Sinopse: Eu nasci no Brasil e vivi em uma caverna até os meus cinco anos de idade. Mais tarde, minha mãe e eu nos mudamos para uma das inúmeras favelas da cidade de São Paulo. Aprendi desde cedo a não confiar na polícia e nem em outros adultos. Fui obrigada a cuidar de mim mesma e do meu irmãozinho antes de, finalmente, irmos parar em um orfanato. Um ano depois, quando eu tinha oito anos de idade, fui adotada por uma família sueca de Vindeln, em Västerbotten. Em Nunca deixe de acreditar, Christina conta a história de sua vida como menina de rua no Brasil, da fome que passou, de como foi maltratada e da separação de sua mãe biológica e de seu país. Além disso, conta como foi crescer na Suécia com todos os choques culturais com os quais se deparou assim que chegou à pequena cidade localizada na região de Norrland. A autora revela como conseguiu, já na idade adulta, superar os seus traumas de infância e reconstruir sua vida. Quando sente que necessita repor as forças e as energias, ela dispõe de um truque muito especial: salta de paraquedas de um avião, praticando a queda livre durante sessenta segundos, até que o paraquedas se abra. Saber cair em pé é útil em todas as ocasiões! Aumentar a consciência e a compreensão das diferenças, dos preconceitos e do choque cultural é um dos objetivos da jornada de Christina e, ao fazê-la, construir pontes para criar diálogo, tolerância e abertura na sociedade. Esta é uma comovente história sobre amor, tristeza, amizade e perdas. Christina fala de sobrevivência, de como dois mundos totalmente diferentes contribuíram para a sua formação e de como lutou para unir as duas pessoas que tinha dentro de si mesma. (Skoob)Livro recebido em parceria com a Editora
RICKARDSSON, Christina. Nunca Deixe de Acreditar. Editora: Novo Conceito, 2017. 256 p.
Quando pedi o livro Nunca Deixe de Acreditar, não imaginei
que seria uma leitura tão marcante para mim. Só me interessei pelo livro porque
a autora nasceu em Diamantina – MG, que é onde eu moro atualmente, mas ela conseguiu
me surpreender ao longo da narrativa.
Christina Rickardsson é uma mulher brasileira e sueca que já passou
por muitas coisas difíceis na vida, a maior parte delas antes dos oito anos de
idade. Ela nasceu em Diamantina, uma cidade histórica no interior de Minas
Gerais, lá ela morava em uma caverna com sua mãe e de vez em quando iam até a
cidade pedir dinheiro e comida. Elas ficaram na caverna por muito tempo, até
que foram perseguidas e tiveram que sair. Então elas foram para São Paulo, onde
moravam na rua e, posteriormente, Christina e seu irmãozinho, Patrique, foram
para um orfanato onde viveram por um ano, até serem adotados por um casal
sueco.
Uma das coisas que mais me
surpreenderam ao longo da leitura foi como, mesmo nas situações mais precárias
possíveis, Christina e sua mãe eram felizes e amavam muito uma a outra. Uma era
tudo que a outra tinha nas cavernas e a autora retrata esse tempo como um tempo
muito feliz de sua vida. Esse começo da história me envolveu bastante e eu
fiquei sinceramente impressionada em como as duas levavam a vida e consegui
imaginar cada dia, cada palavra que Christina retratava. Percebi que algumas coisas,
infelizmente, não mudaram muito por aqui, coisas que, antes de conhecer a
história da autora, eu nem percebia que aconteciam bem debaixo do meu nariz.
Esta é a segunda biografia que eu
leio e devo dizer que foi bem difícil. Não porque a escrita da autora é ruim ou
porque sua história não é interessante. Tive dificuldade em ler porque é uma
história difícil. Como eu já disse, tem certas coisas na vida que nós sabemos
que acontecem, bem perto de nós, mas não nos importamos com elas porque não nos
afeta diretamente. A vida de Christina no Brasil foi muito sofrida e cada dia
era uma luta para sobreviver, ela já perdeu muita gente nessa batalha e saber
que tudo de fato ocorreu é doloroso para o leitor que vive próximo a essa
realidade.
Fiquei muito impressionada com a
vida que Christina teve em São Paulo. Não estou defendendo as atitudes erradas
daqueles que vivem nas ruas, mas a autora nos traz uma nova perspectiva, uma
visão de mundo que nos faz pensar duas vezes antes de reclamarmos do que temos
e também nos faz pensar em como nós tratamos aqueles que não têm tanto quanto
nós. A mentalidade da protagonista, desde criança, é de se encantar, sua
curiosidade, sua fé e seu modo de ver o mundo são únicos.
A perspectiva de Christina fez
com que eu mudasse meu jeito de ver o mundo e também me ajudou a pensar um
pouco em como tive sorte na vida. Nunca
Deixe de Acreditar me surpreendeu muito, foi uma leitura despretensiosa que
me levou em um carrossel de emoções e me deu muito em que pensar. É uma leitura
que todos que tiverem a oportunidade devem fazer.
Imagino que deve ser uma grande dificuldade morar em uma caverna, e fico bem triste em saber que ela foi separada da mãe que amava tanto. Parece ser uma história de vida bem impactante.
ResponderExcluirPorém biografias não são muito meu estilo de leitura, então não sei se leria o livro.
Mas gostei bastante da dica.
She is a Bookaholic
Ola, Não sou muito fã de ler biografias, mas sua resenha me deixou com uma imensa vontade de ler esse livro, esse livro deve ser aquele que você lê e fica pensando com sou abençoada, fico imaginando a vida que a Christina Rickardsson teve, morando em uma caverna com a mãe e mesmo assim era feliz com tão pouco, sendo moradora de rua, e posteriormente separada da mãe que tanto amava, não deve ter sido fácil, gostaria muito de ler o livro se tiver oportunidade!!
ResponderExcluirOii!
ResponderExcluirConfesso que não leio esse gênero, mas eu fiquei curiosa pra conhecer esse livro...
Mtas coisas me chamaram atenção...
Vou anotar a dica!
Bjs!!
Olá, nossa que história a dessa mulher hem, gosto muito de biografia e essa sua resenha me deixou ainda mais interessada em conferi essa história que é uma lição de vida.
ResponderExcluirBjs
Deve ser uma historia muito emocionante daquelas que mexe com a gente, só de pensar nessas pessoas que vivem nas ruas assim como a protagonista da uma certa tristeza e revolta, pois cada um tem sua historia para contar, famílias que se separam e muito mais coisas que só de pensar da uma certa aflição, fiquei curiosa em saber se ela reencontrou a mãe.
ResponderExcluirAlessandra!
ResponderExcluirGosto demais de biografias, principalmente aquelas que retratam fidedignamente a vida de alguém sofrido e a forma como conseguiu superar tudo e dar a volta por cima, ainda mais no caso da protagonista aqui que viveu em uma caverna e nas ruas e ainda assim, era feliz ao lado da mãe. Fiquei me perguntando o que foi feito dela após a adoção dos filhos?
Desejo uma semana carregadinho de luz e paz!
“ Inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente.” (Bertolt Brecht)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
Oi Alessandra! Caramba, esse livro parece trazer uma baita lição de vida! Fiquei impressionada já desde a sinopse, parece até ficção. Acho que diante disso o título é meio que autoexplicativo: realmente não dá pra deixar de acreditar, a vida vive nos surpreendendo!
ResponderExcluirAnotei a dica! E olha que eu não costumo curtir biografias, rs.
Beijos!