Conjuntando #77: Filme - Sexy por Acidente

Título Original: I Feel Pretty
Ano: 2018
Diretores: Abby Kohn, Marc Silverstein
Gênero: Comédia
Duração: 1h 50min


Sinopse: A woman struggling with insecurity wakes from a fall believing she is the most beautiful and capable woman on the planet. Her new confidence empowers her to live fearlessly, but what happens when she realizes her appearance never changed?





Não assisto muitos filmes, prefiro séries, pois podemos acompanhar melhor a trajetória dos personagens e nos envolvemos mais com a história. Mas, de vez em quando, me deparo com o trailer de um filme que parece interessante ou com a participação de um ator/atriz de quem gosto muito. Foi esse o caso de Sexy por Acidente. Há algum tempo eu li a autobiografia de Amy Schumer, A Garota com a Tribal nas Costas, e desde então venho assistindo muitos stand-ups e filmes da autora.

Normalmente, quando assisto filmes, não procuro muito o porquê da história, nem um significado profundo. Assisto filmes para descansar e sair um pouco da rotina dos estudos. Escolhi esse filme para assistir em um final de semana meio parado, por causa da atriz, e acabei refletindo muito sobre minha forma de agir e como ela afeta a minha vida.



Sexy por Acidente começou como um filme qualquer, nada muito extraordinário. Cheguei em um ponto (mais ou menos 5 minutos depois do início) que eu acreditei sinceramente que já sabia o roteiro de trás para frente, parecia um filme clichê daqueles que uma mulher um pouco fora de forma sonha com o "corpo perfeito" e espera que uma fada madrinha apareça e a transforme na princesa mais desejada do reino em um piscar de olhos. Sei que, se eu tivesse lido a sinopse antes, não teria essa impressão, mas de certa forma isso fez com que o choque e a confusão quando nada disso aconteceu fosse maior.

Rennee (Amy Schumer) tem sérios problemas de insegurança consigo mesma. Ela acredita que, para ter um namorado ou o mundo inteiro aos seus pés, você tem que ser "inegavelmente bonita". Para ela, as coisas boas só acontecem para mulheres com o corpo de modelos de revista, e isso a afeta de tal forma que suas ações são um tanto pessimistas e ela acredita que, se não mudar a aparência, sua vida não vai mudar. Até que, após um acidente na academia, ela bate a cabeça e começa a acreditar que um milagre aconteceu e ela é a mulher mais linda do mundo. Com o corpo que sempre desejou, ela muda sua atitude e as coisas "começam a dar certo". Ela começa a namorar, muda de emprego e faz novas amizades, deixando suas antigas amigas um tanto de lado.



O que mais gostei no filme foi que, mesmo assistindo sem nenhuma expectativa ou procurando refletir sobre a vida, é impossível não notar a mensagem que ele passa. E o fato de Amy Schumer ser a personagem principal fecha tudo com chave de ouro. A atriz luta muito para quebrar o tabu de que mulher bonita é mulher magra, não ligando para o que os outros dizem dela e valorizando seu corpo como é. Coisa que Rennee ainda tem que aprender a fazer.

No mundo de hoje, infelizmente, ainda valoriza-se muito a "beleza" superficial, o que faz com que muitas pessoas, homens e mulheres, se sintam impotentes e incapazes por não terem o "corpo padrão" imposto pela sociedade. Isso os afeta de tal forma, que eles se esquecem que quem deixa esse "padrão" se perpetuar somos nós mesmos. São nossas atitudes que nos tornam "belos" ou "feios". Isso fica mais do que provado na produção. Ao nos aceitarmos da forma como somos, não notamos quando alguém nos olha diferente ou faz uma cara feia, ou até mesmo quando dizem algo para nos provocar.

É um fato que esse problema é maior para as mulheres, pois em geral as pessoas são mais "rigorosas" com a aparência delas, mas eu acredito que esse filme deve ser assistido por todos, principalmente por quem tem problemas de insegurança. Amy deixa tudo mais leve, ela sabe como brincar com o assunto sem deixar de passar sua mensagem. Assistindo ao filme refleti muito sobre como minhas atitudes podem afetar não só quem está ao meu redor, mas eu mesma. A frase "antes de gostar de alguém, você tem que gostar de si mesmo" nunca fez tanto sentido para mim.



Claro que não deixa de ser totalmente uma história clichê, mas as conclusões da personagem ao final do filme e sua própria atitude ao longo dele, nos permite ver tudo de uma forma diferente e perceber até onde devemos nos culpar ou vitimizar para alcançar nossos sonhos.
Ale Afonso
Ale Afonso

10 comentários:

  1. Ao contrário de você, adoro filmes!rs E vivo na luta, mesclando filmes, livros e séries.
    Quase fico louca..rs
    Mas acabei vendo este filme assim que foi lançado e por mais bobo que tenha achado, tem sim, suas lições!
    Não considerei uma comédia, foram poucas demais as cenas onde saía um riso,mas mesmo assim, vale muito a pena, ver o filme! Mas sendo sincera, sem expectativas. É apenas para entreter!
    Beijo

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  2. Ultimamente eu não estou assistindo filme nem série, mas tenho preferência por filmes. É algo que dá pra fazer em poucas horas e já saber o final. Haha...
    Claramente, esse é um filme que eu assistiria caso encontrasse em algum canal de tv.
    Acho muito legal quebrar o padrão, mostrar que a beleza é diversa e não padronizada.
    E eu não sabia que A garota com a tribal nas costas é uma autobiografia, legal.

    Beijos

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  3. Este é aquele tipo de filme clichê que a gente ama. Ainda não conhecia ele, mas já fiquei super interessada, porque filmes assim sempre nos passa uma mensagem motivadora, pois fazemos parte das mulheres com estrias, celulites e uma vida normal, não fomos reféns de esteriotipos.

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  4. Hahaha me lembrou o Amor é Cego, o carinha que depois de um acidente passa a enxergar a mocinha gorda como magra e esbelta, nesse é mais interessante ainda, ela mesma começa a se enxergar assim kkk deve ser uma comedia, mas tmb com certeza nos passa uma mensagem interessante, por mais que o padrão da sociedade seja a da menina magra e tal, SEMPRE vai ter alguém disposto a nos aceitar como somos, seja no jeito ou no físico, enfim. Bem clichê meeeesmo mas acho que vale a pena assistir.

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  5. Adoro filmes, gosto de séries também e vou assistir esse, minha filha assistiu e gostou. É interessante por apresentar uma mocinha fora dos padrões são poucos os filmes assim, deveria ter mais. Deve deixar a gente refletindo sobre o nosso corpo se estamos satisfeito com ele, o importante é nos sentirmos bem, um dia ouvi uma mulher falando quando as pessoas vão parar de se incomodar com o corpo dos outros e sempre lembro disso.

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  6. Tenho que concordar com a colega do primeiro comentário, amo filmes vejo bem mais que series, mas já tinha assistido a um outro filme dela de verdade não gostei, tinha visto o cartaz em um site e fiquei interessada até ao ponto de ver quem era a atriz (no filme descompensada os clichês eram gritantes e a falta de noção do roteiro tb, acho que fiquei traumatizada). Que bom que esse tem uns pontos legais.

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  7. Oi, Alessandra
    Adoro filmes e séries, mas confesso que tenho visto mais séries do que filmes.
    Ainda não li o livro dessa atriz/comediante, quero muito ler.
    Depois de ler sobre o filme fui assistir ao trailer e adorei, tenho certeza que além de rir muito vou adorar e manter minha estima alta (sempre). Sou gordinha e fora dos padrões e nunca me importei tanto a ponto de ficar como a personagem do filme no começo do mesmo.
    Obrigada pela dica, beijos!

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  8. Oi Alessandra!
    Aah eu adorei a dica de filme, eu já ouvi flar mas ainda não conseguir ver.
    Parece bacana.
    Bjs!

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  9. Olá! Gosto de tudo, livros, séries e filmes, uma loucura consegui conferi tudo, já vi falarem desse filme, parece ser muito bom, estou bastante interessada em assisti.
    Bjs

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  10. Eu sou seu oposto, amo filmes e dificilmente assisto uma série. kk'
    Já assisti alguns filmes da atriz, mas até então não assisti este e fiquei com vontade de assisti-lo. Eu concordo com tudo o que você falou sobre nosso corpo, o quanto precisamos gostar de nós mesmos para poder permitir que outras pessoas nos amem, isso é até algo que venho lutando comigo, sempre tive a auto estima muito baixa, exatamente por não me sentir como se "deve ser", do ano passado isso mudou um pouco, mas vejo que ainda falta muita coisa pra entender e mudar na minha forma de pensar, porque o que vale são nossas atitudes e ideias, e não o que se vê.

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