Sinopse: Será que Mozart foi assassinado por Salieri? Tchaikovsky morreu de cólera ou envenenamento? Chopin morreu mesmo tuberculoso? E Beethoven, foi vítima do alcoolismo? A resposta, ou, pelo menos, algumas hipóteses plausíveis para essas perguntas estão em Melodia mortal, estreia na ficção adulta de um dos maiores autores para o público juvenil do país. Escrito a quatro mãos por Pedro Bandeira com o médico Guido Carlos Levi, o livro examina, à luz dos conhecimentos da medicina contemporânea, os indícios possíveis sobre as mortes polêmicas de alguns grandes compositores da música clássica. E quem conduz a investigação é ninguém menos que Sherlock Holmes, auxiliado pelo seu fiel escudeiro, o doutor John H. Watson, que narra as aventuras do detetive na empreitada. Talvez não seja possível, tanto tempo depois, elucidar a causa dessas mortes que a medicina da época não foi capaz de precisar, mas a diversão é garantida neste romance cheio de teorias científicas e enigmas que formam um intricado quebra-cabeça, na tradição da melhor literatura policial. (Skoob)
BANDEIRA, Pedro e LEVI, Guido Carlos. Melodia Mortal. Editora Fábrica231, 2017. 240 p.
Não há muito para dizer sobre Pedro Bandeira que já não tenha sido dito. Autor de enorme sucesso, principalmente da geração passada, relançou recentemente sua série de livros de aventura infanto-juvenil mais famosa: Os Karas.
Como há muito tempo não lia nada do autor, fiquei curioso ao ver o lançamento de Melodia Mortal, uma obra de sua autoria ao lado do médico Guido Carlos Levi. E ainda mais por ter como personagens principais, o maior detetive de todos os temos, Sherlock Holmes, e seu amigo inseparável e não menos espetacular, o doutor Watson.
Eu esperava encontrar uma história semelhante às histórias de Holmes, com assassinatos, mistérios, perseguições, disfarces, etc., mas, entretanto, não foi bem isso o que aconteceu. O que o leitor irá encontrar, na verdade, são estudos de Holmes sobre a morte de alguns famosos compositores mundiais, como Mozart, Tchaikovsky, Schumann, entre outros.
O detetive encontra indícios de que as causas dessas mortes podem ter sido outras que não as oficiais. Tudo isso é narrado por Watson em capítulos individuais, sempre seguidos por outro capítulo com uma narrativa em terceira pessoa, passado nos dias atuais, que descreve reuniões de uma confraria de médicos fãs de Sherlock Holmes, que encontraram esses manuscritos de Watson, e tentam corroborar, com as avançadas técnicas de hoje, as suspeitas de Holmes.
É interessante? Sim, porque conhecemos detalhes desses compositores e de suas mortes, mas não mais que isso. Não cria uma expectativa, uma vez que não existe clímax, e nem um real interesse, porque não existe nenhum mistério que seja instigante o suficiente. Por isso, acabei demorando dias para finalizar a leitura, que foi intercalada com outros livros, para não acabar abandonando.
Apesar de toda a experiência do autor, existem alguns problemas de narrativa e de conceito, sendo este último relacionado à caracterização de Sherlock Holmes. O personagem é conhecido por seu incrível intelecto e capacidade dedutiva, mas nas primeiras páginas, o autor cria diversas situações para demonstrar essa capacidade, que é posta abaixo logo em seguida por Watson. Tentar explicar: em uma dessas vezes, Sherlock deduz que Watson passa por dificuldades financeiras, uma vez que não tem recebido pacientes. Todos os detalhes que levam a essa dedução são precisos, depois de explicados, e causam espanto em Watson. Mas, logo em seguido, o bom doutor explica que preferiu não dizer a Holmes que ele estava errado, que na verdade a explicação é outra, para não magoá-lo. Algo assim, acaba colocando em dúvida a real capacidade dedutiva de Sherlock, e poderia destruir a confiança do leitor nas investigações que se seguem. Felizmente, o autor abandona esse despropósito pouco depois.
Quanto ao problema de narrativa, se dá nos excessivos elogios empregados por Watson, exatamente por causa das capacidades dedutivas de Holmes. São muitos, mas muitos mesmo, tantos que começam a incomodar. Na verdade, demonstram uma repetição e uma insistência próprias das narrativas infantis indicadas para livros de leitores menores. E isso acaba por tornar o livro mais indicado para esses leitores, e não para o público mais velho.
De qualquer forma, como disse anteriormente, é uma leitura interessante, cheia de fatos históricos, detalhes médicos, curiosidades de obras famosas de Conan Doyle, que se for iniciada com uma expectativa diferente da minha, poderá ser muito mais prazerosa.
Como há muito tempo não lia nada do autor, fiquei curioso ao ver o lançamento de Melodia Mortal, uma obra de sua autoria ao lado do médico Guido Carlos Levi. E ainda mais por ter como personagens principais, o maior detetive de todos os temos, Sherlock Holmes, e seu amigo inseparável e não menos espetacular, o doutor Watson.
Eu esperava encontrar uma história semelhante às histórias de Holmes, com assassinatos, mistérios, perseguições, disfarces, etc., mas, entretanto, não foi bem isso o que aconteceu. O que o leitor irá encontrar, na verdade, são estudos de Holmes sobre a morte de alguns famosos compositores mundiais, como Mozart, Tchaikovsky, Schumann, entre outros.
O detetive encontra indícios de que as causas dessas mortes podem ter sido outras que não as oficiais. Tudo isso é narrado por Watson em capítulos individuais, sempre seguidos por outro capítulo com uma narrativa em terceira pessoa, passado nos dias atuais, que descreve reuniões de uma confraria de médicos fãs de Sherlock Holmes, que encontraram esses manuscritos de Watson, e tentam corroborar, com as avançadas técnicas de hoje, as suspeitas de Holmes.
É interessante? Sim, porque conhecemos detalhes desses compositores e de suas mortes, mas não mais que isso. Não cria uma expectativa, uma vez que não existe clímax, e nem um real interesse, porque não existe nenhum mistério que seja instigante o suficiente. Por isso, acabei demorando dias para finalizar a leitura, que foi intercalada com outros livros, para não acabar abandonando.
Apesar de toda a experiência do autor, existem alguns problemas de narrativa e de conceito, sendo este último relacionado à caracterização de Sherlock Holmes. O personagem é conhecido por seu incrível intelecto e capacidade dedutiva, mas nas primeiras páginas, o autor cria diversas situações para demonstrar essa capacidade, que é posta abaixo logo em seguida por Watson. Tentar explicar: em uma dessas vezes, Sherlock deduz que Watson passa por dificuldades financeiras, uma vez que não tem recebido pacientes. Todos os detalhes que levam a essa dedução são precisos, depois de explicados, e causam espanto em Watson. Mas, logo em seguido, o bom doutor explica que preferiu não dizer a Holmes que ele estava errado, que na verdade a explicação é outra, para não magoá-lo. Algo assim, acaba colocando em dúvida a real capacidade dedutiva de Sherlock, e poderia destruir a confiança do leitor nas investigações que se seguem. Felizmente, o autor abandona esse despropósito pouco depois.
Quanto ao problema de narrativa, se dá nos excessivos elogios empregados por Watson, exatamente por causa das capacidades dedutivas de Holmes. São muitos, mas muitos mesmo, tantos que começam a incomodar. Na verdade, demonstram uma repetição e uma insistência próprias das narrativas infantis indicadas para livros de leitores menores. E isso acaba por tornar o livro mais indicado para esses leitores, e não para o público mais velho.
De qualquer forma, como disse anteriormente, é uma leitura interessante, cheia de fatos históricos, detalhes médicos, curiosidades de obras famosas de Conan Doyle, que se for iniciada com uma expectativa diferente da minha, poderá ser muito mais prazerosa.
Carl!
ResponderExcluirEu tinha mto interesse me ler esse livro até que uma amiga leu e não curtiu mto, me emprestou o livro,comecei a ler e pensei em desistir, não curti mto então acabei abandonando, talvez seja o gênero que não me prende mto...Mas não deixa de ser interessante á quem gosta.
Bjs!
Nunca me interessei pelas leituras das obras deste autor, exatamente porque o gênero, não e daqueles que me cativam ou me chama a atenção, muito pelo contrario o que acho uma pena, pois tenho vontade de dar uma chance, mas sei que não será uma leitura prazerosa. Enfim, para quem e fan do escritor, com certeza esta será uma obra que irá lhe cativar, ou até mesmo te agradar.
ResponderExcluirOlá Carlos, tudo bem?
ResponderExcluirGostei demais da sua resenha, acho que foi a primeira que li desse livro, não tinha muito ideia do que esperar dele e gostei de saber que o livro é mais de fatos e estudos do que uma história, gostaria de ler apesar das ressalvas aqui mencionadas, ótima resenha....abraço.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Não fiquei interessada em ler, esperava mais do livro, tipo ação, mistério e investigações que deixam o leitor ávido por respostas e uma leitura ágil, mas não é o que tem aqui, embora tenha uma parte que seja interessante as mortes dos famosos, deve dar uma animada na leitura, mas acho que só.
ResponderExcluirOla, Gostei da resenha, mas sinceramente não me interessou a leitura do livro, já li livros do Pedro Bandeira, mas esse não me chamou a atenção, achei que fosse um livro de investigação bem do estilo do Sherlock Holmes, me parece ser uma leitura bem cansativa e monótona!!
ResponderExcluirEu passei minhas adolescência lendo os livros do Pedro Bandeira, e especialmente os karas.
ResponderExcluirHavia visto este livro, porém não sabia que ele era focado em estudos do Holmes e confesso que fiquei bem decepcionada. Esperava que tivesse toda aquela coisa investigativa e misteriosa.
Creio que não seria uma leitura que me agradaria, uma pena.
Carl!
ResponderExcluirUma pena que o livro peca na coesão entre os protagonistas, em compensação, a escrita é maravilhosa, toda feita em cima de pesquisas sobre nosso Sherlock.
Gosto muito dos livros do Pedro Bandeira e mesmo com sua ressalva, gostaria de ler.
“É prova de inteligência saber ocultar a nossa inteligência.” (François La Rochefoucauld)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
Oi Carlos! Eu tinha uma ideia diferente desse livro antes de ler a sua análise e confesso que não me animou a ler. Acho que macular a imagem de um personagem já tão conhecido e íntimo do público leitor é um crime, super desnecessário. Se não tem clímax também não vejo motivo para a escrita. Aí fica meio complicado de ler, né?
ResponderExcluirBeijos.
Olá! Essa é a primeira vez que vejo falar desse livro, parece um leitura bem interessante, os problemas que você está apontando dessa resenha me deixou um pouco desanimada, mesmo assim talvez eu leia daqui um tempo.
ResponderExcluirLi alguma coisa do Pedro Bandeira na escola há muitos anos, lembro de não ter curtido muito. Toda a aura do Sherlock Holmes não chama minha atenção, e infelizmente esse livro não fez com que isso começasse a acontecer. Mistérios sem clímax ficam fora da rota de qualquer tipo de arte para mim, não curto mesmo. Uma pena, talvez se eu tentar ler outra coisa do autor eu possa gostar, mas essa obra não vai ser a certa.
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