Sinopse: Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram. Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. (Skoob)
SAGER, Riley. As Sobreviventes. Editora Gutenberg, 2017. 336 p.
Garotas Remanescentes é um termo usado pelos fãs de filmes de massacres juvenis, como Pânico, Sexta-Feira 13, Halloween, entre outros, para categorizar as garotas que conseguem sobreviver ao assassino. Quincy, Lisa e Sam são Garotas Remanescentes, uma vez que cada uma delas, em anos, locais e condições distintas, conseguiu escapar da morte nas mãos de um maníaco homicida.
Como Quincy não se lembra do que aconteceu entre o início das mortes no chalé, onde ela estava com os amigos, e o momento em que ela consegue escapar e ser socorrida por Coop, um policial que passava por perto e que acabou por matar o assassino, a narrativa se divide em primeira e terceira pessoa. Na época presente, a história é contada por Quincy, enquanto em outros capítulos, acompanhamos o que aconteceu no chalé em uma narrativa em terceira pessoa. Por isso, aos poucos, começamos a ficar em dúvida sobre o que realmente aconteceu, e se Quincy não teve qualquer participação na chacina.
Essa é a principal qualidade de As Sobreviventes: o autor coloca várias dúvidas na mente do leitor. Logo no início da história, quando Lisa comete suicídio e Sam aparece na porta de Quincy, conseguimos perceber, pelas pistas que o autor deixa, que as coisas não são muito claras, que existe algo de estranho. Não apenas sobre o equilíbrio psicológico de Quincy, mas sobre as reais intenções de Sam, sua insistência em que Quincy se lembre do que aconteceu no chalé, sobre onde Sam ficou todos os anos após seu próprio drama, se o motivo dela aparecer agora foi mesmo o suicídio de Lisa, entre muitos outros detalhes que são jogados aos poucos pelo autor.
Outra qualidade da obra é exatamente o autor dar chance ao leitor de juntar as pistas e conseguir elaborar uma ou mais respostas sobre o que aconteceu e o que está acontecendo, como os personagens se encaixam nisso tudo, se eles estão contando a verdade e para onde a trama está caminhando. Por isso, quando chegamos ao clímax, não existe uma real surpresa, mas, no máximo, uma constatação de que uma das várias teorias que se formaram é a verdadeira.
Eu gosto desse tipo de livro, onde tempos a chance de conseguir decifrar tudo por nós mesmos. Aquelas tramas em que as pistas ficam quase todas ocultas, ou pelos menos as mais importantes e decisivas, onde o assassino é desvendado nas últimas páginas e o detetive explica todas as pistas que levaram a isso, sem que o leitor consiga fazer isso por ele mesmo, causa surpresa, mas causa, também, aquela sensação de ter sido enganado, de que nunca tivemos a chance de fazer o mesmo que o detetive.
As Sobreviventes, apesar de se parecer com os filmes de mortes juvenis que estamos cansados de ver, se distância deles de forma competente, por dois motivos importantes: primeiro, ele não tece os principais acontecimentos sob o suspense de que a qualquer momento alguém irá morrer, uma vez que as chacinas já aconteceram e, nos capítulos em que acompanhamos os acontecimentos do chalé, já sabemos que todos, menos Quincy, irão morrer e quem é o suspeito de tudo isso; e segundo, o suspense reside na indagação e na procura para descobrir quais são as verdades e as mentiras que Quincy e Sam contam, qual delas é lúcida, qual é louca, se ambas são, ou se nenhuma delas é, se existe algo mais por trás de tudo. Ou seja, é mais um thriller psicológico, do que uma história de assassinatos em série.
E isso de thriller psicológico fica mais evidente na relação entre Quincy e Sam. Sam, desde o momento que entra na vida de Quincy, faz de tudo para provocar reações cada vez mais violentas e perigosas em Quincy, como quando ambas saem de madrugada para o Central Park na expectativa de confrontarem assaltantes, como um escape para a violência que sofreram e como vingança sobre o gênero masculino, pelo que passaram nas mãos dos homens. Ou quando Sam descobre que Quincy tem o hábito de roubar pequenos objetos brilhantes, e Sam começa a fazer o mesmo. Ou até na relação de dependência que Quincy cultiva com Coop, o tal policial que a salvou do assassino.
Em resumo, As Sobreviventes (que, na minha opinião, deveria se chamar As Garotas Remanescentes), é um livro de suspense que consegue entreter desde a primeira página, com uma narrativa viciante, segura, que conduz o leitor para várias linhas de raciocínio. E o fato de não trazer um final surpreendente, é superado pela qualidade de permitir que o leitor consiga descobrir tudo sozinho, criando aquele gostinho de acharmos que fizemos, de alguma forma, parte da solução da história. E isso é tão legal!
Como Quincy não se lembra do que aconteceu entre o início das mortes no chalé, onde ela estava com os amigos, e o momento em que ela consegue escapar e ser socorrida por Coop, um policial que passava por perto e que acabou por matar o assassino, a narrativa se divide em primeira e terceira pessoa. Na época presente, a história é contada por Quincy, enquanto em outros capítulos, acompanhamos o que aconteceu no chalé em uma narrativa em terceira pessoa. Por isso, aos poucos, começamos a ficar em dúvida sobre o que realmente aconteceu, e se Quincy não teve qualquer participação na chacina.
Essa é a principal qualidade de As Sobreviventes: o autor coloca várias dúvidas na mente do leitor. Logo no início da história, quando Lisa comete suicídio e Sam aparece na porta de Quincy, conseguimos perceber, pelas pistas que o autor deixa, que as coisas não são muito claras, que existe algo de estranho. Não apenas sobre o equilíbrio psicológico de Quincy, mas sobre as reais intenções de Sam, sua insistência em que Quincy se lembre do que aconteceu no chalé, sobre onde Sam ficou todos os anos após seu próprio drama, se o motivo dela aparecer agora foi mesmo o suicídio de Lisa, entre muitos outros detalhes que são jogados aos poucos pelo autor.
Outra qualidade da obra é exatamente o autor dar chance ao leitor de juntar as pistas e conseguir elaborar uma ou mais respostas sobre o que aconteceu e o que está acontecendo, como os personagens se encaixam nisso tudo, se eles estão contando a verdade e para onde a trama está caminhando. Por isso, quando chegamos ao clímax, não existe uma real surpresa, mas, no máximo, uma constatação de que uma das várias teorias que se formaram é a verdadeira.
Eu gosto desse tipo de livro, onde tempos a chance de conseguir decifrar tudo por nós mesmos. Aquelas tramas em que as pistas ficam quase todas ocultas, ou pelos menos as mais importantes e decisivas, onde o assassino é desvendado nas últimas páginas e o detetive explica todas as pistas que levaram a isso, sem que o leitor consiga fazer isso por ele mesmo, causa surpresa, mas causa, também, aquela sensação de ter sido enganado, de que nunca tivemos a chance de fazer o mesmo que o detetive.
As Sobreviventes, apesar de se parecer com os filmes de mortes juvenis que estamos cansados de ver, se distância deles de forma competente, por dois motivos importantes: primeiro, ele não tece os principais acontecimentos sob o suspense de que a qualquer momento alguém irá morrer, uma vez que as chacinas já aconteceram e, nos capítulos em que acompanhamos os acontecimentos do chalé, já sabemos que todos, menos Quincy, irão morrer e quem é o suspeito de tudo isso; e segundo, o suspense reside na indagação e na procura para descobrir quais são as verdades e as mentiras que Quincy e Sam contam, qual delas é lúcida, qual é louca, se ambas são, ou se nenhuma delas é, se existe algo mais por trás de tudo. Ou seja, é mais um thriller psicológico, do que uma história de assassinatos em série.
E isso de thriller psicológico fica mais evidente na relação entre Quincy e Sam. Sam, desde o momento que entra na vida de Quincy, faz de tudo para provocar reações cada vez mais violentas e perigosas em Quincy, como quando ambas saem de madrugada para o Central Park na expectativa de confrontarem assaltantes, como um escape para a violência que sofreram e como vingança sobre o gênero masculino, pelo que passaram nas mãos dos homens. Ou quando Sam descobre que Quincy tem o hábito de roubar pequenos objetos brilhantes, e Sam começa a fazer o mesmo. Ou até na relação de dependência que Quincy cultiva com Coop, o tal policial que a salvou do assassino.
Em resumo, As Sobreviventes (que, na minha opinião, deveria se chamar As Garotas Remanescentes), é um livro de suspense que consegue entreter desde a primeira página, com uma narrativa viciante, segura, que conduz o leitor para várias linhas de raciocínio. E o fato de não trazer um final surpreendente, é superado pela qualidade de permitir que o leitor consiga descobrir tudo sozinho, criando aquele gostinho de acharmos que fizemos, de alguma forma, parte da solução da história. E isso é tão legal!
Oi Carl!
ResponderExcluirEstava louca pra ler uma resenha desse livro, adorei o enredo e é mto bom saber que prende o leitor desde o começo, estou precisando de uma leitura boa desse jeito. Vai pra minha lista!
Bjs!!
Oi, Carlos.
ResponderExcluirBom, se o policial matou o assassino do bosque, então há outra pessoa agindo também, certo? Pois uma das sobreviventes foi morta, anos depois... Tudo é muito estranho!
Será que o policial matou o verdadeiro assassino? Ou, o suposto assassino também era uma das vítimas, e foi morto por engano?
Enfim, essa será uma das minhas próximas leituras, pois estou amando sair da minha zona de conforto e ler livros de suspense/mistério/thriller!
Eu já vi bastante gente elogiar esse livro, e também tenho bastante vontade de ler ele. Já deu pra perceber que o autor fez um ótimo trabalho nesse livro, e eu também gosto de livro assim, em que vamos descobrindo as coisas sozinhos. Fiquei super curiosa para saber tudo o que aconteceu de verdade no chalé. Adorei a dica!
ResponderExcluirBeijos!
Olá Carlos!
ResponderExcluirCurto muito livros de thriller psicológico, ainda não conhecia esse livro, mas já vai para a lista dos desejados, gosto muito de livros onde podemos fazer nossa própria investigação e no final vamos descobrindo que estamos no rumo certo, Adorei a resenha Parabéns!!
Nossa, nunca ouvi falar desse livro! Adorei a capa, e acho interessante o autor ir dando pistas ao decorrer do livro, nos mantem vidrados a cada pagina e nos faz bolar varias respostas!
ResponderExcluirnunca tinha ouvido falar do livro e pelo modo do livro ele realmente deveria se chamar garotas remanescentes!! Achei muito legal que o autor nos de oportunidade de tentar desvendar o mistério e o suspense que o livro trás, realmente parece que fazemos parte da solução da História!! O livro me interessou bastante e me deixou bastante curiosa, para conhecer mais das meninas sobreviventes!! Eu curto bastante o gênero, espero poder ter oportunidades de conhecer a obra.
ResponderExcluirOlá! Já ouvi (li) muita coisa boa referente a esse livro e estou louca para conferir. Só pela resenha, já montei várias teorias, esse policial aí, será que matou realmente o assassino ou ele é o assassino (risada maléfica). Gosto de histórias que me dão a impressão de que faço parte do enredo, me sinto o verdadeiro Sherlock Holmes.
ResponderExcluirSó pelo resumo vi que o livro é muito bom de ler, aquele tipo de livro que você fica curiosa para saber logo o final.
ResponderExcluirCarl!
ResponderExcluirImagino que seja um enredo cheio de dor e muito drama.
Pena que algumas coisas ficaram sem respostas.
Gostei porque mostra o antes, o agora e o futuro, dando uma visão bem ampla de todo o enredo.
Novo Ano repleto de realizações!!
“Meta para o Ano Novo? Ser feliz!” (Desconhecido)
cheirinhos
Rudy
1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!
Parece ser interessante e uma leitura que prende, deve dar uma certa bagunça na mente do leitor esses indícios que o autor da para descobrir o que aconteceu. Adoro esses mistérios que envolvem esses assassinatos, acho que mesmo juntando essas pistas não sei se descobriria o culpado sempre erro rs.
ResponderExcluirOi Carl
ResponderExcluirConfesso que antes de ler sua resenha, eu nunca tinha me interessado nesse livro, mas agora fiquei ansiosa para fazer a leitura dele.
Eu gosto de livros com mistério assim. E esse parece ser o tipo de livro que prende a atenção até o final. Adorei a resenha!
Bjss ^^
Olá Carlos!!!
ResponderExcluirEu admito que fujo desse gênero, pois sou uma medrosa de primeira qualidade mas ver sua resenha pelo livro me deixou interessada em arriscar em dar uma chance ao gênero.
Eu não sabia que as sobreviventes de histórias assim eram chamadas de "Remanescentes" achei interessante isso, porque nunca me peguei prestando atenção nisso.
Parabéns pela resenha!!!
lereliterario.blogspot.com
Nunca li nada sobre esse livro, mas adorei, sou a louca de filmes como pânico, sexta-feira 13 e esse livro embora diferente lembra eles, gostei bastante da história e o fato de intercalar as formas de narrativa, acho bem diferente e interessante.
ResponderExcluirOiee!
ResponderExcluirFaz tempo que não leio um livro tão cheio de mistérios, gosto muito dessa pegada passado, presente e futuro, e já estou bem curiosa pra saber como tudo acaba.
Se tiver a chance vou me jogar nessa leitura, sem medo, ou talvez não rsrs.
Bjs!
Amo thriller psicológico e esse poder que o enredo tem de nos fazer duvidar de nós mesmos. Eu, por exemplo, não acerto tanto quanto eu gostaria quem é o assassino, mas no decorrer da histórias tenho milhões de suspeitos hahahahaha
ResponderExcluirO enredo é muito bom, Quincy até que estava conseguindo levar a vida adiante. Pelo o que foi dito na resenha, já tenho meu suspeito nº 1 hahahahahaha
Oi Carlos, nossa que sinopse incrível eu me arrepiei lendo essa sinopse. Fiquei curiosa pra saber como aconteceu a chacina e lendo a sua resenha fiquei com duvida também será que Quincy não tem algo haver com isso, tipo ela não consegue se lembra e foi a única sobrevivente, eu acho também que Sam sabe de alguma coisa que aconteceu, com certeza vou ler esse livro, amo livros de suspense e esse me chamou muito a atenção obrigada pela dica bjs.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu ja li resenha desse livro e mostra uma premissa muito boa, com uma trama bem envolvente com mistério e suspense. Gosto muito de livros que tem esse estilo thriller que deixa o leitor bem aflito e curioso ao mesmo tempo. Espero e desejo ler em breve.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi Carl!
ResponderExcluirEstou tão curiosa sobre esse livro ... Me parece um pouco com o estilo do Sidney Sheldon nos fazendo desconfiar de todos os personagens.
É envolvente para o leitor querer saber quem é o assassino (e se de fato está morto) e também descobrir os segredos que a Quincy esconde!
Adorei o enredo!
Bjs
Oi, Carlos!
ResponderExcluirGosto de thriller psicológico e livros cheios de suspense, mas confesso que não fiquei interessada na trama de As Sobreviventes, nem curiosa para descobrir quem está mentindo, se é a Quincy ou a Sam, e qual delas é a lúcida...
Por isso eu não leria As Sobreviventes.
Abraços!
Acho que de tanto ouvir falar sobre esse livro tentei me arriscar na leitura o livro não é nada do que eu esperava eu esperava algo mais voltado para a investigação criminal uma coisa parecida mas Encontrei apenas um livro meio interessante mas com ideias confusas e protagonistas fracos
ResponderExcluirNossa, só pela resenha já deu pra perceber que é aquele tipo de livro que não te deixa desgrudar até que você consiga colocar em ordem tudo o que está te atormentando sobre o livro. Adorei. Tô super curiosa, esse ano coloquei nas minhas metas tentar ler mais trillers psicológicos, são livros que gosto muito, que me prendem bastante, mas nunca acabo escolhendo pra ler de primeira.
ResponderExcluirNão é meu gênero preferido, e apesar de parecer um livro bem inteligente e com muitas reviravoltas, acho que não lerei. Pra mim, é do tipo meio confuso kkkkk
ResponderExcluirbjsss
Não conhecia o livro, parece ser bom, gosto muito desses mistérios, pois sou curiosa e fico tentando desvendar tudo hahahahha, irei tentar dar uma chance ao livro, que bom que o autor não facilitou para nós leitores.
ResponderExcluirBeijos *-*