Vencedor do Costa Book Awards e do Premio Salerno Libro dEuropa, o romance de estreia de Emma Healey é uma delicada narrativa sobre memória misturada a um thriller. Maud tem 80 anos e está ficando cada vez mais esquecida. Sua própria filha e sua casa lhe parecem irreconhecíveis, e ela escreve bilhetes para si mesma na tentativa de lembrar do cotidiano. Um dia, um dos bilhetes informa que sua amiga Elizabeth está desaparecida. Embora todos lhe assegurem que ela está bem, Maud embarca numa missão para encontrá-la. A iniciativa, no entanto, acaba se confundindo com a história de Sukey, sua irmã mais velha, desaparecida desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
HEALEY, Emma. Onde Está Elizabeth?. Editora Record, 2016. 308 P.
Maud é uma senhora de oitenta anos que costuma esquecer muitas coisas e por esse motivo, escreve diversos bilhetes para se lembrar de coisas importantes. Em um desses bilhetes está escrito que sua amiga Elizabeth está desaparecida. Elizabeth sempre a visitava, mas essas visitas não acontecem mais – ou Maud acham que não acontecem? - E ela fica muito preocupada. Por mais que todos ao seu redor digam que sua amiga está bem, Maud tem certeza que algo aconteceu a ela.
Quando mais jovem, Maud sofreu com o desaparecimento da irmã e ao decorrer do livro vamos descobrindo mais detalhes do que aconteceu. O título do livro é Onde está Elizabeth, mas poderia muito bem ser: Onde está Sukey? Pois ao decorrer de toda a história a lembrança do desaparecimento da irmã assombra Maud. Tudo parece se misturar na cabeça dela, muitos acontecimentos trazem lembranças de coisas que aconteceram naquela época, então conseguimos acompanhamos dois desaparecimentos ao invés de um.
Maud esquecia as coisas a cada minuto, então era bem difícil conseguir provas concretas. Muitas vezes ela olhava para os seus bilhetes sem saber o que significavam e acaba jogando tudo fora... Dava uma pena! Ninguém levava a sério o que ela dizia e ela se sentia totalmente perdida. Foi interessante a forma como a autora desenvolveu a história, as memórias antigas de Maud eram muito mais claras do que os acontecimentos recentes, que é uma coisa bem comum de acontecer com pessoas que tem Alzheimer. Percebemos ao decorrer do livro, que a memória de Maud vai ficando ainda pior, tanto que nos últimos capítulos ela tem dificuldade de se lembrar até de sua filha e sua neta.
O livro é narrado apenas por Maud, mas sempre mesclando passado e presente. Tem gente que não gosta desse tipo de escrita, eu não tenho problemas com isso, muito pelo contrário, acho bem interessante. Não conhecia a autora, mas gostei muito da sua escrita, pode até parecer cansativo o fato da narradora esquecer sempre o que estava fazendo, mas na verdade acaba sendo bem envolvente, principalmente quando acontece algo que a remete ao passado, pois a autora aproveita esses ganchos para falar sobre a irmã de Maud, achei isso muito legal, a autora foi muito perspicaz.
Não achei os personagens secundários tão legais, exceto pela neta de Maud, que era a única que parecia ter paciência com a avó. A filha de Maud muitas vezes era impaciente com ela, o que me deixou bem irritada. Frank, que era o marido de Sukey apareceu em diversas situações nas memórias de Maud, ele era um sujeito esquisito e briguento demais. E Douglas era um inquilino que morava na casa de Maud quando ela era adolescente e apareceu bastante nas memórias também, ele era um sujeito muito misterioso e Frank não gostava nem um pouco dele.
Confesso que esperava um pouco mais do final, todo o suspense do livro me fez imaginar um final surpreendente, mas não foi o que ocorreu. Parece que a autora decidiu não arriscar e fiquei um pouco frustrada com o desfecho. No fim, descobrimos o que aconteceu nos dois casos, mas senti que algumas pontas ficaram soltas e achando que o final deveria ter sido mais trabalhado. Mas mesmo assim, recomendo a leitura, pode ser que o final seja melhor para você.
Oi Thuanne!
ResponderExcluirConfesso que sempre quis ler esse livro, mas andei acompanhando algumas resenhas por aí que me deixaram com o pé atrás, mas ainda sinto aquela pontinha de curiosidade sabe?
Quem sabe eu mude de idéia...
Bjs!
Olá! Não conhecia esse livro, também gosto dessa narrativa que fica mesclando passado e presente, curto muito um suspense e essa sua resenha me deixou bastante curiosa em conferi essa história.
ResponderExcluirBjs
Olá! Não conhecia o livro, mas gostei bastante. Curto muito histórias que me fazem pensar e tentar desvendar os mistérios que a cercam e tenho certeza que vou encontrar isso no livro. Uma pena o final não ser tão surpreendente, mas mesmo assim quero conferir o que de fato aconteceu a essas mulheres.
ResponderExcluirOlá!!
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro e também não conheço a escrita da Emma Healey, mas goste muito da premissa do livro e gosta ria de ler, fiquei curiosa em saber oque realmente aconteceu com a Elizabeth, mas que pena que o final do livro não foi aquilo que você espera!!
nunca tinha ouvido falar do livro e nem da autora mas o livro parece ser bem interessante, realmente da uma pena ver Maud se esforçando para lembrar das coisas, escrevendo em papéis e depois olhar para esses papéis e não se lembrar de nada, fiquei bastante curiosa para saber realmente o que aconteceu com Elizabeth, que pena que não gostou muito dos personagens secundários, eles realmente tbm n me agradaram pelo fato de não terem paciência com a Maud, enfim, o livro tem tudo para ser um livro ótimo, é uma pena que o final não superou suas expectativas !
ResponderExcluiroiiiii! É um livro ótimo para quem gosta de resolver pistas.
ResponderExcluirOi Thuanne, nossa esse livro parece ser emocionante por causa da protagonista esquecer as coisas e ser de suspense, deve ser muito triste a gente esquecer as coisas dessa forma. Fiquei curiosa pra saber se Elizabeth esta mesmo desaparecida ou se Maud esta equivocada com esses pensamento de achar que amiga sumiu. Isso das pessoas não darem importância ao que ela diz acontece muito com as pessoas que tem Alzheimer os familiares acabam os deixando de lado e não os escutam. Eu gosto de livros que ao mesmo tempo se passam no presente e passado acho que deixam a historia mais interessante e que pena que o final não te surpreendeu mas vou ler esse livro gostei bastante da premissa da historia obrigada pela dica bjs.
ResponderExcluirOiee!
ResponderExcluirTambém gosto dessa mescla de passado e presente, mas o autoa tem que ter muito cuidado, porque estou lendo um que é assim e tem horas que preciso voltar porque não sei se a narrativa está falando de algo que já passou ou está passando, a transição não é clara, fico bem confusa.
Quanto a esse livro não me interessou não, achei a premissa te interessante mas não é algo que leria no momento.
Bjs!
Thuanne!
ResponderExcluirRealmente o enredo é bem inédito, principalmente porque aborda uma doença e mistério.
Imagino que a leitura seja eletrizante.
Pena que o final não foi do seu agrado, mas parece um bom livro para ser lido.
Desejo uma ótima semana!
“Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
cheirinhos
Rudy
1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!
Parece ser um livro intrigante e deve deixar o leitor durante a leitura sem saber se a personagem esta certa ou é fruto da sua imaginação, gosto de leituras assim, a leitura fica bem atraente e ágil, pena o final deixar a desejar, não sei se vou gostar pois gosto de finais bem fechadinhos com tudo explicadinho rs.
ResponderExcluirOie
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro, nem a autora. Achei essa história bem interessante e bem diferente. Fiquei com vontade de ler o livro. Só é uma pena que o final não tenha sido tão surpreendente.
Bjss ^^
Ola!
ResponderExcluirA premissa do livro é muito boa, um suspense e mistério, gosto muito disso é vejo que há uma história bem intrigante. Fiquei curiosa em ler!!
Meu blog:
Tempos Literários
Não conhecia esse livro, mas achei ele super interessante. Fiquei bem curiosa pra saber mais dele. Deve ser muito triste ver a Maud tentando lembrar das coisas, e é uma pena que os personagens secundários não são muito legais. Gostei muito da resenha, e fiquei com vontade de ler também :)
ResponderExcluirBeijos!
Nossa chei que fosse um thiller psicológico, mas é mais diferente que isso. Acho que ficaria muito aflita com esse livro, eu ou estudante de psicologia e já tive contato com idosos com o Alzheimer, e é uma doença que deve-se ter total paciência, não sei se ia conseguir ler sem me envolver tanto na história, ver os outros tratar a Maud com incredulidade, e impaciência mesmo sabendo da condição dela, e claro, ainda tem a aflição de uma narradora que não lembra dos fatos e precisa desses fatos para desvendar os dois mistérios, mas justamente por isso, fiquei curiosa pra ver como a autora conseguiu desenvolver essa personagem.
ResponderExcluirOk ok ok eu realmente nunca vi nada parecido com isso nada mesmo um livro de terror onde a protagonista é uma senhora de 80 anos com a irmã desaparecida após a Segunda Guerra Mundial e que provavelmente está com Alzheimer meu Deus gente eu preciso ler esse livro já está adicionado na minha lista de próximas leituras mas eu queria saber mais sobre essa autora ela tem mais livros ou só esse?
ResponderExcluirOi, Thuanne!
ResponderExcluirGosto de thriller, mas não me interessei pela trama de Onde Está Elizabeth?, não fiquei curiosa para descobrir o que aconteceu com Elizabeth - se é que ela sumiu mesmo pois afinal a Maud costuma esquecer as coisas... - ou com a irmã da Maud, a Sukey... Por isso eu não leria Onde Está Elizabeth?.
Abraços.
Embora o final não tenha tanto mistério a história parece ser bem legal, bem diferente ter uma "investigadora" já de idade e ainda com Alzheimer, é uma ideia inovadora e bem diferente. Quero muito saber o que aconteceu com as duas desaparecidas.
ResponderExcluirAcabei de assistir a La Casa de Papel e lá umas das personagens tbm sofria de Alzheimer. Ela tbm morava com a filha e a neta e a casa era uma profusão sem fim de post-its "fulana é minha filha", "fulana é minha neta", "ciclano ligou pea confirmar a consulta"... Enfim, era muito agoniante. Confesso que duvidei de Maud e sua sanidade.
ResponderExcluirOi Thuanne!
ResponderExcluirEu provavelmente ficaria irritada com os personagens secundários também, pela falta de consideração com Maud, mas a história dessa senhora parece muito bonita, nunca li nenhum livro que falasse de Alzheimer e achei tudo tão interessante, principalmente o fato dela deixar bilhetes para se lembrar das coisas. Pena que o final deixou a desejar.
Beijos
Oi, Thuanne.
ResponderExcluirBom, será que a Maud sabia de alguma sobre o desaparecimento da Elizabeth? O esquecimento com certeza pra ela, é um grande empecilho.
Seria muita coincidência o desaparecimento de sua, e anos depois, de sua amiga? Estranho, né?
Eu mesma não gosto de livros que intercalam entre o passado e o presente... Em livros investigativos, isso só aumenta a minha curiosidade!
Nunca li nada em que os personagens tem problemas de memoria, mas me parece interessante, tambem como a mudança entre presente e passado na narração! Autores infelizmente geralmente sempre correm nos finais, não consigo entender porque :/
ResponderExcluirConfesso que pelas outras resenhas que eu já tinha lido sobre esse livro, não tinha me chamado tanta a atenção, mas agora lendo a sua resenha, fiquei com vontade de ler, sim!
ResponderExcluirInteressante o livro ser narrado pela Maud, que tem Alzheimer, acho que é muito importante ler e compreender essas doenças tão sofridas.
Fiquei bem curiosa agora.
Vamos se consigo lê-lo em breve!
bjs
Hello, tudo bom?
ResponderExcluirEu já tinha ouvido falar do livro e me recordo de ficar super interessada em ler ele. Achei a pegada super diferente, pois temos uma protagonista que esquece as coisas a qualquer estante, isso é super diferente, como você eu gosto quando temos essa alternação entra passado e presente, espero ter a oportunidade de ler e saber o que aconteceu.
Beijos *-*
Olá Thuanne!!!
ResponderExcluirBem, eu não tenho problemas com esse tipo de narrativa e achei muito interessante trazer em seu contexto o Alzheimer, pois minha avó quando viva teve e sim você vai esquecendo das coisas e das pessoas aos poucos.
Talvez eu dê uma chance ao livro, porém espero não ficar tão frustrada no final rsrsrs
lereliterario.blogspot.com