Sinopse: Abigail Rook deixou sua família na Inglaterra para encontrar uma vida mais empolgante além dos limites de seu lar. Entre caminhos e descaminhos, no gelado janeiro de 1892 ela desembarca na cidade de New Fiddleham. Tudo o que precisa é de um emprego de verdade, então, sua busca a leva diretamente para Jackaby, o estranho detetive que afirma ser capaz de identificar o sobrenatural. Contratada como assistente, em seu primeiro dia de trabalho Abigail se vê no meio de um caso emocionante: um serial killer está à solta na cidade. A polícia está convencida de que se trata de um vilão comum, contudo, para Jackaby, o assassino com certeza não é uma criatura humana. Será que Abigail conseguirá acompanhar os passos desse homem tão excêntrico? Ela finalmente encontrou a aventura com a qual tanto sonhara. Prepare-se para desvendar este mistério! Um livro destinado aos fãs de Sherlock Holmes e Doctor Who. Eleito o melhor livro jovem 2014 pela Kirkus Review e um dos 40 melhores YA da estação pela CNN e vencedor do prêmio Pacific Northwest 2015. (Skoob)
RITTER, William. Jackaby. Editora Única, 2015. 256 p.
Quando comprei o livro, não sabia bem o que esperar de Jackaby. A promessa na capa era a de uma mistura de Sherlock Holmes e Doutor Who, com aventuras passadas na velha Londres. Ou seja, poderia ser algo muito, muito ruim...ou não.
Felizmente, é uma das mais divertidas aventuras que já li. Só que na verdade, é uma mistura de Sherlock Holmes e Supernatural, porque é um detetive, com o dom de ver criaturas fantásticas, sua ajudante cética e muitos assassinatos e monstros sobrenaturais. E isso meio que me surpreendeu, porque não esperava que a história entrasse tanto quanto entra nesse mundo.
Jackaby é uma cópia fiel de Sherlock, inclusive com sua frieza de comportamento e raciocínio, seus tiques para descobrir pistas, seu escritório caótico e sua total inabilidade para interagir com as pessoas. E Abigail, a jovem donzela que entra à força na vida de Jackaby, é um reflexo mais divertido do Dr. Whatson. Isso, porque ela é simpática, atrevida, persistente, sarcástica, enfim, totalmente cativante e a melhor personagem do livro. Sua presença é tão marcante, não só por ser ela quem narra a aventura, que chega a ofuscar a de Jackaby. E isso não é ruim, porque, pelo tom rude do detetive, o leitor poderia não se interessar pela obra.
O mesmo acontece com os livros de Conan Doyle. A principal função do Dr. Whatson não é auxiliar Holmes, mas criar uma ponte de identificação do leitor com a história. Whatson é o próprio leitor, que acompanha o detetive e vai descobrindo, aos poucos, o que está acontecendo. Ele é a nossa personificação dentro do livro. Abigail tem exatamente a mesma função.
Quanto à narrativa, que por ser em primeira pessoa, e pela visão de uma mulher frágil em um mundo onde a mulher ainda não tem vez, torna-se bastante intimista, interessante e facilita a sensação de perigo e impotência. Além disso, todas as descrições dos locais, situações e monstros, são muito bem escritas, na medida certa, sem cansar a leitura ou criar parágrafos inúteis. A aventura é contada na sua essência, e isso torna a leitura mais ágil, mais interessante.
Os personagens secundários são interessantes e têm uma função específica dentro da história, como uma fantasma, um homem transformado em um pato, um policial jovem, que mantém um segredo, um delegado turrão, entre outros. O interessante, é que todos convergem em um ponto da história, criando uma dramaticidade que deixa as últimas páginas do livro difíceis de largar.
Dentre as criaturas, não pense que as conhece conforme elas vão aparecendo. O autor se baseou nas lendas escocesas e inglesas, dando uma novidade a alguns monstros que o leitor pensa conhecer por outras obras. Eu mesmo achei que dois deles seriam uma coisa, e depois descobrir que eles eram algo totalmente diferente. Inclusive na forma de matar. Ou seja, se eu fosse o detetive e me baseasse, por exemplo, no que pode matar um vampiro, teria me ferrado, porque não seria um vampiro que eu iria enfrentar, mas algo semelhante, de outras lendas.
Jackaby é uma série que já tem três volumes, mas apenas um publicado no Brasil, o que é uma pena, uma vez que fiquei ansioso para a leitura de uma nova aventura. Indico muito para quem gosta de livros policiais, de fantasia e de terror. Tudo misturado com mãos competentes, proporcionando uma leitura deliciosa.
Felizmente, é uma das mais divertidas aventuras que já li. Só que na verdade, é uma mistura de Sherlock Holmes e Supernatural, porque é um detetive, com o dom de ver criaturas fantásticas, sua ajudante cética e muitos assassinatos e monstros sobrenaturais. E isso meio que me surpreendeu, porque não esperava que a história entrasse tanto quanto entra nesse mundo.
Jackaby é uma cópia fiel de Sherlock, inclusive com sua frieza de comportamento e raciocínio, seus tiques para descobrir pistas, seu escritório caótico e sua total inabilidade para interagir com as pessoas. E Abigail, a jovem donzela que entra à força na vida de Jackaby, é um reflexo mais divertido do Dr. Whatson. Isso, porque ela é simpática, atrevida, persistente, sarcástica, enfim, totalmente cativante e a melhor personagem do livro. Sua presença é tão marcante, não só por ser ela quem narra a aventura, que chega a ofuscar a de Jackaby. E isso não é ruim, porque, pelo tom rude do detetive, o leitor poderia não se interessar pela obra.
O mesmo acontece com os livros de Conan Doyle. A principal função do Dr. Whatson não é auxiliar Holmes, mas criar uma ponte de identificação do leitor com a história. Whatson é o próprio leitor, que acompanha o detetive e vai descobrindo, aos poucos, o que está acontecendo. Ele é a nossa personificação dentro do livro. Abigail tem exatamente a mesma função.
Quanto à narrativa, que por ser em primeira pessoa, e pela visão de uma mulher frágil em um mundo onde a mulher ainda não tem vez, torna-se bastante intimista, interessante e facilita a sensação de perigo e impotência. Além disso, todas as descrições dos locais, situações e monstros, são muito bem escritas, na medida certa, sem cansar a leitura ou criar parágrafos inúteis. A aventura é contada na sua essência, e isso torna a leitura mais ágil, mais interessante.
Os personagens secundários são interessantes e têm uma função específica dentro da história, como uma fantasma, um homem transformado em um pato, um policial jovem, que mantém um segredo, um delegado turrão, entre outros. O interessante, é que todos convergem em um ponto da história, criando uma dramaticidade que deixa as últimas páginas do livro difíceis de largar.
Dentre as criaturas, não pense que as conhece conforme elas vão aparecendo. O autor se baseou nas lendas escocesas e inglesas, dando uma novidade a alguns monstros que o leitor pensa conhecer por outras obras. Eu mesmo achei que dois deles seriam uma coisa, e depois descobrir que eles eram algo totalmente diferente. Inclusive na forma de matar. Ou seja, se eu fosse o detetive e me baseasse, por exemplo, no que pode matar um vampiro, teria me ferrado, porque não seria um vampiro que eu iria enfrentar, mas algo semelhante, de outras lendas.
Jackaby é uma série que já tem três volumes, mas apenas um publicado no Brasil, o que é uma pena, uma vez que fiquei ansioso para a leitura de uma nova aventura. Indico muito para quem gosta de livros policiais, de fantasia e de terror. Tudo misturado com mãos competentes, proporcionando uma leitura deliciosa.
Admito que não sou muito fan de livros policiais, de terror, e muito de vez em quando de fantasia, mas o que me chamou a atenção foi o fato de ser narrado em uma perspectiva feminina, na época em que a mulher não tinha voz, e autonomia, e acredito que a forma que está estória foi desenvolvida, embasada por lendas inglesas, acredito que sejam o diferencial da leitura, além das descrições serem na medida certa não deixando a leitura cansativa, muito pelo contrário.
ResponderExcluirParticipe do TOP COMENTARISTA de AGOSTO, para participar e concorrer Ao livro "Dois Mundos", o primeiro da série "Tesouros da Tribo de Dana" da escritora Simone O. Marques, publicado numa edição linda pela Butterfly Editora.
http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/
Olá! Tenho muito vontade em ler esse livro, curto muito policial e sobrenatural, essa resenha me deixou ainda mais curiosa em conferi essa história que perece bem eletrizante.
ResponderExcluirOlá Carlos,
ResponderExcluirEu tinha uma curiosidade imensa sobre a história desse livro, gosto da capa e agora com a sua resenha não tenho mais dúvidas, quero ler...abraço.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Carlos!
ResponderExcluirConfesso que iniciei a leitura com grande ansiedade, porque literatura fantástica sempre me atraiu e saber que o livro versava sobre um “Sherlock Holmes” do sobrenatural, me empolgou e me deixou bem curiosa. E não me arrependi nem um instante da leitura instigante e até certo ponto intrigante, porque o mundo pelos olhos do protagonista é bem diferente do nosso.
"...Aceite com sabedoria o fato de que o caminho está cheio de contradições. Há momentos de alegria e desespero, confiança e falta de fé, mas vale a pena seguir adiante..."(Paulo Coelho)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE AGOSTO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Olá Carlos,
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas adoro gênero policial e simplesmente adorei premissa.
Sou super fã de Sherlock e de supernatural também haha
Tenho certeza que irei me encantar por Abigail.
Uma só ter um publicado no Brasil ainda, parece ser uma ótima serie e a capa está fantástica!
Adorei a dica.
Beijinhos
Olá, não conhecia esse autor e muito menos o livro. Mas como eu amo gênero de policial, fantasia e terror, os meus gêneros favoritos em um único livro? Mas é claro que tenho que ler! A capa é linda, o enredo me chama atenção e a premissa do livro me parece muito boa. Entrou pra minha lista de desejados!
ResponderExcluirGostei de sua resenha.
Beijos.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei ver essa resenha por aqui! Eu ganhei um exemplar desse livro, já há algum tempo, mas ainda não li. Como gosto muito desse estilo de leitura, tenho certeza de que será muito divertido!
Espero que os outros livros da série, sejam publicados em breve.
Ótima resenha.
Abraços.
Fiquei curiosa para conhecer essa mistura de Sherlock e sobrenatural que gosto muito. Parece ser uma leitura divertida e interessante, gostei da saber que tem novidade nos monstros, pois é difícil inovar nesse meio. Parece uma historia muito bem elaborada ainda mais narrada por uma mulher que naquela época não era nada fácil para elas.
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