Sinopse: Duny (lê-se Dani) é uma celebridade de alcance mundial, alçada ao estrelato por seu imenso talento, inteligência, classe e beleza incomparáveis. Ou, pelo menos, era isso o que ela esperava da vida - que, no caso de Duny, se resume basicamente a um loop infinito de lacres, barracos e baixarias cometidos em busca da fama. Meu livro. Eu que escrevi é o maior deles. Conhecida dos fãs principalmente por trabalhar e morar na Pensão da Tia Ruiva e ser uma das estrelas da websérie Girls in the House, Duny hoje comanda também o reality show investigativo Disk Duny e é comentarista on-line de premiações como o Oscar e o Grammy para uma grande rede de TV, mas ela já passou por muita coisa nessa vida: da humilhação pública de fazer gachamentos em trajes sumários num programa de auditório a fingir que suporta crianças só para ser babá da filha de uma artista famosíssima e ficar um tantinho mais perto dos maiores nomes da música pop. Se valeu a pena? Para Duny, ainda vamos saber. Mas, para quem lê essa autobiografia recheada do início ao fim com o melhor da ironia (ou grosseria) moderna e total ausência de preciosismo vernacular, vale cada página. (Skoob)
PHILLIPS, Raony. Meu Livro. Eu que escrevi. Editora Intrínseca, 2017. 168 p.
Quando se tem um blog, às vezes é necessário fazer a leitura de um livro de que se tem quase certeza de que é uma bomba, ruim mesmo. E quando a história é escrita por um youtuber, aí a coisa piora, principalmente pelos péssimos exemplos de livros que já li. Mas como eu já conhecia o canal do Raony Phillips e os vídeos que ele produz, cheios de tiradas que representam aquilo que nós mesmos sentimos vontade de dizer em diversos momentos de nosso dia a dia, resolvi arriscar mais uma vez e começar a leitura de Meu livro. Eu que escrevi.
E não é que gostei?
A história é narrada em primeira pessoa e é episódica, ou seja, em cada capítulo, acompanhamos Duny contando alguma situação de sua vida. Existem pequenas ligações entre eles, como quando reaparecem alguns personagens. As situações seguem a mesma linha dos episódios no Youtube, e o humor escrachado e desbocado está todo lá.
Quando se faz a análise de um livro de humor, não há como fugir da subjetividade, uma vez que a arte de fazer rir está diretamente ligada à percepção emotiva de quem vê, ouve ou lê. Dependendo do emocional de quem recebe, não há piada boa o suficiente para fazer rir, ou então, apenas uma simples frase já é capaz de fazer surgir uma enorme gargalhada.
Assim, vou dividir a resenha em duas pequenas partes. Primeiro, de forma objetiva, a primeira coisa que reparei quando peguei o livro, foi na qualidade da produção da obra. A Intrínseca fez um trabalho caprichado, que vocês podem conferir no vídeo no fim desta página. E também fez um ótimo trabalho na revisão do texto, praticamente sem erros e muito bem escrito. Nota-se que houve uma preocupação para que a narrativa seguisse o padrão das obras da editora, algo que não foi feito em outras obras de youtubers não pertencentes à Intrínseca.
A lógica sequencial das aventuras de Duny está muito bem construída, os eventos se ligam de forma perfeita e, em algumas partes, até surpreendem. Para um texto que é essencialmente cômico, é muito gratificante fazer a leitura sem ficar incomodado com erros bobos ou em algum descaso no que é narrado.
Partindo para o lado subjetivo, eu gosto de situações onde a personagem vive com o botão do foda-se ligado o tempo todo. Duny só entra em frias, só faz merda, mas mantém sua autoestima, fala o que pensa, doa a quem doer, e se ferra com isso. Mas, mesmo assim, mantém sua integridade e sinceridade. Em algumas partes, não tive como segurar gargalhadas pelas coisas que ela diz, faz e pensa.
As situações em que Duny se mete, tudo para conseguir dinheiro e fama, refletem perfeitamente as atitudes de 90% dos youtubers, que são capazes de fazer qualquer idiotice, por mais escrota que seja, por mais amoral que seja, apenas para conseguirem o mesmo que ela.
Por causa desse humor ácido, talvez a leitura não agrade a todos. Por isso, fiz questão de separar a resenha em duas partes. Não há como contestar que Meu livro. Eu que escrevi. é um bom livro, uma vez que ele é, tecnicamente, irrepreensível. Entretanto, ele não é para qualquer público, muitos não irão conseguir rir do que acontece. Mas isso não se deve a uma falha na criação do texto, mas apenas ao que a própria pessoa considera como engraçado.
Se você está em dúvida, assista alguns vídeos feitos por Raony no Youtube. Se você rir, compre o livro sem qualquer medo. Se você não rir? Bem, compre assim mesmo, quem sabe lendo, não mude de opinião?
E não é que gostei?
A história é narrada em primeira pessoa e é episódica, ou seja, em cada capítulo, acompanhamos Duny contando alguma situação de sua vida. Existem pequenas ligações entre eles, como quando reaparecem alguns personagens. As situações seguem a mesma linha dos episódios no Youtube, e o humor escrachado e desbocado está todo lá.
Quando se faz a análise de um livro de humor, não há como fugir da subjetividade, uma vez que a arte de fazer rir está diretamente ligada à percepção emotiva de quem vê, ouve ou lê. Dependendo do emocional de quem recebe, não há piada boa o suficiente para fazer rir, ou então, apenas uma simples frase já é capaz de fazer surgir uma enorme gargalhada.
Assim, vou dividir a resenha em duas pequenas partes. Primeiro, de forma objetiva, a primeira coisa que reparei quando peguei o livro, foi na qualidade da produção da obra. A Intrínseca fez um trabalho caprichado, que vocês podem conferir no vídeo no fim desta página. E também fez um ótimo trabalho na revisão do texto, praticamente sem erros e muito bem escrito. Nota-se que houve uma preocupação para que a narrativa seguisse o padrão das obras da editora, algo que não foi feito em outras obras de youtubers não pertencentes à Intrínseca.
A lógica sequencial das aventuras de Duny está muito bem construída, os eventos se ligam de forma perfeita e, em algumas partes, até surpreendem. Para um texto que é essencialmente cômico, é muito gratificante fazer a leitura sem ficar incomodado com erros bobos ou em algum descaso no que é narrado.
Partindo para o lado subjetivo, eu gosto de situações onde a personagem vive com o botão do foda-se ligado o tempo todo. Duny só entra em frias, só faz merda, mas mantém sua autoestima, fala o que pensa, doa a quem doer, e se ferra com isso. Mas, mesmo assim, mantém sua integridade e sinceridade. Em algumas partes, não tive como segurar gargalhadas pelas coisas que ela diz, faz e pensa.
As situações em que Duny se mete, tudo para conseguir dinheiro e fama, refletem perfeitamente as atitudes de 90% dos youtubers, que são capazes de fazer qualquer idiotice, por mais escrota que seja, por mais amoral que seja, apenas para conseguirem o mesmo que ela.
Por causa desse humor ácido, talvez a leitura não agrade a todos. Por isso, fiz questão de separar a resenha em duas partes. Não há como contestar que Meu livro. Eu que escrevi. é um bom livro, uma vez que ele é, tecnicamente, irrepreensível. Entretanto, ele não é para qualquer público, muitos não irão conseguir rir do que acontece. Mas isso não se deve a uma falha na criação do texto, mas apenas ao que a própria pessoa considera como engraçado.
Se você está em dúvida, assista alguns vídeos feitos por Raony no Youtube. Se você rir, compre o livro sem qualquer medo. Se você não rir? Bem, compre assim mesmo, quem sabe lendo, não mude de opinião?
Oi! Tudo bem?
ResponderExcluirGosto muito da série do youtube Girls in the House e eu adoro a Duny, dou altas gargalhadas com ela. Acho que ao ler esse livro não será diferente, gosto do humor que o Rao trás. Ainda não tive a oportunidade de ler esse livro, mas quando tiver com certeza eu vou lê-lo.
Beijos.
Ola!!
ResponderExcluirNão sou muito fã de livros de youtubers, também nunca assista vídeos feitos por Raony, mas achei interessante o livro pelo motivo da Duny falar o que pensa seja para quem for, gostaria de conhecer as aventuras da Duny, acho que vou divertir muito, quero ter a oportunidade de ler!!!
Gosto da série e adoro a Duny ainda bem que o livro é igual a série, tem esse humor e jeito de não to nem aí e foda-se da Duny, acho ela incrível pois diz o que pensa sem rodeios e não quer nem saber se vão gostar ou não rs. Não sabia que o autor é um youtuber, ainda não li nenhum livro de youtuber. Mas tenho vontade de ler esse.
ResponderExcluirCarl!
ResponderExcluirAssim... gosto dos livros com humor cáustico e com muita confusão, porque pelo visto a protagonista super gosta de um barraco, mas não gosto muito dos livros escritos por youtubers...mas, sempre gosto de dar uma oportunidade, afinal, não tenho preconceito em relação a leitura e se recomendou, para mim é grande indicação.
Vamos arriscar a leitura, né?
Que outubro venha carregado de boas energias!
“O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida.” (Franz Kafka)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Olá! Num sou muito fã de livros de youtubers não, porem essa sua resenha me deixou bem curiosa em conferi isso tudo que foi dito aqui, vou dá um olha nos vídeos feitos por Raony no Youtube e depois talvez arrisque essa leitura.
ResponderExcluirDesde que vi este livro entre os lançamentos da editora, que tenho visto os burburinhos a respeito da leitura desta estória, até pelo fato da autora ser uma youtuber, ou como você mesmo citou pela questão de a pessoa achar algo engraçado vai ser bem subjetivo e vai de pessoa para a pessoa. Eu particularmente ainda não tive interesse pela obra, porém quem sabe futuramente eu queira dar uma chance a leitura.
ResponderExcluirEu nunca li livro de youtuber por que até o momento não teve nem um livro deste estilo que chamou minha atenção, que bom que você acabou gostando deste livro, fiquei até curiosa para ler ele, quem sabe futuramente eu acabe conferindo esta história.
ResponderExcluirNão gosto de livros de youtubers, porém gosto muito da série e da personagem e eu dou muuuita risada com esse humor dela.
ResponderExcluirDesde livro lançou fiquei com vontade de dar chance a leitura por causa desse humor ácido que tem mesmo, que pode não ser realmente atrativo para algumas pessoas.
beijos
She is a Bookaholic