KING, Stephen. Joyland. Suma de Letras, 2015. 240 p.Sinopse: Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais. (Skoob)
Existem alguns escritores que são tão completos no seu ofício, tão dispersos nos gêneros, que nunca podemos ter certeza do que iremos encontrar em suas obras. Stephen King é um desses autores, e suas obras diferem entre si de forma absurda. Podemos encontrar terror, aventura, romance, mistério, ficção científica, fantasia ou, simplesmente, uma história sobre a nostalgia do amadurecimento do caráter e da justiça na busca por um assassino.
Apesar de Joyland ser vendido como uma história, onde um garoto conta com a ajuda do espírito de uma garota, assassinada anos antes, para pegar o assassino, o que você vai acompanhar é a trajetória de Devin Jones, um jovem universitário em busca de seu próprio lugar no mundo, e a redenção de uma mãe, que cortou relações com sua família para tentar dar um conforto ao seu filho, condenado a uma cadeira de rodas por causa de uma distrofia muscular.
A história de Linda Gray, a garota assassinada no parque, fica como pano de fundo e só ganha alguma importância, mas não muita, no final do livro. Stephen King preferiu se concentrar nos acontecimentos que, pouco a pouco, vão moldando Devin, e no relacionamento deste com Ann e Mike, a mãe e o garoto da cadeira de rodas.
Inclusive, no fim do livro, quando Linda Gray tem alguma participação efetiva, esta serve apenas para encerrar seu martírio de permanecer vagando em nosso mundo, e para confirmar a sensibilidade de Mike em perceber coisas que pessoais normais não percebem. Não que Mike possua algum poder, mas, sim, pelo fato dele estar mais perto do mundo do além do que do nosso.
Joyland não é, nem de longe, o melhor livro de Stephen King, mas isso não significa que seja ruim. Pelo contrário. King sabe compor personagens com carisma e com um background complexo o suficiente para causar verossimilhança. Ele sabe conduzir uma história, por mais simples que ela seja, de forma a criar curiosidade e interesse na sua conclusão.
King não é apenas um autor de histórias fantásticas, mas também de personagens fantásticos. A ligação construída entre Devin, Ann e Mike é cuidadosa, sem pressa, criando um elo emocional que vai crescendo até que o leitor se sente emocionalmente preso.
O desfecho de Joyland emociona, não pela tristeza, mas pela constatação de que a vida nem sempre nos fornece o suficiente para ter um final 100% feliz.
Apesar de Joyland ser vendido como uma história, onde um garoto conta com a ajuda do espírito de uma garota, assassinada anos antes, para pegar o assassino, o que você vai acompanhar é a trajetória de Devin Jones, um jovem universitário em busca de seu próprio lugar no mundo, e a redenção de uma mãe, que cortou relações com sua família para tentar dar um conforto ao seu filho, condenado a uma cadeira de rodas por causa de uma distrofia muscular.
"Ele desenrolou a linha e a pipa subiu, primeiro sobre a areia e depois sobre o mar, indo cada vez mais alto naquele azul de fim de tarde em setembro. Eu observei por algum tempo, depois arrisquei um olhar para a mulher. Ela não se enrijeceu com meu olhar porque não o viu. Toda a sua atenção estava no filho. Acho que nunca vi tanto amor e tanta felicidade no rosto de uma pessoa. Porque ele estava feliz. Os olhos dele brilhavam e a tosse havia parado."
A história de Linda Gray, a garota assassinada no parque, fica como pano de fundo e só ganha alguma importância, mas não muita, no final do livro. Stephen King preferiu se concentrar nos acontecimentos que, pouco a pouco, vão moldando Devin, e no relacionamento deste com Ann e Mike, a mãe e o garoto da cadeira de rodas.
Inclusive, no fim do livro, quando Linda Gray tem alguma participação efetiva, esta serve apenas para encerrar seu martírio de permanecer vagando em nosso mundo, e para confirmar a sensibilidade de Mike em perceber coisas que pessoais normais não percebem. Não que Mike possua algum poder, mas, sim, pelo fato dele estar mais perto do mundo do além do que do nosso.
Joyland não é, nem de longe, o melhor livro de Stephen King, mas isso não significa que seja ruim. Pelo contrário. King sabe compor personagens com carisma e com um background complexo o suficiente para causar verossimilhança. Ele sabe conduzir uma história, por mais simples que ela seja, de forma a criar curiosidade e interesse na sua conclusão.
King não é apenas um autor de histórias fantásticas, mas também de personagens fantásticos. A ligação construída entre Devin, Ann e Mike é cuidadosa, sem pressa, criando um elo emocional que vai crescendo até que o leitor se sente emocionalmente preso.
O desfecho de Joyland emociona, não pela tristeza, mas pela constatação de que a vida nem sempre nos fornece o suficiente para ter um final 100% feliz.
Estou doida pra ler esse livro, curto muito uma escrita do Stephen King e cada resenha que leio dele me deixa ainda mais curiosa em conferi essa história.
ResponderExcluirSempre quis ler algum livro do Stephen King mas nunca tive oportunidade. Sempre pensei que ele só escrevesse histórias de terror e gostei de saber que ele tem outros lados também. Espero ler um livro dele em breve.
ResponderExcluirOi Carlos!
ResponderExcluirEu tenho muito medo de ler os livros do King. Quer dizer, eu sou medrosa demais, então fico pensando que nem vou dormir direito à noite, como aconteceu quando li O Iluminado, rs. Enfim, o que eu quero dizer que Joyland não está lá muito na minha lista de desejados ou de leitura, por mais que a história de Linda não seja o foco do livro. Acho que não existe, pelo que eu vejo por aí, algum livro do King que seja ruim, né?
Beijo!
http://www.roendolivros.com
Então... O King tem um sério problema nos finais. Alguns livros dele são muito bons até que o final estraga tudo. It por exemplo, é ótimo, mas o final é ridículo, muito mesmo!!!! Rssss
ExcluirJá ouvi falar muito de Stephen King e seus incríveis livros, mas nunca os li :(
ResponderExcluirEsse ano estou lendo diversas resenhas de seus livros e procurando o ideal para mim ler. Achei interessante o fato de Mike ver espíritos, uma narrativa bem diferente dos livros que já li. Gostei e anotarei esse como uma opção de leitura dos livros de King :)
olha Carlos, eu não sou muito fã do gênero, e nem do autor. não acompanho. mas me surpreendeu em sua resenha, ver que Stephen King deixou um pouco de lado aquela tensão, aquele suspense, pra ficar um pouco mais com o drama pessoal de seus personagens. como vc aponta na resenha, esse elo emocional entre alguns personagens é bem presente no livro. o que não me surpreende, é não ter o final feliz. em um livro de King, isso é praticamente inexistente hahaha! mas ta anotado a dica, quem sabe eu leia =)
ResponderExcluirOi Carlos!
ResponderExcluirEu sou super fã do King e adorei esse livro. Mas achei ele bem diferente dos outros livros do autor. Porém, como você comentou, ele é ótimo em construir personagens, e eu me emocionei bastante com a história do trio principal.
Beijos,
Sora - Meu Jardim de Livros
Olá.
ResponderExcluirQuero muito ler esse livro e gostei muito da sua resenha. Parabéns!!!
Li dois livros do autor até agora e um gostei e o outro achei um pouco confuso. Ganhei esse livro e ainda não li, mas eu achava que a historia girava mais em torno do mistério na morte no parque, não sabia da trajetória de Devin e sua mãe.
ResponderExcluirCarlos!
ResponderExcluirEstou com o livro aqui para leitura e pelo visto não segue a linha dos livros anteriores do King, ainda assim parece uma ótima leitura, porque como falou, ele é um escritor de personagens fantásticas.
“Sonhar é acordar-se para dentro.” (Mario Quintana)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participe do TOP COMENTARISTA de Janeiro, são 4 livros e 3 ganhadores!
Ainda não li nada desse autor, mas tem muita gente fan dos livros dele, entretanto o gênero literário abordado nos livros, não e muito o que gosto de ler, e por isso acabo não me interessando pelos livros dele, mas para quem gosta e uma boa indicação de leitura.
ResponderExcluirOi Ju nunca li nada desa escritora mas sempre que leio uma resenha do livro dela só leio elogios com certeza vou ler esse livro que você indicou e você fez uma resenha incrível bjs.
ResponderExcluirOi, Ju!
ResponderExcluirO meu gênero de filme preferido é de terror, mas até hoje nunca li um livro do mesmo gênero. Não pretendo ler Joyland, não gostei na historia.
Beijokas!
faz tempo que eu não leio nada do king e apesar dele ser considerado o mestre do terror eu gosto mais do livro de fantasia dele.
ResponderExcluireu não sabia que o joyland tinha esse lado de busca e redenção. achava que era mais sobre o assassinato em si. adorei saber que tem mais do que eu esperava e definitivamente eu vou ler =)
Oi!
ResponderExcluirJá ouvir falar tanto do Stephen King que fiquei muito curiosa para ler algo dele e poder conhecer sua escrita mas Joyland não foi um livro dele que me interessou !!
Eu Preciso ler um livro dele porque eu quero começa ler livros de terror e ha ouvi muito bem dele e quero começa pelos livros dele e um dele é esse que eu amei a capa.
ResponderExcluirBjss
Não sei porque ainda não consegui ler nenhum livro de Stephen King, pois até agora não me atraiu nenhuma obra do autor.
ResponderExcluirMas apesar disso ainda vou tentar ler algo dele e analisar realmente o que eu penso.
Já li o livro e gostei muito, os personagens e a história são envolventes. Sua resenha tem algumas coisas à ver com minha opinião sobre a obra, gostei muito do post ^^ Abraços.
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