Sinopse: O mundo parece estar enlouquecendo!
Em toda parte, as pessoas começam a ter visões. Um adolescente francês assiste Joana D'Arc ser queimada na fogueira, e até tenta tirar uma foto com o celular, e a presidente dos Estados Unidos tem visões de seus antecessores dentro da Casa Branca. Ninguém sabe se essas misteriosas aparições são uma espécie de alucinação coletiva, uma doença virótica causada por bioterrorismo ou se são sinais do Apocalipse. Ocorrem suicídios em massa em várias partes do mundo, e o psiquiatra e neurocientista John Macbeth, à frente de um projeto para criar uma inteligência artificial autônoma, busca freneticamente uma resposta antes que seja tarde demais. Ele descobre que a verdade por trás de tudo pode mudar os rumos da humanidade para sempre. E até custar a sua vida. Uma história eletrizante que o fará questionar sua perspectiva da realidade. E até mesmo a sua sanidade. (Skoob)
Imaginar um thriller apocalíptico que envolve uma série de suicídios em massa, alucinações, pessoas que presenciam fatos históricos acontecidos há centenas ou milhares de anos e um quê de matrix é um pouco difícil, mas essa é a base de O terceiro testamento, de Christopher Galt. Meio louco, eu concordo, e por isso comecei a leitura sem saber o que esperar dessa mistura, mas não é que deu certo?
Essa construção, que altera o ponto de vista com o passar dos capítulos, dá dinamicidade ao texto, já que não se prende exclusivamente ao núcleo central da história. Por outro lado, essas passagens se tornam bastante cansativas em alguns momentos, visto que, depois de acompanhar as visões de dois ou três desses personagens aleatórios e entender como ocorria essa anomalia, eu estava mais interessada em me centrar no cerne da trama e entender o que estava causando tudo aquilo de uma vez.
No entanto, esses saltos de perspectiva se estenderam até o fim do livro e toda vez que aparecia um novo personagem, batia um desânimo de começar o novo capítulo desse até então desconhecido. E o pior de tudo foi perceber, ao final do livro, que eles não são mesmo tão importantes e não fariam muita falta se não estivessem presentes. Devo destacar que esse foi um problema que se apresentou para a minha leitura, e foi mais motivacional do que do texto em si, porque assim que começava a ler, eu mergulhava inteiramente na nova trama e esquecia minha birra, inclusive com vontade de ler um pouco mais sobre cada uma delas. Outro leitor poderia achar essas passagens mais interessantes que todo o resto, aliás.
Fora esse problema, a leitura de O terceiro testamento foi bastante interessante. Mesmo com capítulos curtos e uma escrita ágil, o livro tem um enredo denso, por vários motivos. Primeiro porque envolve aspectos psicológicos intensos, afinal Macbeth é psiquiatra e, além de se autoavaliar constantemente, ele discorre minucias sobre doenças mentais, os eventos alucinatórios e as possíveis causas originadas da mente.
Além disso, há frequentes referências a conceitos abstratos da física, da tecnologia como um todo e mesmo da filosofia, o que insere uma grandes reflexões a cada diálogo. Particularmente, isso foi o que mais me interessou no livro, mesmo porque a linguagem utilizada para explicar esses conceitos eram simplificadas e claras, mesmo para os iniciantes dessas áreas. Nesse aspecto, a trama me lembrou um pouco de Matéria Escura, uma das melhores leituras que fiz em 2017, e utiliza até as mesmas referências, como a experiência do Gato de Schrödinger.
O livro consegue ainda trazer uma construção psicológica complexa de todos os personagens - que são muitos -, o que enriquece a trama e permite um vínculo entre o leitor e a história. É interessante ver que todos eles são consistentes e ricos, pois mesmo em poucas páginas o autor conseguiu dar forma às suas características mais imateriais. Fica claro o conhecimento de Galt nas mais diversas áreas, já que não seria possível construir uma trama tão complexa se não tivesse instrução nas matérias discutidas na obra.
Quase ao fim da leitura, descobri que Christopher Galt é, na verdade, um pseudônimo do autor Craig Russel. Só vim a conhecer essa informação quando Craig Russel curtiu e retweetou meu tweet sobre o livro, e eu fui pesquisar quem seria ele. O autor, que escreve romances policiais, parece ter criado o pseudônimo para assinar as tramas que fogem a esse gênero, embora O terceiro testamento seja a única até o momento. Preciso confessar que me senti importante, rsrs.
O fechamento do livro é surpreendente, irônico e sugestivo, e nos faz questionar até que ponto o que vemos é ou não real - mesmo as coisas mais simples do dia a dia. Talvez não seja uma leitura para todos, pois exige raciocínio constante para acompanhar a história. Para quem quer uma leitura mais aprofundada, tenho certeza de que será uma ótima opção.
Nossa que livro é esse hem, curto muito um thriller apocalíptico e esse parece super interessante, envolvente e eletrizante, essa resenha me deixou mega curiosa em conferi isso tudo.
ResponderExcluirTá super bem falado esse livro e estou ansiosa para ler logo, já li criticas positivas a respeito e achei bem legal e diferente do seu modo de envolver o leitor e que nos fazem pensar em muitas coisas.
ResponderExcluirAté mais!!!
Acho que este livro será de arrepiar, um livro para ler com atenção, para podermos refletir sobre o assunto abordado.
ResponderExcluirOi Ju :)
ResponderExcluirQue legal que recebeu um retweet do escritor! Queria ser famosinha assim haha
Sobre o livro, eu gostei da premissa e por ser tipo um thriller psicológico que eu gosto d+. Porém, também me incomoda integrar e dar vazão a personagens que nada acrescentam na história, acaba inserindo só pra encher linguiça. Mas enfim, gostei da premissa e acho que vou ler futuramente.
Abc
Eu fiquei bastante interessada nesse livro,é interessante o tema, um tanto assustador imaginar esses acontecimentos, gosto muito de temas que envolvem o pensamento humano, de forma de pensar, com visões, alucinações temas ligados a neurociência. ótima resenha e dica anotada.
ResponderExcluirAbçs
Ju!
ResponderExcluirBom demais ver um thriller psicológico com características de ficção científica e muito bem explicada pelo autor, de forma que o leitor, leigo no assunto, possa entender plenamente o significado de tudo, para poder entender a trama.
As vezes tenho dificuldade quando tem muitas pesonagens, mas pelo visto, no final, cada um tem seu papel no enredo para definar a trama.
Gostei.
Desejo um ótimo final de semana!
“É preciso já ser sábio para amar a sabedoria.” (Friedrich Schiller)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirGostei mto de conhece esse livro, o enredo me agradou mto, eu adoro o gênero, sem contar que a escrita pega o leitor de uma maneira bacana, vou anotar na listinha!
Bjs!
Fiquei bem curiosa em ler esse livro, pois requer atenção na leitura e achei bem misterioso o que esta acontecendo com as pessoas, ou se é apenas imaginação delas, deve mexer com as nossas emoções e o nosso psicológico fazendo com que duvidemos de tudo, isso deve deixar a leitura bem interessante para lermos logo e saber o desfecho.
ResponderExcluirOi Ju!!!
ResponderExcluirAdmito que no momento que você disse que o livro tem uma pegada Matrix já fiquei com os olhos vidrados de curiosidade pelo que viria sobre a resenha 0.0
Amei a ideia do autor e sinceramente fiquei pensando como seria se passássemos por essa situação, acho que provavelmente diriam que as pessoas estão ficando loucas.
E é maravilhoso quando um autor curte nossas postagens, porque demonstra que mesmo que não seja do país ele reconhece a gente lá de longe :3
Parabéns pela resenha.
lereliterario.blogspot.com