram parecidos. O Raphael ficou com o cabelo menos liso, mas O.K., valeu assim mesmo. De resto, eram eles. Os mesmos sorrisos, os mesmos olhares. Os três garotos do lixão de Behala, ou do Rio de Janeiro, ou de Belo Horizonte, ou de São Paulo, ou de qualquer outro lixão que transforma a vida em uma luta e onde o amanhã só é visto por um dia, uma vez que não se sabe se estará vivo quando amanhecer.


Saí do cinema com um sorriso no rosto e uma lágrima de saudades.

“Aprendi mais do que seria possível aprender em qualquer faculdade. Aprendi que o mundo gira em torno de dinheiro. Há valores, virtudes e morais; há relacionamentos, confiança e amor - tudo isso importa. No entanto, o dinheiro é mais importante, e pinga o tempo todo, como se fosse água. Alguns bebem muito dessa água; outros passam sede. Sem dinheiro, você encolhe e morre. A falta de dinheiro cria um deserto onde nada cresce. Ninguém sabe o valor da água até morar em um lugar árido e seco - como Behala. Tantas pessoas moram lá, esperando a chuva chegar.”


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