Sinopse: Um romance sobre amadurecimento e a dureza de crescer em uma cultura que exige das mulheres nada menos que a perfeição. Corey Ann Haydu explora as complexidades da família, os limites do amor e quão duro é crescer em uma cultura que premia a beleza acima de qualquer outra coisa e cobra das mulheres nada menos que a perfeição. Uma leitura atual que dialoga direta e honestamente com a multiplicidade de questões enfrentadas por adolescentes e jovens no mundo todo – a confusão do primeiro amor, os dramas familiares e a construção da própria identidade no meio de toda essa loucura. O livro está cheio de personagens realistas, que tropeçam nos próprios medos e cometem erros com alguns dos quais é impossível não se identificar. Montana e sua irmã Arizona têm um pacto desde que a mãe as deixou: São elas duas contra todo o mundo. Com o pai sempre imerso em relacionamentos tóxicos e uma sucessão de madrastas essa foi a maneira que encontraram de seguir em frente. Mas agora que Arizona foi para a faculdade Montana se sente deixada pra trás e perdida, mergulhando em uma amizade vertiginosa e empolgante com a ousada Karissa. No meio disso tudo, Montana encontra uma distração em Bernardo. Resta saber se Montana têm a confiança necessária no que sentem um pelo outro para encaixar Bernardo na sua vida imperfeita. (Skoob)
Bela Gratidão - Corey Ann Haydu
Arquivado em: Galera Record, resenhas
HAYDU, Corey Ann. Bela Gratidão. Galera Record, 2017. 432 p.
Bela Gratidão, de Corey Ann Haydu, conta, em primeira pessoa, a história de Montana, uma garota que passa por um período de transformações e, não bastassem as complicações naturais da adolescência, ela carrega diversos problemas e inseguranças: sua mãe foi embora quando era criança, sua irmã mais velha se afastou quando foi para a faculdade, seu pai troca sempre de esposas e acabou de apresentar sua nova noiva - o que abala as mais inocentes expectativas da garota.
O interessante do livro é que ele aborda diversas questões relevantes sobre os problemas que os adolescentes enfrentam, desde a insegurança e os problemas que muitas vezes são causados pelos próprios pais, até as transformações que crescer traz para as nossas vidas e os caminhos que precisamos escolher para adiante. Todo mundo em algum momento percebeu que já não poderia mais manter as coisas como eram antes, e é nessa encruzilhada que Montana se encontra.
A vida da protagonista não parece tão traumática, mas os problemas da falta de estrutura familiar são bem visíveis durante o livro. Além da constante rejeição que ela sente pelo fato de a mãe ter ido embora quando era tão nova, o pai, cirurgião plástico, não parece ver nela muito além de mais uma mulher a ser aperfeiçoada em uma mesa de operação. Além disso, as bases de sua vida - que consistiam na relação com sua irmã - são drasticamente alteradas, então ela precisa reconstruir e redescobrir a si mesma no meio desse turbilhão.
"Ela me ensinou sobre o Diário de Gratidão. Ela escreve uma lista de dez motivos pelos quais é grata todos os dias. Eu tento escrever três."
Questões como amizade, primeiro amor e más influências estão bastante presentes no livro, que mostra o quanto as pessoas que nos cercam nos transformam de algum modo - alguns mais, outros menos. E embora o livro tenha uma sinopse que promete muita coisa ao inserir esses diversos temas, tive a impressão de que a autora se perdeu ao abordar tantas questões, e por essa razão o livro não funcionou para mim.
Enquanto o livro fala das perspectivas da protagonistas pela lógica do cotidiano, Montana narra diversas coisas que não têm a menor importância para a história, o que a torna cansativa em diversos pontos. Além disso, temas pesados e importantes de serem discutidos, como drogas e bebidas, são abordados sem nenhum tipo de mensagem sobre responsabilidade, o que me incomodou um pouco.
Além disso, Montana estava o tempo todo querendo provar algo para alguém, suas ações sempre eram refletidas com base no que alguém pensava. Parecia até que ela mesma não tinha opinião e, quando tinha, tomava atitudes bastante imaturas. O romance, que começou fofinho e doce, se tornou irritante e sem lógica. No momento que o livro teve a oportunidade de mostrar um ensinamento de relevância para adolescentes, a autora optou por simplesmente ignorar e mostrar uma cena de entendimento entre pai e filha - what?
Uma coisa é fato: os personagens conseguem envolver e irritar na mesma medida. Não teve um deles que fosse o queridinho da história e, embora isso possa parecer um ponto positivo (pois a autora conseguiu construí-los de uma forma realista), na verdade foi mais um detalhe que me tornou indiferente à trama.
Bela Gratidão só conseguiu me agradar na capa e na ideia de que existem pequenas coisas pelas quais devemos agradecer todos os dias. Não é um livro ruim, mas também não é bom, e não me acrescentou muito ter lido.
Ju
Apaixonada pela leitura desde a infância, tantos livros lidos que é impossível quantificar. Alguém que vê os livros como uma forma de viajar o mundo e lugares mais incríveis que possam ser criados pela imaginação, sem precisar sair do lugar. Tem o blog como uma forma de dividir experiências e, principalmente, as emoções que as leituras despertaram, para compartilhar idéias e aproveitar sugestões de leitura, envolvendo mais e mais pessoas em um mundo onde a imaginação não tem limites.
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Olá Ju! O tema do livro é muito interessante e apesar dos vários pontos negativos que você citou aqui nessa resenha, ainda continuo bem curiosa em conferi essa história.
ResponderExcluirBjs
Gratidão sempre foi uma palavra com um baita significado, mas como muitas outras, está também está sendo banalizada, tudo é "gratidão". "Te amo", "Sinto muito" parece que nada tem mais peso, só é bonito e moderno falar...Pena a historia não ter te agradado, tambem nao em chamou atenção apesar da capa ser fofinha.
ResponderExcluirRuim quando um livro tem tudo para ser bom e acaba não sendo. A capa, título e sinopse já encantam de cara e como eu adoro livros que trazem estes dramas familiares e reflexivos, até tinha curtido o livro.
ResponderExcluirMas com a resenha acima, a gente acaba entendendo que a autora se perdeu um tanto no enredo e deixou que a história que seria muito boa, acabou se tornando uma água com açúcar.
Talvez eu acabe lendo sim, só para tirar minhas conclusões!
Beijo
Oi Ju,
ResponderExcluirDá para perceber que a leitura não é tão leve como imaginamos vendo a história que Montana e sua irmã passam com o pai, mas é muito bom acompanhar o amadurecimento desse relacionamento da família, melhor ainda sabendo que o livro traz tantas mensagens positivas..
Beijos
Olá Ju!
ResponderExcluirAaah esse livro...
Comecei a acompanhar resenhas dle por conta da sinopse e qdo me deparei com os comentários positivos do enredo eu fiquei doida pra conhecer, espero que não demore mto conseguir ler.
Bjs!
https://aguardiadasresenhas.blogspot.com/
Olá Ju!
ResponderExcluirA capa é realmente linda, porém a trama não me ganhou.
Não tenho paciência para ler livros com adolescente pois creio que eles me irritam muito e a leitura quase nunca me acrescenta algo.
beijinhos
She is a Bookaholic
Ju!
ResponderExcluirO que acho uma das coisas mais legais daqui é que vejo resenha de livros que nem ouvi falar em lugar nenhum.
Gosto quando o livro traz a temática familiar, mesmo que aqui seja uma família bem desestruturada.
A pobre da Montana tem que lidar com sentimentos profundos de rejeição e ainda uma série de outros sentimentos que devem torná-la uma pessoa um tanto triste...
Fiquei bem curiosa para ler, mesmo dizendo que tem alguns trechos arrastados.
E sinto que tenha esperado mais da leitura e não veio...
Desejo uma semaninha de luz e paz!
“É o coração que sente Deus e não a razão.” (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Adoro livros com essa premissa. Temas familiares, vida na adolescência, várias descobertas, dramas, questionamentos... é o tipo de livro que você lê e se identifica em alguns pontos. Acho que eu me identificaria um pouco pela Montana. Fiquei muito curiosa sobre o livro, apesar de ainda não ter ouvido falar, essa é a primeira vez. Essa capa está tão lindinha!!!
ResponderExcluirQue pena parecia ser uma historia bonita de se ler, essa fase que a personagem passa é bem complicada e acontece muito na vida real, é lamentavel que a autora inseriu tantos assuntos e se perdeu, não abordou de maneira que passe algo positivo para o leitor, adoro quando o livro passa mensagens.
ResponderExcluirConfesso que selecionei esse livro á minha listinha mental por ter amado a capa. Achei a ideia de ter em escrito todas as coisas pelas quais é grato algo tão lindo. Não é a primeira resenha que lhe dá uma média mediana, acho que o leria apenas para saciar a minha vontade e tirar minhas conclusões.
ResponderExcluirOlá, Ju
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro.
Essa é a primeira resenha que leio confesso que pela capa e a sinopse esperava mais do livro, quero ter a oportunidade de ler o livro para saber se vou ter opiniões positivas ou negativas sobre o mesmo.
Beijos