AVIT, Clélie. Eu Estou Aqui. Editora Fábrica 231, 2016. 288p.No cenário frio e asséptico de um hospital surge a paixão entre Elsa, uma montanhista em coma há cinco meses depois de cair durante uma escalada, e Thibault, que se refugia no quarto da moça, por não querer visitar o irmão, o motorista bêbado que causou a morte de duas adolescentes num acidente automobilístico.Delicadamente composto, o romance mostra o envolvimento gradual entre dois personagens cuja comunicação se dá instintivamente. Enquanto Thibault pode conversar e incentivar Elsa a retomar o domínio de suas ações, a jovem ouve, percebe e sente toques em seu corpo, mas não tem como comunicar seus desejos e anseios. Os dois passam a se conhecer tanto pelo que transmitem um ao outro – Thibault em suas confidências, Elsa tentando demonstrar que corresponde a seus estímulos – quanto pelo que os amigos da montanhista comentam a respeito do rapaz ou falam a ele sobre Elsa. Junto da moça em coma, Thibault sente-se tranquilo e protegido da revolta contra o irmão, internado em estado grave no mesmo hospital. Elsa, embora cercada pela família e por amigos, se entusiasma com a ousadia de Thibault, que não se acanha em beijá-la. E quando os parentes discutem a possibilidade de desligar os aparelhos que a mantêm viva, é com ele que Elsa conta para lutar por sua própria sobrevivência.Narrado em primeira pessoa, alternando os relatos dos dois protagonistas, Clélie Avit consegue abordar problemas universais e atuais, como eutanásia, violência no trânsito e alcoolismo. As novas famílias urbanas também se superpõem aos laços biológicos. Thibault acompanha a mãe ao hospital, mas se recusa a enfrentar a situação do irmão, à beira da morte por um desastre causado por irresponsabilidade.
Eu Estou Aqui - Clélie Avit
Arquivado em: Editora Fábrica231, resenhasNo cenário frio e asséptico de um hospital surge a paixão entre Elsa, uma montanhista em coma há cinco meses depois de cair durante uma escalada, e Thibault, que se refugia no quarto da moça, por não querer visitar o irmão, o motorista bêbado que causou a morte de duas adolescentes num acidente automobilístico. Delicadamente composto, o romance mostra o envolvimento gradual entre dois perso...
Leia MaisNinguém nasce herói - Eric Novello
Arquivado em: Editora Seguinte, resenhasNum futuro em que o Brasil é liderado por um fundamentalista religioso, o Escolhido, o simples ato de distribuir livros na rua é visto como rebeldia. Esse foi o jeito que Chuvisco encontrou para resistir e tentar mudar a sua realidade, um pouquinho que seja: ele e os amigos entregam exemplares proibidos pelo governo a quem passa pela praça Roosevelt, no centro de São Paulo, sempre atentos para o caso de algum policial aparecer. Outro perigo que precisam enfrentar enquanto tentam viver sua juventude são as milícias urbanas, como a Guarda Branca: seus integrantes perseguem diversas minorias, incentivados pelo governo. É esse grupo que Chuvisco encontra espancando um garoto nos arredores da rua Augusta. A situação obriga o jovem a agir como um verdadeiro super-herói para tentar ajudá-lo — e esse é só o começo. Aos poucos, Chuvisco percebe que terá de fazer mais do que apenas distribuir livros se quiser mudar seu futuro e o do país.NOVELLO, Eric. Ninguém nasce herói. Seguinte, 2017. 384 p.
A realidade de Ninguém nasce herói é absurdamente assustadora, mas, infelizmente, parece cada vez mais possível. Afinal, o que impede o nascimento de um governo totalitário baseado em um fundamentalismo religioso no país quando os extremos estão tão exacerbados? O ódio, afinal, está por toda a parte, gratuito e irracional, contra todo aquele que não se enquadra num "padrão" aceitável. Foi essa a razão que me levou a escolher o livro para leitura e Eric Novello conseguiu criar um enredo bem amarrado e rico, cuja realidade, embora não esteja concretizada, poderia ser real um dia.
O protagonista da trama, Chuvisco, sente que está fazendo sua parte para mudar o mundo ao distribuir livros banidos pelo governo. Quando ele encontra um garoto atacado por uma das milícias urbanas incentivadas pelo governo, sabe que a única coisa certa a fazer é salvá-lo. Chuvisco percebe, então, que distribuir livros pode não ser suficiente para mudar o país, mas qual será o preço disso? Colocar seus amigos e a si mesmo em risco pode resolver as coisas?
Narrado em primeira pessoa, o livro traz questionamentos importantes sobre aderir a um sistema em que não se acredita por medo e a coragem de enfrentar as injustiças, ainda que seja por pequenos gestos. A forma como o autor construiu a aura de medo que os personagens enfrentam foi meticulosa, tanto que consegui sentir a tensão como se estivesse naquele momento político, e a crítica velada sobre as pessoas que fingem não ver as atrocidades para se protegerem se assemelhou bastante às demais ditaduras que já vivenciamos no país.
Em minha opinião, o aspecto político do livro foi seu ponto alto, pois trouxe reflexões relevantes sobre opressão, violência, preconceito e a inversão do papel do Estado, que ao invés de defender e proteger, agride seus cidadãos. Aliás, a realidade do livro não difere tanto assim do que o país vivencia hoje, mas mostra quão pior pode ser se deixarmos intolerantes ocuparem papéis tão importantes no poder.
Outro ponto interessante da leitura e que foi bem trabalhado pelo autor foi a diversidade de seus personagens. Gays, negros, transexuais, todos estavam representados no livro e o mais fascinante sobre isso é que o autor conseguiu inseri-los sem pender para um lado preconceituoso nem caricato. Eram pessoas comuns, pessoas incríveis, e, na verdade, o que menos importava neles era como aparentavam ou suas opções sexuais.
Meu único problema durante a leitura foram as catarses criativas de Chuvisco. O personagem sofre de algum tipo de distúrbio em que confunde fantasia com realidade e, nos momentos mais tensos da trama, a catarse tomava grandes proporções, a ponto de o garoto narrar os acontecimentos como se fosse um super-herói com armadura e tudo o mais. O fato de essas fantasias acontecerem somente na mente de Chuvisco torna a trama confusa, pois ele descreve situações que não acontecem de verdade. Em alguns pontos, é difícil distinguir o que é realidade ou não - e eu entendo que essa confusão aconteça também na mente do personagem -, mas isso tornou a leitura cansativa para mim a ponto de eu levar dias para concluir um único capítulo. Sei que essa característica do personagem teve relevância para sua construção e para o enredo, mas, no meu caso, foi o grande problema do livro, e sinto que teria gostado muito mais sem esses momentos fantasiosos.
Num futuro em que o Brasil é liderado por um fundamentalista religioso, o Escolhido, o simples ato de distribuir livros na rua é visto como rebeldia. Esse foi o jeito que Chuvisco encontrou para resistir e tentar mudar a sua realidade, um pouquinho que seja: ele e os amigos entregam exemplares proibidos pelo governo a quem passa pela praça Roosevelt, no centro de São Paulo, sempre atentos para...
Leia MaisAs Aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain
Arquivado em: Editora Autêntica, resenhasSinopse: Órfão desde bebê, Tom Sawyer vive com sua tia Polly, seu irmão, Sid, e sua prima, Mary, num vilarejo às margens do rio Mississipi, nos Estados Unidos. Menino de bom coração, de bom caráter, Tom é também muito levado e esperto, e vive aprontando, sozinho ou com seu melhor amigo Huckleberry Finn, um garoto que mora nas ruas, dorme em barris vazios e come o que lhe dão. O tempo todo, os dois vivem aventuras emocionantes, na maioria das vezes, imaginárias. Frequentam cavernas, cemitérios, casas mal-assombradas e ilhas desertas. Brincam de pirata, de pele-vermelha, de Robin Hood, caçam tesouros, planejam formar uma gangue de ladrões e ficar ricos. E é numa dessas brincadeiras que suas aventuras se tornam bem reais e assustadoras… (Skoob)
Mark Twain escreveu As Aventuras de Tom Sawyer em 1876, na Flórida, em uma cidade às margens do rio Mississipi, sul dos Estados Unidos, onde ainda predominava o sistema de escravidão. Por isso, logo na primeira página desta nova edição da editora Autêntica, existe um aviso de que o texto possui referências racistas, preconceituosas e machistas, mas que são um reflexo da época. Mas isso acaba por ser uma das inúmeras qualidades da obra, uma vez que os relatos são baseados em fatos reais da infância do autor e seus amigos, permitindo um estudo profundo sobre o comportamento da sociedade americana de dois séculos atrás. Enquanto Tom Sawyer é a junção de duas crianças que conviviam com o autor, Huckleberry Finn, o inseparável amigo de Tom, realmente existiu, mas com outro nome.
O que conquista na obra de Twain, são o humor suave, bem colocado, com uma sátira tão delicada, que o leitor se surpreende; situações totalmente abstraídas de qualquer maldade adulta; uma clara conduta de boa moral, independentemente das estripulias cometidas por Tom; uma separação forte entre o mundo infantil e o mundo adulto, muito semelhante ao que foi feito décadas mais tarde no desenho do Snoopy, quando os adultos apareciam apenas da cintura para baixo e suas falas eram incompreensíveis. O que os adultos falam e como se comportam no livro é refletido pelos olhos de uma criança, e é com essa narrativa que Twain conquista o jovem, porque ele se vê refletido na forma como a história é contada, como se fosse um amigo ou colega.
A inocência presente em As Aventuras de Tom Sawyer é de uma construção que não se encontra mais em qualquer obra adolescente de hoje em dia. As brincadeiras de Tom e seus amigos se resumia a uma realidade pobre, onde não existiam brinquedos, além daqueles que a natureza fornecia, ou que eram encontrados no lixo ou abandonados. Então, para quem nunca brincou nas ruas de um bairro, ou em terrenos abandonados, jogando bola, ou pulando o quintal para roubar frutas, ou mesmo nadou em um rio perto da cidade, vai se espantar em como é necessário muita criatividade e inocência para transformar objetos, acontecimentos, animais e insetos em algo que ocupa a maior parte do dia.
Os brinquedos de Tom, e das outras crianças, eram besouros, bolinhas de gude, cordas, carreteis de linha, carrapatos, frutas, visitas furtivas a lugares proibidos, como cemitérios, ou promessas de amizade. Você se pergunta: como brincar com besouros e carrapatos? Bem, com os carrapatos, eles faziam corridas, para ver para onde eles seguiam; enquanto os besouros, podiam ficar presos em animais, obrigando-os a correrem, o que originou um dos trechos mais engraçados da obra.
Mas o que acontece nos capítulos do livro vai além das brincadeiras. O leitor acompanha como eram as aulas em um colégio religioso da época, onde os castigos de maus comportamentos e notas baixas eram aplicados com palmatórias; onde existiam apresentações de trabalhos, não para os professores, mas para educadores e diretores importantes de toda a região; onde crimes eram resolvidos apenas com testemunhas ou sob a presença de uma arma que apontasse diretamente para quem a usou.
Sim, crimes. As Aventuras de Tom Sawyer tem sua dose de perigo e mistério, quando Tom e Huck, por acidente, acabam presenciando um homicídio. Ao mesmo tempo em que o leitor fica apreensivo por tentar descobrir a forma como eles podem escapar de serem mortos por homens sem qualquer temor pela lei, quase inexistente naquela época, sentimos vontade de rir pela forma como as duas crianças vão resolvendo as coisas e preparando armadilhas que ajudem as autoridades a capturarem os culpados, sem que possam se envolver diretamente. As conversas deles, regadas por medo infantil e ideias totalmente desprovidas de conhecimento do perigo, são hilárias.
Bem como também são hilárias as peças que Tom prega na tia, como quando Huck e ele fogem, todos pensam que eles morreram, e eles resolvem voltar no dia do enterro deles, com uma entrada triunfal na igreja, que é seguida por choros, abraços e, depois, um bem merecido castigo. Ou as tentativas de Tom em conquistar a menina por quem é apaixonado, as juras de amor e fidelidade para um sempre que eles não conhecem, as brigas originadas por desencontros, as fugas para encontros proibidos, entre outras situações tão singelas, que é impossível não se derreter e amar os personagens.
Por todas essas coisas, e muitas outras que você só poderá descobrir lendo a obra, que eu fui conquistado pela leitura. Tom Sawyer foi o primeiro personagem que conversou comigo de igual para igual, mostrando sentimentos, ações e uma realidade que eu conseguia aceitar e desejar. Ele abriu as portas para um mundo de palavras que permite uma pessoa viajar para qualquer lugar pelo tempo que a leitura durar. Tom foi tão real para mim, que ele parece um amigo que tive na minha época de infância, que me ensinou a brincar com aquilo que eu dispunha, a procurar amigos que são dignos de confiança e a lutar por um futuro que torne realidade aquilo que eu sonho.
Mark Twain, logo após As Aventuras de Tom Sawyer, escreveu As Aventuras de Huckleberry Finn, considerada a maior obra juvenil americana, que faz parte do currículo escolar e é obrigatória em todas as escolas, onde o leitor acompanha a viagem de Huck, e de um negro escravo fugitivo, pelo rio Mississipi, quando eles vivem diversas situações, algumas engraçadas, outras dramáticas e perigosas. Nessa viagem, Twain faz uma análise de toda a sociedade da época, abrangendo a escravidão, o preconceito e as relações entre as pessoas. É uma leitura intensa, mais adulta do que a de Tom Sawyer. Pretendo fazer resenha em breve, aqui no blog, então não perca ;)
Sinopse: Órfão desde bebê, Tom Sawyer vive com sua tia Polly, seu irmão, Sid, e sua prima, Mary, num vilarejo às margens do rio Mississipi, nos Estados Unidos. Menino de bom coração, de bom caráter, Tom é também muito levado e esperto, e vive aprontando, sozinho ou com seu melhor amigo Huckleberry Finn, um garoto que mora nas ruas, dorme em barris vazios e come o que lhe dão. O tempo todo, os...
Leia MaisTroféu Literário 2017 #2: Os personagens
Arquivado em: EspecialO meu personagem queridinho
O personagem que me deu nos nervos
O meu casal queridinho
O casal que me fez querer vomitar
O personagem coadjuvante que roubou a cena
O personagem coadjuvante que eu mataria
Como comentei na postagem anterior, o Troféu Literário 2017 é uma retrospectiva criada pelo blog Além do Livro, junto com o Insta @ka_indica. A categoria de hoje são os personagens. Quem quiser conhecer as resenhas dos livros, basta clicar nas imagens, ok? O meu personagem queridinho Os livros de Para todos os garotos que já amei foram daquele tipo de aquecer o coração, então Lar...
Leia MaisPegando Fogo - Abbi Glines
Arquivado em: Editora Arqueiro, resenhasSinopse: Nan Dillon, a bad girl de Rosemary Beach, é uma garota imatura e egoísta que não tem outra preocupação na vida a não ser manter o corpinho perfeito. Só que Nan está longe de ser feliz: nunca teve o amor dos pais, o irmão adorado não tem mais tempo para ela, e Grant, o único homem de quem gostou de verdade, resolveu trocá-la pela meia-irmã dela.
Então, quando Major Colt a convida para sair, ela não pensa duas vezes. Apesar de saber que esse texano charmoso e de fala mansa não quer nada sério, ficar com ele é melhor do que estar com as colegas fúteis ou passar as noites sozinha vendo televisão.
Mas logo Nan fica farta do comportamento descompromissado de Major e, depois que ele a deixa plantada em casa mais uma vez, decide ir a Las Vegas para um fim de semana sem regras e sem limites. Lá, conhece Gannon, um empresário sedutor e perigoso que sempre diz exatamente o que ela quer ouvir.
Quando Major vai atrás dela implorar por uma segunda chance e Gannon mostra que não é tão perfeito quanto ela pensava, Nan tem que decidir a quem entregar seu coração. O que ela não percebe é que os dois têm uma estratégia de longo prazo para ela - e já estão várias jogadas à sua frente. (Skoob)
Livro recebido em parceria com a Editora
Sinopse: Nan Dillon, a bad girl de Rosemary Beach, é uma garota imatura e egoísta que não tem outra preocupação na vida a não ser manter o corpinho perfeito. Só que Nan está longe de ser feliz: nunca teve o amor dos pais, o irmão adorado não tem mais tempo para ela, e Grant, o único homem de quem gostou de verdade, resolveu trocá-la pela meia-irmã dela. Então, quando Major Colt a convida par...
Leia MaisSelvagens - Don Winslow
Arquivado em: Editora Intrínseca, resenhasSinopse: Ambientalista e filantropo nas horas vagas, Ben comanda um negócio de venda de maconha em Laguna Beach. Ao lado de seu parceiro, o ex-mercenário Chon, ele fatura lucros consideráveis e mantém uma clientela fiel. No passado, quando seu território foi invadido, Chon tratou de eliminar a ameaça. Agora, porém, eles parecem estar diante de uma força da qual não podem dar conta: o Cartel de Baja, do México quer tomar a região e avisa que não irá aceitar uma negativa como resposta. Quando os dois amigos se recusam a recuar, o cartel reforça a advertência sequestrando Ophelia, companheira e confidente dos rapazes. O sequestro deflagra uma gama alucinante de negociações habilidosas e reviravoltas inacreditáveis, que deixarão os leitores ansiosos para descobrir o custo da liberdade e o preço de um grande barato. Uma engenhosa combinação entre o suspense carregado de adrenalina e a reportagem policial, Selvagens é um thriller alucinante, escrito por um mestre do gênero no auge de sua carreira. (Skoob)
O livro tem uma estrutura bem diferente. Não é dividido em capítulos, é dividido por números que às vezes vêm depois de uma única frase. Também tem partes escritas em formato de roteiro cinematográfico.
Eu gostei muito do livro e fiquei interessada em saber se ele é um pouco baseado em cartéis reais como Narcos, por exemplo, mas eu não achei nada falando a respeito. Mesmo assim, é uma história que parece realista, a construção dos personagens e de toda a trama, os locais que realmente têm muitos traficantes.
Sinopse: Ambientalista e filantropo nas horas vagas, Ben comanda um negócio de venda de maconha em Laguna Beach. Ao lado de seu parceiro, o ex-mercenário Chon, ele fatura lucros consideráveis e mantém uma clientela fiel. No passado, quando seu território foi invadido, Chon tratou de eliminar a ameaça. Agora, porém, eles parecem estar diante de uma força da qual não podem dar conta: o C...
Leia MaisNovidades #182: Lançamentos Editoras Parceiras
Arquivado em: Editora Intrínseca, Grupo Editorial Pensamento, Ler EditorialEditora Intrínseca
Editora Sextante
Ler Editorial
Grupo Editorial Pensamento
Agora me contem: quais vocês leriam?
Embora dezembro, via de regra, seja o mês de pausa nos lançamentos das Editoras, neste ano várias delas trouxeram títulos especiais, como foi o caso da Editora Intrínseca, que lançou Ordem Vermelha para a CCXP, e da Editora Sextante, que trouxe a biografia de Renato Aragão. Além disso, outras Editoras também não pausaram os lançamentos, e vim trazer essas novidades para vocês. Quem quiser co...
Leia MaisPor trás de seus olhos - Sarah Pinborough
Arquivado em: Editora Intrínseca, resenhasSinopse: Não confie neste livro. Não confie nestas pessoas. Não confie em você.
Louise é mãe solteira, trabalha como secretária e está presa à rotina da vida moderna: ir para o escritório, cuidar da casa, do filho e tentar descansar no tempo livre. Em uma rara saída à noite, ela conhece um homem no bar e se deixa envolver. Embora ele se vá logo depois de um beijo, Louise fica muito animada por ter encontrado alguém.
Ela só não esperava que seu novo e casadíssimo chefe seria o homem do bar. Apesar de ele fazer questão de logo esclarecer que o beijo foi um equívoco, em pouco tempo os dois passam a ter um caso. Em uma terrível sequência de erros, Louise acaba ficando amiga da esposa do amante. E, se você acha que sabe para onde esta história vai, pense de novo, porque Por trás de seus olhos não se parece com nenhum livro que já tenha passado por suas mãos. À medida que é arrastada para a história do casal, Louise acaba com mais perguntas que respostas e a única coisa certa é que algo naquele casamento está muito, muito errado.
Em Por trás de seus olhos, best-seller do Sunday Times e do The New York Times, Sarah Pinborough não só reinventa o tradicional triângulo amoroso, como o vira do avesso e de ponta-cabeça, numa trama “com tantos jogos mentais que você vai começar a se perguntar se esse triângulo tem mesmo três lados”, como destaca Josh Malerman, autor de Caixa de pássaros. (Skoob)Livro recebido em parceria com a Editora.
Em algum momento do livro, quase discretamente, algo muda. É um pouco confuso, porque, do nada, toda a perspectiva sobre a obra é alterada, tanto que comentei no Instagram que tive a impressão de que o livro tinha mudado de gênero no meio do caminho. Percebo agora que haviam indícios sobre essa revelação desde o começo, mas foi fácil ignorá-los, até o momento em que a autora tornou isso impossível.
Com toda a certeza do mundo, posso dizer que ninguém conseguirá imaginar o final trazido pela autora. É atordoante, ilusório e muito, muito revoltante. Por trás de seus olhos não é uma leitura fofa e de aquecer o coração; tem mais a ver com loucura e com manipulação. Os personagens se manipulam o tempo todo e nós também somos manipulados pela autora durante o livro. Não gostei nadinha da forma como a autora fechou a história, mas preciso ser sincera e dizer que foi um final bem excêntrico e fascinante. É aí que está o conflito de que falei no início da resenha.
Sinopse: Não confie neste livro. Não confie nestas pessoas. Não confie em você.Louise é mãe solteira, trabalha como secretária e está presa à rotina da vida moderna: ir para o escritório, cuidar da casa, do filho e tentar descansar no tempo livre. Em uma rara saída à noite, ela conhece um homem no bar e se deixa envolver. Embora ele se vá logo depois de um beijo, Louise fica muito animada por...
Leia MaisA Hora do Lobisomem - Stephen King
Arquivado em: resenhas, Suma de LetrasSinopse: O primeiro grito veio de um trabalhador da ferrovia isolado pela neve, enquanto as presas do monstro dilaceravam sua garganta. No mês seguinte, um grito de êxtase e agonia vem de uma mulher atacada no próprio quarto. Agora,a cada vez que a lua cheia brilha sobre a cidade de Tarker’sMill, surgem novas cenas de terror inimaginável. Quem será o próximo? Quando a lua cresce no céu,um terror paralisante toma os moradores da cidade. Uivos quase humanos ecoam no vento. E por todo lado as pegadas de um monstro cuja fome nunca é saciada. Um clássico de Stephen King,com as ilustrações originais de Bernie Wrightson. (Skoob)
A primeira vez que tive contato com esta história de Stephen King, foi através de um filme que passava na Sessão da Tarde na época do colégio, Bala de Prata. Nos créditos, descobri que era baseado em um livro e corri atrás para conseguir. Agora, apenas um par de anos mais tarde :), foi lançado este novo volume, ilustrado e com um capricho de fazer chorar.
Narrado em terceira pessoa, no mesmo tom de um contador de histórias, cada capítulo é um mês do ano e um ataque diferente que o lobisomem faz. Sempre em luas cheias, que o autor faz questão de explicar não seguir a padrão natural, mas forçar a coincidência com momentos importantes, como feriados e datas comemorativas, a criatura vai, aos poucos, aterrorizando e matando os habitantes de uma pequena cidade no interior dos EUA.
King não economiza nas descrições dos ataques, o que fica ainda mais visceral por causa das ilustrações das mortes em cada capítulo. Feitas com traços a lápis, ou imitando, elas combinam com o tom casual da narrativa. No fim do livro, somos brindados com mais cinco pinturas feitas por artistas diferentes das partes que eles mais gostaram da história. Estilos diferentes, proporcionam uma beleza e tornam a edição ainda mais primorosa.
A Hora do Lobisomem é aquele terror clássico juvenil, seguindo a tradição do monstro, inclusive com sua fraqueza quanto a balas de prata, por isso o título da adaptação cinematográfica. O livro é bem curto, quase um conto, e pode ser lido sem qualquer pausa. E, como sempre, King traz a salvação nas mãos do mais improvável herói, o que torna a sensação de nostalgia ainda maior.
Divertido, curioso, é uma obra indispensável na estante de qualquer leitor, que, após ser lida, deixa uma vontade imensa no leitor de procurar por mais histórias do gênero. Infelizmente, vai ser difícil de encontrar, ainda mais que os lobisomens de hoje em dia, ficam correndo de tronco nu por florestas onde vivem fadas que são confundidas com vampiros. ;)
Sinopse: O primeiro grito veio de um trabalhador da ferrovia isolado pela neve, enquanto as presas do monstro dilaceravam sua garganta. No mês seguinte, um grito de êxtase e agonia vem de uma mulher atacada no próprio quarto. Agora,a cada vez que a lua cheia brilha sobre a cidade de Tarker’sMill, surgem novas cenas de terror inimaginável. Quem será o próximo? Quando a lua cresce no céu,um t...
Leia MaisTroféu Literário 2017 #1: Os Melhores e Piores
Arquivado em: EspecialO melhor livro
O pior livro
O livro com a melhor capa
O livro com a pior capa
O título mais genial
O título mais nada a ver
O melhor enredo
O pior enredo
O blog Além do Livro, junto com o Insta @ka_indica, criaram o Troféu Literário 2017, que funciona como uma retrospectiva cheia de categorias. Eu nunca tinha participado, mas já que não me inscrevi em nenhuma outra retrospectiva este ano, decidi arriscar. Serão cinco postagens aqui no blog, cada uma com uma categoria, conforme a Nadia explica lá no post dela. Não farei em dias subsequentes, ma...
Leia MaisSinopse: Duny (lê-se Dani) é uma celebridade de alcance mundial, alçada ao estrelato por seu imenso talento, inteligência, classe e beleza incomparáveis. Ou, pelo menos, era isso o que ela esperava da vida - que, no caso de Duny, se resume basicamente a um loop infinito de lacres, barracos e baixarias cometidos em busca da fama. Meu livro. Eu que escrevi é o maior deles. Conhecida dos fãs principalmente por trabalhar e morar na Pensão da Tia Ruiva e ser uma das estrelas da websérie Girls in the House, Duny hoje comanda também o reality show investigativo Disk Duny e é comentarista on-line de premiações como o Oscar e o Grammy para uma grande rede de TV, mas ela já passou por muita coisa nessa vida: da humilhação pública de fazer agachamentos em trajes sumários num programa de auditório a fingir que suporta crianças só para ser babá da filha de uma artista famosíssima e ficar um tantinho mais perto dos maiores nomes da música pop.
Livro recebido em parceria com a Editora.
Sinopse: Duny (lê-se Dani) é uma celebridade de alcance mundial, alçada ao estrelato por seu imenso talento, inteligência, classe e beleza incomparáveis. Ou, pelo menos, era isso o que ela esperava da vida - que, no caso de Duny, se resume basicamente a um loop infinito de lacres, barracos e baixarias cometidos em busca da fama. Meu livro. Eu que escrevi é o maior deles. Conhecida dos fãs...
Leia MaisPromoção: Sorteio de Natal
Arquivado em: PromoçõesPor isso, vários blogs foram convidados para um sorteio bem recheado de presentes!
BLOGS:
REGRAS GERAIS:
- Após preencher todas as obrigatórias, o formulário irá liberar as regras opcionais. Cada entrada opcional VALE 5 PONTOS! Você pode não preenche-las, mas lembre-se que quanto mais fizer, mais chances tem de ganhar.
- Cada blog e autor é o único responsável pelo envio do seu prêmio.
- O prêmio será enviado até 28/02/2018, sem contar a entrega dos Correios. Nenhum de nós será responsabilizado por danos, extravios ou retorno das encomendas. Após 15/03/2018, nada mais poderá ser reclamado.
- Questões não previstas nesse regulamento serão analisadas pelo blog As 1001 Nuccias.
KIT 1
KIT 2
KIT 3
KIT 4
KIT 5
O fim do ano está chegando e o Grupo Blogueiras Unidas (Blogs As 1001 Nuccias, Entre Livros e Pergaminhos, CuraLeitura e Clube do Livro e Amigos) quer comemorar o ano incrível que 2017 foi e torcer para que 2018 seja muito mais junto com vocês! Por isso, vários blogs foram convidados para um sorteio bem recheado de presentes! Venham com a gente! EDITORAS: Mundo Uno Editora...
Leia MaisUm Verão para Recomeçar - Morgan Matson
Arquivado em: Editora Novo Conceito, resenhasSinopse: Taylor Edwards nunca se sentiu importante, muito menos alguém que se destaca.Além disso, ela tem a estranha mania de fugir quando as coisas ficam meio complicadas. No dia do seu aniversário, Taylor recebe uma terrível notícia: o pai dela está muito doente. Ela até tenta fugir novamente, mas agora sua família precisa de toda ajuda e união possível.
Então eles tomam a seguinte decisão: passar o verão juntos na casa do lago.
Taylor não vai à casa do lago, onde ela e a família passavam o verão, desde que tinha doze anos, e ela definitivamente nunca planejou voltar. No lago Phoenix, ela reencontra sua ex- melhor amiga, Lucy, e Henry Crosby, sua primeira paixão.
De repente, Taylor se vê cercada por lembranças que preferia ter deixado no passado. Apesar do medo e de querer fugir mais do que tudo, a única coisa que resta a ela é ficar com seu pai e enfrentar os dias da melhor maneira possível.
Nesse verão em família, vivendo momentos tristes e felizes ao mesmo tempo, Taylor percebe que ela tem uma segunda chance de refazer laços familiares e até, quem sabe, poder viver um grande amor.
Um verão para recomeçar é um notável romance sobre esperança, amor e superação. (Skoob)
Livro recebido em parceria com a Editora
Sinopse: Taylor Edwards nunca se sentiu importante, muito menos alguém que se destaca.Além disso, ela tem a estranha mania de fugir quando as coisas ficam meio complicadas. No dia do seu aniversário, Taylor recebe uma terrível notícia: o pai dela está muito doente. Ela até tenta fugir novamente, mas agora sua família precisa de toda ajuda e união possível. Então eles tomam a seguinte decisão:...
Leia MaisSobre
Julia G
Busca
Curta no Facebook
Seguidores
Categorias
Outras Histórias
-
▼
2017
(307)
-
▼
dezembro
(24)
- Eu Estou Aqui - Clélie Avit
- Ninguém nasce herói - Eric Novello
- As Aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain
- Troféu Literário 2017 #2: Os personagens
- Pegando Fogo - Abbi Glines
- Selvagens - Don Winslow
- Novidades #182: Lançamentos Editoras Parceiras
- Por trás de seus olhos - Sarah Pinborough
- A Hora do Lobisomem - Stephen King
- Troféu Literário 2017 #1: Os Melhores e Piores
- Meu Livro. Eu Que Escrevi. - Raony Phillips
- Promoção: Sorteio de Natal
- Um Verão para Recomeçar - Morgan Matson
- Dançando Sobre Cacos de Vidro - Ka Hancock
- Leituras do Mês: Novembro
- Um coração maior que o mundo - Christian Figueiredo
- Amor de Todas as Formas - Tatiana Amaral, M. S. Fa...
- Promoção: Aniversário Um Oceano de Histórias
- Fortaleza Impossível - Jason Rekulak
- Fazendo as pazes com o corpo - Daiana Garbin
- Book Haul - Novembro
- Princesa de Papel - Erin Watt, Elle Kennedy e Jen ...
- A Dieta do Microbioma - Raphael Kellman
- Top Comentarista - Dezembro
-
▼
dezembro
(24)
Leitura Atual
Postagens Populares
Livros Lidos em 2019
Link-nos
