Sinopse: Obra-prima de Bram Stoker, Drácula narra o assustador confronto entre o vampiro mais famoso da literatura, apoiado por sua legião crescente de mortos-vivos, e um grupo decidido a aniquilá-lo, liderado por Jonathan e Mina Harker e o médico holandês Van Helsing. Publicado originalmente em 1897, este livro é considerado marco fundador de um gênero, a literatura de terror. Esta edição traz o texto original sem cortes e uma breve apresentação, no padrão de qualidade dos Clássicos Zahar. A versão impressa apresenta ainda capa dura e acabamento de luxo. (Skoob)
STOKER, Bram. Drácula. Editora Zahar, 2017. 608 p.
A primeira coisa que o leitor precisa ter em mente, antes de começar a leitura de Drácula, é a época em que ele foi escrito, 1897, há 120 anos atrás. Naquela época, a lenda dos vampiros circulava apenas entre um pequeno círculo de pessoas que tinham acesso a livros e jornais. E, mesmo assim, essas pessoas não tinham televisão, Internet, celular, ou qualquer tecnologia para difundir ou visualizar essas criaturas como temos hoje. Ou seja, tudo era imaginação.
Com isso em mente, quando se inicia a leitura, pode-se sentir um pequeno exemplo do terror que a obra de Bram Stoker deve ter incutido nas pessoas, e fica fácil de compreender porque ela foi a base para tudo o que já foi escrito ou filmado sobre vampiros até os dias de hoje (com exceção para uma saga aí de criaturas brilhantes).
A narrativa é feita em primeira pessoa por vários personagens através de cartas e diários. O único de quem não ficamos sabendo o que pensa ou o que faz, através de suas próprias palavras, é o conde Drácula. Isso acaba trazendo um ponto positivo, que é tornar ainda mais misteriosa sua origem e mais amedrontador o seu plano, e um ponto negativo, que é exatamente não deixar o leitor saber mais sobre o vampiro.
Apesar da história ser contada por vários personagens, os principais seriam Jonathan, um jovem advogado inglês que vai ao castelo de Drácula, na Transilvânia, prestar apoio jurídico para uma transação imobiliária, mas que acaba preso pelo conde e quase morto pelo trio de esposas vampiras; e Mina, a noiva de Jonathan, que conta com a ajuda de um professor, Van Helsing, para descobrir onde Drácula se esconde e como matá-lo.
Os personagens de Drácula trazem aquele fascínio das pessoas que viveram dois séculos atrás, junto com todas as qualidades e defeitos pertinentes. Mina, apesar de viver em uma sociedade que acha natural o machismo, é uma mulher decidida, corajosa, inteligente. Tanto que causa espanto no próprio professor. É elogiável que o autor possuísse esse caráter igualitário entre os gêneros, quando isso nem sequer era muito discutido.
Outra qualidade da obra reside exatamente na forma como ela é narrada, uma vez que são diários e cartas de pessoas diferentes. Muitas vezes, elas não contam tudo o que está acontecendo, obrigando o leitor a ir juntando os fatos para formar uma única linha de raciocínio. Sendo mais claro: um personagem escreve sobre algo, para no capítulo seguinte, outro personagem dar continuidade ao acontecimento, mas sob o ponto de vista dele, e não daquele que começou, e assim por diante.
Em 1992, com direção de Francis Ford Coppola, estreou a melhor adaptação da obra para o cinema. Com Gary Oldman (Drácula), Winona Ryder (Mina), Keanu Reeves (Jonathan) e Anthony Hopkins (Van Helsing), o filme é bastante fiel ao livro, conseguindo, inclusive, superá-lo em termos de complexidade, uma vez que explica o surgimento do conde, que seria Vlad Tepes, um líder romeno que foi traído pela Igreja que defendia, quando esta excomungou sua amada esposa por ela ter se suicidado, e Vlad jurou vingança a Deus. Quatrocentos anos depois, com a visita de Jonathan, Vlad, agora chamado de Drácula, vê no retrato de Mina, que Jonathan carrega, a reencarnação de sua esposa. A partir daí, ele parte para Londres com a intensão de conquistar o coração de Mina. Com isso, a história, além de terror, passa a ter uma linha de vingança e romance, com um final mais dramático e emocionante do que o livro.
Se você nunca leu Drácula, ou viu o filme de Coppola, está perdendo uma das obras mais influentes e criativas de sempre. A minha edição é a de bolso da Zahar, que apesar de ser pequena, é muito linda e caprichada, de capa dura, folhas de papel de qualidade e letras muito bem impressas, além de ser bem barata. Recomendo demais!
Com isso em mente, quando se inicia a leitura, pode-se sentir um pequeno exemplo do terror que a obra de Bram Stoker deve ter incutido nas pessoas, e fica fácil de compreender porque ela foi a base para tudo o que já foi escrito ou filmado sobre vampiros até os dias de hoje (com exceção para uma saga aí de criaturas brilhantes).
A narrativa é feita em primeira pessoa por vários personagens através de cartas e diários. O único de quem não ficamos sabendo o que pensa ou o que faz, através de suas próprias palavras, é o conde Drácula. Isso acaba trazendo um ponto positivo, que é tornar ainda mais misteriosa sua origem e mais amedrontador o seu plano, e um ponto negativo, que é exatamente não deixar o leitor saber mais sobre o vampiro.
Apesar da história ser contada por vários personagens, os principais seriam Jonathan, um jovem advogado inglês que vai ao castelo de Drácula, na Transilvânia, prestar apoio jurídico para uma transação imobiliária, mas que acaba preso pelo conde e quase morto pelo trio de esposas vampiras; e Mina, a noiva de Jonathan, que conta com a ajuda de um professor, Van Helsing, para descobrir onde Drácula se esconde e como matá-lo.
Os personagens de Drácula trazem aquele fascínio das pessoas que viveram dois séculos atrás, junto com todas as qualidades e defeitos pertinentes. Mina, apesar de viver em uma sociedade que acha natural o machismo, é uma mulher decidida, corajosa, inteligente. Tanto que causa espanto no próprio professor. É elogiável que o autor possuísse esse caráter igualitário entre os gêneros, quando isso nem sequer era muito discutido.
Outra qualidade da obra reside exatamente na forma como ela é narrada, uma vez que são diários e cartas de pessoas diferentes. Muitas vezes, elas não contam tudo o que está acontecendo, obrigando o leitor a ir juntando os fatos para formar uma única linha de raciocínio. Sendo mais claro: um personagem escreve sobre algo, para no capítulo seguinte, outro personagem dar continuidade ao acontecimento, mas sob o ponto de vista dele, e não daquele que começou, e assim por diante.
Em 1992, com direção de Francis Ford Coppola, estreou a melhor adaptação da obra para o cinema. Com Gary Oldman (Drácula), Winona Ryder (Mina), Keanu Reeves (Jonathan) e Anthony Hopkins (Van Helsing), o filme é bastante fiel ao livro, conseguindo, inclusive, superá-lo em termos de complexidade, uma vez que explica o surgimento do conde, que seria Vlad Tepes, um líder romeno que foi traído pela Igreja que defendia, quando esta excomungou sua amada esposa por ela ter se suicidado, e Vlad jurou vingança a Deus. Quatrocentos anos depois, com a visita de Jonathan, Vlad, agora chamado de Drácula, vê no retrato de Mina, que Jonathan carrega, a reencarnação de sua esposa. A partir daí, ele parte para Londres com a intensão de conquistar o coração de Mina. Com isso, a história, além de terror, passa a ter uma linha de vingança e romance, com um final mais dramático e emocionante do que o livro.
Se você nunca leu Drácula, ou viu o filme de Coppola, está perdendo uma das obras mais influentes e criativas de sempre. A minha edição é a de bolso da Zahar, que apesar de ser pequena, é muito linda e caprichada, de capa dura, folhas de papel de qualidade e letras muito bem impressas, além de ser bem barata. Recomendo demais!
Oi Carl!
ResponderExcluirO que eu acho super legal é você ler e conhecer como era a cabeça de um escritor naquela época. Não vou desmerecer a certa saga de vampiros que brilham no sol, até porque eu gosto bastante, mas a história de Drácula é muito mais divertida de se ler, fora que é original né.
Acredita que não assisti nenhum filme do Drácula até hoje? Sei que são bem baseadas no terror.. Juro que vou tentar ver as adaptações.
Bj
Tenho em e-book mas ainda não li. Apesar de toda minha curiosidade não gosto muito de ler livros digitais e por isso fico enrolando. Mas esse ano quero fazer um esforço e finalmente ler. Acho que já vi partes do filme.
ResponderExcluirCarl!
ResponderExcluirFoi justamente a partir dessa leitura, há muuuuuuuitos anos atrás que comecei a me encantar e me apaixonar por esses seres vis e crueis que são os vampiros.
E é um clássico, né? Merece todo nosso respeito.
Um carnaval de alegria e moderação e desejo uma nova semana!
“Ninguém é assim tão velho que não acredite que poderá viver por mais um ano.” (Cícero)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Tenho vontade de ler o livro é bem comentado, quanto ao filme acho que assisti não tenho certeza. Pena o livro não ter detalhes da origem do Drácula é uma parte interessante saber exatamente como surgiu, mas parece ser uma leitura que envolve e deixa o leitor ansioso pelo desfecho, vampiros são meus seres Preferidos das leituras.
ResponderExcluirOi Carl!
ResponderExcluirEu sou doida por livros do tema, sou fã de Drácula, só vi alguns filmes ainda não consegui ler livros, tenho mta vontade de ler e conhecer a história em detalhes...
bjs!
Acabei lendo a primeira versão deste clássico já tem tempo demais! E claro que também vi a adaptação antiga no cinema(imperdível).
ResponderExcluirAinda não tinha visto essa nova roupagem,mas não há como não recomendar Drácula de Bram a todas as gerações!
Este sim é um ícone não só da literatura, mas também do cinema.
Beijo
Drácula é um clássico que eu sempre quis ler.
ResponderExcluirEu gostei do modo como o livro é narrado, com vários personagens diferentes, partindo de pontos de vistas alternados numa linha de tempo.
Olá! Eu assisti o filme e amei, sou doida pra ler o livro, essa resenha me deixou ainda mais curiosa, sempre curti muito histórias sobre vampiros.
ResponderExcluirRealmente já tentei ler livros sobre vampiros e foi uma grande decepção, mas esse vampiro de " raiz" despertou minha curiosidade. Ainda não havia lido resenha sobre este livro e esta forma mais obscura da trama, creio que deva instigar a leitura. E essa capa?? Realmente linda de morrer hahahaha. Parabéns pela resenha, conseguir fazer eu adicionar a obra a lista de desejados!
ResponderExcluirOi Carlos.
ResponderExcluirEu preciso ler mais clássicos.
Achei a narrativa diferente, com vários personagens e por meio de cartas e diários. Que pena que não tem a visão do próprio Drácula. Mas isso deve dar um tom mais misterioso à história.
Acho incrível quando os autores dessa época já tinha pensamentos mais progressistas, como a igualdade de gênero.
Gostei bastante da capa dessa edição!
Beijos
Olá!!
ResponderExcluirAinda não tive oportunidade de ler nenhum livro do Drácula, mas já assisti vários filmes, gosto de livros com vampiros e fiquei com muita vontade de conferir esse história, vai para a lista de desejados!!
Oi Carlos!
ResponderExcluirApesar de ter uma edição do livro e ser apaixonada pelo filme, não consegui ler ainda mas coloquei na minha meta para 2018. Sem ler já concordo com você de ser umas das obras mais influentes, com certeza é um grande clássico. Adorei a edição, e mesmo de bolso ela não deixa a desejar.
OIii! nunca li nenhum livro sobre o Drácula, e apesar de ser um clássico, eu n tenho muito interesse! a edição esta linda realmente, e achei bem legal que a leitura é feita por cartas e diários e vários personagens diferentes, quem sabe eu de uma chance a esse livro, ele parece ser bem interessante!
ResponderExcluirAcredito que além de ser um clássico do terror o Drácula é o vampiro mais conhecido e que deu origem a vários outros, seja em livros, filmes, séries. Realmente abriu um leque para outras histórias. Acho as edições da Zahar lindíssimas. Achei interessante a forma como o livro é narrado, como se fossem pessoas diferentes através de informações, cartas, diários, provavelmente deixa a leitura mais fluida, mas apesar disso não fiquei tão empolgada pra ler.
ResponderExcluirTalvez este não seja o tipo de livro que me interesso pela leitura por se passar em outra época, e prefiro histórias das quais consigo me identificar, e aqui se tratando de temas como vampiro dentro de um outro século talvez não consiga me cativar. No entanto senti interesse em ler a obra, mas fiquei cativada a dar uma chance ao filme.
ResponderExcluirVenha participar do Top Comentarista e concorra o livro "O Maravilhoso Bistrô Francês": http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/
Oi Carlos,
ResponderExcluirai faz anoooooos que quero ler Drácula, mas acabo passando pra frente. Porém, já estou com o filme aqui, quero assisti-lo ainda em março.
O livro vou tentar ler logo, gostei muito de sua resenha, o que me deixou ainda mais ansiosa e curiosa pela trama kkkk
Abs.