Sinopse: "Cadê vocês? Me respondam."
Essa foi a última mensagem que Carver mandou para seus melhores amigos, Mars, Eli e Blake. Logo em seguida os três sofreram um acidente de carro fatal. Agora, o garoto não consegue parar de se culpar pelo que aconteceu e, para piorar, um juiz poderoso está empenhado em abrir uma investigação criminal contra ele. Mas Carver tem alguns aliados: a namorada de Eli, sua única amiga na escola; o dr. Mendez, seu terapeuta; e a avó de Blake, que pede a sua ajuda para organizar um “dia de despedida” para compartilharem lembranças do neto. Quando as outras famílias decidem que também querem um dia de despedida, Carver não tem certeza de suas intenções. Será que eles serão capazes de ficar em paz com suas perdas? Ou esses dias de despedida só vão deixar Carver mais perto de um colapso — ou, pior, da prisão? (Skoob)Livro recebido como cortesia da Editora.
ZENTNER, Jeff. Dias de Despedida. Seguinte, 2017. 392 p.
Carver Briggs passou por um acontecimento que quase ninguém passa na vida. Ele perdeu os três melhores amigos em um acidente de carro e agora tem que lidar com o luto, a culpa e a saudade. Ele tem dezessete anos e já se considera um especialista em velórios. É escritor e estuda na Academia de Artes de Nashville (AAN).
Blake, Eli, Mars e Carver se chamavam de “Trupe do Molho” e cada um tinha um dom especial. Carver, como já foi dito, é escritor; Blake era comediante; Eli era músico e Mars era desenhista. Os quatro eram inseparáveis e já viveram várias aventuras juntos. Tinham um futuro já planejado, mas agora a Trupe do Molho se consiste apenas de um integrante.
“Ajudo a carregar o caixão de Blake até o carro funerário. Pesa uns mil quilos. Um professor de ciências uma vez perguntou para a gente: “O que pesa mais, um quilo de penas ou um quilo de chumbo?”. Todo mundo respondeu chumbo. Mas algumas dezenas de quilos de melhor amigo em um caixão não pesam o mesmo que algumas dezenas de quilos de chumbo ou de penas. Pesam muito mais.”
Após o acidente, Carver começa a ter ataques de pânico e acaba procurando ajuda psicológica para lidar com todos estes acontecimentos. Como se não bastasse, o pai de um dos amigos dele, que é juiz, entra com um processo para culpar o menino pelo acidente que matou seu filho. O que, claro, não colabora nada para o estado já sensível do garoto.
A avó de um dos amigos de Carver o convida para vivenciar o que teria sido o último dia dela com o neto, mas ele tem medo de que não possa aguentar as emoções que podem vir à tona com este “dia de despedida”. Aparentemente, dos familiares dos falecidos, ela é a única que não acredita que tudo tenha sido culpa de Carver.
Sinceramente, não gostei muito do estilo do autor. Entendo que, uma vez que a história é contada através dos olhos de Carver, existe uma carga emocional muito grande, mas alguns trechos do livro eram tão pesados e deprimentes que, ao lê-los, eu mesma me senti mal. Os amigos eram extremamente unidos e, os poucos outros que Carver conhecia, acabaram se virando contra ele após o acidente.
“São 7h17 do primeiro dia de aula da Academia de Artes de Nashville. Jesmyn vai chegar em três minutos. Estou acordado desde as 3h57. Se existe um inferno, imagino que a existência lá seja como um estado perpétuo de ter acordado duas horas e meia antes de precisar ir a algum lugar. Isso sem falar da ansiedade de talvez ir para a cadeia e a ideia de que hoje serão expostas as terminações nervosas da minha perda. Hoje vou lembrar mais da Trupe do Molho do que em qualquer outro momento desde os velórios. E não sei como vou reagir.”
Um ponto que gostei muito foi a amizade e o companheirismo entre Carver e Georgia, sua irmã. Ela sempre esteve lá para ajuda-lo e, nas horas mais difíceis, era para ela que Carver contava tudo e se abria da forma mais sincera possível. A personalidade dela é forte e marcante e, apesar de ser uma personagem secundária, seu papel na história foi muito bem desenvolvido.
Outra amizade que me agradou bastante foi a de Carver e Jesmyn, ex-namorada (ou namorada, não sei) de Eli. Os dois começam a conversar no velório de Blake e a partir daí formaram sua própria trupe (Trupe do Suor). Jesmyn tinha praticamente acabado de se mudar para Nashville para estudar na AAN, então ela também não tinha amigos na escola.
Em geral, a obra foi bem escrita e talvez até agrade a alguns. Mas, do meu ponto de vista, muito drama foi colocado à história sem necessidade. Acredito que, se a história fosse contada de maneira um pouco mais leve, eu teria gostado.
Oi Alessandra!
ResponderExcluirÉ uma pena ver uma obra que poderia ser bacana trazer pontos negativos assim...
Eu tenho curiosidade me ler ma agoira com menas expectativas...
Bjs!
Alessandra!
ResponderExcluirImportante ver assuntos como luto, preconceito e homofobia serem tratados em um livro. São sentimentos que devem ser discutidos de forma mais aberta mesmo.
Confesso que fiquei com um tantinho de pena do Carver que além de estar só na jornada de superação, se vê angustiado.
Uma pena que não gostou do estilo do autor.
Deve ser uma ótima leitura.
Participo e sairá divulgação no blog.
Rudynalva Correia Soares
rudynalva@yahoo.com.br
“É o coração que sente Deus e não a razão.” (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
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Parece ser uma leitura muito triste e que mexe com as emoções do leitor, o personagem além de sofrer com a perda dos amigos ainda sofre com acusações das pessoas. Gosto de drama, mas sem necessidade não me agrada, fica meio forçado. Pelo menos a parte da amizades que o personagem faz agrada.
ResponderExcluirOi Alê,
ResponderExcluirNão esperava que fosse gostar do livro, mas terminei sua resenha com vontade de pegar para ler. Confesso que eu fiquei com raiva do Juíz e da irmã gêmea de Eli (já que li sobre ela em outras resenhas), não me importa pelo que eles estejam passando, para mim a muita maldade ali. Fora isso a história é mto boa, acho que o personagem principal terá que descobrir como viver novamente sem essa culpa, e espero que consiga.
Pena que não te conquistou, para mim já vejo como uma ótima leitura, meio mórbida eu sei, mas gostei.
Bjs
Credo...já tentei tanto me colocar no enredo deste livro e confesso que nunca consegui.
ResponderExcluirAcredito que só tenha dois sentimentos muito,muito ruins de serem sentidos: Culpa e Medo!
E no caso do livro acima, os dois sentimentos estão ali, brigando lado a lado, junto com o amor, a amizade e a relação dos amigos e familiares.
Como sou fã de um bom drama, quero muito poder conferir o livro e em breve!
Beijo
Oi, Ale
ResponderExcluirTambém recebi o livro da a editora e não li ainda justamente por causa da carga emocional. Não gosto desse sentimento de luto e superação que a gente sempre vê nos livros, isso se ele não for contada de forma mais leve. Mesmo assim vou tentar ler.
Beijos
http://www.suddenlythings.com/
Olá! Nossa, história super dramática, o luto é uma situação difícil que todo mudo algum dia vai passa e muita gente não consegue supera, essa resenha me deixou bastante curiosa em conferi tudo que foi dito aqui.
ResponderExcluirBjs
Eu senti como vc se sentiu lendo alguns trechos apenas lendo a sinopse imagina o livro. Muito pesado, talvez essa seria as palavras certas, mas mesmo assim fiquei com vontade de saber no que deu o tal dia. Apesar de ser um livro pesado, creio que seja bom. Ainda não li nada do Jeff Zentner.
ResponderExcluirBoa resenha!
Eu já achei a premissa bem triste, imagina o livro então.
ResponderExcluirCreio que iria ficar bem mal com a leitura ainda mais com esse excesso de drama, mas faria mesmo assim para poder criar uma opinião sobre o livro.
Beijinhos
She is a Bookaholic
Olá, Alessandra
ResponderExcluirApesar do livro apresentar uma trama com excesso de culpa, medo quero ler para tirar minha conclusão.
Estou curiosa para saber se Carver soube lidar com o luto e como foi cada despedida das famílias de cada amigo da trupe do molho.
Beijos
Uma pena que a dosagem de drama tenha atrapalhado. Acho que isso acaba acontecendo muito, mas no caso eu até entendo por ser um livro mais pesado, tratando de assuntos pesados. Não acho que iria gostar de ler um livro que me deixasse mal, mas para mim todo livro merece uma chance, então pretendo fazê-lo.
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